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Álgebra Linear Assunto: Definição e exemplos de Transformações Lineares Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Campus Pau dos Ferros-RN 9 de maio de 2016 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 1 / 16 DEFINIÇÃO E EXEMPLOS DE TRANSFORMAÇÕES LINEARES Até aqui já vimos dois tipos de funções entre espaços vetoriais, as trans- formações matriciais de Rn em Rm e os isomorfismos. Ambas são casos particulares das transformações lineares, funções que nos permitem ”trabalhar” da mesma forma em espaços vetoriais de natureza distintas. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 1 / 16 Definição: 1 Sejam V e W espaços vetoriais. Uma função L : V →W é chamada transformação linear de V em W se (a) L(u+ v) = L(u) + L(v) para todo u e v em V ; (b) L(cu) = cL(u) para todo u ∈ V e c ∈ R. Quando V = W chamamos L : V → V de Operador Linear. E observamos que um isomorfismos é uma transformação linear bijetora. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 2 / 16 EXEMPLOS Exemplo 1: Toda transformação matricial é uma transformação linear. Pois, toda transformação matricial L : Rn → Rm é definida por L(u) = Au, onde A a matriz m× n associada a L, obtendo que (a) se u, v ∈ Rn, então L(u+ v) = A(u+ v) = Au+Av = L(u) +L(v); (b) se u ∈ Rn e c ∈ R, então L(cu) = A(cu) = cAu = cL(u). (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 3 / 16 EXEMPLOS Exemplo 1: Toda transformação matricial é uma transformação linear. Pois, toda transformação matricial L : Rn → Rm é definida por L(u) = Au, onde A a matriz m× n associada a L, obtendo que (a) se u, v ∈ Rn, então L(u+ v) = A(u+ v) = Au+Av = L(u) +L(v); (b) se u ∈ Rn e c ∈ R, então L(cu) = A(cu) = cAu = cL(u). (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 3 / 16 EXEMPLOS Exemplo 1: Toda transformação matricial é uma transformação linear. Pois, toda transformação matricial L : Rn → Rm é definida por L(u) = Au, onde A a matriz m× n associada a L, obtendo que (a) se u, v ∈ Rn, então L(u+ v) = A(u+ v) = Au+Av = L(u) +L(v); (b) se u ∈ Rn e c ∈ R, então L(cu) = A(cu) = cAu = cL(u). (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 3 / 16 Exemplo 2: Seja L : R3 → R3 definida por L u1 u2 u3 = u1 + 1 2u2 u3 . É L uma transformação linear? Como (a) se u, v ∈ R3, então L(u+ v) = L u1 u2 u3 + v1 v2 v3 = L u1 + v1 u2 + v2 u3 + v3 (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 4 / 16 Implicando, L(u+ v) = (u1 + v1) + 1 2(u2 + v2) u3 + v3 . Mas, L(u) + L(v) = u1 + 1 2u2 u3 + v1 + 1 2v2 v3 = (u1 + v1) + 2 2(u2 + v2) u3 + v3 , donde vemos que L(u+ v) 6= L(u) +L(v) para todo u e v. Logo, L não é uma transformação linear. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 5 / 16 Observação Assim, mais um meio de sabermos se um conjunto S = {v1, v2, . . . , vn} de um espaço V de dimV = n é uma base de V , é verificarmos, conhecendo um isomorfismos L : V → Rn, se {L(v1), L(v2), . . . , L(vn)} é uma base de Rn. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 6 / 16 Por exemplo, verifiquemos se S = {t2 + t, t+ 1, t− 1} é uma base de P2 sabendo que L : P2 → R3 definida por L(at2 + bt+ c) = a b c é um isomorfismo de P2 em R3. Calculamos então, L(t2 + t) = 1 1 0 , L(t+ 1) = 0 1 1 e L(t− 1) = 0 1 −1 . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 7 / 16 E verificamos se são L.I.. Assim, como det 1 0 0 1 1 1 0 1 −1 = −2, obtemos que são uma base de R3 e segue que S é uma base de P2. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 8 / 16 Agora, podemos ver algumas propriedades das transformações lineares: Teorema 1: Se L : V →W uma transformação linear, então: (a) L(0V ) = 0W ; (b) L(u− v) = L(u)− L(v), para todo u, v ∈ V . Demonstração. (a) Vemos que L(0V ) = L(0V + 0V ) = L(0V ) + L(0V ). Implicando que L(0V )− L(0V ) = L(0V ) + L(0V )− L(0V ), donde 0W = L(0V ); (b) Como L(u− v) = L(u+ (−1)v) = L(u) + (−1)L(v), segue o resultado para todo u, v ∈ V . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 9 / 16 Agora, podemos ver algumas propriedades das transformações lineares: Teorema 1: Se L : V →W uma transformação linear, então: (a) L(0V ) = 0W ; (b) L(u− v) = L(u)− L(v), para todo u, v ∈ V . Demonstração. (a) Vemos que L(0V ) = L(0V + 0V ) = L(0V ) + L(0V ). Implicando que L(0V )− L(0V ) = L(0V ) + L(0V )− L(0V ), donde 0W = L(0V ); (b) Como L(u− v) = L(u+ (−1)v) = L(u) + (−1)L(v), segue o resultado para todo u, v ∈ V . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 9 / 16 Assim, verificar que L(0V ) = 0W não é suficiente para dizer que uma função L é uma transformação, mas L(0V ) 6= 0W é necessário para dizer que não é uma transformação. Por exemplo, a função L : R3 → R3 definida por L ([ u1 u2 u3 ]) = [ 1 u3 u2 ] não é uma transformação linear, pois L ([ 0 0 0 ]) = [ 1 0 0 ] 6= [ 0 0 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 10 / 16 Teorema 2: Sejam S = {v1, v2, . . . , vn} uma base de V e L : V →W uma transformação linear. Se v ∈ V , então L(v) é completamente determinado por {L(v1), L(v2), . . . , L(vn)}. Demonstração. Como v = a1v1 + a2v2 + · · ·+ anvn, segue que L(v) = L(a1v1+a2v2+· · ·+anvn) = a1L(v1)+a2L(v2)+· · ·+anL(vn). (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 11 / 16 Por exemplo, Sejam L : R4 → R2 uma transformação linear e S = {v1, v2, v3, v4} uma base de R4, onde v1 = [ 1 0 1 0 ] , v2 = [ 0 1 −1 2 ] , v3 = [ 0 2 2 1 ] e v4 = [ 1 0 0 1 ] . Encontremos L ([ 3 −5 −5 0 ]) , já que L(v1) = [ 1 2 ] , L(v2) = [ 0 3 ] , L(v3) = [ 0 0 ] e L(v4) = [ 2 0 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 12 / 16 Fazendo, [ 3 −5 −5 0 ] = a1v1 + a2v2 + a3v3 + a4v4, obtemos um sistema e resolvendo-o encontramos o vetor de coordenada [ [ 3 −5 −5 0 ] ] S = 2 1 −3 1 . Assim, (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 13 / 16 L ([ 3 −5 −5 0 ]) = 2L(v1)+L(v2)−3L(v3)+1L(v4) = 2 [ 1 2 ] +[ 0 3 ] − 3 [ 0 0 ] + [ 2 0 ] = [ 4 7 ] . E finalizemos sabendo que, Teorema 3 Seja L : Rn → Rm uma transformação linear e {e1, e2, . . . , en} a base canônica de Rn. Se x = x1 x2 ... xn ∈ Rn e A é a matriz m× n, cuja j-ésima coluna é L(ej), então L(x) = Ax. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 14 / 16 Além disso, A é a única matriz que satisfaz essa igualdade. Assim é dita matriz canônica de L. Por exemplo, se L : R3 → R2 é dada por L x1 x2 x3 = [ x1 + 2x2 3x2 − 2x3 ] encontremos sua matriz canônica. (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 15 / 16 Consideramos a base canônica {e1, e2, e3} do R3 e calculamos L(ej): L(e1) = L 1 0 0 = [ 1 0 ] , L(e2) = L 0 1 0 = [ 2 3 ] e L(e3) = L 0 0 1 = [ 0 −2 ] . E obtemos, portanto, A = [ 1 2 0 0 3 −2 ] . (prof(a) Mônica Sousa) UFERSA 9 de maio de 2016 16 / 16
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