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Coop. Internacional Prova

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Cooperação Internacional – aula 01 – A temática no berço da disciplina
Defesa psicológica da paz – Norman Angell – Liberalismo - Idealismo
A harmonia de interesses – Edward Hallett Carr – Realismo Clássico
De certa maneira o pensamento sobre a cooperação internacional que eles tinham, não eram um pensamento direto, a preocupação não era a cooperação em si como passou a ser nos anos 70,80, na verdade entrava dentro de um determinado contexto, todos os autores liberais e idealistas tinham o objetivo de pensar em como construir a paz.
No idealismo, a cooperação era um meio para atingir determinado objetivo: a paz
Ainda no começo do séc. 20, e quando surge a crítica realista, autores vão discordar radicalmente sobre a necessidade e a utilidade da cooperação internacional.
Os autores são totalmente contrários, mas existe um diálogo entre esses dois textos, como se fossem uma resposta direta de um para o outro. Os momentos em que eles escrevem são bastantes distintos, Angell escreve na época em que o liberalismo estava forte, e Carr escreve durante a crise do pensamento liberal. Nesses textos, começa a ter o surgimento de uma disciplina específica que pensava a paz e a guerra, as RI.
Pré RI e Pós RI
1919 – Criação do primeiro curso de RI no mundo (linha divisória)
Caar está no período do pós RI, escreve dentro de um contexto em que existe um corpo cientifico de intelectuais pensando as RI, quando Angell escrevia existia várias pessoas interessadas nesses assunto (RI, paz, guerra), mas não existia esse corpo identificado com essa preocupação, ainda assim esses períodos apresentavam semelhanças, na forma de fazer ciência e nas influencias que esses pensadores tinham. Podemos encontrar a contribuição de outras áreas do conhecimento além da ciência política, como a psicologia nesse momento era de extrema importância, os dois autores vêm de uma corrente chamada a psicologia social, ambos trazem uma linguagem evolutiva. Pensar RI é pensar outras ciências. 
Nessas áreas de conhecimento se pensava também a guerra e como evita-la, as RI eram naquele momento de sua formação extremamente multidisciplinares, Carr era um historiador, falando de política internacional, com influência do darwinismo e da psicologia social, em algum momento perdemos essa riqueza multidisciplinar.
Norman Angell – Pré RI – 1911
Contexto histórico: Paz armada – período entre a guerra franco prussiana (1870 – rompe a balança de poder) e o começo da 1ªGM, ele vivia realmente esse momento da paz armada, do nacional militarismo. A paz armada trazia a sensação de que tudo ia bem, auge do liberalismo, que se traduzia com a força de um movimento que começava a surgir nos EUA e no UK, o movimento pacifista, de que a guerra era prejudicial a todos.
Angell é filiado a esse movimento pacifista, a grande ilusão (título do livro) era, a ilusão de que a guerra traz algo bom para a humanidade. E conforme a força física ia deixando de ser usada, mais e mais a população ia vivendo essa paz.
Ideias principais
O grande objetivo do autor era provar que a guerra não traz benefícios, uma coisa extremamente inútil;
Doce comércio de Kant: quanto mais comércio, liberalizar esse comércio, mais paz haverá, traz benefícios;
Armamentismo era igual a insegurança, para ele, estar armado não era paz;
Se o comércio é livre, conquistar terras é inútil, a ideia de comex é oposta a conquista de terras que era uma realidade naquele momento, a qual era feita através do poder militar (força), o que era incompatível com o comércio, ou seja, o poder militar é incompatível com o poder econômico;
Não há prosperidade sem a coletividade, analogia do indivíduo para o Estado.
A defesa psicologia da paz é feita do micro para o macro, ou seja, do homem para o Estado.
A paz é boa, está diretamente relacionada ao bem-estar que é um fim para o ser humano, pois ele vive e trabalha para alcançar esse bem-estar (cada um pode ter a sua ideia de bem-estar). Na sociedade capitalista tudo é definido por termos materiais, hoje o saber, via educação formal é principal fator de inserção nessa ordem, nesse sentido a gente pode atribuir a educação como algo extremamente importante. 
Adaptação do organismo ao meio: a adaptação começou a ser mais fácil com a coletividade
Viver em sociedade – não eliminar o rival, leis naturais
Ser humano não é um organismo completo – não consegue produzir aquilo que ele necessita para viver
Podem ser aplicados aos Estados? Sim, tanto o indivíduo quanto a nação precisam associar-se para se adaptar ao meio (coletividade). Tem um momento em que a analogia do indivíduo para o Estado não vale.
- O bem-estar faz com que ele tenha vitalidade age direto na cooperação, quanto mais reduzida e imperfeita a última menos a vitalidade do povo, se você coopera tem mais energia para outras atividades. +vitalidade +cooperação
Se eu coopero eu tenho menos custos porque as tarefas são dividas, mas eu tenho grandes resultados, por serem coletivos. É um otimismo liberal no nível extremo. E nessa tendência irreversível permite a falar em darwinismo.
É preciso pensar também na adaptação do Estado (sociedade dos agrupamentos de indivíduos), além da sociedade de indivíduos, o que Carr começa a pensar é que o funcionamento dessas duas sociedades é rigorosamente o mesmo. 
A partir do momento em que eu compro uma coisa, eu deixo de comprar outra, os recursos são escassos, ou seja, quanto mais gastos militares, menor os gastos em bem-estar. As mudanças políticas precisam acontecer, mas não pela forma armada. É nesse ponto que se faz uma analogia interessante: o ser humano, nos primórdios era canibal, era dificílimo se alimentar, a força necessária era muita, percebe então que pode se juntar com outros para matar outro indivíduo. Matar é uma forma difícil de conseguir alimento, então ao invés de mata-lo eu posso escraviza-lo, para trazer os alimentos que eu preciso, ainda assim há uma resistência muito grande, então vou dar a liberdade a ele e vou contratá-lo.
Canibal → Escravo →Emprego
Onde se usa mais a força. O Pensamento é que quanto mais evoluído o ser humano, menos força ele precisa usar.
Aplicando isso no Estado:
Sistema colonial→ Mercado Exclusivo→ Independência 
Com a independência eu posso liberalizar o comércio, uso decrescente da força.
As relações de emprego são uma forma de cooperação e as relações entre Estados independentes são também cooperativas, gerando uma soma positiva.
É necessário evitar que as conquistas territoriais existam, lembrando que o Estado não é uma bola de bilhar, o Estado não é um ator unitário, que existem setores dentro dos Estados. 
A guerra é inútil, mas o uso da força também? Como a polícia. Que garante a aplicação da força contra aquele que fugiu a razão, momento em que a força é aceitável. Sociedade que pode agir enquanto polícia.
Edward Hallett Carr – Pós RI
Contexto histórico: Se referia a crise do pensamento liberal quando escreve a obra vinte anos de crise, que acontece por uma série de crises matérias que ocorre nesse período entre guerras, as quais aconteceram por abusaram-se das políticas do liberalismo.
