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- 2 .i & y \% 3 Z E - 2 2 . - L Q w m ; o 2 g,: - .c * (d 2 c 'z m zk:= I- % = - u :g; L O ai.? ; - . > c " , w c g w , r 2 3 - -g .s E " ; x $ s $ ,!j &E,ffi > m L U U 't< w Q , 2 52.: m x w w 3 L a g m < ~ 0 ,w w ffi w :E U 5 .üy " ,F = ,? - 8 Z E . - 9 $+ < a i Y 5.8 L $2 2 a w 7 3 O Artiiied Edir0i.a S.A., 2002 Cap,1: már rio Rohnclr S ~ ~ p ~ ~ ~ . i ~ i r r í o rdirorinl: Lcrici:~ Bispo de Linin LditoinrCio ~ l ~ ~ t r â i ~ i ~ ~ ~ : AGE - Hssessorin Grática e Edirorid L r d ~ . Reservados rodos os direicos de publicação em língua porruguesa i ARTfvIED9 EDITORA S.A. Av. Jerônirno de Ornelas, 670 - Santana 90040-340 - Porto Alegre, RS, Brasil Fone: (51) 3330-3444 Fax: (51) 3330-2378 É. proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no rodo ou em parce, sob qiiaisquer formas ou por quaisquer meios (elerrônico, mecânico, gravagáo, fococópia, discribuiçáo lia Web e o~irros), sem permissão expressa da Edirora. SÁO PAULO Av. Rebouças, 1 .O73 - Jardins 0540 1-150 -São Paulo, SP, Brasil Fone: ( I 1 ) 3062-3757" Fax: (1 1) 3062-2487 SAC 0800 703-3444 A rn i r i h ,~ esposa, Cybele, e aos meti5 p.11~. Paulo A. Netz Aos meus filhos, J. Roberro e Claudine. George González Orrega IMPRESSO N O BRASIL P R I N T F n IN R R A 7 r r uma ferramenta necessária tanto à dedução das fórmulas quanco à aplicaçáo e à coil- textualização dos princípios e dos conceitos da certnodinâmica em diversas siruaçõcs particulares. Em decorrência dessa sicuac;ão, os livros us~iais de físico-química, priiicipal- mente os disponíveis em língua porruguesa, acabam nao sendo bem-recebidos pelos farmacêuticos. Por um lado, porque essas obras dedicam-se prioritariainente a ~ i i i i público de quíinicos e de ei~genlieiros químicos; por ourro, porque o seu nível matc- mático baseia-se no cálculo diferencial e integral e acaba aFasrando o público mace- inaticamente menos preparado. A lircrarura disponível em físico-química em iiigIGs ou em espanhol acaba se enq~iadrando nos mesmos probleinas, ou, evenrualrnei~re. embora dirccionada de faro para as ciências farrnacêlicicas, exibe um nível de det;illie e unla exigêiicia de conliecimentos prévios por vezes muito elevados. Para suprir essa lacuiia, procuramos desei~volvei. uin livro em língua portuglicsa que cratasse dos fundanientos de físico-química de um ponto de vistasuficier-iremen- te simples, maternatican~enre falando, porém prof~indo o suficicnre para fornecer ;i base necessária p:ira reinas de elevada relevincia profissional. Ui-i~a obra que procli- rasse delinear toda a base do conhecimenco de físico-química adequada para LinI curso de graduação, escolliendo, porém, exemplos prioritariamence oriundos do co- tidiano farmacêutico para ilustrar os conceitos, as equações e as definições. Uin cr-a- ballio desse tipo deve, necessariamente, dar uma grande ênfase à disc~issão concei- tual, à compreensáo do que está por trás das fórmulas e das equações. Trata-se de primeiro entender o conceito daquilo qiie se fala e, depois, entender como se desci-c- ve tal conceico. Esse foi o objecivo que civemos ein mente ao elaborar csca obr:, c esperamos que tei-iha sido alcai~çado. Logo após a discussão dos conceitos no textopl.irzcipni, no qual o preparo ma- teniático exigido é apenas elementar, segue a aplicação dos conceitos estudados ern cmrnpios, estruturados como exercícios resolvidos. Apesar de priorizar a abordagem conceitual - a descrição -, nosso rexro busca, também, satisfazer à necessidade da- queles que procuram um imaior rigor na exposição da matéria. Assim, reservamos u n ~ espaço em cada capítulo para o tratamenro matematicamente rigoroso dos con- ceicos abordados. Esras seções, inriruladas "Er-ii detalhe", ser simplesmenie ignoradas pelo leitor que não river interesse nelas. O