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PORTOS 1 PORTOS 1 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO Curso de Engenharia Civil Recife, 1º semestre 2011 Disciplina: Carga horária semestral: 60 horas60 horas Prof.a Dra Ana Regina Uchôa HIDRHIDRÁÁULICA MARULICA MARÍÍTIMA TIMA HIDRÁULICA MARÍTIMA INTRODUÇÃO Interação continente – oceano – atmosfera Oceanos e mares Salinidade, temperatura, densidade Circulação oceânica Circulação e movimentos de massa d’água oceânica 1. INTRODU1. INTRODUÇÇÃOÃO SUPERFÍCIE LIVRE DO MAR - apresenta-se ondulada devido a perturbações no plano d’água em repouso, originadas de diversas causas. conhecimento dos processos físicos envolvidos com as ondas de superfície, é fundamental para o planejamento e projetos de obras marítimas EFEITOS DAS ONDAS DE SUPERFÍCIES – apresentam grande importância para o projeto de obras marítimas e lacustres, como portos, vias navegáveis, defesa dos litorais e de margens, obras offshore etc. ENERGIA DAS ONDAS - as ondas de superfície da interface água-ar transferem energia da fonte que as gerou para alguma estrutura ou para LC, que dissipa ou reflete uma significativa parcela dessa energia. As ondas constituem o principal AGENTE MODELADOR DA COSTA, pelo transporte de sedimento que realizam. Além de produzirem muitas forças, as quais as estruturas portuárias estão submetidas. CONTINENTE – OCEANO – ATMOSFERA CICLO HIDROLÓGIGO – Densidade δδδδvapor d’água=0,62*δδδδatm. Durante o ciclo, a água tem elevada contribuição na decomposição as rochas, que arrasta matérias em dissolução e suspensão. A água do mar contem 300 vezes mais sais que as águas dos rios. Os principais íons salinos: cloreto, sódio, magnésio, sulfato, cálcio, potássio, bicarbonato, brometo. rico em sais 1.360.000.000 Total 12.900 AtmosferaVapor de água 1.320.000.000 105.000 Oceanos Lagos e mares salinos Água salgada 29.200.000 Geleiras e GlaciaisÁgua doce sólida (gelo) 67.000 4.164.000 4.164.000 Umidade do solo Até 800 metros Abaixo de 800 metros Água doce subterrânea 1.250 125.000 Rios Lagos Água doce superficial Volume (km3) OcorrênciaTipo Distribuição da Água na Terra http://www.meioambiente.pro.br/agua/guia/ociclo.htm INTERAÇÃO OCEANO-ATMOSFERA – atmosfera possui estreita ligação com os oceanos pelo fato de estarem estabelecendo contínua troca de energia. Principal elemento regulador do clima da terra. Aquecimento solar ventos na atmosfera correntes e ondas na superfície oceânica CORRENTES E ONDAS OCEÂNICAS - as mudanças de temperatura e pressão provocam os ventos, que são de grande importância para a circulação atmosférica. A maioria das correntes e ondas são geradas pelos ventos. A maioria dos processos físicos que ocorrem na atmosfera são caracterizados pelas condições climáticas em cada latitude. Esses mesmos processos ocorrem nos oceanos. A maior diferença é a densidade δδδδoceano = 1000*δδδδatm. Por isso, no sistema oceânico, os processos físicos se desenvolvem mais vagarosamente e com períodos de tempo mais longos. OCEANOS E MARES OCEANOS - Grande extensão de água salgada que circunda as massas de terra dos Continentes, preenchendo as grandes depressões da superfície da Terra. Ocupa 71% da superfície do globo. Oceanos: Pacífico, Atlântico, Índico e Ártico. Cada uma dessas grandes áreas contém variadas massas de água que possuem diferenças físicas, químicas ou biológicas. É através do ciclo hidrológico que os oceanos agem sobre os climas dos continentes. SALINIDADE – é a medida da quantidade de sais existentes na massa de água. Resulta da afluência da matéria continental dissolvida levada pelos rios, pois quando a água evapora de sua superfície, os sais são deixados. Distribuição da salinidade na camada superficial é governada: latitude, estações do ano e correntes. É uma das variáveis que determina a densidade e também que rege as correntes nos oceanos – 33 a 37. Nas águas costeiras e estuários, a salinidade é o principal fator que governa a densidade das águas. TEMPERATURA – Nos oceanos é o principal parâmetro que governa a densidade e assim, seu movimento vertical (as águas mais frias tendem a se deslocar para o fundo. PRESSÃO – pressão que a coluna d’água exerce sobre uma parcela de água (1 decibar => 1m de coluna d’água). DENSIDADE – é função da T, S e Pressão. δ=M/V (kg/m3; g/cm3). Nas águas oceânicas: 1021 kg/m3 (superfície) a 1070 kg/m3 (acima de 10.000m de profundidade). CIRCULAÇÃO OCEÂNICA E ATMOSFÉRICA A energia de origem solar não incide de igual modo sobre a Terra, sendo que a maior