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Pliometria Prof. Flávio Camilo 1 OBJETIVOS a. Descrever os objetivos e princípios do treinamento pliométrico; b. Descrever os parâmetros de execução do treinamento pliométrico; c. Planejar e executar uma sessão de treinamento pliométrico para determinada modalidade esportiva empregando os parâmetros adequados (AUTOCONFIANÇA). 2 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Desenvolvimento 2.1. Pliometria 2.2. Ciclo alongamento – encurtamento (CAE) 2.3. Bases Fisiológicas 2.4. Exercícios Pliométricos 2.5. Lesões 3. Conclusão 3 Pliometria 4 Exercícios pliométricos são definidos como aqueles que ativam o ciclo excêntrico – concêntrico do músculo esquelético, provocando sua potencialização elástica, mecânica e reflexa. Método pliométrico é conhecido por desenvolver potência muscular em atletas. Potência é o parâmetro mais representativo do sucesso em esportes que requerem força rápida e extrema. 5 Yuri Verkhoshanski: treinador soviético que, durante o final da década de 60, começou a transformar treinamentos constituídos de saltos aleatórios em treinamento pliométrico organizado. Treinamento Pliométrico foi um dos responsáveis pelo sucesso dos atletas soviéticos nas décadas de 60 e 70. O termo pliometria foi introduzido pelo treinador norte americano Fred Wilt em 1975 e significa, do grego plethyein, “aumentar a distância”, referindo-se à obtenção de maiores distâncias no salto. Ciclo Alongamento - Encurtamento 6 Mecanismo fisiológico cuja função é aumentar a eficiência mecânica dos movimentos nos quais ocorre uma contração muscular excêntrica seguida, imediatamente, por uma ação concêntrica. Essa alternância de contrações musculares é verificada na maioria das atividades esportivas (saltar, correr, arremessar...). Um dos meios pelo qual se ativa o CAE é a pliometria. 7 Os propósitos dos exercícios do CAE são: 1) Armazenar energia elástica durante o pré-alongamento para que esta seja utilizada durante a fase concêntrica do movimento; e 2) Melhorar a capacidade de reação do sistema neuromuscular. O CAE é dividido em três fases: 1. Fase excêntrica ou de pré-alongamento: preparatória. Carrega os músculos com energia elástica. 2. Fase de amortização: tempo entre o início da contração excêntrica e o início da contração concêntrica. 3. Fase concêntrica ou de encurtamento: fase final que gera o movimento explosivo. 8 Quando o músculo contrai concentricamente, a maior parte da força produzida é proveniente do componente contrátil. Acredita-se que ocorre um aumento significativo na produção de força muscular concêntrica quando imediatamente precedida por uma contração muscular excêntrica devido à reutilização da energia elástica pelo músculo. Tendões são os principais responsáveis pelo armazenamento de energia elástica. 9 Dois reflexos são de grande importância na fisiologia do CAE: Quando o músculo é alongado, as fibras estiram-se e são enviadas ao SNC informações sensoriais relativas ao comprimento do FUSO MUSCULAR e à velocidade de estiramento. Resposta reflexa provoca a contração do músculo agonista e alivia a tensão nos fusos. Esse reflexo pode ser facilitado através do treinamento reativo (Pliometria) de forma que o atraso eletromecânico requerido para desenvolver a tensão seja reduzido. 10 O reflexo dos ORGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI ocorre quando a tensão muscular (contração) é aumentada a ponto de colocar em risco a integridade do músculo e dos tendões. Nesse ponto, sinais inibitórios são enviadas ao músculo contraído, causando seu relaxamento e evitando uma possível lesão. Treinamento Pliométrico pode promover a dessensibilização do OTG (inibidor da tensão muscular). Sua dessensibilização torna seu limiar de ativação mais elevado de forma que maior quantidade de força e de carga sobre o sistema musculoesquelético pode ser aplicada. Exercícios Pliométricos 11 Existe uma grande variedade de exercícios pliométricos, os quais devem ser combinados e aplicados de acordo com a necessidade de cada esporte. Esses exercícios podem ser aplicados de forma simples, com o emprego de materiais de fácil aquisição como caixas de madeira, cones, bolas e elásticos. Requisitos 12 Aquecimento Aprendizagem da técnica Avaliação: ação dos braços, impulso (força), amortização (aterrissagem), padrão de flexão (CAE) e planos de direção. Correção do gesto motor Progressão dos exercícios Iniciar com exercícios de baixa intensidade (pouco impacto). 13 Progressão (sobrecarga): • Aumentar a altura das barreias, plinto ou step • Aumentar a complexidade do exercício (dois pés, um pé, pés alternados, multisaltos...) • Mudar a direção dos saltos (parado, para frente, para trás, para os lados...) • Aumentar a altura de queda (salto em profundidade) • Utilizar implementos (peso corporal, colete...) Parâmetros de Execução 14 Frequência: 02 a 03 vezes por semana Duração: 06 a 15 semanas Volume (contatos com o solo): • De acordo com a modalidade (especificidade) e a intensidade do exercício. Intensidade: determinada pela resistência a ser vencida, como o peso corporal ou a altura do salto em profundidade. Intervalo: suficiente para não instaurar a fadiga que inibiria a execução de esforços máximos. Seleção de Exercícios 15 Os exercícios devem ser selecionados conforme o gesto desportivo específico no qual se deseja desenvolver a força explosiva de impulsão. Exemplo: análise do tempo de contato com o solo, pernas de impulsão... Exercícios para MI 16 Os principais exercícios para os MI são: A. Saltos no mesmo lugar B. Saltos com mudança de direção C. Salto em profundidade 17 Os saltos em profundidades são os exercícios mais populares. Aumentam a habilidade de salto vertical como resultado da realização de saltos em uma grande variedade de alturas. Se o indivíduo estiver tocando o calcanhar no solo após a queda (dissipação da força), deve-se diminuir a altura de queda. Não utilizar altura que induzam ao aumento do tempo de contato, mesmo que sejam as que possibilitem o maior salto vertical após a queda. Teste: plataforma de força. 18 Os exercícios pliométricos lastrados (aqueles que utilizam cintos ou coletes com mais de 10% do peso corporal) tem resultado em aumento da capacidade de salto vertical. Um acréscimo de carga de 2% do peso corporal é suficiente para melhora do salto vertical. Não está bem determinado qual a faixa de percentual do peso corporal deve ser utilizada como carga. Aumento progressivo pode atuar positivamente. Exercícios para MS 19 Os principais exercícios para os MS são: A. Arremesso de medicine ball B. Flexões de braço (solo ou parede) C. Exercícios com elásticos Tipo de Piso 20 As superfícies rígidas contribuem para os mecanismos que melhoram a eficiência do CAE (menor dissipação da força). Contudo, deve-se considerar a especificidade da modalidade. Lesões 21 Na pliometria podem ser geradas cargas biomecânicas extremas e o tecido conjuntivo dos pés, tornozelo, quadril e discos intervertebrais amortecem o choque para dissipar o estresse imposto por um salto. Necessidade de execução de treinamento de força antes do início do treinamento pliométrico e da aplicação gradual da sobrecarga durante o programa de treinamento. Dentre as lesões mais comuns encontram-se as tendinopatias e fraturas por estresse. CONCLUSÃO 22
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