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Roteiro de Estudos – Disciplina de Oclusão Prezados alunos, o presente “roteiro de estudos” pretende levantar dúvidas relevantes a pontos fundamentais das principais questões da disciplina de oclusão e sua relevância com vossas futuras vidas profissionais e situações clínicas. Serve para despertar a curiosidade de questões teóricas relacionando-as, na medida do possível, com aplicação, além de destacar o que é importante ser fixado. Tem a intenção também de gerar dúvidas a partir do esforço em elucidar cada uma das questões, via estudo próprio e pesquisa nas fontes indicadas, bem como anotações pessoais nas aulas. Por esta razão, as informações são incompletas, para que vocês busquem as respostas, diferentemente de uma “apostila”, que traria tudo isso já pronto. Trata-se de uma proposta de destacar o que precisa ser mais estudado, aprofundado e entendido, no contexto sequencial das aulas e unidades, bem como a prática clínica e seus significados, razões e finalidades, integralizando e construindo o conhecimento necessário. Estimulamos através deste o estudo em conjunto, troca de informações e atenção a este e outros pontos previamente, durante e depois do momento de cada uma aula teórica. Este roteiro estará em constante aperfeiçoamento, modificações, inclusões e até supressão de itens, conforme formos utilizando-o. Tentamos cobrir boa parte dos assuntos abordados com perguntas e não com informações já prontas, para que justamente estes estímulos sejam efetivos. Portanto, o envolvimento de vocês com este processo é fundamental – estamos para isso abertos a críticas, sugestões e observações quaisquer que desejem expressar. Contem conosco (docentes e monitor) neste processo. Desejamos que se esforcem e que este empenho reflita no aprendizado e sua construção na Disciplina de Oclusão. Boa sorte! • Eixo terminal e Relação Cêntrica: Significado, Importância e métodos de obtenção; 1. Por quê existe este termo “eixo terminal de rotação” ? O que significa? 2. O que é Relação Cêntrica ? Por quê é importante sua obtenção, clinicamente? 3. Por quê o termo relação crânio-‐mandibular não é o mais apropriado? 4. O que é Relação Cêntrica ou Relação Central e por quê montamos em ASA nesta posição para grandes reabilitações? 5. Por qual razão a MIH é considerada em pequenas reabilitações? 6. Qual a diferença de RC e OC? 7. Qual a diferença entre “equilíbrio tônico” e “repouso” dos músculos da mastigação? • Linhas e Planos Anatômicos: linha bipupilar, órbito-meatal (Frankfurt) e plano de Camper; 1. Qual a razão de levarmos em consideração o plano horizontal (do horizonte) e a linha bipupilar em uma reabilitação? 2. O plano órbito-‐meatal (Frankfurt) deve estar como em relação ao plano horizontal para planejamento de uma reabilitação? Qual a razão? 3. Qual a relação do plano de Camper com o plano horizontal e o plano oclusal e como o utilizamos para planejamento de uma reabilitação? Há vantagens e desvantagens em relação a outros parâmetros? Quais são e por quê? Que parâmetros são estes? 4. O que são Planos: Órbito-‐Meatal (Frankfurt), Camper, Oclusal e Horizontal e linha bibupilar? (definir e contrastar). Explicar relações entre eles que serão observadas no ASA. 5. Sabe-‐se que o plano de Camper é considerado paralelo ao plano oclusal do arco superior. Qual a angulação (faixa, intervalo de variação) aproximada em relação ao Plano Horizontal de Frankfurt, quando observado do plano sagital médio? 6. O que é posição anatômica ? Quais os planos e cortes que estudamos para análise anatômica ou de imagens? • Articulador Semi-Ajustável (ASA); 1. Qual a importância e finalidade da montagem de modelos em gesso em articulador de um caso que necessite de grandes reabilitações (falta de muitos elementos dentários ou grandes destruições, a serem substituídos / restaurados com próteses e restaurações) ? 2. Cite 6 objetivos da obtenção de modelos de estudo e montagem em articulador semi-‐ajustável. 