Ascensão do nazi-fascismo
Crise do capitalismo
Ressurgimento da Alemanha
Liga das Nações
O objetivo também era evitar a guerra, mas quando ele escreve, contraria tudo aquilo que os liberais falavam, não se evitou a guerra, eles quiseram reformar o mundo.
Tem uma leitura pessimista da natureza humana, tinha influência de um psicólogo social da época que dizia, que não dava para separar a vontade de viver (desejo) com a necessidade do poder (necessidade) - Um alimenta o outro, a sobrevivência ocorre em função do poder. 
Ao contrário do que Angell dizia, a submissão do mais fraco é uma consequência natural, (a não eliminação dos rivais de Angell). O mais fraco se submete ao mais forte (a maioria submete a minoria), a política submete a ética.
A cooperação vai entrando aos poucos da discussão de Carr, assim como se entrava no Angell. Começamos a ver que o liberalismo trazia muitas coisas bonitas, mas que acabavamexistindo porque eram bancados pelo mais forte, Carr chama atenção para a instrumentalização dos postulados utópicos (valores, etc), alguém que se beneficiava disso, que nem se quer os partilhava. 
O principal postulado era a harmonia de interesses → ideologia grupo dominante. Tese liberal, tem na sua base o mais puro laissez-faire (livre mercado), em que a prosperidade do individual leva ao progresso de todo grupo, porque cada um tem o objetivo de viver melhor, trabalhando pra isso e chegando nesse objeto, no agregado a grupo também melhorou.
A ideologia grupo dominante era uma forma que acabava forçando a identificação de toda comunidade. O que facilita a relação de poder, havendo uma identificação, mesmo que forçada, com os interesses do indivíduo com os da comunidade. O que gerou uma série de consequências como o nacionalismo. O progresso individual que gera o bem coletivo (harmonia de interesses), quem disse que todos indivíduos tem o mesmo interesse. O que foi canalizado através nacionalismo que vinha surgindo na figura do nazi-fascismo.
Comparação de como o nacionalismo era visto pelo Carr e pelo Angell: O nacionalismo é favorável ou prejudicial a harmonia de interesses?
Angell - cosmopolita - O nacionalismo em si é um problema para o indivíduo, aumenta a alteridade (identificação própria perante o outro). Nesse sentido o nacionalismo é prejudicial.
Carr – comunitarista – favorável a harmonia de interesses porque ajudaria o país como um todo, o comunitarismo existia de uma forma no séc. XIX, porque começava a ser combatido por essas ideias cosmopolitas. 
A onda de nacionalismos gerou uma maior rivalidade entre os Estados e dessa rivalidade, surge o questionamento de porque os postulados liberais estavam trazendo benefícios para todos. No fim do séc. XIX havia quem defendesse a liberalizar o do comércio, que era vantajoso apenas para a Inglaterra, outros tantos países praticavam o protecionismo, logo, defender o livre comércio nessa época era defender uma ideia que o país dominante estava defendendo para o seu objetivo. 
Como a expansão da ideia do livre comércio, da harmonia de interesses, se aplica nesse contexto?
Para Carr o laissez-faire é uma evolução darwinista, porque ele vai beneficiar o mais rico (mais forte) e não a todos igualmente (mais fraco). Biológica ou economicamente só seria possível manter a doutrina da harmonia de interesses se fosse deixado de lado o interesse do fraco ou se apelasse para um próximo mundo para reajustar o interesse deste. A harmonia de interesses é só uma forma bonita para fazer com que se aceite essa soma zero, a dominação.
O SI naquele período, como estava a harmonia internacional
No pós 1ªGM tem a reintrodução da harmonia de interesses, não foi tão forte, os Estados ainda tinham receio em liberalizar as suas economias. O grande problema na PI, era que essa harmonia não é natural, não havia nessa época quem criasse essa harmonia, ou seja, tinha que convencer os Estados que a harmonia era natural, ou seja, o livre comércio, e ele se ajusta com a mãe invisível de Adam Smith (natural), os próprios problemas são resolvidos por ela mesma.
A harmonia de interesses trazia mais cooperação e consequentemente a paz, significa, portanto, que a paz não é natural, mas se há aqueles que são contrários a harmonia de interesses, existe aqueles que são contrários a paz. O que Carr chama atenção, será que todos nós queremos a paz? Existe o interesse na paz porque ela mantém o status quo do dominante. A cooperação internacional favorece mais a uns do que a outros, em termos relativos a cooperação internacional é soma zero, o mais fraco vai ser progressivamente eliminado.
Contraposições entre Angell e Carr 
Natureza, homem animal social X homem político, natureza pessimista
Indivíduo ou país organismo incompleto X sobrevivência depende do poder
Cooperação - benefícios para todos, bem-estar X benefícios para o mais forte, poder
Aula 02 - A cooperação nas TRI durante a bipolaridade
Raymond Aron “Os irmãos maiores ou a diplomacia dentro dos blocos”
Mancur Olson – Increasing the incentives for international cooperation
Raymond Aron “Os irmãos maiores ou a diplomacia dentro dos blocos”
Aron traz em seu texto a ideia de “irmãos maiores”, começando a pensar nas grandes potências (EUA e União Soviética) como os irmãos maiores. E traz nessa analogia a ideia de proteção, ou seja, as grandes potências garantindo de alguma forma a proteção dos países mais fracos. Porém é importante pensar que essa proteção só faz sentindo pela existência de uma ameaça, ficando claro essa ideia para se entender os blocos antagônicos da guerra fria (bloco americano x bloco soviético). Portanto existe diferentes formas de relação em um sistema ou em uma sociedade.
3 categorias de relações desses blocos:
Relação intrablocos: relação que acontece dentro do bloco
Relação entre blocos: capitaneada principalmente pelas grandes potências
Relação fora dos blocos: com o resto do mundo (ex: movimento dos não alinhados quando o Brasil mandou observadores; Brasil e China depois que rompe com o bloco soviético)
Essas 3 categorias de uma maneira geraram durante quase 50 anos um padrão de comportamento, e dentro desse padrão de comportamento teremos os incentivos para a cooperação, os constrangimentos da cooperação e claramente dentro dessas categorias ficamos na possibilidade de uma guerra que era capaz de acabar com o mundo. Em todas essas categorias existe a figura dos aliados, se não há alinhamento, não há bloco. Essas alianças muitas vezes se formavam por que em princípios de política externa os países podiam concordar, mas em termos estratégicos os países poderiam vir a divergir.
A ação desses blocos, portanto são definidas por negociação/barganha e isso acontecia em todas as categorias, já que há a possibilidade de um país ser aliado do outro país fora de seu bloco. Entretanto é difícil pensar em uma inimizade dentro e um bloco, principalmente pensando de um país menor com uma grande potência. Logo, é preciso pensar também que entre os países menores de um bloco e até mesmo de um bloco para outro, a relação às vezes é de desconfiança. Os inimigos dos blocos por sua vez costumavam acumular meios de coerção, como por exemplo a corrida armamentista, por interesses estratégicos e militares.