seu estudo, porém, pode sei. bastante compensador, pois, quando bem-entendida, a estrutura matemática da físi- co-química facilita o seu uso e torna desnecessário o tedioso crabalho de meiiioriza- çáo interminável de fórmulas, fatos e conceitos. Isso requer, entrecanto, um esforc;~ conscienrc por parte do aluno, que deve estar disposto a buscar a sua própria supera- ção por meio dos exercícios, da discussão dos poncos pouco claros, da contínua inda,oa- çáo, pois, sorriente assim, pode-se construir um conhecimenco sólido, flexível e eficaz. Boni proveito! I Estados de agregaqáo da i-i~atéria: uma descrição fenomenológica ................................... 13 ............................... 2 Inrraducáo k rermodinârnica: calor, trabalho e o primeiro princípio 39 ........................................................... 3 Aplicaçáo da tern~odinân~ica a sisren~as siii~ples SO 4 Aplicação da termodinâmica a sistemas de mais de um componente: termoquímica e equilíbrio químico ................................................................................ 98 . . ............................................................................. 5 S o l ~ i ~ õ e s e propriedades coligativas 132 6 Eq~iilibcios de Fases niulricor-i-iponente .......................................................................... 165 .................................................................................................... 7 Cinética 203 ............................................................................................ 8 Fenômenos de transporte 223 .............................................................................................. 3 Fenômenos de interface 246 10 Sisremas dispersas ........................................................................................................ 265 Bibliografia ............................................................................................................................ 290 .................................................................................................................................... índice 293 PAULO A. N E T Z GEORGE GONZÁLEZ ORTEGA 9 5 a c: 4 uj 5 % . c gl " O - O a: rK - . E n o z ' - 1 . G ? n n n . E 2 w 5 5 - r0 rn : - 2 . 1 . e N V i $ 2 . 5 E;' @ 7 : m - , n . . e g TABELA 1.1 Caracteristicas básicas dos três estados de agregação , -- Sólldo Liquido Gasoso - Alto ordenamento molecular Relativa desordem molecular Grande desordem moiecular Forças elevadas de atração Forças de atração e repulsão Forças debeis de atração e e repulsáo com magnitude repulsão. Repulsão preseiiie intermediária quando há colisão. Estado condensado Estado condensado Estado não condensado Não-fluido Fluido Fluido entendida - também interpretando de modo livre - coiilo algo ca~isado pela eiicrgia potencial e que nicdc o quanro a energia potencial varia coin a distância (inatcrnaci- camente falando, a força é o negativo da derivada da energia potencial eiii rela5ão à distância). Ncstc texto, discutiremos as inter~çóes e seu alcance, ou seja. coiiio cln.? variam coni a disti i~cia, mas as forças podeni scr calculndas n partir dcstns. t \ > s i i ~ - i , quando mencionarinos interações que variam com o inverso do quadrado da distán- cia (- 1/1'), as forças coi.respoiidentes a tais intcraçóes irão variar com o iiiverso do cubo da distância( - I /? ) . A primeira distinção necessária entre as interaçóes de relevância na quiulica 6 entre aquelas que acuarn no âmbito (interno) de uma moléc~ila e aquelas que aruani entre as diferentes moléculas. Enq~ianto.as primeiras, chamadas de i)zte)~çõe! iiitrii- inoleczrlni~es, s,ío as responsáveis pela existéiicia própria da molécula, definindo as relações dos átomos constituintes encre si e as propriedades da molécula. as szsLin- das, denominadas de