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COMPLICAÇÕES HEPATOPATAS NA GRAVIDEZ ACADÊMICOS: Adalberto Júnior Ana Lúcia Sobrinho Daniela Oliveira Geicielly Lima Mônika Oliveira Raiane Lima Vallmylheya Maelly A gravidez é um momento de alterações hormonais expressivas que desencadeiam modificações na fisiologia de todo organismo materno. O fígado, maior glândula (endócrina e exócrina) e o segundo maior órgão do corpo humano, cursa com substancial adaptação ao estado gestacional, como também pode interferir no curso da gravidez. A gravidez está associada a alterações laboratoriais hepáticas sem significado clínico, doenças hepáticas inerentes à gestação podem determinar um grave desfecho materno-perinatal. Doenças hepáticas prevalentes e crônicas podem interferir no desenvolvimento normal da gestação. ALTERAÇÕES HEPATOFISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ Dentre as modificações clínicas da gravidez com repercussão hepática, nota-se que, ainda que haja o aumento do débito cardíaco e a da freqüência cardíaca materna, o fluxo sanguíneo encontra-se constante. O exame físico do fígado, pouco auxilia o profissional, na gestante com doença hepática, visto que, além do útero gravídico, o estado de hiperestrogenismo, próprio da gravidez, pode ocasionar o aparecimento de telangiectasias e eritema palmar, encontrados nas doenças hepáticas crônicas. EXAMES DE IMAGEM EM HISTOPATOLOGIA Os exames por imagem em hepatologia, devem ser solicitados sempre à luz dos riscos e benefícios impostos pela teratogênese. Ultrassonografia de abdome; Tomografia computadorizada; Ressonância nuclear magnética. Exames invasivos como a biópsia hepática encontram-se claramente contraindicados na gravidez, exceto em situações extremas (como a investigação oncológica, ou mesmo na propedêutica da insuficiência hepática aguda). Nestes casos, a biópsia é realizada via transjugular. DOENÇAS HEPÁTICAS ESPECÍFICAS DA GRAVIDEZ Pré-eclâmpsia: Conceitua-se como pré-eclâmpsia (PE) o aparecimento de hipertensão arterial acompanhada de proteinúria em gestação acima de 20 semanas, podendo haver ou não edema. Anteriormente a este período, pode surgir acompanhando doença trofoblástica gestacional. PRÉ- ECLÂMPSIA LEVE: Síndrome multissistémica Podendo incluir outros sintomas como: Edema Distúrbios virtuais Cefaléia Dor no QSD ou epigástrica PRESSÃO ARTERIAL Proteinúria da 20° semana de gestação até a 12° semana pós parto PRÉ ECLÂMPSIA GRAVE: PA >160/110 mm/Hg em 2 ocasiões, espaçadas em 4 hrs com proteinúria; Oligúria <500 mL/24hrs; Distúrbios cerebrais e visuais; Edema de pulmão e cianose; Síndrome HELLP Crescimento intra-uterino restrito (CIR) grave. Caracteriza-se quando um ou mais, dos critérios a seguir, estiverem presentes: ECLÂMPSIA: É o aparecimento de convulsões seguidas ou não de coma em gestantes com pré-eclâmpsia, não devido à doença neurológica coincidente. PRÉ-ECLÂMPSIA/ ECLÂMPSIA Síndrome HELLP: Sigla utilizada para descrever a condição de paciente com pré-eclâmpsia grave, que apresenta hemólise (H), níveis elevados de enzimas hepáticas (EL) e contagem baixa de plaquetas (LP); A síndrome HELLP, que esta intimamente relacionada à pré-eclâmpsia, ocorre em 1/1000 gestantes, acometendo pelo geral, grávidas no terceiro trimestre. As complicações mais freqüentes são a CID, o deslocamento prematuro da placenta, o edema agudo de pulmão e a insuficiência renal aguda. O tratamento é predominantemente de suporte, com controle pressórico adequado, monitorização fetal e a escolha do melhor momento para o parto. Hiperêmese gravídica: A fisiopatogenia da hiperêmese é multifatorial, compreendendo aspectos hormonais, psicológicos, genéticos, etc. A presença de vômitos incoercíveis no primeiro trimestre pode assinalar hiperêmese gravídica. Pode ser agravada pela perda de peso, distúrbios hidroeletrolíticos e elevação séria das enzimas hepáticas. As manifestações clínicas são variáveis e o aspecto é amplo, desde náuseas e vômitos até elevações sérias significativas das aminotransferases e icterícia. O tratamento é conservador na maioria dos casos, reservando-se a internação para controle dos sintomas ou nutrição parenteral. Colestase intra-hepática da gravidez: É a mais freqüente doença hepática relacionada à gestação e a segunda causa de icterícia, depois das hepatites virais. Sua fisiopatologia não está bem esclarecida, mas parece ter relação com hiperestrogenismo. A ocorrência no 2º e 3º trimestre reforçam o papel hormonal. O diagnóstico desta afecção baseia-se no prurido e elevação séria dos ácidos biliares. O tratamento, objetiva proporcionar melhora dos sintomas maternos e dedução do óbito fetal. Prurido Gestacional
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