3. Como deve ser realizada a montagem em ASA e por quê? 4. Há alguma diferença de abordagem em relação ao estudo da oclusão de uma boca que nunca foi tratada em relação a uma boca que precisa ser reabilitada -‐ qual é e por quê? 5. Qual a diferença de uma montagem com arco facial e outros tipos de montagem? Qual a finalidade do arco e como se comportam as montagens sem arco? 6. Qual a diferença mecanicamente de modelos montados em ASA e Charneira ? Quais são os componentes do ASA (e acessórios)e a função e importância de cada? 7. O que é um JIG e para o que serve na montagem em ASA? Por que razão o JIG deve ser o mais fino possível? 8. Descrever os passos e significados de cada passo de montagemde modelos em ASA. 9. Principais quesitos a serem observados (lista a seguir) para auto-‐criticar uma montagem (verificar se está correta e identificar possíveis erros), e qual a razão e significado de cada um (justifique)? Pino do garfo centralizado na linha média e garfo do lado certo Paralelismo dos ramos – pino incisal foi compensado corretamente Godiva em 3 pontos, espessura adequada e ausência de toque dentário no metal do garfo Recorte da godiva (da porção retentiva da edentação) Estabilidade do modelo de gesso sobre o garfo (sem báscula) e paralelo ao plano oclusal Garfo paralelo ao plano oclusal sem distorções nas vistas sagital e frontal. Arco facial paralelo ao plano de Frankfurt e Olivas e Nasion corretamente posicionados; distância intercondilar (P/M/G). O Relator Nasion deve estar paralelo ao arco facial e consequentemente à Frankfurt e linha do horizonte. Borboleta que prende o garfo deve estar preferencialmente bem próxima à região de incisivos (evitar braço de alavanca excessivo) Estabilidade relativa do conjunto (sem cair e com os dentes tocando no garfo com godiva. Ausência de dor ou desconforto do paciente. Ângulos corretamente calibrados (Guia Condilar e Bennett) e remoção do pino incisal e distância intercondilar corretamente transferida (quando aplicável). “Côndilos” metálicos tocando nas paredes póstero-‐superiores-‐mediais das fossas mandibulares (cavidades glenóides) do ASA e ramo superior apoiado da placa metálica do arco facial; garfo continua paralelo ao plano horizontal e centralizado no conjunto do ASA (vista frontal) Fixação do modelo à bolacha/placa do ASA (ramo superior) em duas etapas passivamente (não prender o conjunto modelo-‐garfo no ramo superior e/ou arco facial para não induzir ou acumular tensões) Registro em cêra: Corte às distais dos caninos superiores (o registro é apenas de dentes POSTERIORES) e Espessura correta com edentação dos dentes posteriores de ambos os arcos e uso correto do JIG para fazer o registro em RC. Não fazer correções ou cortes na cêra após o registro já realizado para não ocorrerem distorções. COMPENSAÇÃO DA DESOCLUSÃO REGISTRADA NA BOCA AUMENTANDO A DIVERGÊNCIA DOS RAMOS DO ASA – descer o pino incisal em relação ao “zero” em média em 2mm. Inversão do ASA e Relacionar corretamente o modelo inferior com o superior utilizando o registro em cêra e as espátulas de madeira fixadas com cola, cêra ou godiva (duas de cada lado) – não usar o JIG nesta fase para não fraturar incisivos superiores do modelo em gesso. Fixação do modelo à bolacha/placa do ASA (ramo inferior) em duas etapas passivamente (não prender o ramo superior no inferior com travas ou com elásticos e molas para não induzir ou acumular tensões) Recolocação o pino incisal no zero ou até levantá-‐lo para observar o relacionamento dentário. Relacionamento passivo dos modelos em oclusão cêntrica estática sem alterar ou levantar a posição terminal do ramo superior quando sem as travas. Ponto de contato dos modelos montados em ASA corresponde a ponto de contato identificado na boca do paciente após desprogramação com JIG. Movimentos de protrusão e lateralidade correspondem aos do paciente – trajetórias semelhantes e padrão de guias anterior e lateralidades direita e esquerda 10. Na montagem do modelo superior no ASA com arco facial, é importante a posição do conjundo arco facial-‐garfo apoiado na mesa incisal do ASA? Qual a importância do ramo inferior do ASA nesta etapa? Por que razão? 