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CONSUMO DE CARNE DE FRANGO

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CONSUMO DE CARNE DE FRANGO: UMA VISÃO OBJETIVA EM RELAÇÃO AOS HÁBITOS ALIMENTÍCIOS DOS CIDADÃOS DE RIO VERDE E REGIÃO.
MORAES, Iago de Sá; SOARES, Fernando Uhlmann; ALVES, Jessyca.
1- Discente em Bacharelado em Zootecnia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde – GO. hiagoribeiros@gmail.com;
2 – Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde.
RESUMO: Esta pesquisa foi realizada com intuito de analisar o hábito de consumo de carne de frango dos cidadãos da cidade de Rio Verde – GO, Santa Helena de Goiás – GO e Montividiu – GO, através de questionários que foram distribuídos para a comunidade, atingindo o total de 1000 pessoas. As perguntas averiguaram se os mesmos consumiam a carne de frango, a frequência, os motivos, preferências nos quesitos: modo de produção alternativo ou industrial, partes do frango de maior apreço e forma de consumo, além de fazer uma breve análise sobre a equivalência entre produto e preço.
Palavras-chave adicionais: Aves, Frango, Consumo.
CHICKEN MEAT CONSUME: A OBJECTIVE VISION ABOUT ALIMENTATION HABITS OF RIO VERDE AND REGION CITIZENS.
ABSTRACT: This research was realized with the intuition to analyze the consume habit of chicken meat of Rio Verde – GO, Santa Helena de Goiás – GO and Montividiu – GO citizens, was used formularies that was distributed to the community, for about 1000 persons. The questions checked if they consume chicken meat, the frequency, the motivations, preferences at: alternative production or industrial, parts of the chicken that they most like, and the prepare method and consume. Also compares the price and product relation.
Keywords: Birds, Chicken, Consume.
INTRODUÇÃO 
A avicultura é uma das actividades de grande importância para a economia brasileira, e atualmente se encontra numa fase de constante crescimento devido ao aumento da produtividade, consequência dos investimentos na produção e da ampliação da participação do mercado internacional. O país, de acordo com UBABEF (2013).
Os consumidores estão cada vez mais exigindo qualidade e inocuidade dos produtos alimentícios que adquirem, buscam informações a respeito de novos produtos, de que maneira são tratados os animais para abate e como são alimentados, se eles ingerem hormônios ou não, entre outras preocupações.
Conhecer as preferências e comportamentos dos consumidores de alimentos tem sido uma importante área de estudos, através do conhecimento dos atributos que fazem a preferência dos consumidores, empresas têm desenvolvido estratégias, buscando garantir a competitividade e sustentabilidade das cadeias de produção a que pertencem (BRISOLA & CASTRO, 2005).
Os últimos acontecimentos na cadeia de carnes com relação a problemas como a BSE e a dioxina tiveram uma grande repercussão entre consumidores do mundo inteiro, contribuindo para o aumento das exigências por parte dos consumidores (OPARA & MAZAUD, 2001; VERBEKE, 2001).
O Estado de Goiás apresenta grandes potencialidades para a produção de carne de frango, devido a existência de grandes produtores de milho e soja, aliado ao sistema de integração combinado com a tecnologia moderna na produção do frango, o trabalho sobre biosseguridade, nutrição excelente, e o trabalho de investigação realizado pelas universidades.
A criação de aves para a produção de carne tipo caipira é um dos segmentos da avicultura alternativa que tem se mostrado promissor, tendo em vista a fatia do mercado composta por consumidores que demandam por produtos mais saborosos (SANTOS et al. 2005). A população do interior de Goiás sempre apresentou a característica de preferência da carne de frango alternativa (caipira) ao invés da industrial convencional (granja). Ainda que a carne seja vista como rígida e escura demasiadamente do ponto de vista de análises sensoriais.
Tendo como importante fator inicial a necessidade de compreender melhor o habito de consumo de carne de frango de Rio Verde e Região, sendo que através de questionários e pesquisas com os próprios cidadãos foi possível verificar os resultados esperados.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizada uma pesquisa “survey”¸ a qual é utilizada para a obtenção de informações por intermédio de uma entrevista com os participantes, na qual são feitas inúmeras perguntas acerca do tema que se está estudando, por meio da aplicação de um questionário estruturado para obter uma padronização do processo de coleta de dados (MALHOTRA, 2001).