i)ztrrtrções inter)nolectlldres, são responsáveis pelo escado de agre- gação, isto é, pelo arranjo energericameiite mais favorável de uina grande qunntidadc de moléc~ilas. O estudo sistemático das incerayóes intrainoleculares tais coriio liga- ções do tipo covalente, iônica ou interações de caráter metálico, normalmente é abor- dado em textos de química geral e inorgânica e náo será, portanto, discutido aqui. Todas as interaçóes inter ou intramoleculares possuein, direta o u inciiretamen- te, uma origem eletrostática. O tipo mais elementar de interação inter~nolec~ilai- (: a rlctrostríticn carga-caip,\que se manifesta principalmente nas s~ibstâncias ienicas. 11 energia da interação iônica entre uma carga q,, e u n a carga qL é bastante forte i. dii longo alcance, luriando com o inverso da distância rab entre estas cargas: Nessa equação, é Lima constante denominada permissividade d o vicuo. Car- gas de igual sinal implicam uma energia de interação positiva e forças de repulsão, enquanto que cargas de sinal contrário implicam uma energia negativa e forças atra- tivas. A dependência da energia com o inverso da distância significa que a iiitei.a;ão tem um longo alcance: para que se possa reduzir uma dada interaçáo entre dois íon:; a um décimo de seu valor, é necessário aumentar a sua disrância 10 vezcs. Interação Moléculas com carga (íons) can~béni intcragem resultante com inoléculas sem carga. A energia de interaçáo en- trc uma rnolécula dotada de carga e uma n~olécula Interaçáo de polar (portanto, co11-i um momento de dipolo perma- repulsão nente), mas seni carga, é do tipo atrativo, possui inag- iiitude coiisiderável e varia coiil o inverso d o quadra- do da distância: Energia 1 uc.irg.i.di(>alii a 7 ( 1 2). Distincia r - e A variacão coiii o inverso do quadrado da dis- cincia significa que esta interaçáo decai muito mais atração rapidaii1ente: se a disrância for auiiientada 10 vezes, a interação reduz-se a um centésimo. Mesmo iiioléculas destituídas de carjia líquida - . Figura 1.2 Representação das inieraçües podem apresentar coiisiderá\~el iilteracão atixciva ou de repuisão e atração resultante em função da distância de separacão. repulsiva. A interação repulsiva é dc curta distância: . . quando duas moléculas neutras se aproxiiliam, à ine- dida que a distância que as separa vai-se reduzindo, a repulsão entre as nuvens eletrônicas aumenta de forma significativa (Figura 1.2). Eilquarito as interaçóes de rep~ilsão derivam da interaçáo desfavorável entre as nuveris eletrônicas, as interaçóes de atração entre moléculas náo-carregadas podem- se originar da interaçáo entre diferentes regiões das riloléc~~las onde a densidade de cargas é diferente, originando difcrcntes tipos de interaçóes de baixa energia, generi- camente denoniinadas iiztei-ações de vnlz &r Wnls. Sob a denominação interaçóes de Van der Waals iilcluem-se: 1) As intcrc~çüesde Irérsolz (intc).rrç20 riipo/o-diyo/~)~, próprias de inoléculas pola- res. aglomeradas por forças de atração inoderadas como, por exeinplo, e m cetonas ou haletos de alquila. As interações de Keesoii são fracas (cerca de 2 a 1 0 kJ/n~ol) e tornam-se gradualmente mais fracas com a separação entre as moléculas, variando com o inverso do cubo da distância ( U - l/l3). Isto significa que, se a distância aumentar 10 vezes, a energia po te~~c ia l de interação reduz-se a um milésimo. 