11. Qual a diferença de uma montagem em ASA utilizando-‐se arco-‐facial ou técnicas sem o mesmo (por exemplo: mesa de Camper)? Quando é relevante o uso do arco facial e por qual razão? • Anatomia do Sistema Estomatognático: 1. Descreva a cabeça da mandíbula (acidentes ósseos e dimensões) – desenhe. Qual a semelhança desta parte da mandíbula ao “côndilo esférico” do ASA? O que acha disto? 2. Faça uma comparação entre os músculos masseter e temporal (disposição de fibras, volume, pontos fixos e móveis e sua relação com o fulcro (qual é o fulcro?) e funções (força e velocidade/posicionamento). 3. Qual a função do m. Pterigóideo lateral (cabeça superior e cabeça inferior)? 4. As ATMs têm cada uma dois compartimentos. Quais, como são as características deles e que tipo de movimento da cabeça da mandíbula (rotação e translação) cada um se relaciona mais e por quê? 5. Como o disco articular se relaciona com as superfícies articulares ósseas da ATM? O que é Zona Bilaminar? 6. Quais as características dos tecidos retrodiscais e do disco articular propriamente dito em relação a: inervação, nutrição e tipo de tecido? 7. O que é líquido sinovial? O que é cápsula articular? Qual o tecido que reveste as superfícies articulares ósseas? 8. Seguir roteiro de estudo de anatomia e visita ao laboratório de anatomia.• Posicionamento e oclusão dental 1. O que é sobremordida (overbite) e sobressaliência (overjet)? 2. O que é Zona neutra? 3. Explique o que ocorre quando o primeiro pré-‐molar superior esquerdo é perdido e quais as consequências desta perda. 4. O que é gonfose ? E plano oclusal? Em um elemento protético que seja um implante, como deve ser sua relação com os dois conceitos pedidos nesta questão (gonfose e plano oclusal)? • Dimensão vertical 1. Conceitue: DVR, DVO, EFL, e a relação entre eles. 2. Qual a razão de projetarmos pontos do neurocrânio e do viscero-‐crânio em uma linha no eixo vertical (súpero-‐inferior) para mensurarmos a DV? Como tornar esta necessidade mais prática e aplicável no dia-‐a-‐dia da profissão odontológica? 3. EFL pode variar. Qual a medida média e qual o intervalo desta possível variação? 4. Em relação às classificações de maloclusões de angle (classe I, II e III), como é o EFL em cada caso e por qual razão? 5. Qual paciente é mais fácil reabilitar e por quê? EFL grande ou EFL pequeno. 6. O que é equilíbrio tônico muscular? Qual a diferença deste conceito com relaxamento muscular? 7. Em quais planos anatômicos é possível medir a DV e por qual razão não é possível em um ou mais planos (qual(is))? 8. No plano sagital temos a RC. Como relacionar a DVR a este conceito? • Guias anteriores 1. O que são: oclusão ideal, oclusão fisiológica e oclusão terapêutica? 2. O que é adaptação fisiológica e limiar de tolerância? 3. Deve-‐se interpretar a natureza da mesma maneira que se planeja uma reabilitação? Por quê? 4. O que é contato prematuro e interferência? Conceitue e contraste. 5. O que SÃO guiaS anterioreS ? 6. Qual a relação entre guia incisiva ou anterior e o ângulo da trajetória condilar? 7. Qual a relação entre guias de lateralidade e o movimento descrito pela mandíbula na cabeça da mandíbula (côndilo) do lado de não-‐trabalho para medial, inferior e anterior? O que são os ângulos de Benett e de Fischer neste contexto? 8. Organize seu pensamento em relação à: abertura bucal e lateralidades (que músculos contraem e quais relaxam; o que é rotação e rotação/translação da cabeça da mandíbula; qual a relação neste movimento da cabeça da mandíbula, fossa mandibular, disco articular e tubérculo articular). 9. Quais os componentes de um sistema de alavancas? Quais os tipos de alavancas que existem? Que tipo de alavanca deve ser o sistema estomatognático e qual o problema quando há contato de interferência em não-‐trabalho, por exemplo? 10. O que é oclusão mutuamente protegida e que grupo protege qual e como se dão estes mecanismos? Relacione com guias anteriores (protrusão e lateralidade). 11. Em uma reabilitação ou em qualquer tratamento que altere a oclusão, qual o problema em invadir-‐se a área funcional? 12. Discorra sobre a importância da oclusão nas reabilitações, na interpretação da natureza e conceito de normalidade, tolerância e capacidade adaptativa – mediações do ideal e do fisiológico. 