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Resumo Direito Romano

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COMPOSIÇÃO DIREITO ROMANO:
Introdução histórica do direito romano, seus fundamentos, a sua importância, seu período, as suas pessoas e o corpus iuris civilis.
Pessoas no Direito Romano
Patrícios: São os fundadores de Roma. Somente eles eram considerados iguais;
Plebeus: Foram os imigrantes, os escravos, os estrangeiros – Não tinham direitos;
Cônsules: Eram os patrícios escolhidos pelos mesmos para exercerem a função de governantes;
Magistrados de Direito: Eram as pessoas que conheciam os conflitos que existiam entre os indivíduos da sociedade romana. O magistrado dava uma solução ao conflito, julgando-o. Também conhecidos como pontífices;
Pretor: Era classificação / espécie dos magistrados romanos. Tinha como função principal cuidar da primeira fase do processo entre particulares. Verificava a procedência das alegações diante das provas apresentadas, julgando a demanda.
Dividiam-se em:
PRETOR URBANO: Cuidava dos conflitos entre patrícios;
PRETOR PEREGRINO: Cuidava dos conflitos entre a plebe e os patrícios.
Questor: Indivíduo semelhante ao pretor com funções de arrecadar tributos e fiscalizar o pagamento dos mesmos. Também solucionava problemas com posse de animais e escravos.
Censor: Obtinha informações sobre os demais. O censo era feito de 5 em 5 anos e passado ao questor. Quem não se cadastrasse eram considerados escravos por sonegarem impostos.
Jurisconsultos: Eram grandes estudiosos da regra de Direito, contratados pelos pretores para informá-los nas suas decisões. Assemelhavam à figura do advogado na sociedade atual.
Edis Curuis: Encarregados do policiamento da cidade, guarda dos gêneros alimentícios e do comércio em geral.
FASES DO DESENVOLVIMENTO DO DIREITO ROMANOREALEZA: 753 a. C. A 510 a. C. Período da fundação de Roma à deposição de Tarquino, o Soberbo;
REPÚBLICA NO ALTO IMPÉRIO: 510 a. C. A 27 a. C. Período de Otávio Augusto.
PRINCIPADO NO BAIXO IMPÉRIO: 27 a. C. A 284 d. C.;
DOMINATO: 284 d. C. A 565 d. C. Período de Diocleciano a morte de Justiniano.
PERÍODOS
ARCAICO CLÁSSICO: Compreende do século VIII a. C. A II a. C. As regras caracterizam-se pela rigidez, solenidade e formalismo.
As regras religiosas tinham essencial importância e somente os romanos tinham seus direitos garantidos. Aos plebeus não eram assegurados nenhum direito. O Estado só resolvia conflitos de ordem maior vulto, como as guerras e punições de crimes de alta gravidade. Neste período acontece:
A) Primeira evolução jurídica com a lei XII Tábuas por volta de 451/450 a. C.;
B) Principais características da lei XII Tábuas (lex duodecem tabularum);
C) Codificação feita por um decenvirato (conjunto de 10 membros);
D) Fonte do direito público e privado (ius civile), quem vem a ser o resultado das lutas sociais dos plebeus, que pretendiam ser assistidos pela lei. Inicialmente eram 10 tábuas, depois formaram 12, válida a todos romanos, mas somente a eles, que foram destruídas num incêndio, na guerra contra os gauleses;
E) Outras leis que surgiram após a XII Tábuas, foram: “leges rogatae” ou “lex rogata” e “leges datae” ou “lex data”.
A lex rogata eram leis propostas pelos magistrados e votadas pelo povo por iniciativa de uma magistrado (imperador). Dividiam-se em:
Index:Parte da lei contendo a indicação sumária;
Praescriptio:Parte da lei contendo o nome do magistrado que a propôs, a referência dos títulos, dia e lugar em que foi votada;
Rogatio:Parte da lei que descreve o conteúdo total da lei;
Sanctio:Parte que comina penas aos infratores da lei.
A lex data eram medidas tomadas em nome do povo, mas por um magistrado, a favor de pessoas ou de cidades das províncias. (correspondem aos atuais regulamentos administrativos).