2) As iiztel-ações de DrbJir (internçRo dipolo-diyolo ind/.izido, efeito de i)zdzrçZo), observadas em nioléculas com dipolos permanentes que interagem com rnoléc~ilas sem dipolo, mas suscetíveis a uma fácil polarização. Tais interaçóes são mais fracas que as dipolo-dipolo (cerca de 1 IkJ/mol o u menos) e variam com o inverso da distân- cia ria sexta ( l i - I/)"), ou seja, decaem de magnit~ide de modo inuito mais rápido do que as interaçóes dipolo-dipolo, pois um aumento de disrância ein um fator de 10 teria como resultado uma diminuição da energia ein Lim fator de 1 ini- Ihno. 3) As iizteragües de Londoiolz (iilternçRo dipolo indtlzjdo-dipolo i)zduzido4, efeito de dispersno). Estas interaqões ocorrem entre iiioléculas sem dipolo permanente (por exeinplo, hidrocarbonetos e gases como nitrogênio e :ás carbônico) e dependem . ' Eni relaçáo à iiircrdção carga-carga, oii iòriica, eni u n i cerro senrido. é apenas uina qlicscáo dc e.ccol1i.i classificá-la conio iiircr oii iiirr;inioltcular. Trara-se. aqui , de dipolos pccnianenres. "ambéni chamados de dipol«s insrantâneos, que podei11 sei. pensados conio originados de assin~errias iiisrantiiicab nn dis~ribuir;ão clerrònica qiic induzcni issimcrcias cm nioléculas vizinlias. Netz e González O~tepz forteinenre dapold~izabilidadej das moléculas. Podemos visualizar esra inreraçáo como sendo o efeito de uma nuvein eletrônica temporariamente distorcida cm uma dada molécula que induz unia deformação nas nuvens elecrônicas de inoléculas vizii~has. Sua intensidade pode variar de inenos de 1 a mais de 5 kJln101 e varia com o inverso da disrincia na sexta porência (U - 1 1 ~ ~ ) ~ da mesim forina que as interagões de Debye. A energia resulrante depende das eiiergias de atragão e repulsio e apresenra u m valor iníniino a uma dada discáncia de separagáo, onde a força resiiltance é, porcanto, igual a zero. Se considerarinos a interação entre d~ ias moléculas idênticas, a disrância d o n~íii imo de energia f chamada de dijt[itzcia ou inio de uvniz dei. Waals. A distâi~cias menores que esre míniii-io, a repulsáo aumenta de forma abrupra. Por esca razão podemos ~irilizar o raio de van der Waals como uma medida quanticariva do "taina- nho" das moléculas, conforme a Figura 1.2. Existem vários exemplos de inreraçóes d o ripo Keeson ou Debye na formaçáo de con~plexos quín~icos entre fárinacos e diversos polímeros ou proceínas. Um caso Liin tanto difcrcnre é o das incerações de London, que sso próprias de moléculas náo- polares, as quais sofiein polarizaçáo induzida. Um exeinplo concreco desce ripo de força é observado nos gases com comportamenro real, associado à sua cendência de passar ao esrado líquido. As interaçóes de London explicam, por exemplo, por que o metano se liquefaz. Na equação de Vaii der Waals, uma das equações que procura explicar o comporramenco dos gases reais, o efeico decorrenre das forças de van der Waals esrá expresso no termo a/V? (vide Estado Gasoso). Formando u m grupo i parre, apareceram aspoiztes de hidrogênio que sãc derer- minadas pela presença de grupos conrei~do u m hidrogênio ligado a um eleinenro fortenienre elerronegacivo, por exemplo, O-H, N-H, X-H.' O hidrogênio ligado a esce ripo..de áromos inrerage forreinente com átomos também forremente elerrone- gativos presenres na mesma ou e m outra molécula. O átomo "de onde" a ligaçio provém é denominado doador e o que "aceita" a ligação, accptoi.. Uma caracceríscica imporrance das pontes de hidrogênio é o seu carárer direcional. Embora muito mais fortes que as incerações de van der Waals já relacionadas, sua magnitude é pequeiia (aré cerca de 15-20 kJ mol-') em comparação com as ligações iônicas ou covalenres (até 250 I J moi-I). A presença de ponres de hidrogênio pode ser identificada com facilidade a par- tir d o momenro que analisan~os a esrrucura química de uma subscância. Se os áro- inos doador e acepror da ponre de hidrogênioestiverem e m moléculas diferentes, forma-se Lima ponce interinolecular. Se, pelo contrário, os átomos forremence elerro- negarivos estiverem presentes na mesma molécula, a ponre é intramolecular e não terá o inesmo efeito de interação que a ponte intermolecular (Figura 1.3). Algumas subsrâncias simples como os dcidos fluorídrico e clorídrico apresen- taiii formação de pontes de hidrogênio F.