parte desta radiação atinge uma faixa, a volta do equador terrestre, entre 34ºN e 34ºS. Isto explica o alto valor do gradiente térmico entre o equador e os pólos. Os movimentos do ar e dos oceanos são controlados por estas diferenças de temperatura que proporcionam uma transferência de calor do equador para os pólos. Região dos ventos alísios evaporação>>precipitação Maiores salinidades Salmin Equador > Salmin Polar (baixas Lat) (altas Lat) A rotação da Terra desvia o movimento do ar das Células de Hadley para criar padrões globais de vento CIRCULAÇÃO E MOVIMENTOS DE MASSA D’ÁGUA OCEÂNICA obedece à dois processos ligados entre si: Circulação devida à densidade: a água movimenta-se devido às diferenças na densidade existentes nos diferentes locais. A densidade da água do mar depende da sua temperatura e da salinidade. Este movimento é chamado circulação termohalina. Circulação induzida pelos ventos que resulta em enormes correntes de superfície. Correntes Marinhas (http://blue.utb.edu/paullgj/geog3333/lectures/oceancurrents-1.gif). MARES - Porções de água salgada que circundam os continentes, apresentando aspectos físico-químicos e biológicos peculiares e dimensões mais restritas do que os oceanos. Em alguns casos, aparecem no interior dos continentes mais fechados. Apresentam menor profundidade que os oceanos e maior variação de salinidade, densidade, temperatura e transparência das águas. MARES ABERTOS - encontrados ao longo das regiões costeiras e apresentam ampla comunicação com os oceanos. Ex: Mar das Antilhas, Mar do Norte, Mar Arábico, Mar da China, Mar do Japão. MARES INTERIORES - se encontram no interior dos continentes, mantendo, porém, comunicação com os oceanos através de pequenas aberturas denominados estreitos ou canais. Ex: Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho, Mar Negro. MARES FECHADOS - não mantêm nenhuma comunicação com os oceanos ou com outros mares. Por estarem completamente isolados dos oceanos, esses mares são bastante influenciados pelas características das áreas continentais onde se encontram. Ex: Mar Cáspio, Mar Aral, Mar Morto. PRINCIPAIS MARES: Oceano Pacífico: Mar da China, Mar de Java, Mar de Bering, Mar de Okhotsk e Mar de Sonda. Oceano Atlântico: Mar Báltico, Mar do Norte, Mar Negro, Mar das Antilhas e Mar Mediterrâneo. Oceano Índico: Mar de Bengala, Mar de Adem, Mar de Oman, Mar Vermelho, Golfo de Bengala, Golfo Pérsico e Mar de Andeman. 270 326,6 (50m) Mar Morto 40Mar Vermelho (Oc.Índico) 37,4Mar Mediterrâneo (Oc. Atlântico) 32oC34,5Oceano Pacífico 30oC34,8Oceano Índico 27oC35,4Oceano Atlântico TEMPERATURASALINIDADEOCEANOS/MARES VARIAÇÃO TEMPORAL DO NÍVEL DO MAR segue um padrão complexo devido à inter-relação de um conjunto vasto de efeitos, dentre eles: Fatores meteorológicos ligados ao estado local do tempo e à propagação da agitação marítima, a média e longa distância, nomeadamente: �A ondulação e o vento, contribuindo para o empilhamento da águas, o que em baías e golfos pode levar a alguns metros de subida do seu nível em relação ao nível médio (ou descida quando os ventos sopram de terra).Em águas relativamente confinadas, a existência de seichas, isto é oscilações periódicas de longo período na superfície da água, pode induzir subidas periódicas adicionais de ±±±± 1 m. Fatores astronômicos, com relevo para: �A maré, fazendo oscilar periodicamente o nível das águas de acordo com um padrão controlado pela posição relativa do Sol e da Lua e com as condições de ressonância de cada bacia oceânica; �Efeitos astronômicos de longo período resultantes das posições relativas da Terra, do Sol e da Lua, sobrepondo à maré oscilações de período muito longo. NÍVEL MÉDIO DO MAR MARÉGRAFOS - instrumentos que permitem medir a variação do nível das águas num determinado local. Eliminando dos dados recolhidos, as flutuações devidas às ondas, à fatores meteorológicos e às marés e outros fatores astronômicos, obtém-se uma leitura do NÍVEL MÉDIO DO MAR durante determinado período, por referência ao datum1 utilizado. ZERO HIDROGRÁFICO - nível de referência a partir da qual se define a altura da maré; é variável de país para país, muitas vezes definida pelo nível da mais baixa das baixamares registadas (média das baixamares de sizigia) durante um dado período de observação maregráfica. 1 Datum - modelo matemático teórico da representação da superfície da Terra ao nível do mar; é um ponto na superfície terrestre que é a base para o cálculo dos levantamentos planialtimétricos em que é considerada a curvatura da Terra.