13. O que representa a montagem de modelos de arcos dentários em ASA ? Relacione a razão de seu uso, considerando dois casos: interpretação da natureza e as reabilitações – considere conceitos como oclusão fisiológica e oclusão terapêutica em relação a tolerância e adaptação do sistema estomatognático para ambos os casos solicitados • Estabilidade Oclusal 1. O que é parada cêntrica? 2. O que é tripoidismo e por quê é importante em reabilitações? 3. Defina estabilidade oclusal estática. 4. Na figura abaixo estão representados todos os pontos de contato oclusais obtidos em uma oclusão ideal no esquema cúspide-‐fossa. Que dente é este? Identifique a função oclusal de cada um dos pontos nas direções VL e MD, respectivamente 5. Cimentei uma coroa total no primeiro molar inferior direito (46) em dois pacientes (A e B) – (uma em cada um deles, é claro..). Antes de realizar o ajuste oclusal em cada um deles, pedi que os pacientes fechassem a boca, ocluindo. a. O paciente A relatou que não conseguia fechar direito (tinha algo impedindo, nesta coroa recém cimentada); b. O paciente B relatou que conseguia, mas estava estranho, pois tocava nesta coroa e depois deslizava a mandíbula para o centro e conseguia fechar então. Pergunta: Ao colocar então o carbono, apenas para certificar-‐se do que você suspeitava, onde (no dente 46 de cada um deles) e por quê irá primeiramente olhar nas marcas obtidas pelo carbono a fim de realizar ajuste (explique e contraste nos casos A e B)? Qual a razão do raciocínio que o levou a tanto? • Mecânica dos Movimentos Mandibulares 1. Imagine uma pessoa de perfil (plano sagital). Desenhe os diagramas de Posselt e coloque cada segmentoe pontos (todas as fases do movimento mandibular caracterizado e seus principais componentes) considerando que ela esteja olhando para a direita e para a esquerda. Coloque também os pontos de posição postural e de contato retruído. 2. Faça o mesmo para uma pessoa olhando para você de frente (plano frontal ou coronal). 3. Faça o mesmo no plano axial ou horizontal. 4. Qual a razão e finalidade de se ajustar uma placa de mordida (aparelho interoclusal em RAAQ) com o paciente deitado? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 13 14 15 10 11 12 • Determinantes da morfologia oclusal 1. Quando em um processo de montagem em ASA com a utilização de arco facial, considerando que é possível medir e individualizar a distância inter-‐condilar em 3 medidas, sabe-‐se que, caso a medida observada no paciente seja em uma posição intermediária, deve-‐se escolher então qual parâmetro na montagem (o menor ou o maior, deste intervalo) ? Qual a razão? 2. Quais os determinantes de morfologia oclusal (para reabilitações) e no que cada um deles influencia qual quesito da morfologia oclusal, dando a razão disso. 3. No processo de planejamento de uma prótese total bimaxilar é preciso fazer mediações entre: a. uma oclusão que proporcione eficiência mastigatória e que seja estável b. arranjo dentário que não abuse da capacidade adaptativa ou tolerância do indivíduo De que maneira a escolha de dentes artificiais pode influenciar nestas mediações? 3. No desenvolvimento de um indivíduo, seu crescimento e formação da face e estruturas do segmento cefálico, como o senso de oclusão se relacionou com as superfícies articulares em formação? • Introdução às DTM 1. O que é disfunção? Quais estruturas podem estar envolvidas em uma DTM e em quais grandes grupos elas podem ser sub-‐divididas? 2. Qual a etiologia das DTM ? Qual a relação da oclusão dentária nas DTM? 3. Quais as terapias e controle dos efeitos das DTM na qualidade de vida de um indivíduo? Desafio: Conceitue e diferencie de uma maneira clara e correta as semelhanças e contrastes entre: RC, DVR, Posição Postural e Posição de Contato Retruído (Posição de Contato Posterior). Como aferir o mais próximo possível e técnicas de observação… Desenhe, no plano sagital estes pontos (ou faixas) (continua...) – em fase de constante elaboração...
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