-H e CI--H, respecrivamenre. As ponces de hidrogênio intern~oleculaies rambém ocorrem nas moléculas de água - em número de quatro por inolécula, e m média, duas como doador e duas como acepror - e são responsáveis pelo comportamento anômalo da mesma, principalmenre em [ermos ' A polarizabilidade iiiede a exrciisão com a qual a densidade eleri-iiiiicn eni lima molécula é polarizad3 (distorcida ou deformada) devido à açáo dc um cnnipo elétrico externo. ' Onde X representa tim halo~i.nio. H - F . - - . - H - F - - - Ácido fiuoridrico Ácido formico ~ i ~ u r a 1.3 Exemplos de substãncias com formação de pontes de hidrogénio da alra consranre dielécrica, baixa pressáo de vapor e elevada cemperacura de ebuli- são, além de responderem pelo máximo da densidade a 4 OC, mínimo d o coeficienre de compressibilidade a 46 "C, mínimo da capacidade calorífica a pressáo constante a 3 5 "C, denrre ourras anomalias. Quando as moléculas são maiores e m~ilrifuncionais como o ácido salicílico, por exemplo, além da formação de ponres interinoleculares é possível encontrar também pontes de hidrogênio intran-ioleculares (Figura 1.3). Cada u m dos crês esrados da maréria esrá relacionado à liberdade de movimen- co dos áromos ou das moléculas. Nos gases, ároinos e n~oléculas enconrram-se em níveis energéricos elevados e apresenranx liberdade irresrrica de movimenros de roca- $50, cranslação, vibração e oscilação. A medida que a restrição da liberdade de movi- menro se increinenca, áromos e moléculas são imobilizados aré acingir o esrado Iíqui- do. No esrado sólido, ácomos e moléculas só podem oscilar e vibrar sobre Lima posi- ção Fixa, caracrerizando uma rede OLI marriz com baixo conreúdo ei-iergécico. O processo reverso ocorre quando as partículas n o escado sólido recebem energia suficiente para romper a macriz e passar ao escado Iíquido, ou , em alguns casos, direramence ao esrado gasoso. As mudanças de esrado recebem denominações próprias e codas consciruem rransformações reversíveis, quando conduzidas à cem- perarura e à pressão constances. As alterações sáo, neste senrido, escricamente físicas, e não devein ser confundidas c o m as alreraçóes químicas, que aconcecem quando, por exemplo, uma subscância sólida é aquecida e liquefaz porque sofreu degradagáo química irreversível. A lg~ ins açúcares7 e polímeros apresenram tal cipo de comporramenco. Oucra classificação das forças incermolec~ilares diz respeiro às considerações sobre se as forças manifesram-se enrre espécies químicas iguais ou diferentes. Nesre caso, teremos uma c1assificac;áo como: i Quando a sacarote forma caramelo, por ereniplo a)farças de coesrío, que ocorrem ei-itre espécies químicas iguais, e b) foipas de ndesno, que ocorrem enrre espécies químicas diferentes. Esta distinção é importante no estudo dos fenômenos de superfície, como \.esc- mos adiante. O conhecimei-ito da natureza das f o r p s inrerinoleculares é essenci;il para o enrendiinento, não só do estado de agregação, como de diferentes fenôinenos físico-químicos que se vei-ifi cam i-ia superf cie, como tensão s~iperficial, viscosidade c caracreristicas reológicas, entre outras. ESTADO GASOSO Ao contrário de ourras áreas da term«dinirnica, o cstudo das propriedades dos g:isi,s é particularn-iente simples. A simplicidade na descrição deve-se à característica dc os gases comportarem-se de modo caótico8, e, portanto, uma descrição estatística pode explicar suas propriedades. Para sistemas isolados, o conhecimeiito das propriedades de niassa. volunie, pressão c rcrnperatura f sufcienre para descrever de iiiodo iiire- gral o estado gasoso. Tal conhecimento perinite prever, não só o coinportamcnto dos gases, mas também entender e aplicar os princípios fundamentais da rerinodinárni- ca, estendendo a análise aos sisremas líquidos