Um terceiro ponto a respeito das 3 relações é sobre o resto do mundo, uma vez que eles não estavam sob a proteção de uma grande potência, acabavam muitas vezes não se arriscando, tentando tirar o máximo proveito da situação sem correr quaisquer riscos. Isso foi surgindo em um determinado momento em que as formas de proteção das grandes potências ainda não tinha surgido diretamente como uma proteção militar, mas ainda se pensava uma maneira de garantir que os outros países sucumbissem a um bloco antagônico.
A Guerra Fria tem dois momentos, a primeira de 1946 (quando o presidente americano anunciou que o mundo vivia uma guerra fria) a 1968 (assinatura do TNP), e a segunda Guerra Fria nos anos 80 quando Ronald Reagan lança o projeto guerra nas estrelas (satélites antimísseis). Estamos na primeira guerra fria. 
3 momentos da guerra fria (na visão americana): 
Doutrina de contenção: buscando conter a ameaça comunista de seu bloco.
Doutrina da dissuasão: que trata da dúvida se vale a pena atacar pois a resposta seria muito mais destruidora
Doutrina da distensão: a partir da retirada das bases militares localizadas em Cuba e Turquia.
Aron começou a olhar de que forma os dois blocos poderiam criar mecanismos para conter a ameaça do outro lado, sendo a tentativa de garantir que não se perderia aliados.
No lado ocidental temos a criação dos mecanismos como a OTAN e Plano Marshall um lado garantindo a proteção dos irmãos menores (OTAN) e de outro lado garante oportunidades para que eles não sucumbam as tentações de uma outra ideologia, em outras palavras, reconstrói os países (plano marshall, que também é oferecido a URSS, que não aceita), que nasce com uma preocupação com relação a Grécia e Turquiae depois que se expande como ajuda financeira para o resto da Europa, da mesma forma é o 1º documento que há a associação entre desenvolvimento x segurança; desenvolver as regiões para garantir que não sejam uma ameaça a nossa segurança.
E do lado soviético a existência da COMECON (Conselho para Assistência Econômica Mutua) e do pacto de Varsóvia (equivalente a OTAN).
Quando olhamos para OTAN e plano Marshall veremos 2 perguntas principais dessa análise: 
Analisando a cooperação militar e econômica.
Essas cooperações são totalmente separadas ou são complementares? 
Qual era o objetivo dessas cooperações? Cooperações serviam para produzir algum ganho. 
OTAN- Liderado pelos EUA, uma organização que reuniria os países europeus de sistema capitalista em um pacto de auxílio militar mútuo, estabelecendo que os países envolvidos se comprometiam na colaboração militar mútua em caso de ataques oriundos dos países referentes ao bloco socialista.
Pacto de Varsóvia: Liderados pela União Soviética. Esta organização tinha os mesmos preceitos de cooperação militar mútua em caso de ataque a seus membros por parte dos países capitalistas.
Mancur Olson – Increasing the incentives for international cooperation 
Olson vai tentar entender a cooperação nesse período, o Estado vai querer cooperar por que ele tem algo a ganhar. Mas um Estado pode ter algo a ganhar fora também de um regime, de uma cooperação, pode ter algo a ganhar pela guerra e não pela paz. Olson se pergunta quais serão as condições que vai levar o Estado a um arranjo cooperativo ou não, qual seria um resultado ótimo? 
A literatura americana trata de dois resultados: ótimos e subótimos.
Resultado subótimo: não é um resultado necessariamente ruim. É o máximo que se poderia conseguir de uma determinada dinâmica, mas é a abaixo do que se objetivava.
Então qual será o grande esforço cooperativo para que os Estados se mantenham nessa cooperação. O modelo do Olson chama atenção o fato de que existem não só as organizações formais (OEA, OTAN) mas que existe também uma cooperação informal (não é institucionalizada, não tem secretariado ex: IBAS; o BRICS era um exemplo de coop. informal)
Porém tanto para organizações e cooperações informais, o modelo do Olson vai trabalhar com duas variáveis, buscando saber quais garantirão que os Estados permaneçam no seu arranjo cooperativo, seja ela informal ou formal. Para isso os Estados precisam contribuir com alguma coisa, do contrário não mais existiria. 
Contribuição que os Estados dão para as organizações: Para Olson o que importa não é qual Estado contribui mais ou menos, e sim como a contribuição é decidida. O país pode decidir individualmente, ou então pode ser decidida coletivamente, como é no caso da ONU. (Um Estado só vai entrar com capital, fazer um investimento em um arranjo, se há a possibilidade de algum ganho)
A distribuição dos ganhos, como será dividido os ganhos que o coletivo adquiriu? A primeira forma de fazer essa distribuição é ganhar proporcionalmente ao investimento. E a segunda forma é fazendo a divisão dos ganhos de maneira igualitária
Não importa qual será a forma de decisão da contribuição, nem da divisão dos ganhos sempre haverá um insatisfeito. A pergunta então é como garantir esse insatisfeito a continuar a fazer parte dessa organização? 1º opção: através do convencimento de que em próximas vezes haverá ganhos. Teoria soma aleatórias: significando que no final todos teriam mesmos ganhos e mesmas perdas. 2º opção: Convencer o Estado de que o ganho dele talvez seja imaterial, afinal de contas segurança é o ganho e não é possível medir a segurança, da mesma forma que não seria possível distribuir proporcionalmente, ou seja a segurança seria coletiva para todo o bloco igualmente. 
A discussão começa para se pensar nessas duas variáveis, nas possibilidades de decisão da contribuição e ganhos e começar, portanto, a avaliar como acontecia na OTAN, Plano Marshall e pacto de Varsóvia.
OTAN não é uma organização que surge sozinha, em 1847/1849 os EUA lançam uma série de organizações parecidas com a OTAN, com características comuns. Da sua própria natureza militar, todas preocupadas com a questão da defesa e com certo alcance regional. Começamos a ver então uma organização com uma ênfase ideológica clara, e dessa ênfase surge a grande preocupação com a segurança coletiva, a segurança coletiva já é a primeira forma de ganho que foi discutido.
A OTAN passa por um período de alargamento de seus países membros pós período da guerra fria, mas ela em sua criação, começa sem um país membro chave, a França que só passa a fazer parte da OTAN em 1855, devido a ficar de lado dos dois blocos podendo vir a ser muito mais prejudicial em tempos de bipolaridade no SI.
A OTAN tinha como objetivo a segurança coletiva, tinha também uma cláusula democrática e 3 critérios para que os Estados pudessem fazer parte da organização. Sendo eles:
Localização Geográfica: só pode fazer parte da OTAN os países que estivessem no atlântico Norte.
Já que existe uma cláusula democrática é preciso ter uma identificação ideológica com a organização.
Capacidade de contribuição para a defesa coletiva. Se o Estado não tem nada a contribuir não poderia fazer parte da organização. (A contribuição não precisa ser algo que todos sintam, mas que todos de alguma maneira estejam dispostos a contribuir)
A OTAN não existiu apenas pensando na guerra e continuou existindo em momentos de paz, tendo mecanismos para esses momentos pacíficos. Os membros da OTAN em tempos de paz podem usar as forças do bloco com objetivos extrabloco. (ex: a intervenção da OTAN na liga das nações, capitaneado pela França). O próprio uso da força é proibido pela OTAN em tempos de paz, garantindo que nenhum dos vizinhos do atlântico norte fará alguma agressão. O ganho que a OTAN vai garantir é essa segurança, então não há como pensar em um ganho proporcional dentro dessa organização. 
