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Relatório Alimentos Orgânicos

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1. INTRODUÇÃO 
	Os alimentos orgânicos são definidos como aqueles alimentos in natura ou processados que são oriundos de um sistema orgânico de produção agropecuária e industrial. A produção de alimentos orgânicos é baseada em técnicas que dispensam o uso de insumos como pesticidas sintéticos, fertilizantes químicos, medicamentos veterinários, organismos geneticamente modificados, conservantes, aditivos e irradiação. (AZEVEDO ET AL, 2012). 
	O termo alimento orgânico tem origem na Agricultura Orgânica que, na Legislação Brasileira de 2007, tem como objetivos a autosustentação da propriedade agrícola no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais para o agricultor, a minimização da dependência de energias não renováveis na produção, a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente, o respeito à integridade cultural dos agricultores e a preservação da saúde ambiental e humana (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2013). 
	No Brasil, o sistema orgânico de produção está regulamentado pela Lei Federal no 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que contém normas disciplinares para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade dos produtos orgânicos, sejam de origem animal ou vegetal (BORGUINE; TORRE, 2006).
	Estima-se que 90% dos agricultores orgânicos no país sejam classificados como pequenos produtores ligados a associações e grupos de movimentos sociais. Os 10% restantes são representados pelos grandes produtores vinculados a empresas privadas. Os agricultores familiares são responsáveis por 70% da produção orgânica, com maior expressão na região sul do país, enquanto na região sudeste, observa-se maior adesão aos sistemas orgânicos de produção por parte de propriedades de grande porte (SOUZA, 2003).	
Têm sido observados sinais que evidenciam uma mudança de hábito alimentar entre os brasileiros, na direção de uma maior demanda por produtos orgânicos. A julgar pela presença dos orgânicos nas gôndolas de supermercados, estima-se que exista um potencial de mercado de expressiva magnitude para estes produtos. Tais observações, por si mesmas, chamam a atenção para o potencial deste novo nicho de consumo e para a necessidade de análises sobre o tema (BORGUINE & MATTOS, 2002). 
	O objetivo deste trabalho foi comparar o rótulo de alimentos orgânicos e convencionais quanto aos ingredientes e valor nutritivo, bem como analisar as controvérsias referentes ao status do alimento orgânico por meio de artigos científicos. 
2. METODOLOGIA 
A prática foi realizada no Laboratório de Bromatologia e Bioquímica de Alimentos na Universidade Federal do Piauí no departamento de Nutrição UFPI, onde foi verificado o rótulo de alimentos orgânicos e convencionais. 
Como material, utilizou-se: cookies, extrato de tomate e suco. Sendo um alimento orgânico e um convencional para cada um respectivamente. 
Realizou-se a leitura dos rótulos de cada alimento exposto por cada grupo, liam-se primeiramente os ingredientes dos alimentos convencionais e logo após o seu valor calórico e em seguida liam-se o rótulo dos alimentos orgânicos assim como também seu valor calórico. Observando o mais adequado e mais saudável entre o orgânico e o convencional. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
	O alimento orgânico não é menor ou de aspecto inferior ao convencional. Normalmente, esse tipo de alimento provém de uma fazenda orgânica em sua fase inicial de produção ou a um sistema produtivo que não aplica adequadamente as práticas da agricultura orgânica (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2013). 
	O crescimento do consumo não está diretamente relacionado com o valor nutricional dos alimentos, mas aos diversos significados que lhes são atribuídos pelos consumidores. Tais significados variam desde a busca por uma alimentação mais saudável, de melhor qualidade e sabor, até a preocupação ecológica de preservar o meio ambiente (ARCHANJO ET AL, 2001).
3.1 ANÁLISE DA EMBALAGEM 
	Foram analisadas as embalagens de cada alimento, sendo o orgânico e o convencional, e feito à comparação de ingredientes entre os de mesma natureza. Na tabela 1, 2 e 3 observa-se esta comparação. 