e sólidos. A relação inaremárica basca- da nas propriedades de niassa, volume, pressão e temperatura, suficiente para descre.. ver o estado do sistema, é chamada de eqtrnçzo de estado. O gás, por si .só, não ocupa uin espaço definido, não rem fi-onreiras ilem fornrm. O choque decorrente das moléculas contra as paredes do recipiente que as contém se traduz em Lima propriedadeà qual denominamospl-essrío (P) e que rem unidades defoiTd (Newtoi~, N ) p o r trnihde&szrperfcie (ou área, em metros quadrados, m2). Sua unidade no sistcii~n internacional é o P w l ( 1 Pa = 1 Nlm'), emboraseja comum o uso da unidade ntliiasfiiz? (atm) bem como d o inilí~íllzetro de nzelrririo (mmHg)%~i i'õi~i~icelli (Torr) . A pressão raii-i-. bém pode ser expressa em bar, que é uma unidade derivada do Pascal, com valor prósiino ao do atm,I0 ou ainda empsi @orrizhpersqunre iizcl7 - libras por polegada quadra&) l i . Outra propriedade dos gases e o volttnze que os mesmos ocupam quando obser- vados dentro de um espaço limitado fisicameiite. O volume é medido crn metros cúbico5 (m3), embora também seja usual expressá-lo em litros - L - ou mililitros - inl,." Tanto a pressão quanto o volume estão relacionados com a tenzpemtlria ( 1 ; expresso em K ou O C ) ' 3 e com a massa (m, expressa em gramas ou ou número de móis (n , ein móis) 1 5 , por meio de uma eqlrnpo de estado, a qual descreic Podcnios dizer de iim gás ideal que se encontra eiii u m estado de "caos perfeito". e de Fato n oiigeiii erirnológica da palavra "gás" é a niesnia da palavra "caos". V aarm = 101325 Pa = 760 mniHg = 760 Torr ' O 1 bar = 100000 Pa I ' 1 arrn = 14,7 psi I 2 I rn.) = 1000 L = 1 000 000 mL. l 3 T(K) = t("C1 + 273.15 '"urra propriedade de interrsse é a densidadep = iii/Vcspressa em g/iiiL ou kdiii3 ( IzimL - 1000 lig/nii). l i A denorniiiação ofcial de n recoiiiendndn pela IUPAC é "q~iaiicidade dc niar4riY1 c n5o "nlliiicro d r móis". m:is esta Airirna exprcssáo 6 coiisagrada pclo LISO, e seu significado 4 de ficil inteipre;ag:o. Pode-se ler niais a respeito eni blills. I. iM. " T/ie Choice ofNa11ze~a11d.~~,17zho/~jr Qliff17litir~ i11 Ci~cil~ij- tv". ju10.11~1 of (i/7rnricirl Ehrrntiorr 66, 8117 ( 1 980). completainente o comportamento do gis. Na equação de estado, via de regra, é necessário incluir taiiibéi-ii alguns parâmetros que caracterizani o tipo de gás: a equa- ção de estado do oxigênio é diferente d a equação de estado do nirrogênio ou do gás carbônico. As diferenças são, enrretaiito, pequenas, uma vez que as inreraçóes são fracas nas disrâncias inrermoleculares típicas do estado gasoso. Q~iando coiisidera- mos sisteinas gasosos relari\-amenre rarefeiros ou quando iiáo precisamos de unia grande precisão na descrição d o comporramenro dos sisremas gasosos, podemos ne- gligeiiciar por completo as interações e usar o chamado nlodelo dos giz~.es idenis, no q~ ia l as interaçóes inrermoleculares sáo consideradas nulas, e a equaçáo de estado assume unia forma extreniainenre simples e indepeiidentc do tipo de gás. NO enran- [o, quando estivermos analisando sistemas a altas pressões. baixas remperaturas o ~ i . então, quando as interagões iiitermoleculares foreiii elevadas, o ~ i ainda. quaiido frjr necessário descrever a liquefação, o inodelo de gases ideais é inadequado e será neces- sário o LISO de modelos mais elaborados. Gases ideais Não existein, estritamente falando, gases ideais. Na vei~dnde, uingds ideal énpenns unz modelo, rrnzn idenliznçRo, qzrepnl-te do pi.esszposto de que as iizte~nções eizm as ?iioléculi~s sãoizzrlns. Cada inolécula de uin gás ideal comporta-se comose as demais n i o estives- sem presenres. Consequenremente, não imporra a natureza do gás. No entanro, ape- sar de serem apenas gases-modelo, os gases ideais representam uni exemplo de gran- d e imporrâiicia, pois perniitc-nos