Uma das coisas que precisam ser definidas dentro da OTAN são os objetivos militares (decidir quem era uma ameaça), sendo também uma forma de definir as contribuições de cada Estado. A definição da ameaça, portanto é uma contribuição que se dá. No caso da OTAN quem definia, a última palavra era os EUA pois era quem detida os poderes últimos, devido terem mais bombas atômicas, eram eles quem tinham as armas decisivas. Os EUA eram os únicos que podiam enfrentar a União Soviética aqueles que todos entendiam como a principal ameaça. Isso significava que os EUA tinham uma contribuição muito grande para esse bloco. 
Essa tal de aliança/pacto do atlântico era vantajosa para todos? Os EUA precisavam da Europa para empregar a sua força, pois tendo a Europa como aliado era muito mais fácil, já que os EUA usavam a Turquia e suas armas apontadas para a União Soviética e também precisava da Europa para o engajamento, se precisasse sair de uma invasão por terra teriam que passar pela Europa. Por outro lado, a Europa também precisa dos EUA, pois não tinha condições de se defender da união soviética sozinha. O Plano Marshall então fazia com que os EUA garantissem a segurança da Europa ao passo que a Europa garantia dividendos para os EUA.
O Plano Marshall foi um plano unilateral no qual os EUA individualmente resolveram contribuir. E não há como separar o Plano Marshall da OTAN.
 Investimentos Ganhos
 Coletivos (ótimo de pareto) 
 
Custos totais = quando maior for o investimento, maior será o ganho.
Vg = valor agregado para todos participantes ativos de quanto foi o investimento. Um país + outro país = Vg. Somatório dos integrantes
Pode chegar em um determinado momento em que os ganhos podem sofrer uma estabilização. Bloco atingiu a hegemonia, cada vez mais seguro.Vi Small – Os países pequenos, quando chega ao ponto Y, ele começa a diminuir os investimentos e continua ganhando. Isso é a exploração do grande pelo pequeno, indo de carona nos ganhos do grande.
Vi Largerst – O maior estado chega a um determinado momento em que ele não precisa aumentar o seu investimento que os ganhos continuam.
(Pensando em decisões decididas individualmente). Os ganhos não caem de um país pequeno que em um determinado momento deixou de contribuir por que outro está suprindo esse valor, contribuindo no lugar deste, que seria o caso de um 3 país. Que foi o caso do alargamento da OTAN. Em qual momento essa situação de carona será aceita e como será dividido os ganhos, individualmente ou igualitariamente? A situação de carona será aceita pelo país maior devido a um bem maior que ele objetiva, e por esse crescimento, no momento que o país alcança a hegemonia, a carona é inevitável. Esse é o momento em que a carona/exploração do grande pelo pequeno é aceitável.
A distribuição igualitária faz com que os menores tenham condições de crescerem mais, uma tendência convergente a longo prazo. 
Ótimo de Pareto – Quando se tem um equilíbrio em que qualquer tentativa de otimização dos ganhos vai necessariamente prejudicar a outra parte. (Ponto Y, qualquer tentativa de aumentar os ganhos de um lado, vai prejudicar o outro, pois a outra parte terá que investir mais)
Cooperação Internacional – Aula 03. Cooperação na Escola Inglesa (Revolução Humana e Sociedade Internacional x Cooperação)
Textos: Hardley Bull “Há uma ordem na política mundial? ”
“Como reformar o sistema de Estados? ”
A Escola Inglesa por mais que tenha evoluído, a questão da sociedade internacional é sem dúvida o que une todos teóricos da Escola.
O livro da sociedade anárquica de Bull foi escrito em 1977, nessa época foi um período rico para as RI, em 75 houve a publicação do livro interdependência complexa, em 79 publicação do livro teoria da política internacional.
Em 1977 tratava-se de um contexto de interdependência, Waltz ironizava o debate a respeito da interdependência falando que a interdependência nunca era de única mão, para uma era dependência e para outra era independência. Pensamento marco que pode-se pensar no período da guerra fria. Nesse período também há a ascensão de regimes internacionais, começando o questionamento de uma ordem internacional cada vez mais ser regida pelos regimes internacionais. 
Dentro desse contexto político e acadêmico, existe a identificação clara de que a escola inglesa vem dentro de um debate entre 3 tradições principais/acadêmicas. 
Havia formas em que o pensamento geral das RI era generalizado. (Não entendi palavra)
3R´s: Realismo/hobessianismo destacando a questão do auto interesse, de uma diplomacia prudente; Revolucionismo/kantianismo: ideia de reformar completamente o SI com instituições; Racionalismo/Grocionismo: ligado ao pensamento de uma civilização, é no racionalismo que muito se aproxima da escola inglesa no positivismo, começando a reparar algumas semelhanças no debate dos regimes internacionais, instituições. E uma vez que esses regimes e instituições existem, eles moldam o comportamento dos Estados.
Qual era a ideia de Hugo Grocius, e por que está muito ligado com civilização? O grocius, partia de uma ideia muito simples, a partir da racionalidade que ele chama atenção veremos todo o surgimento de um sistema de direito, sistema de regramento que vai atuando na sociedade e logo será chamado de civilização. Não existe uma sociedade sem instituições, as instituições seriam a forma máxima de socialização dos agentes dessa sociedade. As instituições, portanto, por serem fruto dessa sociedade, elas são socialmente construídas. Esse pensamento chama a necessidade de algumas características desse tal racionalismo.
O racionalismo era uma espécie de meio de caminho entre o realismo e o revolucionismo, e tanto para realismo quanto revolucionismo há algumas diferenças fundamentais entre eles algumas dessas diferenças diz respeito aos resultados dos jogos que as RI eram. No realismo, a política internacional são um jogo de soma zero, onde um necessariamente ganha o outro necessariamente perde. E fazia a leitura dos ganhos relativos de um Estado em relação a outro. Mas no revolucionismo se fazia uma leitura contraria, com jogo de soma positiva, o que importa é que quanto A quanto B ganhem. Já no racionalismo, a Escola Inglesa entende que a guerra nunca deixou de existir, por mais que exista uma sociedade de estados, inclusive a guerra é uma das instituições sociais que Bull chama a atenção e dentro de uma guerra a política só pode ser um jogo de soma zero. Mas sabemos que a guerra não é eterna, enquanto vários estados podem estar em guerra, outros tantos podem estar em paz. E nesses outros tantos é possível que haja um jogo de soma positiva em que todos ganham, a única forma que não faz parte do racionalismo é o jogo negativo na qual todos perdem. 
