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PROTOZ. GIARDIA E AMEBAS 5

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PARASITOLOGIA
GIARDIA E AMEBAS
GIARDÍASE
	A giardíase é uma parasitose intestinal mais frequente em crianças do que em adultos e que tem como agente etiológico a Giardia lamblia. Este protozoário flagelado tem incidência mais alta em climas temperados. 
	Ao gênero Giardia pertence o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido. Sua descrição e atribuída a Leeuwenhoek que notou “animais minúsculos móveis” em suas próprias fezes. 
	A giardíase é uma infecção intestinal causada por um protozoário (ser unicelular) flagelado limitada ao intestino delgado e ao trato biliar. 
Este parasita apresenta-se sob as formas de trofozoítos que são as formas ativas vivendo e se reproduzindo no hospedeiro e as formas de cistos que são as formas infectantes e de resistência do parasita. 
Cisto
Trofozoíto
	Os cistos ingeridos, em sua passada pelo meio ácido do estômago, são ativados e se transformam em trofozoitos. 
	A giárdia é encontrada no mundo inteiro. Nos países em desenvolvimento e particularmente nos tropicais pode atingir 50% da população. A transmissão é oral - anal e nesta situação tem como população de risco as pessoas pobres com más condições de higiene, 
	crianças pequenas e adultos que não tomam precauções higiênicas nas relações sexuais principalmente em sexo anal. 
	A contaminação ocorre quando os cistos maduros são ingeridos pelo indivíduo.
	A maioria das epidemias comunitárias se dá por contaminação do suprimento de água. A contaminação direta se faz por transferência dos cistos através de mãos sujas de fezes para a boca e indiretamente pela ingestão de alimentos ou água contaminados. 
	Animais contaminados como cães, gatos e gado. Os cistos contaminantes podem permanecer viáveis no meio ambiente por meses.
	O período desde a ingestão dos cistos até o surgimento da doença varia de 1 a 4 semanas. A maioria das infecções tanto em adultos como em crianças é assintomática caracterizando-se apenas pela eliminação do microrganismo. 
	A infecção sintomática pode grassar com amplo espectro de manifestações clínicas desde diarréia aguda com fezes aquosas e dor abdominal até diarréia crônica conseqüente à má absorção o que acarreta esteatorréia (fezes com excesso de gordura com mau odor e que aderem às paredes da louça sanitária) propiciando o surgimento de deficiência das vitaminas lipossolúveis e até mesmo déficit de crescimento.
	Os sintomas diarréicos são devidos a toxinas produzidas pela Giárdia e a reação é atribuída à multiplicação dos parasitas
	As maneiras de confirmação diagnóstica vão desde a identificação de cistos ou trofozoítos na microscopia das fezes até a pesquisa de antígenos de Giardia nas fezes ou no aspirado do conteúdo duodenal.
CISTO TROFOZOÍTOS
	Em casos muito especiais recorre-se até a biópsia duodenal. Na pesquisa de parasitas nas fezes o aumento de uma amostra de fezes para três amostras colhidas em dias alternados aumenta a chance diagnóstica de 50% para 90%. 
	Basicamente, para se evitar a giardíase devem-se tomar algumas medidas profiláticas, deve-se: 
Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos; 
Lavar as mãos antes das refeições e após o uso de sanitários; 
Construção de fossas e redes de esgotos; 
Só beber água filtrada e/ou fervida;
Tratar as pessoas doentes.
	AMEBAS 
	A ameba é um microorganismo unicelular, mede em média 0,2 milímetro, é observável apenas com a ajuda de microscópio. É classificado como protozoário e sua vida remonta o período de origem do nosso planeta.  
	Os diferentes protozoários que vivem no trato intestinal humano se distinguem um dos outros, pelo tamanho do trofozoíto e do cisto, pela estrutura e número de núcleos nos cistos e pelo número e formas das inclusões citoplasmáticas (vacúolos nos trofozoítos e corpos cromatóides nos cistos).
	O corpo da ameba não possui uma forma definida, sendo que o corpo é quase totalmente formado por uma substância gelatinosa (protoplasma). No interior do protoplasma podemos encontrar o núcleo.
	As amebas vivem em meio aquático (lagos, poças de água, riachos), terrestre e até mesmo no organismo de outros seres vivos como, por exemplo, o homem. Neste último caso pode provocar doenças perigosas como, por exemplo, a amebíase (E. histolytíca). 
	Grande parte das doenças causadas por amebas são provocadas pela ingestão de água contaminada ou alimentos preparados sem 
	as devidas condições de higiene.
	A ameba alimenta-se por um sistema chamado de fagocitose. Ela utiliza os pseudópodes (falsos pés) para envolver o alimento. Esses pseudópodes se fecham e o alimento é digerido numa bolsa que fica no interior da ameba. 
