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Profª Ms. Hévelin Pimenta Disciplina: Odontologia Morfofuncional do Ecossistema bucal Ramo da odontologia que estuda: Forma; Função; Patofisiologia ; Terapia das alterações prejudiciais da polpa dentária e tecido periapical. É um tecido conjuntivo frouxo especializado, de origem mesenquimática circundado por paredes de dentina, que ocupa a câmara pulpar e o canal radicular. Estrela,2004. Zona central: Arteríolas; Vênulas maiores; Troncos nervosos; Fibroblastos; Matriz extracelular. Estrela,2004 Zona periférica ou odontogênica: Camada parietal de nervos; Zona rica em células; Zona acelular; Zona odontoblástica. Estrela,2004 Na Endodontia, as bactérias e seus subprodutos representam um papel chave na produção de alguns problemas clínicos. Mesmo quando a terapia endodôntica é executada de forma adequada, o fracasso pode ocorrer decorrente de bactérias localizadas em lacunas de reabsorção cementária, no cemento, em canais laterais e deltas, em túbulos dentinários e na lesão periapical. Até os anos 70, acreditava-se que os microrganismos facultativos eram as bactérias predominantes em canais radiculares infectados. Limitações técnicas - aerobiose. Após a década de 70 - bacteriologia de anaeróbios: alteração de conceitos, técnicas e condutas clínicas Agentes físicos Mecânicos: Traumatismos dentários com ou sem fraturas coronárias e/ou radiculares: • Podem causar distúrbios pulpares tanto por lesão física ao tecido como por exposição da polpa à infecção, ou ambos fatores associados. Agentes físicos Mecânicos: Movimentação dentária induzida por tratamento ortodôntico; Iatrogenias causadas durante preparo de cavidades por instrumentos rotatórios ou manuais, com possível exposição acidental da polpa; Fatores patológicos associados a desgastes dentários como atrição, abfração e erosão. Agentes físicos Térmicos: Calor gerado por broca durante o preparo cavitário; Calor gerado pelo uso de laser em preparos cavitários e procedimento de clareamento, dentre outros; Liberação de calor durante reações de fixação de materiais restauradores (resinas, silicatos e cimentos); Agentes físicos Térmicos: Aquecimento causado durante o polimento de restaurações; Materiais de moldagem aquecidos; Contato prolongado de substâncias quentes ou frias com restaurações metálicas em dentes sem proteção adequada do complexo dentinopulpar. Agentes físicos Elétricos: Correntes galvânicas causadas pelo contado entre materiais restauradores de diferentes potenciais elétricos com a saliva que pode agir como eletrólito; Quando a irritação é prolongada pode causar necrose pulpar ou atração de bactérias para a área afetada (anacorese). Agentes químicos Ácidos usados no condicionamento dentinopulpar; Materiais restauradores provisórios; Materiais utilizados na limpeza e desinfecção de preparos cavitários. Agentes biológicos Agressões biológicas são representadas por microrganismos e seus produtos. Principais responsáveis pela indução e manutenção das alterações patológicas nos tecidos pulpares. A polpa e os tecidos periapicais são áreas do hospedeiro que, em condições sadias, são estéreis sob o aspecto microbiológico; assim a presença de microrganismos nesses tecidos é um referencial de doença. Estrela, 2004. Túbulos dentinários: Toda vez que a dentina é exposta por perda de esmalte ou cemento, a polpa é colocada em risco devido à permeabilidade relativamente alta da dentina normal - presença dos túbulos dentinários. => Esta permeabilidade é aumentada quando se aproxima da polpa, devido ao aumento do diâmetro e da densidade tubulares. Assim, teoricamente, uma dentina exposta oferece uma franca via de acesso para as bactérias alcançarem o tecido pulpar. Túbulos dentinários: Bactérias chegam à dentina de basicamente três formas: - Contaminação de uma área de dentina exposta por saliva; - Formação de biofilme sobre uma superfície dentinária exposta; - Processo de cárie. Cárie • É a causa mais comum de exposição pulpar. • Quando a lesão de cárie destrói quantidade suficiente de tecido dentinário, a polpa torna-se exposta diretamente a microrganismos e seus produtos, presentes tanto na lesão cariosa quanto na saliva - em resposta a polpa torna-se inflamada. Cavidade aberta: Exposição pulpar direta: Traumatismo dentário Iatrogenia Membrana periodontal: As bactérias e seus produtos presentes na bolsa podem ter acesso à polpa via forames laterais associados a ramificações do canal (canal lateral), túbulos dentinários e forame apical. Membrana periodontal: Dentes íntegros, acidentalmente luxados podem ser infectados com microrganismos do sulco gengival ou bolsa periodontal, por meio da membrana periodontal. Estes microrganismos podem alcançar a região apical ou o forame de canais laterais e em seguida a polpa. Anacorese Hematogênica: Está na dependência da ocorrência de bacteremia e septicemia. O fenômeno pode ser definido como a atração que tecidos inflamados ou necrosados exercem sobre bactérias presentes na circulação sangüínea. Estas bactérias passam a colonizar estes tecidos alterados, estabelecendo um processo infeccioso. Extensão: Microrganismos podem se disseminar através dos tecidos periapicais para outro ápice próximo ou forame lateral, do mesmo ou de outro dente, passando a infectar o canal correspondente. Nestes casos a progressão da lesão é a via de contaminação do dente vizinho ou de outra raíz do mesmo dente. Infecção Primária: Infecção mista; 10 a 30 espécies por canal; Predomínio de anaeróbios estritos. Infecção Secundária: Durante a intervenção profissional: • Placa bacteriana - remanescente de cárie; • Falha no isolamento do campo; • Instrumentos ou produtos usados no tratamento contaminados. Infecção Secundária: Entre sessões: • Micro-infiltração do selamanto temporário; • Perda do selamento temporário; • Fratura dentária; • Dente aberto para drenagem. Infecção Secundária: Após a intervenção do profissional: • Microinfiltração do selamento temporário; • Perda da restauração; • Cárie secundária ou recidivante; • Fratura dentária; • Retardo em restaurar. Infecção Persistente: Microrganismos que resistiram às manobras do preparo biomecânico; Oriundos de infecção primária ou secundária; Podem levar ao fracasso da terapia endodôntica. Qualquer bactéria presente na cavidade bucal pode invadir o canal radicular e participar da instalação de um processo infeccioso. Pressões seletivas ocorrem no interior do sistema de canais radiculares que favorecem o crescimento de algumas espécies e inibem o de outras.. Os principais determinantes ecológicos da microbiota endodôntica incluem: Influencia do oxigênio e do pH do ambiente; Disponibilidade de nutrientes; Interações bacterianas, dos tipos comensalismo e antagonismo; Mecanismos de defesa dos hospedeiros. Infecção Polimicrobiana; Microbiota mista; Predominantemente anaeróbia. Enterococcus faecalis • Gram-positiva; • Anaeróbia facultativa; • Frequentemente isolada em canais radiculares com infecções persistentes pós- tratamento endodôntico.
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