Lex é a determinação geral do povo ou da plebe (populus romanus) reunidos (comitia), por proposta do magistrado e confirmada pelo senado.
PERÍODO CLÁSSICO: Compreende o período de II a. C. A II d. C. Período de renovação e evolução em Roma, que também atingiu o Direito. Houve maior intercâmbio comercial com outros países, necessitando criar leis diferenciadas para os estrangeiros.
DIVISÃO DAS LEIS POR MODESTINO
Imperativas:Determinavam o comportamento;
Proibitivas:Proibiam o comportamento;
Permissivas:Permitiam o comportamento;
Punitivas:Aplicavam sanção ao descumprimento legal.
CLASSIFICAÇÃO DAS SANÇÕES DA LEI
Perfectae:Estabeleciam sanção de nulidade do ato praticado (Ex. “Lex Aelia Santia” que declarava nulas as alforrias feitas contrariamente às suas disposições);
Minus quan perfectae:A sanção não previa a anulação dos atos, mas aplicava punição aos infratores. (Ex. Viúva que se casasse antes de 10 meses da morte do esposo, sofria restrição no campo do direito privado);
Imperfectae:Não anulavam o ato e nem puniam o infrator. (Ex. Lei que proíbe a doação de certo valor, sem estipular sanção ou nulidade a quem doar). Hoje em dia, as principais legislações são classificadas como leis mais que perfeitas, que prevêem nulidade e punição concomitantemente.
DIVISÃO DO PODER DOS PRETORES
Potestas:Poder limitado de mandar;
Imperium:Poder amplo de mandar. Neste período, Adriano autorizou os jurisconsultos a responder oficialmente em nome do Imperador e interpretar leis que até então só os sacerdotes tinham tal poder. A partir daí, seus pareceres tinham força obrigatória em juízo.
PODERES DOS JURISCONSULTOS
Respondere:De emitir pareceres jurídicos sobre questões práticas;
Agere:Instruir as partes de como agir em juízo;
Cavere:Orientar os leigos na realização de negócios jurídicos. Surge também a Lei Aebutia, a qual dá poder ao magistrado de introduzir ações não previstas e de deixar de aplicar ações previstas. É o poder discricionário, ligado à sua vontade. Criou-se com isto, inúmeras decisões diferenciadas, todas registradas nos “edito dos magistrados”.
PERÍODO PÓS-CLÁSSICO: Compreende o período de II d. C. A VII d. C. Período sem grandes inovações, até que Justiniano compilou as melhoras obras numa só (Corpus Juris Civilis) São 2.000 livros resumidos em 50 volumes.
COMPOSIÇÃO DO CORPUS JURIS CIVILIS
Código Antigo: O que se aplicava anteriormenteao Corpus Juris Civilis;
Código Novo:Atualização do código antigo. Divide-se em 12 livros;
Digesto:Significa: organizado, classificado. Formado por 16 juristas, entre eles: Teófilo, Cratino, Iriboniano;
Institutas:Significa: iniciar, educar. Comentários de Gaio e tem por objetivo a exposição didática do direito romano privado;
Novelas:Conjunto de novas constituições imperiais decretadas por Justiniano.
DIREITO OBJETIVO:
O vocábulo utilizado pelos romanos era jus (ordenar, jurar). Dividia-se em:
Norma Agendi:Conjunto de regras e normas jurídicas, aplicadas a todos (erga omnes). Não cumpridas, podem gerar uma sanção (sanctio);
Facultas Agendi:Direito da pessoa exigir cumprimento da lei, o respeito à lei. É o direito subjetivo. O principal objetivo do direito é resolver os conflitos, mediante aplicação prática da justiça.
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA AGENDI — QUANTO Á SISTEMÁTICA
Direito Público:Tem por objetivo a organização da república romana;
Direito Privado:Diz respeito aos interesse dos particulares.
DIVISÃO DO DIREITO PRIVADO
Jus Civile ou Jus Quiritum:Direito dos cidadãos romanos;
Jus Gentium:Direito comum a todos os povos;
Jus Naturale:Regras da natureza, comum a todos os seres. Ex.: relativos a matrimônio, procuração etc.
