Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. Conteúdo Desta Aula Nesta aula vamos estudar: • Princípios da algesia e analgesia; • Tipos de anestésicos e seus mecanismos de ação; • Fármacos opioides; • Prescrição de anti-inflamatórios; • Efeitos desejáveis e indesejáveis. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR o A dor é uma resposta somestésica a estímulos nocivos, que podem levar a traumas ou lesões celulares imediatas ou crônicas, a partir de um processo inflamatório ou infeccioso. O controle da dor é prioridade terapêutica. o Mecanismos neurais da dor: • Resposta direta a um evento indesejável (lesão, trauma, inflamação); • Resposta indireta independente de qualquer causa óbvia pós-lesão cerebral ou de nervo (AVC ou herpes). Farmacologia da Dor Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR o Deve-se pensar na dor em termos de distúrbios da função neural e não como resposta normal; o Ativação de neurônios nociceptivos a partir de diferentes estímulos (físicos e químicos) atuam na taxa de disparos destes neurônios até atingir os centros superiores gerando a sensação da dor no córtex somestésico. Farmacologia da Dor Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR o 5-hidroxitriptanina (5-HT); o Bradicinina (BK); o Peptídeo relacionado ao gene da calcitocina (CGRP); o Norepinefrina (NE); o Fator de crescimento do nervo (NGF); o Óxido nítrico (NO); o Anti-inflamatório não esteroide (AINE); o Prostaglandina (PG); o Substância P (SP). Mecanismo Regulatório da Via Nociceptiva Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Mecanismo Regulatório da Via Nociceptiva Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Mecanismos da Dor o Dois componentes: • Neurônio aferente nociceptivo periférico. Atividade de impulsos em fibras aferentes primárias; terminações sensitivas nos tecidos periféricos, ativada por estímulos (mecânicos, térmicos, químicos). • Mecanismos centrais. Limiar mais alto, ativados por certo grau de dano tecidual. o Fibras: • C — não mielinizadas (dor em queimação surda e difusa); • A — mielinizadas (dor aguda e localizada). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Mecanismos da Dor Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Opioides Extraído da papoula (Papaver somniferum) o extrato de opium ou “Tintura de láudano” contém muitos alcaloides, por definição é dito como qualquer substância endógena ou sintética com efeitos semelhantes aos da morfina. Exemplos: • Naturais: origem vegetal: morfina, codeína, tebaína; origem animal: endorfinas, encefalinas e dinorfinas. • Semissintéticos: a partir da tebaína – etorfina, buprenorfina, diacilmorfina (heroína), hidromorfona (dilaudid). • Sintéticos: série de fenilpiperidina – petidina, fentanila (fentanil); série da metadona – metadona, dexpropoxifeno (darvon); série do benzomosfano – pentazocina, ciclazocina, loperamida (imosec). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Controles Inibitórios SCPA e SG possuem neurônios contendo encefalinas; 5HT e a encefalinas atuam inibindo a descarga de neurônios. Siglas: • Substância cinzenta pariaquedutal (SCPA) (PAG); • Núcleo paragigantocelular (NRPG); • Núcleo magno da rafe (NMR); • Locus coeruleus (LC); • Funículo póstero-lateral (FLP). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Tipos de Opioides Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Anestésicos Locais Anestesia local corresponde ao bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações sem alteração do nível de consciência. Os principais anestésicos são: • Acido benzoico: cocaína, tetracaína, butacaína. • Acido para-aminobenzoico: procaína, benzocaína, cloroprocaína. • Agentes derivados da xilidina: lidocaína, mepivacaína, bupivacaína, ropivacaína, etidocaína, prilocaína e articaína. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Mecanismo dos Anestésicos Locais Interação com os canais de sódio, o local de bloqueio no canal pode ser alcançado através do gate aberto, na superfície interna da membrana, pela molécula química carregada BH+ (via hidrofílica) ou diretamente da membrana pela molécula B não carregada (via hidrofóbica). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Usos e Efeitos dos Anestésicos Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Usos e Efeitos dos Anestésicos o Os fármacos anestésicos incluem substâncias como: • gases (óxido nitroso e xenônio); • hidrocarbonetos halogenados (isoflurano); • barbitúricos (tiopental); • esteroides (alfaxalona). o Correlação da potência anestésica com o coeficiente de partição óleo/gás. A potência é expressa como a pressão parcial alveolar mínima (CAM) necessária para produzir anestesia geral. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Mecanismo dos Anestésicos Os anestésicos são compostos simples e não reativos que produzem efeitos narcóticos, como o gás xenônio; A potência anestésica está intimamente correlacionada com a solubilidade lipídica e não com a estrutura; As teorias anestésicas postulam a interação com a camada lipídica atuando em canais iônicos de membrana; A maioria dos anestésicos reforça a atividade dos receptores inibitórios GABAa. Outros importantes efeitos são a ativação de uma sub família dos canais de potássio (com domínio de dois poros) e a inibição de receptores NMDA excitatórios. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Anestésicos Intravenosos Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Anestésicos Inalatórios Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Processo Inflamatório REAÇÃO INFLAMATÓRIA Sinais cardinais – dor, calor, rubor e edema; Quinto sinal — perda da função; São iniciadas e reguladas por mediadores da inflamação. Apresentam dois componentes: Resposta inata não adaptativa — eventos celulares e vasculares; Resposta imunológica adaptativa — fase de indução e fase efetora (humoral e celular). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Processo Inflamatório REAÇÃO INATA Ativada imediatamente após infecção ou lesão o Eventos celulares • Sangue plaquetas (coagulação e processos trombóticos, TXA2 e PAF) leucócitos (polimorfonucleares e mononucleares); • Tecido células endoteliais vasculares (secretam NO, PGI2, PAF, angiogênese); • Mastócitos (fábricas de histamina; liberam LT, PGD2, FAP, IL); • Macrófagos (diferenciação de monócitos). o Eventos vasculares • Cascata de coagulação, cascata fibrinolítica, cascata das cininas, cascata do complemento e cascata do ácido araquidônico. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Cascata do Ácido Araquidônico Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Cascata do Ácido Araquidônico o Produz uma família de mediadores chamados eicosanoides; o Principais enzimas: • PLA2 – ativada por trombina, C5a, bradicinina, lesão celular; • COX 1 – enzima constitutiva, produtora de prostanoides hemostáticos e proteção gástrica; • COX 2 – induzida por células inflamatórias. o Mediadores FAP (PAF), HETE, lipoxina, LT, PGD, PGE2, PGF, TX, PGI2; o Uso clínico: • Epoprostenol (PGI2) – inibeagregação plaquetária. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Fármacos Anti-inflamatórios o Ácido acetilsalicílico, diclofenaco, cetoprofeno, nimessulida, piroxican; o Celecoxibe, rofecoxibe (seletivos) • Mec. de ação – inibem a enzima COX1, COX2 seletivamente ou ambas; • Efeitos: ações analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias. o Há poucas diferenças significativas entre diferentes AINES, contudo a aspirina é uma exceção, pois bloqueia TX nas plaquetas e não no endotélio. • Aspirina – inativa irreversivelmente COX1 e COX2; • Efeito – além das ações anti-inflamatórias, inibe agregação plaquetária; • Uso – terapia do infarto. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Fármacos Anti-inflamatórios Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Estrutura dos Anti-inflamatórios Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Reação Imunológica FASE DE INDUÇÃO As APCs ingerem, processam e apresentam fragmentos de antígenos aos linfócitos T CD4 ou Th auxiliares (Th0) e as células T CD8; Células T CD4 – expressam receptores para IL-2 que estimula a produção e proliferação de células T auxiliares (Th0); Th0 expressam receptores para IL-4 e estimulam produção de Th2; Th2 e células B dão origem a células B de memória (MB) e plasmócitos (P) que secretam anticorpos; Células T CD8 – expressam receptores para IL-2, estimulam a proliferação de células T citotóxicas (Tc) e Th1 que ativam mastócitos e os capacitam para fagocitose; Th2 – estimulam células B a proliferarem em plasmócitos secretores de anticorpos (asma); Th1 – transformam-se em células que junto às Tc controlam respostas mediadas por células (rejeição, esclerose múltipla). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Reação Imunológica FASE EFETORA Humoral – mediada por anticorpos (Y); Celular – mediada por células – Tc (morte de vírus) e Th1 inflamatórias (complemento, eicosanoides, NO, fatores de coagulação, rejeição). Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Reação Imunológica Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Reação Imunológica o Glicocorticoides – são hormônios secretados pela suprarrenal, presentes no sangue e secretados em maior quantidade no início da manhã, diminuem ao longo do dia, sendo mínimo à tarde e à noite. o Efeitos – ações anti-inflamatórias e imunossupressoras. o Mec. de ação – ligam-se a receptores intranucleares, migram para o núcleo e interagem com DNA modificando a transcrição gênica, induzindo a síntese de algumas proteínas e inibindo outras; inibem PLA2, reduzem COX2; reduzem a produção de ILs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8; atuam tanto na fase de indução quanto efetora; reduzem o fator de adesão celular. o Reduz cascata do complemento. o Reduz NO. o Efeitos adversos – vide quadro ao lado. Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Reação Imunológica Farmacologia para Enfermagem AULA 07: FARMACOLOGIA DA DOR Referências KATSUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. SILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Farmacologia cardiovascular; Hipertensão e angina; Uso de drogas antiarrítmicas; Uso de diuréticos.
Compartilhar