Bull entende que a sociedade internacional é um jogo de soma distributiva, onde é possível jogo de soma zero e de soma positiva ao mesmo tempo. Bull vá começar a pensar o papel do comercio internacional e pensando que o comercio internacional é uma característica principal dessa sociedade internacional, pois é constante e nunca deixou de existir. Essa sociedade também tem regras e instituições e por mais que não exista um ator acima dos outros, um governo regrando a vida dos demais atores, mesmo assim se há regras, a sociedade é repleta de regras. Regras essas que foram socialmente construídas (não mentir, não matar). Família é uma instituição constituída socialmente entre os indivíduos. A guerra também é uma instituição, os países do mundo reconhecem o uso da guerra, mas se a guerra é também uma instituição tal como família, também é a diplomacia, o direito internacional. Portanto, essas regras e instituições acabam trazendo a aceitação de certas exigências que são chave para a coexistência, e a existência de uma cooperação. Todas essas regras, instituições, indivíduos, Estados criados foi justamente para garantir a sua coexistência, ou seja, para superar de alguma forma aquele estado de natureza hobbesiano, mas a partir disso existe uma possibilidade de cooperação entre eles. Será que para haver a existência dessas regras/instituições não é preciso que os Estados cooperem entre si? Afinal de contas o que garantira a permanência dessa sociedade de estados (a manutenção do sistema de estados). Não tem como ignorar a coexistência (regras e instituições) sem pensar em um debate maior que é a busca pela ordem internacional. 
A partir do momento que se há um critério, já se pode ter uma ordem. Uma regra para dispor os elementos, eu tenho uma ordem. O critério que vai definir a regra nas RI muda dependendo da teoria que decidir escolher, no realismo o que define a ordem é o poder. O poder nunca foi ignorado dentro da escola inglesa, mas ela acredita que existem outros critérios que seriam como por exemplo o direito. A partir desses pensamentos começamos a pensar a própria ideia da cooperação. Quem produz as regras no SI? A escola inglesa trata que as próprias Organizações Internacionais têm um papel nesse sentido, mas será que ainda assim são capazes de manter a ordem? Existe, portanto, um ponto de convergência entre as Organizações internacionais e os Estados soberanos? Ou há uma competição entre eles? Há sempre uma tensão, mas enquanto ainda é uma Organização Internacional, falamos da garantia de regras, no diálogo (teoria dos jogos, faz com que os atores mantenham o contato, se aumenta o fluxo de informações aumenta a previsibilidade do comportamento diminuindo o risco de trapaça.
Afinal de contas entre as Oi e os Estados existe uma tensão também existe um fator catalizador da cooperação, a partir do momento que falo que as OI fazem que os estados dialoguem fazendo que diminuía o risco de trapaça, eles também acabam tendo que cooperar, a ação internacional do estado não depende de fatores que ele controla.
Relaçãoentre conflito x cooperação: Em 77 ainda não se discutia ameaças transnacionais, então nessa época a cooperação podia vir para aperfeiçoar o sistema de estados. Para aperfeiçoar algo vai haver conflito e cooperação, conflito por que a divergência de opiniões. Tanto conflito quanto cooperação são responsáveis por tornar o sistema de estados aperfeiçoados, significa que as coisas vão ficando melhor. (ex: a história da humanidade e a mudança que existe pra hoje. Há 200 anos atrás ninguém imaginaria que existiria a ONU). Essa aperfeiçoidade do Sistema de estados vai ter um caminho importante a ser trilhado pois pode imaginar que é um caminho harmônico. Forma que o sistema internacional pode evoluir simplesmente para uma sociedade internacional, a partir o reconhecimento dessas regras e instituições e dessa sociedade pode evoluir para uma ordem internacional, um padrão fixo com alguém com poder suficiente para determinar a fixação dessas ordens, não só sociais, mas alguém que passe a ter força para cobrar o cumprimento, como por exemplo as grandes potencias. 
Mas também existe outro caminho, o que vai de sistema internacional direto para uma ordem internacional, pensando em uma hegemonia que acabou de surgir e passou a dar regras. Não importa o caminho para chegar nessa ordem, mas essas ordens podem ser de 2 formas. A ordem tem acima de tudo o objetivo de defesa e conservação do sistema de estados. 
Ordem minimalista: Focada somente em poder e segurança, minimalista por que é direta, e pelo fato de que ela pode não ter passado por uma sociedade internacional, e se passou, identificou regramentos mínimos e comuns para a criação dessas regras.
Ordem maximalista: ordem maximalista por que se destaca a existência da cooperação, e uma cooperação que é um ato bilateral ou multilateral, mas acima de tudo é um ato voluntário. Nessa ordem enxergamos essa cooperação e além disso como resultado das instituições e nas organizações internacionais. (ONU, OEA, FMI) são os melhores para se identificar a possibilidade da cooperação. Quanto mais a ordem é calcada em uma sociedade mais estável, profunda e estabelecida mais é provável que haja uma cooperação internacional. 
A paz é uma consequência da ordem por que independentemente de onde essa ordem veio, ela pode ser construída entre outras coisas com base em guerra, as regras podem ser construídas de maneira cooperativa, mas também podem ser impostas por um ator hegemônica, mas mesmo assim se tem uma ordem internacional.
Sistema de Estados X Sociedade de Estados: Os sistemas de estados/internacionais é um conjunto de estados imerso em uma questão geográfica, que reconhece a existência um dos outros e cujas ações tem impacto direto uns nos outros. E a sociedade de Estados é um conjunto de estados consciente da existência uns dos outros, mas que compartilham de certos valores e interesses que formarão essa sociedade, como por exemplo a preservação do interesse do Estado e preservação dos estados como organização política é um desses valores e com isso começamos a pensar eles acabam sendo ligados entre si através de regras e instituições.
Séc. XVII, existia 2 sistemas de Estados: Guerra dos 30 anos, Tratado de Vestefália.
Sistema da Europa ocidental: Espanha, França, Holanda e a Inglaterra
Sistema dos países bálticos: Suécia, Dinamarca, Rússia.
A interação trocada de um sistema para outro limitada ou até mesmo inexistente. Processos que acabam alimentando isso, o fator que junta os dois estados é a cooperação ou pode ser a guerra? A guerra dos 30 anos e esse processo de guerra que acabou aproximando esses dois sistemas. E ao entrar na guerra acabaram fazendo parte também da solução dessa guerra que foi a paz de Vestefália. Concentração internacional que se faz uma tentativa de garantir valores e princípios comuns a esses estados.
No Séc. 18 e 19 veremos que esse conceito de sociedade e sistema de estados é estreitamente europeu, são os europeus que estão dentro desse sistema. Se algum outro estado que não seja europeu quiser fazer parte dessa sociedade internacional ele deve atingir alguns critérios mínimos, um nível civilizacional, ou seja, para fazer parte de uma sociedade eu precisava ser “civilizado”. 
Nesse período as características básicas dessa sociedade são:
Cada membro tem direitos fundamentais básicos e é dever dessa sociedade a garantia desses direitos. (Direito a vida). As balanças de poder justificam a extinção de algum estado justamente para garantir que o estado continue vivendo.
Direitos e Obrigações que são sempre recíprocas entre esses Estados e são resultados do entendimento, não precisando de uma lei, um tratado para que se haja esse entendimento, e sim com base no consentimento que está ligado esses direitos e obrigações de uma sociedade e esse entendimento e consentimento acabam incluindo alguns e excluindo outros, a partir do momento que não se reconhece o direito acabam excluindo alguns atores.