Tabela 1: Comparação entre os ingredientes de cookies orgânicos com os cookies convencionais 
	COOKIES ORGÂNICO
	COOKIES CONVENCIONAL 
	Farinha de trigo orgânica enriquecida com ferro e ácido fólico, farinha de trigo integral orgânica, gordura de palma orgânica, açúcar demerara orgânico, açúcar mascavo orgânico, aveia em flocos orgânica, linhaça dourada orgânica, gordura de coco orgânica, coco ralado orgânico, castanha-do-pará picada orgânica, quinua em flocos orgânicos, amaranto em flocos orgânico, aroma natural de coco, bicarbonato de amônio, bicarbonato de sódio, sal moído iodado e lecitina de soja.
	Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico (vitamina B9), açúcares, gotas de chocolate, gordura vegetal, sal refinado, fermentos químicos: bicarbonato de sódio e bicarbonato de amônio, aroma idêntico ao natural de baunilha, emulsificante lecitina de soja. Contém traços de leite. Contém glúten. Contém aromatizante sintético idêntico ao natural.
Fonte: Laboratório de Bromatologia e Bioquímica de Alimentos – UFPI, 3° período, 2016.2. 
Tabela 2: Comparação entre os ingredientes do suco orgânico com o do suco convencional 
	SUCO ORGÂNICO
	SUCO CONVENCIONAL 
	Suco de uva orgânico, água, açúcar orgânico, acidulante ácido cítrico e aroma natural de uva. Ingredientes orgânicos: maior que 95%. Não fermentado. Não alcoólico. Não contém glúten. 
	Água, polpa de pêssego, açúcar, suco concentrado de maçã, fibra alimentar (goma acácia), vitamina A, aroma natural, regulador de acidez ácido cítrico e antioxidante ácido ascórbico. 
Fonte: Laboratório de Bromatologia e Bioquímica de Alimentos – UFPI, 3° período, 2016.2. 
Tabela 3: Comparação entre os ingredientes do extrato de tomate orgânico com a polpa de tomate convencional 
	EXTRATO DE TOMATE ORGÂNICO
	POLPA DE TOMATE CONVENCIONAL
	Tomate orgânico, açúcar cristal orgânico e sal marinho (não orgânico). 
	Polpa de tomate e tomate. Não contem glúten. Alérgicos: pode conter soja, mostarda, gergelim e leite. 
Fonte: Laboratório de Bromatologia e Bioquímica de Alimentos – UFPI, 3° período, 2016.2. 
	Em relação aos ingredientes descritos na tabela 1, nota-se que o de natureza orgânica acaba sendo melhor para consumo, por conter boa parte de sua origem orgânica, sendo garantido por sua certificação de segurança alimentar para o consumidor. 
Quando se observa a tabela 2, nota-se que o de natureza orgânica pode sim ser saudável, mas ainda assim contém ácido cítrico que não é muito bom o consumo, mesmo com essa ressalva, acaba-se por ser mesmo assim ainda melhor que o consumo do suco convencional, pois na sua composição apresenta a água como o ingrediente em maior quantidade, onde deveria ser o sabor do suco (podendo ser da fruta, polpa, entre outras formas de apresentação), sendo um ponto negativo encontrado. 
Na tabela 3, observa-se um ponto positivo em relação ao convencional, pois mostra ter poucos ingredientes e estes serem “naturais”. O orgânico também seria uma ótima escolha. Quando comparados em valor de custo beneficio, o orgânico acabou por ser um pouco mais caro que o convencional, devido a sua embalagem ser de vidro, apresentando uma maior vida prateleira em relação ao convencional que tinha sua embalagem de plástico. 
3.2 VALOR NUTRITIVO 
	Enquanto ao valor nutricional, Tabela 4, a maioria dos alimentos de origem convencional obteve maior vantagem energética, isso pode ser devido ao grande número de aditivos que possam estar presentes nestes alimentos. 
