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Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Direito Administrativo | Data: 11.08.2016 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA - SERVIÇOS PÚBLICOS - ESTATUTO DA CIDADE GUIA DE ESTUDO 1) SERVIÇOS PÚBLICOS 1.1)Conceito: Corrente formalista, é serviço público o que a lei diz que é serviço público. 1.2)Princípios: Artigo 6, lei 8.987/95. A prestação desse serviço público, deve ser prestado de forma adequada. Artigo 6, §1, lei 8987/95, descreve o que é serviço público. a) Regularidade: condições de regularidade. A prestação de serviços, deve ser feito com a mesma eficiência. b) Continuidade: toda atividade administrativa não pode parar. O serviço público não pode ser interrompido, não pode sofrer solução de continuidade. Efeitos e consequências: 1°) reversão de bens, os bens utilizados para a concessão de serviço público devem ser revertidos. 2°) direito de greve dos servidores públicos, servidor público pode fazer greve? O militar não pode fazer greve. O civil (artigo 37, VII, CF) tem direito de greve, o Congresso tem que fazer uma lei específica que até o momento não tem. O STF, julgou vários mandados de injunção, ex. 670, 708, 712... pedindo a lei para o servidor fazer greve. O STF decidiu que enquanto não tiver lei específica, se usará a lei de greve dos celetistas, do trabalhador comum. Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 5 MATERIAL DE APOIO XX EXAME DE ORDEM 3°) contratos administrativos, não se aplica a cláusula da exceção do contrato não cumprido, “exceptio now adimpleti” . Eu não sou obrigada a fazer a minha parte do contrato se você não fizer a sua. Isso não é aplicado nos contratos administrativos, porque o serviço público não pode parar. Exceções: artigo 6, §3, lei 8987/95. Se houver situação de emergência, não viola o principio da continuidade, interromper o serviço. Após prévio aviso, por razões de ordem técnica ou de segurança, não viola o Princípio da Continuidade. Após prévio aviso, em razão do inadimplemento do usuário. c) Eficiência: artigo 37, caput, CF. O serviço público deve ser prestado de forma satisfatória, quantitativa e qualitativamente satisfatória, deve ser a prestação do serviço. d) Segurança: a prestação do serviço público não pode colocar em risco a integridade, a segurança do usuário. e) Atualidade: artigo 6, §2, lei 8987/95. A prestação do serviço público deve-se utilizar de serviço de atualidade. f) Generalidade ou universalidade: a prestação do serviço público deve estar à disposição de todos, todos devem ter acesso. g) Cortesia: os usuários dos serviços públicos devem ser tratados com cortesia, educação, urbanidade. h) Modicidade das tarifas: serviço público não precisa ser gratuito, agora os valores a serem cobrados, devem ser razoáveis, módicos. 1.3) Classificação dos serviços públicos a) Quanto a obrigatoriedade na utilização dos serviços: 1°) Compulsórios: o uso é obrigatório. Ex. serviço de coleta de lixo, serviço de esgoto. 2°) Facultativo: o uso não é obrigatório. Você usa ou não se quiser. Ex. serviço de telefonia. Exame de Ordem Damásio Educacional 3 de 5 MATERIAL DE APOIO XX EXAME DE ORDEM b) Quanto aos destinatários 1°) Uti singuli: serviço individual. É aquele que tem destinatário certo ou determinado e serviços divisíveis, eu sei quem usou e quanto usou. Ex. serviço de água, telefone... 2°) Uti unniversi: serviço geral – destinatários indeterminados, não sei quem passou, quantas vezes passou. Ex. serviço de asfalto. 2) ESTATUTO DA CIDADE A ideia é fazer com que a cidade tenha uma organização e ocupação de solo. 2.1) Legislação: artigo 182, CF. A política de ocupação tem competência o município da cidade. Lei 10.257/01 é o estatuto da cidade. O município cria regras através do plano diretor. 2.2) Plano diretor É uma lei municipal. O estatuto da cidade é uma lei geral que informa como os Municípios devem fazer para criar o seu plano diretor, para o Município fazer uma ocupação legal. Artigo 182, §1, CF: é obrigatório para as cidades com mais de 20 mil habitantes. Artigo 41, Lei 10,257/01: cidades com mais de 500 mil habitantes devem ter um plano de transporte urbano integrado. A lei que instituir o plano diretor, deve ser revista no mínimo a cada 10 anos. O ministério público não participa da elaboração do plano diretor. 2.3) Instrumentos O Município pode utilizar essas ferramentas: Exame de Ordem Damásio Educacional 4 de 5 MATERIAL DE APOIO XX EXAME DE ORDEM 1°) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios Artigo 5 e 6, lei 10.257/01. Artigo 182, §4, CF. Terreno que não pode ficar vazio, é uma área exclusiva prevista no plano diretor. O Município notifica o cliente para ele fazer alguma coisa. Após a notificação, ele tem 1 ano para protocolar o projeto, que será avaliado. Se provado ele tem 2 anos para iniciar as obras do empreendimento. Essa notificação é averbada no cartório de registro de imóveis. O proprietário do imóvel não deu a mínima para a notificação, o Município utiliza a segunda ferramenta: IPTU progressivo no tempo. 2°) IPTU progressivo no tempo Pagar-se-á mais no IPTU. Artigo 7, lei 10.257/01 – regras. O valor do ano seguinte pode ser no máximo o dobro do ano anterior. A alíquota máxima é de 15%. Pode ser cobrado por no máximo 5 anos consecutivos. Artigo 7, §3, lei 10.257/01: não pode anistiar o dono daquele terreno. 3°) Desapropriação O poder público municipal está punindo (sanção), o dono do terreno, desapropriando. Artigo 8, lei 10.257/02 + artigo 182, §4, CF. A indenização vai ser em títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos. 4°) Usucapião especial de imóvel urbano Também conhecido como usucapião coletivo. Artigo 9 até 14 da lei 10.257/01 Possuir área de até 250 m² por 5 anos, ininterruptamente e sem ninguém reclamar, não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural, ocupadas por população de baixa renda. Exame de Ordem Damásio Educacional 5 de 5 MATERIAL DE APOIO XX EXAME DE ORDEM 5°) Direito de perempção Direito de preferência. Artigos 25, 26 e 27 da lei 10.257/01. Dá ao poder público preferência na venda de um terreno. Primeiro oferece ao Município, que vai se manifestar se quer ou não, no prazo máximo de 30 dias. O Município se manifesta ou não. Não tendo manifestação ou não tendo interesse, posso vender para outra pessoa, nas mesmas condições da proposta apresentada pelo Município. 6°) Estudo de impacto de vizinhança – EIV Artigo 36, 37 e 38 da lei 10.257/01. Ter um terreno e quer construir um shopping. Precisa desse estudo. Tem que estudar o EIV de forma a contemplar os efeitos positivos e os efeitos negativos. Tem que apresentar o EIV, e isso não substitui o EIA (estudo de impacto ambiental). 7°) Operações urbanas consorciadas Artigo 32 a 34 A, lei 10.257/01 Arrumar praças, parques etc.
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