Existe condições para a cooperação internacional e não simplesmente o voluntarismo, como por exemplo aquele que reconhece os direitos e as obrigações do outro.
A sociedade internacional passa a ser escondida ainda que através de uma civilização, mas com base nos direitos e obrigações, ou seja, tudo acaba sendo fonte do direito internacional. Não só a sociedade internacional, assim como o direito internacional surge como fruto da cooperação e aquele postulado realista o equilíbrio de poder é fruto de uma cooperação internacional. (Congresso de Viena, paz de Vestefália, tratado de Versalhes, todos eles pensam as potencias cooperando) o equilíbrio de poder é uma consequência da cooperação internacional. A partir disso o comercio característica Principal da sociedade de estados tem relação com a cooperação, a diplomacia também, as instituições sociais da política internacional são justamente todas menos a guerra, resultados da cooperação internacional e isso acaba trazendo um processo cada vez maior de reconhecimento dessa sociedade de estados e de reconhecer a civilização dos outros.
1850 (1880), 3 categorias de mundos:
Mundo civilizado: A Europa e a América. Toda a américa latina passa por um processo de construção dessa civilização;
Mundo bárbaro: ele ainda consegue se organizar politicamente, mas ele ainda gosta da força e perde também um pouco da questão da racionalidade. Destacando como exemplo os estados independentes da Ásia.
Mundo primitivo: Todo o resto, primitivo por que era negado o reconhecimento quanto a ser humano, que não obedece a mesma natureza. 
Existia uma divisão quase que igual, existia as sociedades modernas, as sociedades tradicionais e a sociedade primitiva, o resto. Vemos disso, a diminuição dos atores na cooperação. Quando começo a estabelecer critérios ao mesmo tempo que estou incluindo, estou excluindo quem poderia fazer parte dessa cooperação. Do mesmo modo é que paralelamente o número de atores no SI vai diminuindo, e diminuindo também o número de atores envolvidos na cooperação. A diminuição desses atores acontece pelo fim das potencias dominantes e a restrição das existências das grandes potencias, são as grandes potencias que começam a determinar a ordem e as regras desse sistema. E o que vai importar para a definição da cooperação, mas se você tem poder. Se antes a cooperação dependia do seu reconhecimento de civilização, hoje passamos por uma cooperação que passa a depender do seu reconhecimento como um Estado. Fazer parte da sociedade internacional significa dizer que você está apto a cooperar, e é por isso que aqueles estados que não reconhecidos internacionalmente tem tanta vontade de ser reconhecidos mundialmente.
Cooperação Internacional - Aula 04. A cooperação nos anos 1980 (Regimes Internacionais X Cooperação)
Anos 80 – Debate neo-neo e discussão dos regimes internacionais.
Para Keohane, cooperação é muito mais do que a mera abstenção do uso da força, a ascensão do uso da força é uma condição necessária para a cooperação existir, mas é visível que se trata de algo muito maior que isso.Os estados convergem as suas políticas para atingir resultados comuns. A cooperação de certa maneira é uma situação na qual os estados concordam em trabalhar nessa convergência de suas políticas para produzir novos ganhos. E pensar nessa ideia de convergência de políticas vai ser a chave da discussão.
Keohane trabalhar de que se existe uma harmonia não há necessidade de cooperação por que não há divergências, desacordo. A cooperação é uma convergência de política para soluções de poderes, se há harmonia não há problemas.
A carreira do keohane se resumiu em escrever sobre cooperação e regimes internacionais. 
Década de 80 – O contexto histórico é na verdade um contexto de uma nova fase de tensão da guerra fria, mas era também a última fase de tensão, pois cada vez ficava mais escancarado que a união soviética não tinha condições de sustentar de fomentar aquela rivalidade.
Debate Neo-Neo: debate importante, que acima de tudo era protagonizado entre neorrealistas e neoliberais e vinha a tratar sobre anarquia (ausência de um governo central). O sistema internacional segundo waltz tinha 3 características a primeira delas era a anarquia. Tanto os neorrealistas quanto neoliberais a anarquia na verdade era um elemento constante no sistema internacional. (O sistema internacional é anárquico, foi anárquico e talvez sempre será anárquico). Mas waltz chamava atenção que a estrutura do SI era caracterizada por uma lógica de autoajuda, de que nenhum estado pode confiar em outro Estado para atingir os seus interesses, o estado sozinho deve bastar. Os realistas tratam que essa lógica também é uma constante e aí vem a 3 elemento do SI que é a balança de poder (distribuição de poder) que essa sim era variável. Os liberais nunca ignoraram a existência de poder, mas a grande questão é em “....” o sistema de autoajuda, os neoliberais não concordam com esse sistema de autoajuda.
Keohane estava preocupado em mostrar cientificamente que era possível que os estados fossem a cooperação mesmo em um ambiente anárquico. Nenhum estado era autossuficiente, o Estado precisava de outros. O estado como ator racional vai tentar através daquele seu cálculo, mas também avaliar o que o estado não controla e nem tem a menor certeza da variável do comportamento dos outros Estados. Keohane chama atenção que o Estado precisa para conseguir a cooperação, primeiramente, reconhecer isso e a partir disso buscar informações sobre o comportamento a ação do outro Estado, a questão da previsibilidade é muito importante nesse sentido.
Quais eram as formas de conseguir essas informações e a previsibilidade? 
Essa ideia de desentendimento, de falta de compatibilidade entre as políticas do estado é o que vai começar a levar para a cooperação. Se a gente tem dois Estados, esses estados têm políticas podendo entender como competitivas, que podem prejudicar o outro? Sim. Existe uma possibilidade de ajuste dessas políticas, de conversibilidade de trazer para termos comuns? Se não existir então não existe cooperação, porém se existir essa possibilidade, qual seria a compatibilidade dessas políticas, se sim, teremos a cooperação. 
A partir disso começamos a pensar que a cooperação pode variar em torno de tema/assunto e também variar em torno da vontade.
Será que a partir dessa compatibilidade das políticas, desse ajuste, será que é possível conseguir algum dano novo? O primeiro ajuste vai ser o suficiente ou precisar cada vez mais em mais ajustes? O que começamos a se perguntar é: será que isso aqui, me é meramente uma situação na qual há uma vontade de solução dos problemas ou podemos pensar na geração de um bem-estar?
Dilema da bombaH: o pais vizinho resolveu desenvolver uma bomba H, ameaçando a segurança de seu país. A não cooperação, ou seja, cada um agindo por si só faz com que ambos percam. Situação ruim para ambos. A não cooperação é um resultado de soma negativa em que ambas as partes envolvidas perdem.
No momento da corrida armamentista, O ajuste dessas políticas ficaria cada vez mais difícil, por que não existe a confiança e é preciso de algo para gerar a confiança desses atores. Dado que a bomba existe, com uma série de acordos bilaterais entre EUA e união soviética que acabavam gerando a própria perspectiva do desmantelamento dos arsenais mundiais.