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA AGENDI — DO PONTO DE VISTA HISTÓRICO
Forma Jus Scriptum:São as leis (Ex.: os editos compilados, as constituições imperiais. Eram as leis escritas;
Jus Non Scriptum:São as leis não escritas, ou seja, os costumes;
Fonte Jus Civile:Regras que provinham do costume, das leis, dos plebiscitos. Era mais antigo, formal e conservador;
Jus Honorarium:Direito elaborado e introduzido pelo pretor, que com base no seu poder imperium, atualizava leis do Jus Civile. Era mais liberal e humano;
Jus Extraordinarium:Direito elaborado na época imperial, por atividade jurisdicional do Imperador e de seus funcionários;
Extensão Jus Commune:Aplicadas a todas as pessoase em todas as situações previstas. São regras gerais comuns;
Jus Singulare:Válidas a determinadas pessoas ou grupos, com aplicação em situações específicas.
Aplicação Jus Cogens:Regra absoluta cuja aplicação não depende da vontade das partes interessadas. As partes não podem excluir nem modificar os efeitos. É “erga omnes”.
Jus Dispositivum:Regra que admite a vontade das partes, por acordo expresso. É a “inter partis”.
DIREITO SUBJETIVO: É o facultas agendi, direito que a pessoa tem de exigir o cumprimento da norma agendi. Divide-se em:
Questões Familiares:Visam a proteção e a personalidade dos agentes. Ex.: casamento, tutela etc;
Questões Patrimoniais:Visam a proteção do patrimônio dos agentes. Subdividem-se em: 
a) Direitos Reais Poder absoluto sobre as coisas do mundo – “erga omnes”.
B) Direitos Obrigacionais Existe somente entre determinadas pessoas, vinculando uma a outra (sujeito passivo e sujeito ativo). O direito das sucessões tem caráter familiar e patrimonial em conjunto.
Fontes do Direito Romano
A) Costumes;
B) Leis e Plebiscitos;
C) Senatus Consultos;
D) Constituições Imperiais;
E) Edito dos Magistrados;
F) Jurisprudência.
SUJEITOS DE DIREITO: São todas as pessoas, quer físicas, quer jurídicas, que exerçam relação jurídica, atuando no mundo do direito. As pessoas poderão ocupar posições de autor (pólo ativo - exige o comportamento de outrem) ou réu (pólo passivo - tem obrigação de ter um determinado comportamento) em uma relação jurídica.
 No direito romano, não bastava só ser homem para ser pessoa. Era preciso ser homem, ter forma humana e não estar na condição de escravo. O escravo era ser, mas não era homem, não era sujeito de direito. Era considerado, na sociedade romana, como "res" (coisa).
A existência da pessoa física tinha início com o nascimento. O feto tem que nascer com vida e perfeição. O nascituro ainda não é pessoa, mas é protegido desde a concepção e durante toda a gestação. O Direito Romano considerava o nascituro como já nascido (ficção), reservando-lhe assim direitos e vantagens jurídicas. O aborto e o monstro (bebê nascido com defeitos físicos) não eram considerados como pessoas dentro do Direito Romano.
Extinguia-se com a morte do indivíduo. No Direito Romano era dispensável que fosse feito qualquer registro da morte. 
CAPACIDADE JURÍDICA DE GOZO: Também conhecida como capacidade de direito, significa a aptidão do homem para ser sujeito de direitos e obrigações. Para que a pessoa pudesse ter capacidade jurídica de gozo era necessário cumprir três requisitos básicos: ser livre, cidadão romano e independente de pátrio poder. Estes três requisitos davam origem a três status (condição civil da capacidade):
Status Libertatis:Examinava o requisito da liberdade;
Status civitatis:Examinava o requisito da cidadania;
Status Familiae:Examinava o requisito da situação familiar.
