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AULA_2

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FONTES E AUTONOMIA 
 FONTES DO DIREITO: os diversos modos pelos 
quais se estabelecem as regras jurídicas. 
 
LEIS 
 
 Alguns autores, como Rubens Requião, 
asseveram que apenas as “leis comerciais” são 
fontes do direito empresarial, e que devem ser 
excluídas as leis civis, pois a regra civil não 
pode condizer com a natureza da lei comercial. 
 
 
 
 ATUALMENTE= grande parte das regras 
empresariais está disposta no ordenamento 
civil. 
 
 Obs: revogação do Código Comercial de 
1850; continua sendo fonte para o 
COMÉRCIO MARÍTIMO. 
USOS E COSTUMES COMERCIAIS 
 
 Certamente foi a origem de todo o direito 
comercial, quando as regras eram definidas 
pelas CORPORAÇÕES DE OFÍCIO. 
 
 Para que os usos se transformem numa regra 
implícita de uma comunidade devem ser 
praticados reiteradamente, por certo tempo e 
com o reconhecimento voluntário dessa 
comunidade. 
 
 
 UNIFORMIZAÇÃO DOS USOS E COSTUMES: 
 
 
◦ LEI 8934/94= incumbência das Juntas Comerciais 
de cada unidade federativa. 
 
◦ Procedimento= são assentados em livro próprio, de 
ofício ou mediante provocação da Procuradoria do 
Estado, ou de entidade de classe interessada. 
JURISPRUDÊNCIA 
 
 Decisões continuadas dos tribunais sobre 
determinada matéria. 
 
 Necessário que os tribunais adotem um ponto 
de vista uniforme, formando doutrina a 
respeito do assunto. 
 
 Uma decisão isolada não constitui 
jurisprudência. 
 
ANALOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
 
ANALOGIA: Julgamento de um assunto, para o 
qual não existia dispositivo específico na lei 
civil ou comercial, nem uso comercial ou 
jurisprudência firmada pelos mesmos 
princípios que regularam o julgamento de um 
caso semelhante. 
 
 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: serão 
utilizados quando inexistirem quaisquer das 
outras fontes citadas. 
 
◦ Art. 4º da Lei de Introdução às normas do Direito 
Brasileiro. 
 
 “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o 
caso de acordo com a analogia, os costumes 
e os princípios gerais do direito.” 
 
 
FONTES DO 
DIREITO 
EMPRESARIAL 
LEGISLAÇÃO 
CÓDIGO 
COMERCIAL DE 
1850 
CÓDIGO CIVIL 
2002 
LEIS ESPECIAIS COSTUMES 
JURISPRUDÊNCIA 
ANALOGIA E 
PRINCÍPIOS GERAIS 
DO DIREITO 
 Exemplos de Leis Especiais: 
 
◦ Lei 6.404/76= sociedade por ações 
 
◦ Lei 11.101/2005= falência e recuperação de 
empresas. 
 
◦ Lei 8.934/94= compete às juntas comerciais fazer 
os assentamentos dos usos e práticas comerciais. 
 
◦ Lei 7.357/85= regula o cheque. 
 
◦ Lei 9.279/96= trata da propriedade industrial. 
 Historicamente, apenas existia o DIREITO 
PRIVADO como sinônimo do DIREITO CIVIL. 
 
 
Florescimento 
das cidades 
Ascensão da 
classe dos 
mercadores 
Necessidade 
de regras 
especiais 
Surge o 
conjunto de 
regras: 
Corporações 
de Ofício e 
atos 
comerciais 
 Nesse momento é inquestionável a 
AUTONOMIA formal e material do DIREITO 
COMERCIAL= além de regras especiais que 
regulamentam a disciplina temos um corpo 
de normas específico, o CÓDIGO COMERCIAL 
DE 1850. 
 
 
 O Direito Comercial NÃO se confunde com o 
Direito Civil. 
 Direito Comercial= atua como um direito de 
tendências profissionais. 
 
 Direito Civil= tendência individualista, 
procurando reger as relações jurídicas das 
pessoas como tais e não como profissionais. 
 
 Limites: essa separação dos dois campos do 
Direito Privado não tem, contudo, limites 
certos. Alguns atos do Direito 
Comercial/Empresarial regem-se pelas 
normas do Direito Civil. 
 AUTONOMIA QUESTIONADA: 
 
◦ Quando o CC/2002 trata num mesmo ordenamento 
o Direito Civil e parte das regras do Direito 
Empresarial. 
 
◦ Entretanto, a autonomia não se perdeu, já que 
apenas uma parte do Direito Empresarial foi tratada 
pelo CC/2002 e outras leis continuam a compor o 
direito empresarial. 
 
CF/88: “Art. 22. Compete privativamente à 
União legislar sobre: 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, 
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho;” 
 
 A AUTONOMIA É ASSEGURADA PELA PRÓPRIA 
CF/88. 
 
 
 A nomenclatura “Direito Empresarial” se 
mostra mais adequada do que simplesmente 
Direito Comercial, pois a preocupação da 
disciplina não está apenas na atividade de 
intermediação de mercadorias, mas também 
na produção, na prestação de serviços bem 
como todas as relações necessárias para 
viabilizar a atividade empresarial.

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