	Outro recurso interessante que as amebas utilizam é a transformação em cistos. Quando o meio em que ela vive é desfavorável (local seco ou sem alimentos), ela se transforma num cisto. Nesta forma pode viver muito tempo. Quando se encontra em meio líquido novamente este cisto se rompe aparecendo a ameba novamente.
	Entamoeba coli
	A Entamoeba coli é um protozoário comensais, não patogênicos do intestino humano. São encontrados em praticamente todos os países do mundo, mais freqüentemente em regiões tropicais e subtropicais onde a população apresenta baixo nível sócio-econômico e higiênico-sanitário.
	Referente à morfologia, o cisto da E.coli possui mais de 4 núcleos e os corpos cromatóides não são visualizados facilmente.
	A contaminação se dá pela ingestão de cistos na água proveniente de rede pública, riachos ou reservatórios de água não tratada; Estes protozoários não são hospedeiro específico. O cisto resiste no meio ambiente, em boas condições de umidade e temperatura.
	No diagnóstico laboratorial, são visualizados cisto e reportado ao laudo para fins epidemiológicos.
Como profilaxia do protozoário deve adotar algumas medidas saneantes como:
- Higiene pessoal;
- Proteção dos alimentos e tratamento da água;
- Tratamentos dos indivíduos contaminados e seus animais domésticos.
	Endolimax nana
	A Endolimax nana é um protozóario saprófita que não causa danos ao seu hospedeiro. É considerada comensal, por isso, raras vezes pode causar diarréias, cólicas e enjôos; e não oferece risco real à vida humana.
	A morfologia do trofozóito de 10 a 12 µ é a menor das amebas que vivem no homem; Cisto oval é de 8 µ; possui a membrana celular fina e sem grãos de cromatina.
E. coli
E. nana
	Ocorre com a ingestão de cistos maduros, encontrados na água não tratada, em frutas contaminadas mal lavadas e qualquer outro utensílio levado a boca, que esteja contaminado pelo cisto. Há uma outra possibilidade onde insetos serviriam como pontes e levariam as amebas para alimentos e outro.
	No diagnóstico laboratorial quando visualizado é infromado no laudo para fins epidemiológicos.
Cisto exame direto
Coloração
Trofozoíta
Coloração
Cisto
	AMEBÍASE 
	É uma infecção do homem pela Entamoeba histolytica, com ou sem manifestações clínicas. É considerado um grande problema de saúde pública, levando ao óbito cerca de 100 mil pessoas por ano. 
	A E. histolytica é uma espécie patogênica e invasiva, com diversos graus de virulência e diferentes formas clínicas, incluindo a forma extra-intestinal da doença.
	O cisto é menor que a Entamoeba coli e possui menos de 4 núcleos e os trofozoítos do protozoário vivem no intestino grosso, podendo ser também encontrados nas ulcerações intestinais, nos abscessos hepáticos, pulmonares, cutâneos e, mais raramente, no cérebro.
 Cisto Trofozoíto
	Na maioria das vezes a presença de E. histolytica na luz do intestino acontece como um simples comensal, traduzindo assim, as formas assintomáticas, que representa os “eliminadores de cistos”.
	A doença amebiana caracteriza-se por: 
	Amebíase intestinal, onde se evidencia a colite não-disentérica; colite disentérica (disenteria amebiana) com dor abdominal, dez ou
mais evacuações diárias de fezes líquidas mucosanguinolentas, náuseas, vômitos, tenesmo e febre; colite fulminante e colite amebiana crônica;
	Amebíase extra-intestinal, com maior frequência dos abscessos hepáticos. Outros sítios extra-intestinais de envolvimento são o pericárdio, sistema nervoso central, pulmão e pele.
	Ingestão de cistos maduros do parasito em água ou alimentos contaminados com fezes. Pode também ocorrer transmissão sexual devido a contato oral-anal; por meio das mãos contaminadas com material fecal que podem reter os cistos, sobretudo sob as unhas e, transporte mecânico de cistos por insetos. 
	O diagnóstico laboratorial da amebíase baseia-se no exame parasitologico de fezes com pesquisa de cistos e/ou trofozoítos; provas imunológicas com pesquisa de anticorpos no soro e pesquisa de antígenos em fezes; e pela biologia molecular (Reação em Cadeia da Polimerase - PCR). A E. histolytica também pode ser cultivada em meio xênico, meio monoxênico e em meio axênico. 
	A E. histolytica, entretanto, é morfologicamente idêntica a E. dispar, espécie não patogênica. O diagnóstico diferencial entre as duas espécies deve ser baseado no perfil eletroforético de enzimas da via glicolítica, no diagnóstico imunológico com a pesquisa de coproantígenos específicos usando a técnica de ELISA, e pela PCR.
 E. Histolytica E. dispar
	Como profilaxia e disseminação do protozoário, deve-se adotar algumas medidas saneantes como: 
- Higiene pessoal;
- Proteção dos alimentos e tratamento da água;
- Tratamentos dos indivíduos contaminados e seus animais domésticos.

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