ESCRAVIDÃO: Várias são as formas para se chegar a condição de escravo, dentre elas, seguem:
Pelo Nascimento:Filho de escrava, escravo era; independente da paternidade da criança (pai livre ou pai escravo);
Pelo Cativeiro:Inimigos aprisionados ficam escravos do Estado romano, sendo vendidos aos particulares;
Pela Deserção:O soldado desertor virava automaticamente escravo;
Pela Negligência: O cidadão romano que não se inscrevesse no censo seria considerado escravo e era chamado de "incensus";
Pela Insolvência:Quem deixava de pagar as dívidas e era condenado, chamado de "addictus" e poderia ser vendido pelo credor;
Pela Prisão em Flagrante: O preso era vendido pela vítima do furto.
Com o passar do tempo, foi permitido aos escravos a representação de seus donos em determinados atos jurídicos, desde que o objetivo fosse aumentar o patrimônio. Escravo somente teria direito à liberdade de três formas:
Em Virtude da Lei:Os escravos velhos e doentes (a título de punição dos donos), o escravo que delatasse o assassino de seu amo (a título de recompensa), o escravo que vivesse por mais de 20 anos em liberdade;
Em Virtude do jus postliminii:(direito de voltar à pátria): Cidadão romano que feito escravo, foge, e volta à Roma;
Pela manumissão:Ato voluntário do dono do escravo, alforria.
STATUS CIVITATIS: Em princípio, as regras romanas eram aplicadas exclusivamente aos romanos (ius civile ou ius quiritum) Aos estrangeiros aplicavam-se as regras do ius gentium, e estes não eram considerados cidadãos romanos. Eram formas de adquirir a cidadania romana:
Pelo Nascimento:Sendo filho de mãe romana;
Pela Naturalização:Transferência de domicílio para Roma;
Por Determinação do Magistrado;
Por Determinação do imperador.
PERDA DA CIDADANIA: Perdia-se a cidadania romana com a perda da liberdade, quer por ter se tornado escravo, quer por ser deportado, exilado, etc. A cidadania e a liberdade andas sempre juntas no Direito Romano. O cidadão romano possuía a capacidade jurídica integral, podendo se utilizar das seguintes atribuições, dente outras:
Ius Honorium:Direito de eleger-se como magistrado;
Ius Sufragii:Direito de votar;
Ius Testamenti:Direito de dispor sobre seus bens;
Ius Conubii:Faculdade de ter um casamento legítimo;
Ius Commercii:Faculdade de praticar atos jurídicos inter- vivos;
Ius Actione:Faculdade de agir em juízo.
CAPITIS DEMINUTIO: Qualquer mudança existente em um dos status (libertatis, civitatis e familiae), mudava a situação jurídica da pessoa. Esta mudança ou alteração recebia o nome de “capitis deminutio’. O “capitis deminutio” não significava necessariamente a perda ou extinção de algum direito. Muitas vezes era uma mudança para melhor, como no exemplo da passagem de alieni iuris para sui iuris. O capítis deminutio se classificada em três:
Capitis Deminutio Máxima:Relacionado a qualquer alteração quanto a liberdade do cidadão;
Capitis Deminutio Média:Relacionado a qualquer alteração quanto a cidadania do cidadão, quer pelo exílio voluntário ou imposto por punição;
Capitis Deminutio Mínima:Relacionada a qualquer alteração quanto ao estado familiar do cidadão. (pátrio poder).
PESSOA JURÍDICA: São organizações destinadas a uma finalidade duradoura, com personalidade, patrimônio e relações jurídicas distintas de seus membros. Ente moral, cuja lei empresta personalidade. As organizações podiam ser de duas espécies:
Corporações:(universitas personarum) — Associação de pessoas (mínimo de 3). Sua existência necessitava de uma autorização do Senado ou do Imperador. Dividiam-se em: a) Públicas Próprio Estado romano; b) Privadas Associações – religiosas ou econômicas.
Fundações:(universitas rerum) — Conjunto de bens que objetivava alcançar uma determinada finalidade (caridade/religiosa). Para a existência da fundação bastava o estatuto. É indispensável que a fundação tenha patrimônio.
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA: Considerava-se extinta a pessoa jurídica quando: a) Sua finalidade fosse preenchida; b) Quando o senado ou imperador revogava a sua autorização; c) Nas fundações, com a perda da totalidade do patrimônio.

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