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A Europa de 1815 - fichamento

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A Europa de 1815
A reconstrução da Europa
Pós Revolução Francesa e de sua guerra de 25 anos.
Reconstrução da Europa. 
Afirmação dos princípios internos dos Estados. 
Império Austríaco e reino da Prússia aumentam a influencia e seus territórios.
Interesses
Reorganizar a Europa 
Dois princípios: Moral = Legitimidade e Jurídico = Equilíbrio europeu
Principais Vítimas (Não tinha legitimidade hereditária)
Principados eclesiásticos da Alemanha, repúblicas de Veneza e De Gênova e a Polônia.
Dos 350 estados, cria-se a “Confederação Germânica” de 39 estados.
	As negociações se deram com o objetivo de buscar o equilíbrio de forças e a contenção de conflitos. No entanto, os responsáveis pelo Congresso de Viena não levaram em conta uma nova ideologia que vinha surgindo: o princípio das nacionalidades que estava ganhando força e que viria destruir os tratados firmados.
Santa Aliança X Quadrúpla Aliança
	A Santa Aliança era fraca e apenas proclamava a solidariedade entre os estados. Tinha a adesão da Rússia, Áustria e Prússia com a Inglaterra tendo recusado a adesão. No entanto, a Quadrúpla Aliança era uma aliança automática caso houvesse um regresso de Bonaparte e consulta caso a revolução voltasse a se inflamar.
Portugal e Espanha não foram admitidos nesse acordo, mostrando sina de evidente fraqueza. 
Inglaterra, após as grandes guerras aproveitou para dominar alguns territórios e tornar-se a maior potência colonial do mundo.
	Esboça-se uma rivalidade: Rússia e Inglaterra. Por quê? A Rússia continua se expandindo para o oriente e para baixo na direção da Índia, chegando perigosamente perto de territórios ingleses. 
A estrutura interna dos Estados
Fim da servidão 
Diminuição drástica do feudalismo
Inglaterra nunca havia sido conquistada 
Constituições outorgadas: ia contra os princípios. 
Como estavam os estados europeus? Divididos entre monarquias absolutas e constitucionais
Inglaterra: governo liberal
França: constituição outorgada
Suécia: constituição votada
Noruega: monarquia absolutista 
Alemanha: apenas alguns príncipes outorgaram constituições
Muitos estados alemães: monarquias absolutistas
Áustria e Prússia: monarquia absolutista 
Espanha: monarquia absolutista
Portugal: controlado p/ muitos anos por um regente inglês sem controle constitucional
Rússia: autocracia despótica 
Suécia: república 
	No entanto, não há por que exagerar as diferenças, visto que a aristocracia, depois do rei, tinha os cargos de administração. A Europa de 1815 era governada pelos grandes proprietários de terra. O clero era a favor das monarquias absolutas e a maioria da nobreza era reacionária oposta a qualquer reforma profunda.
O que ainda não havia mudado? 
Recrutamento pela força 
Liberdade não passava de um termo inútil para os pobres
Penalidades severas
Enforcamento de caçadores na Inglaterra
Direito de coalizão dos operários fora suprimido e não existia mais em parte alguma
	A Europa de 1815 estava ávida para acabar com qualquer vestígio da revolução francesa, era uma Europa desigual, clerical, aristocrática, legitimista e reacionária. Havia um descontentamento e os ideais da revolução estavam em todas as camadas. A Europa iria viver grandes revoluções.
Reações e Revoluções
Fatores dos distúrbios
Inexistência da igualdade de direitos mesmo na França
Não existe o arbitrário para as classes ricas 
Miséria 
As massas tomam consciência de sua condição 
“Não é a pobreza absoluta, sem esperança, embrutecedora que desencadeia as revoltas organizadas: é o começo do progresso”. Ou seja, após a Revolução Francesa e a Revolução Industrial tomando forma, faz com que a massa pobre perceba sua condição. 
A era das insurreições (1815-1849)
Três ondas sucessivas de revoluções: 1820, 1830 e 1840.