Jogo da caça ao viado: dois caçadores que não se entendem, saem para caçar, 1 deles consegue caçar um coelho, o coelho não é o suficiente para alimentar a sua família, então ele vai tentar caçar um animal maior, um viado. Só que ele percebe que o viado é muito grande e ele não conseguiria carregar. O outro caçador está no mesmo dilema, então eles agem juntos para ambos não saírem perdendo.
Jogo da galinha: galinha representa o covarde. Dois rapazes pelos 16 anos com os carros dos pais, e fazem um teste de quem é o melhor. Traçam uma linha no chão e colocam os carros sob aquela linha e vão correr um em direção ao outro. O Confronto só pode ser evitado se um ficar com medo e desviar, o que desviar é a galinha, o covarde. Quando esse modelo vem chama a atenção para o conflito em última estancia que ambas as partes percam, se um desvia eu já tinha o conflito e a única forma realmente de evitar o conflito é não jogar a guerra. 
Nesses 3 modelos os atores não têm contato uns com os outros, ou seja, não tem como saber que rumo vai levar a ação do outro ator e nos 3 estão sendo levados ao conflito.
A partir desses modelos já se começa a pensar em uma vontade de cooperação, e existe uma forma que façam com que os estados sejam constrangidos a cooperação. Essa forma 
Keohane chama a atenção para a existência de regimes internacionais (comércio, meio ambiente, direitos humanos com base uma serie de tratados) e de instituições internacionais (onu, omc e etc). 
Os regimes internacionais e instituições serão responsáveis em fornecer esse contato que antes não havia, criando regras (como proceder, manual de como agir; prescrições especificas para uma determinada ação; leis) e normas (não precisa ser positivada, não está na lei; comportamento padrão definido em termos de direitos e obrigações); procedimentos para tomadas de decisão; em torno da qual as expectativas dos atores convergem em determinadas áreas.
Keohane chama atenção do papel dos procedimentos de tomada de decisão, por que os procedimentos acabam sendo feitos de tal modo a legitimar essas decisões. 
Necessidades inegociáveis, interesses negociáveis. A forma que a decisão é tomada acaba sendo de uma forma que as necessidades virem interesses. E a partir do momento que elas viram interesses elas podem ser negociadas e se podem ser negociadas há a possibilidade de cooperação.
2 definições de cooperação internacional:
Cooperação: situação onde as partes concordem em trabalhar juntos para conseguir novos ganhos para as partes, nas quais os participantes são impossibilitados de conseguir através de ação bilateral e algum custo.
Keohane - Cooperação: ações de indivíduos ou organizações separadas que não estão em harmonia pré-existente, e são trazidas em conformidade uma com a outra através do processo de negociação como coordenação de políticas.
A diferença básica entre essas duas definições é que a do keohane destaca a questão do processo de negociação e a coordenação de políticas, destaca portando a ideia da discórdia. Ou seja, ao passo que a primeira da uma sensação que é um objetivo para além da situação atual a segunda parece há um problema e é preciso resolver. 
Nos anos 80 há uma confusão de conceitos como se regimes e cooperação fosse um lado da mesma moeda, mas principalmente estabelecendo de uma maneira muito forte uma relação causal, os regimes causam a cooperação. A sensação que dava naquele momento é que se não fosse as existências dos regimes internacionais não haveria a cooperação internacional.
Será que podemos pensar nesses regimes enquanto variáveis (termos de estatística), será que são capazes de determinar o comportamento do estado? Steven diz que os regimes eram sim variáveis, mas eram variáveis intervenientes,na qual agiria diretamente no meio da equação e mudaria tudo, fator fora da equação. A anarquia do sistema internacional leva a guerra, uma variável interveniente é cooperação. Essas variáveis intervenientes vão agir entre fatores causais básicos: anarquia, mas também por outro lado são os resultados como por exemplo os comportamentos.
Quais são as formas que os regimes podem intervir nessa relação dos fatores causais básicos e o comportamento: existe 3 interpretações sobre os regimes internacionais
Susan, ela flerta com pensamentos realistas, e argumenta que os regimes são triviais, (algo totalmente desnecessário), ela chama atenção para os atores e que eles continuam sendo racionais, e além de racionais eles buscam os resultados/recursos para fazer suas ações em si mesmo. O ambiente em que eles estão ainda é definido pelo interesse dos próprios estados (anárquico) e nesse ambiente há normas e regras, mas Susan argumenta que essas regras e normas não tem relevância. 
Estruturalismo modificado: A ideia é que os atores são racionais, como a susan fala, e o comportamento deles é definido pelo interesse dos próprios estados, mas a diferença é a coordenação desses comportamentos que ele entende que é desejável pelos próprios estados. Não é interesse do estado a guerra, mas ele não consegue fazer seus objetivos sozinhos, ele precisa colocar no seu cálculo da ação o pensamento do outro. Portanto, os regimes servem quando as ações não são coordenadas, os regimes irão coordenar, regimes serão responsáveis por criar essas expectativas convergentes. Os regimes irão atuar na linha das disputas, controvérsias para mudar o comportamento dos Estados. Cooperam por que não tem outra opção.
Tradição Grouciana: Essa tradição grouciana é uma tradição que se aproxima muito mais no construtivismo por que essa tradição vai pensar que existe uma relação de mão dupla entre os regimes e o comportamento. Eu tenho fatores causais básicos que podem alterar o comportamento, mas esses fatores podem ser alterados no regime determinando o comportamento. Se o regime traz benefícios por que não fortalece-la? A partir do meu comportamento eu irei reforçar ainda mais esse regime. 
Baseado nessas 3 interpretações os regimes internacionais são gerados como consequências das normas, dos princípios que tem ligação forte com as instituições da escola inglesa, mas também são resultados da própria lógica da racionalidade do Estado. 
Cooperação Internacional - Aula 05. Cooperação e Hegemonia
Charles Kindleberger e Keohane
Será que existe cooperação quando estamos falando de hegemonia?
Em um sistema de poder a cooperação pode ser entre os países que não configuram os polos desse poder. 
Veremos se a expressão última e maior do poder (hegemonia) se existe alguma relação com o fenômeno da cooperação internacional.
Pax britânica – momento que talvez o mundo tenha visto um hegemon, um poder maior que os outros somados. Porém quando começamos a discutir a questão da hegemonia a pax britânica já é passado.
Keohane, neoliberal datado pela década de 80 – existiu uma hegemonia durante a guerra fria? Estamos costumados a dizer que não, que a guerra fria foi um momento de bipolaridade, bipolaridade em que esfera de poder? Costumamos a tratar da questão militar, mas mesmo nessa questão precisamos chamar 2 questões. Uma que corrobora a essa hegemonia e uma que questiona ainda mais. Se pensarmos que bata ter uma bomba atômica para estar no poder a guerra fria não seria bipolar e sim multipolar, mas se pensarmos que a própria quantidade de bombas que afetam isso pensamos que foi uma hegemonia em algum determinado momento.