A pesquisa teve duração de uma semana no período diurno de cada dia, o inicio se deu no dia 25 de outubro de 2016 ás 13h00min de acordo com o horário oficial de Brasília. Sendo encerrado no dia 01 de novembro de 2016 as 18h00min. O Local utilizado para realizar as entrevistas com os consumidores foram as principais ruas das cidades de Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Montividiu no estado de Goiás. Além de questionários disponibilizados via internet, através de sites específicos para pesquisa de público. Os entrevistados foram selecionados de forma aleatória, sem seleção prévia.
As perguntas averiguaram se os mesmos consumiam a carne de frango, a frequência, os motivos, preferências nos quesitos: modo de produção alternativo ou granja, partes do frango de maior apreço e forma de consumo, além de fazer uma breve análise sobre a equivalência entre produto e preço.
Os resultados foram contados e registrados, tendo por finalidade gráfica em planilhas e porcentagens sendo os mesmos utilizados neste artigo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram entrevistados 1000 consumidores de carne de frango, sendo que 621 (62,1%) eram do sexo masculino e os outros (37,9%) eram do sexo feminino, observando-se que a maioria eram homens. Destas mesmas pessoas questionadas 34,3% pessoas possuíam uma faixa etária de 16 a 20 anos, 21,4% de 21 a 25 anos, 18,6% de 26 a 35 anos, 14,3% de 35 a 41 anos e 11,4% maiores que 41 anos 11,4%.
De acordo com as estimativas de Safras & Mercados realizadas em 2006 a 2008 (Figura 1) mostram que o brasileiro vem cada vez mais substituindo a carne bovina pela de frango, devido quesitos de saúde entre outros.
Figura 1 – Estimativa de consumo de carnes
Esse reflexo é facilmente confirmado em nossas pesquisas já que dos 1000 entrevistados, (86,3%) afirmaram consumir carne de frango semanalmente e 13,7% afirmaram não consumir carne de frango, entre os motivos citados estava a associação ao veganismo/vegetarianismo, simplesmente não haver preferência.
 E uma pequena parcela de aproximadamente 3% se mostrou extremamente preocupada com os riscos de intoxicação por salmonella sp. Enquanto outros 8% afirmaram o receio aos hormônios induzidos no frango. 
A figura 2 mostra claramente a frequência de consumo de carne de frango por semana em Rio Verde-GO e região.
 Figura 2 - Frequência de consumo 
Ainda de acordo com a ABPA (2014) no ano de 2014 o consumo per capita de carne de frango foi equivalente a 42,7kg, enquanto a receita das exportações no mesmo ano foram de US$ 8,08 bilhões
O maior motivo que leva ao consumo do frango se dá ao sabor da carne com 30% dos entrevistados, seguidos de questões de saúde com 24,3%, já que os teores de colesterol, gordura e lipídeos são bem inferiores nas carnes brancas comparadas as carnes vermelhas), dietas com 21,4%, 20% dos cidadãos afirmam que o preço se torna o fator determinante na hora de escolher a carne, enquanto 4,3% disseram outros. 
Em relação à preferência de consumo de frango alternativo ou de granja, o de granja se sobressaiu com 58,6% dos consumidores enquanto o frango alternativo obteve 41,4%. 
Os fatores determinantes para essa escolha é em primeiro plano o sabor, em segundo acessibilidade já que muitos afirmam a dificuldade de se consumir frango alternativo nos dias atuais, em terceiro vem questões de saúde já que frangos de granja apresentam grande teor de hormônios o que pode ser prejudicial para quem escolhe ter uma alimentação mais a risca. 
O que vem a ser um pensamento errôneo já que a produçãode carne de frango industrial não vê como viável a aplicação de hormônio nos animais, preferindo assim reduzir o ciclo de produção através da engorda que ocorre a partir de uma nutrição extremamente minuciosa e balanceada.
Em relação à opção pela compra do frango inteiro ou por partes, obtivemos 52,9% dos entrevistados embora tenham afirmado que não estejam satisfeitos compram o frango inteiro enquanto 47,1% preferem comprar o frango em partes já que se torna mais ágil e fácil o manuseio. 
Entres as partes de maior frequência se encontram o peito do frango com 34,3% dos entrevistados; asa com 17,1%; coxa e sobre coxa 45,7% e outros apenas 2,9% dos consumidores.
Ao que se trata ao consumo dos popularmente chamados “miúdos” tais como coração, pés, entre outros, o sudoeste goiano se demonstrou retraído já que 72,9% afirmaram não serem adeptos à esse tipo de consumo enquanto apenas 27,1% afirmaram consumir o mesmo.