1820
Alemanha agitações vindas do ambiente universitário que objetivada a outorga de constituições. Reprimida. 
Espanha: tropas aquartelam se para combater colonos da América que haviam se revoltado. Fim político: o rei teve que restabelecer a constituição abolida. 
Nápoles: estoura revolta. Fim político: Rei é obrigado a estabelecer uma constituição.
Piemonte: estoura revolta. Fim político: também é exigida uma constituição.
França: o movimento vem da Itália, no entanto, pouco organizados, nenhum complô vinda. 
Rússia: Com a morte do czar, sociedades secretas tentam colocar um segundo irmão do rei no trono com o objetivo de transformar a Rússia autocrática em um regime constitucional.
	A primeira onda de revoltas é uma tentativa desesperada de se libertar do absolutismo e da opressão. 
1830
França: a segunda onda de revoltas desencadeia-se no território francês. Com a intenção de Carlos X de desfazer a Constituição, a população com o apoio da burguesia liberal consegue que o rei abdique e exile-se. No entanto, os vitoriosos estão incapazes de tomar o poder devido a sua desorganização. A alta burguesia faz com que outro Rei suba ao trono, desagradando às sociedades republicadas que voltam a lutar. Todos são reprimidos. Mas as revoltas continuam e Paris é o foco de novas intrigas e de revoluções sangrentas. 
Estoura revolta em Bruxelas (belgas). Rússia intervém.
Estoura revolução da Polônia. Rússia intervém e acaba com ela. 
Estoura revolta na Itália central. Áustria reprime. 
Agitação na Alemanha, mas não chega a se tornar revolta sangrenta. 
Duas vitórias: França e Bélgica. 
1846-1847
	Devido as revoluções anteriores, os revolucionários veem um cenário apropriado para continuar suas lutas. Isso fica mais em evidência quando houve uma crise econômica em 1846/47 devido as más colheitas que aumenta ainda mais a miséria dos pobres. 
As revoluções tomam proporções jamais tomadas antes 
Atingem dois polos muito importantes: Paris e Viena 
Alastram-se pela Europa: Turim, Roma, Nápoles, Florença.
O sucesso da revolução em Paris faz com que a revolta vá para Viena. 
De Viena, espalha-se pela Europa: Alemanha, Áustria.
A revolução toma uma caráter social: constituições são exigidas, traços ddo feudalismo são abolidos. 
A Rússia, Espanha, Portugal e a Escandinávia não são atingidos. 
Houve manifestações na Inglaterra, mas sem consequências. 
	No fim de 1850 tudo se acaba. A Europa continua a mesma, a Alemanha e a Itália não conseguem se centralizar. 
	A França conserva o sufrágio universal conseguido por meio das revoltas mesmo que não conseguido impedir o golpe de estado e o restabelecimento do Império trouxe uma estrondosa vitória para a democracia.
Destruídos os últimos vestígios senhoriais excetuando a Rússia. 
Prússia e Piemonte tornam-se os novos polos de irradiação moral e intelectual. 
A era da Grande Política econômica
Razões para os fracassos das revoluções de 1848
O medo do “perigo vermelho”. Os meios das cidades eram favoráveis as revoluções, no entanto os agricultores eram contrários a desordem. Os socialistas eram mostrados para estes como repartidores de terras. 
Cidades revolucionárias x camponeses conservadores
	Deve-se deixar claro, que mesmo com as revoluções e a universalização de alguns conceitos como a nacionalidade, liberdade, liberalismo entre outros, havia camadas da sociedade que eram reacionárias nos mostrando que a mudança de pensamento em uma sociedade se dá de forma lenta e heterogênea. 
Melhora nas condições de vida (devido a revolução industrial) que faz com que a população torne-se mais tolerante com a repressão e exploração. Essa prosperidade rompe momentaneamente com o ímpeto revolucionário, este voltando apenas na França em 1869. 
Democratização de modo progressivo