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Exercício civil

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Exercício
Maria vende à sua filha Renata o imóvel no dia 17/9/98 , devendo sua filha pagar o contrato ( bem ) em 7 anos .Sua outra filha Thais descobre o contrato após 5 anos de sua assinatura . Vai ao seu escritório hoje e questiona :
Posso ingressar com ação anulatória ?
Posso ingressar com ação indenizatória ?
Se sim , qual é o prazo ?
1º.passo : ver artigo 2028 cc
Esse artigo serve para saber se a questão será resolvida pelo código novo ou pelo antigo .
Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.
Portanto , analisar os seguintes pontos : 
O contrato entre Maria ( mãe) e Renata ( filha) celebrado em 17/9/98 , de acordo com o antigo código , art.177 cominado com a súmula 494 do STF , prescreve em 20 anos : Art. 177 - As ações pessoais prescrevem, ordinariamente, em 20 (vinte) anos, as reais em 10 (dez), entre presentes, e entre ausentes em 15 (quinze), contados da data em que poderiam ter sido propostas.
STF Súmula nº 494 - 
A ação para anular venda de ascendente a descendente, sem consentimento dos demais, prescreve em vinte anos, contados da data do ato, revogada a Súmula 152.
Observe que : 
o novo código civil começa a vigorar em 9 de Janeiro de 2003 . 
Teve uma vacacio legis de 1 ano , ou seja , de 2002 a 2003 até entrar em vigor 
Portanto , a outra filha Thaís teria até 9 de Janeiro de 2003 para entrar com uma ação , desde que , já houvesse transcorrido mais da metade do tempo (prescritivo) estabelecido na lei revogada , o que não aconteceu . ( de 98 a 2003 passaram-se apenas 5 anos ; seriam necessários mais de 10 anos para utilizar a lei anterior ) 
Dessa forma , entendemos que o caso deve ser analisado de acordo com as normas do novo código civil ( 2003) . Vamos para o segundo passo : 
2º.passo : analisar artigo 496 do novo CC
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
Tratando-se de ato anulável pelo novo código , o artigo 179 diz que : 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Ou seja , o prazo é decadencial de 2 anos .
3º.passo : Voltar para 1998 ( o prazo prescritivo de 20 anos se torna 2 anos , baseado nos estudos acima ) 
Conclusão do exercício : o contrato celebrado em 98 prescreveu em 2000 . 
Precisamente , 16 / 09/2000

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