Embora a carne de branca seja bem mais saudável que as carnes vermelhas, dependendo da forma que é consumida seus riscos podem ser até piores e os consumidores de Rio Verde e região vem apontando a fritura como principal forma de consumo 34,3% dos consumidores. O que se torna um resultado nada agradável já que as mesmas acarretam sérios problemas cardíacos, além de problemas estéticos.
Atualmente, cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto e,, aproximadamente, 17 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido às doenças do coração, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além das maléficas frituras, foi notado um bom resultado já que grande parte prefere o consumo através de molho (31,4%) e assado (22,9%) que são por muitos nutricionistas a forma mais indicada, enquanto outras formas de consumo permaneceram com seus 11,4%.
Em termos socioeconômicos o rioverdense vem se demonstrando bem satisfeito ao que se trata da relação preço e qualidade já que 57,1% afirmam que a qualidade do frango está equivalente ao preço, enquanto 42,9% dos consumidores estão insatisfeitos, muitos ainda argumentam o fato de frangos aparentarem grandes e pesados na compra e no momento do preparo grande parte é perdida devido água congelada.
Quase um quarto do que o consumidor brasileiro de frango paga pelo produto é água, nível considerado quase duas vezes acima do permitido pelo governo federal. O limite de percentual de água no produto congelado é de 6%, com tolerância para 8%, mas, segundo informou o secretário-executivo do ministério da Agricultura, José Amaury Dimarzio, testes da Secretaria de Defesa Agropecuária apontaram lotes com até 23%.
O site da Comissão Técnica de Alimentos afirma que atualmente os cortes e as carcaças de frango são monitorados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelas empresas sob fiscalização do Serviço de Inspeção Federal (SIF) para que não haja esse tipo de fraude, por meio dos programas obrigatórios de autocontrole.
O frango ainda é um dos principais componentes da mesa dos brasileiros como ilustra a tabela 3.
Na tabela 3 observa-se que ocorreu uma alteração significativa e gradativa no consumo de alimentos de arroz, feijão, carne bovina, frango, iogurte, refrigerante e alimentos preparados no Brasil. Possivelmente esse incremente deve ter ocorrido devido a expressiva alteração no financeiro do brasileiro, onde propiciou uma maior procura.
Observa-se que entre o período de 1974 a 2003 houve uma redução de 46% na aquisição domiciliar de arroz polido, 37% na aquisição de feijão, 10% de carne bovina e 41% de frango. Por outro lado, houve um aumento significativo na aquisição de alimentos preparados 216%, iogurtes 702% e refrigerantes 490%. É importante destacar que esses dados se referem aos alimentos adquiridos para consumo no domicílio.
 
CONCLUSÃO
Os resultados obtidos mostram a preocupação dos moradores da cidade de Rio Verde – GO e região com a saúde, porém também demonstram uma grande falta de conhecimento correlacionado a esse quesito.
A carne de frango vem subindo cada vez mais estatisticamente, devido quesitos de acessibilidade, preço, higiene, sabor, saúde entre outros. 
Foi também notado a importância da carne de frango no cardápio diário do sudoeste goiano. O que torna até mais claro o fato de os principais pratos típicos da região levarem o frango como o principal ingrediente.
BIBLIOGRAFIA
Associação Brasileira de Proteina Animal – ABPA. Cenários Carnes 2014/2015. Disponivel em: ABPA.ORG.BR> Acesso em: 29 de outubro de 2016
AviSite. “Outra vez, carne de frango é o mais consumido no Brasil”. Disponível em: <http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/granjeiros/37270-outra-vez--carne-de-frango-e-a-mais-consumida-no-brasil.html#.Ul8X1NIn8Vc> 
Acesso em: 2 de Novembro de 2016.
ARENALES, M.C et AL . “Criação Orgânica de Frangos de Corte e Aves de Postura- Parte 1” Viçosa-MG, CPT,2008. 532p
BRISOLA, M. V.; CASTRO, A. M. G. Preferências do consumidor de carne bovina do distrito federal pelo ponto de compra e pelo produto adquirido. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 81-99, janeiro/março, 2005.
COTTA, T. “Frangos de Corte: Criação, Abate, Comercialização”. 19ªed. Viçosa-MG: Aprenda Fácil Editora. 2003.237p
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa de orçamentos familiares 2002-2003: micro dados: Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de Índices de Preços, 2004.
MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001.
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Acesso em: 6 de novembro de 2016
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Acesso em: 28 de Outubro de 2016
OPARA, L.; MAZAUD, F. Food traceability from field to plate. Outlook on Agriculture, v.30 n.4, p.239–247, 2001.
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