Tabela 4: Comparação do valor nutritivo do alimento orgânico com o convencional
	ALIMENTO
	VALOR NUTRICIONAL
	
	ORGÂNICO
	CONVENCIONAL
	COOKIES
	140 kcal (Porçãode 30g) 
	299 kcal (Porção de 60g)
	
SUCO
	113 kcal (Porção de 200 ml)
	99 kcal (Porção de 200 ml)
	EXTRATO DE TOMATE
	7 kcal (Porção de 30g)
	17 kcal (Porção de 60 g)
Fonte: Laboratório de Bromatologia e Bioquímica de Alimentos – UFPI, 3° período, 2016.2. 
	 O que diferencia o alimento orgânico do convencional em termos nutricionais é a qualidade do solo. Há pesquisas realizadas com alguns alimentos vegetais que comprovam a superioridade de minerais dos orgânicos. São poucas pesquisas ainda, mas nelas se provou que é no teor de mineral que o alimento orgânico pode se diferenciar do convencional. E existem estudos que mostram que o teor dos minerais nos alimentos diminuiu muito por causa dos métodos da agricultura convencional. Por isso os especialistas receitam cada vez mais suplementos sintéticos. Os solos estão pobres; os alimentos produzidos neles também (PORTAL ORGÂNICO, 2012). 
4. CONCLUSÃO 
	Após as analises serem concluídas, observou-se que os alimentos de origem orgânicos ainda com suas controvérsias em pequenos pontos, são melhores para o consumo do que o convencional. Mas, os orgânicos ainda têm uma baixa demanda quando comparados com os alimentos convencionais fazendo deles não competitivos o suficiente no mercado. O mercado de produtos orgânicos além de ser um mercado de crescimento recente também trabalha com preços superiores aos dos alimentos convencionais. 
5. ANEXOS 
Imagem 1: Cookies Convencional x Cookies Orgânico 
Fonte: Arquivo Pessoal 	
Imagem 2: Suco Convencional x Suco Orgânico 
Fonte: Arquivo Pessoal 
Imagem 3: Polpa de Tomate Convencional x Extrato de Tomate Orgânico
Fonte: Arquivo Pessoal
Imagem 4: Apresentação dos Cookies (Orgânico e Convencionais)
Fonte: Arquivo Pessoal 
Imagem 5: Apresentação dos Sucos (Orgânico e Convencional) 
Fonte: Arquivo Pessoal 
REFERÊNCIAS 
AZEVEDO E; LIMA EE; SILVA APF; SOUSA AA. Alimentos orgânicos e saúde humana: estudo sobre as controvérsias. Rev Panam Salud Publica. 2012. 
Archanjo LR; BRITO KFW; SAUERBECK S. Os alimentos orgânicos em Curitiba: consumo e significado. Cadernos de Debate. 2001.
BORGUINI RG & MATTOS FL. Análise do Consumo de Alimentos Orgânicos no Brasil. In: Anais do XL Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural. Passo Fundo; Brasília: SOBER, 2002.
BORGUINI, Renata Garlhado; TORRES, Elizabeth A. Ferraz da Silva. Alimentos Orgânicos: Qualidade Nutritiva e Segurança do Alimento. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, 13(2): 64-75, 2006. 
FOOD INGREDIENTS BRASIL. Alimentos orgânicos um mercado em expansão. Revista Fit – n° 26, 2013. Disponível em: < http://www.revista-fi.com/materias/339.pdf>. Acesso em: 19 out 2016.
PORTAL ORGÂNICO. Alimentos orgânicos e convencionais frente a frente, um esclarecimento. Set de 2012. Disponível em: < http://www.organicsnet.com.br/2012/09/alimentos-organicos-e-convencionais-frente-a-frente-um-esclarecimento/>. Acesso em: 19 out 2016. 
Souza APO, Alcântara RLC Alimentos orgânicos: estratégias para o desenvolvimento do mercado. In: Neves MF, Castro LT (org) Marketing e estratégia em agronegócios e alimentos. São Paulo: Atlas; 2003.