Keohane quando começa a trabalhar esse texto ele tem duas preocupações iniciais
Relação ao funcionamento de uma liderança hegemônica: será simplesmente um país hegemônica na maneira de big stick? Ou será que a potência hegemônica terá que arcar com determinados custos da manutenção de uma ordem internacional que se beneficia principalmente? Essas duas são possibilidades corretas
Keohane afirma que os EUA pós 1945 de alguma maneira foi o hegemon do bloco ocidental, não necessariamente necessitando ser uma hegemonia global já que tratávamos anteriormente que um próprio SI as vezes tem as suas datas, rupturas que para determinados lugares do mundo não tiverem nenhum impacto o que nos permite falar de um sistema internacional de nível global e de um sistema internacional menores (interamericano). 
Para exemplificar: Datas do SI GLOBAL:
1648 – Paz de Vestefália (ruptura dentro do SI, mito fundador da disciplina de RI). Porém no continente americano isso não afetou em nada.
1815 – Ocupação Espanha pela França (independência das colônias); Vinda da família Real para o Brasil e se tornou uma metrópole. Próprio congresso de Viena acabou sendo um congresso com ideias reacionárias/conservadoras. Esse contexto pós 1815 que vai ser plano de fundo da doutrina monrou. 
1919 – 1º Guerra Mundial. Países do sistema interamericano não mandaram força para a guerra, somente os EUA. 
1945 – 2º Guerra Mundial e advento da ONU. (Há muitas mudanças) Brasil já toma posição na guerra e também a própria ordem da ONU que vai surgir é uma ordem que é para agir nos Estados inteiro. Mudança também com o início da Guerra Fria que determina os alinhamentos, golpes dos estados. 
1979 – Fim da guerra fria, começo da abertura política no Brasil quando todos atos institucionais perderam o valor. OS anos 80 começaram a representar também uma adesão ao neoliberalismo econômico e boa parte da américa latina já tinham aderido ao neoliberalismo.
2001 – Atentado 11 de setembro. Não mudou grandes coisas no SI e muito menos no sistema interamericano.
Conclui-se que possível falar em dinâmicas separadas do SI, é possível falar de um sistema interamericano, e possível pensar em um Sistema referente ao bloco ocidental. Era possível pensar em hegemonia durante a guerra frio, mas dentro do bloco ocidental sendo esse os EUA. 
Qual é a grande expressão do poder dos EUA: EUA dentro desse bloco é uma grande potência militar, mas ele também tinha a necessidade de garantir seus principais aliados econômicos e militares, a união europeia, que aderissem seu bloco econômico, ao capitalismo liberal, sendo esse um dos motivos da OTAN. O poder militar dos EUA serviria de escudo para não ter aquela simetria dentro do bloco e para garantir o seu poder e sua posição dentro do sistema que ele já dominava. Os EUA conseguiram de algum modo se colocar como a grande liderança desse bloco. Essa liderança hegemônica não é uma tabula rasa, não surge do nada. Qualquer liderança surge e é contrastada com um pacote de valores, princípios e de interesses, não só da hegemonia, mas também dos que saíram submissos da hegemonia, ou seja, os países que estão em uma posição inferior podem estar satisfeitos com essa posição.
A hegemonia ela acontece em um determinado território chamado realidade, a hegemonia não é meramente um fato existente dentro de sistema internacional, mas dentro da própria sociedade. Podemos falar que existe mundos hegemônicos dentro da sociedade brasileira, gaúcha, pelotense, e dentro de determinados lugares. Na sociedade existe vários grupos, grupos que tornam uma sociedade poli segmentada (vários segmentos) complexa, complexa justamente pelos vários segmentos que interagem entre si e não necessariamente de maneira lógica e coerente (ex: eleições no Brasil). Nesses grupos começamos a observar que eles são as unidades as quais a própria população acaba devendo uma certa lealdade. Os valores, os princípios que eles dizem representar são coisas as quais nós devemos uma lealdade e é exatamente na luta por esses princípios e valores que trazemos nossa discussão. No momento que questionamos essas instituições sociais, não estamos questionando a sociedade e sim a ordem dessa sociedade. 
Quais são os fatos, os protocolos, valores ou princípios que realmente tem alguma importância na sociedade? São esses que devemos mais ou menos lealdade. Fato associal: fato que nãomuda em absolutamente em nada. Fato antissocial: com a ideia de mudança.
Cada grupo busca duas coisas: independência e autonomia para fazer valer essas normas, protocolos e princípios. Essa sociedade polisegmentada e complexa é uma sociedade que tem sua vontade geral que esteja de acordo com os seus interesses, convicções. Para Rosseau quando algum não tem uma vontade geral ele não consegue ser livre, e a sociedade precisa força-lo a ser livre e é nesse momento que se tem uma hegemonia de um determinado grupo, de determinada corrente. Dentro dessa sociedade essa vontade geral é um sistema de valores na qual os grupos que dela se beneficiam tem que manter a todo custo pois a sociedade evolui e é preciso que esse sistema de valores esteja introjetado nos indivíduos. Se a sociedade não é uma tabula rasa, o indivíduo quando nasce é uma tabula rasa e a primeira impressão que se faz no papel em branco desse indivíduo é sobre os princípios e valores tradicionais da sociedade. Quais formas de introjetar esses princípios e valores? 
Coerção: através do uso da força.
Coação: Aquele que de alguma maneira que está no alto de uma relação de poder (capacidade de fazer com que os outros façam aquilo que você quer que faça) e garante que eles ajam da maneira que você quer.
Impor a vontade geral pode ser tanto por meio da coerção como da coação. Qual seria a forma de coagir com um estado para ter determinado comportamento? Forçar um estado a entrar em um determinado regime é difícil já que o estado é soberano, mas é possível impelir a esse estado perdas significativas se ele não se submeter a essas regras, chamado incentivo negativo. Essas formas de coação acabam gerando em determinado momento essa tal de hierarquia vai surgir, por que aquele que está acima da hierarquia que vai conseguir coagir ou exercer. A hierarquia garante a condução da sociedade, e da existência dessa sociedade. A hierarquia garante que aqueles que estão abaixo, aceitem essa liderança. Esse ator aquele que vai zelar pela vigência e continuidade das normas, responsável pela manutenção da vontade geral. E o preceito dessa hierarquia é o exercício do poder. 
A hierarquia é garantida justamente por que há uma concentração nos recursos e são exatamente os recursos que vão garantir a ordem dessa sociedade. Recursos esses:
Tangíveis: poder militar, poder econômico...
Intangíveis: prestigio (ex: na identificação de alguém que defende sua ideia); religião 
 É a partir desses recursos de poder que essa posição pode não ser contestada pelos outros. Como essa hierarquia se representa entre os estados? Se na sociedade o ator garante a hierarquia através de dinheiro, prestígio... Dentro do Estados essas 3 palavras são mais difíceis de aplicas, os poderes tanto militares e econômicos estão presentes. Estamos trabalhando que há uma hierarquia entre todos esses sujeitos da política e dentro dessa hierarquia os indivíduos serão a representação do Estado nessa sociedade internacional. (Leitura societal da Escola inglesa está de volta). Keohane diz que há uma ruptura do modelo da bola de brilhar e que dentro dessa sociedade internacional há atores que não estados e mesmos assim esses atores também buscam riqueza prestigio e poder. A partir de uma determinada condição dessa hierarquia que veremos a construção da hegemonia.

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