calcular com extrema facilidade as propriedades de um sistema gasoso, ainda que de modo aproximado. Um gás ideal é simplesinenre uma substância gasosa que obedece à equação de estado (Equação 1.3): PI' = tiRT (1.3). oiide R é a consrante ~iniversal dos gases, cujo valor é R = 0,082 arin L K- ' mol- I . Nesra equação, a reniperarura deveser expressa em Kelvin. A constanre universal dos gases ~ o d e assumir outros valores, dependendo da unidade usada. Assim, R = 0,082 arm L K-'inol-' = 1,987 cal K-lmol-1 = 8,314 J K-lmol-l Este último valor corresponde às unidades do Sistema Inrernacional (SI) e po- demos usá-lo quando a pressão for expressa em Pa e o volume eni 1113. No entanto, é interessante examinar as origeiis hisróricas e empíricas do con- ceiro de gás ideal. No início, os escudos em condições isotérnzicns, realizados por R. Boyle, em meados do século XVII, apontaram para unia relação inversa enrre o vol~i- me ocupado por um gás e a pressão externa exercida sobre esse (Figura 1.4a). Q~ian - d o a pressáo aumenta sobre uma amostra gasosa, em condições isorérmicas, o volu- me diminui lia mesma proporção que o aLimento da pressão. Essa relação pode ser também expressa con-io (P= 1/1/3 O U P V = cre. Nos anos seguintes, os trabalhos de Charles e Gay Lussac culminaram com o estabelecimento das relações matemáticas que descreviam o comporramenro dos ga- ses a pressáo e a volume constantes, isto é, e m condigões isobn'i2cns e isocói~icczs (iso;l;l~é- tiicas) (Figura 1 . 4 ~ e 1.4 b, respectivamente). Quando a pressáo for mancida coristance, Lirn aumento da temperatura leva a ~ i i n aumenro, na mesma proporçáo do volume, o ~ i seja, a relaçáo enrre volume e Netz e Gonzdlez Ortep a 1.4 Relações entre P, V e T que descrevem o comportamento dos gases ideais ccmperarura é expressa por (I/ a: T). Da mesma fornla, a relaçáo encie pressão e temperacura, manrendo o volume conscance, é expressa corno (P= T). A combinação destas leis einpiricas com o princípio d e Avogadro (181 I ) , d e acordo com o q ~ i a l \~o lunles iguais d e qti;ilil~ier 3. í~ nas inesin;is coiidi<;ões t le pressão e teniperariira possueni iiuiiiero igual dc parrículas, foi rransforinada por C l ~ p e y r o n lia equação geral dos gases ideais P V = 12 RT, o n d e n é o n ú m e r o d e móis de gás. Essa equaç.ío indica-nos a inrerdependência encre pressão, volume e tempera- [tira. Imporrance nessa equação rnmbém é o faco d e ela não se referir a nenhuma s~ibscância e m Se aplicarmos a aproximaçáo d e uni gás ideal para o oxigê- nio, para o nitrogênio o u para o hélio, o resultado é exacamence o rnesino. D e acordo com o conceiro d e gás ideal, o coinporcamento d e uin gás depende apeiias d o núme- ro d e móis e não depende d a natureza, d o ripo d o gás. O s gases ideais caracterizam-se pela ausência d e forças d e atração o u repiilsão iiicern~oleculares. Cada molécula comporca-se individualmente, isto é, c o m o se as oucras nioléculas presenres n o sisrema não existissem. As moléculas estão e m concí- n u o rnovirnenro e colidem d e inodo eláscico - sem perda d e energia - c o m as paredes d o recipiente na qual estão conridas. Sendo u m modelo, o conceico d e gás ideal pode ser aplicado apenas e m cerras circunstâncias, sob cercas condições. Para cálculos utilizando-se gases ideais, apenas a equação d e escado (Equação 1.3) é suficienre para resolver o problema (Exemplo l . l ) . T a m b é m é íiril, para alguns problemas, considerar que, nas condições normais d e cemperacura e pressão (CNTP, P = l acm, T= O OC), o v o l u n ~ e d e 1 mo1 d e gás ideal é d e 22 ,4 L (facilmente verifi- cável utilizando a própria equação d e esrado), o que, às vezes, facilita os cálculos (Exemplo 1.2). Nore, contudo , q u e tal volume é válido apenas nas CNTP e não e m outras condições d e temperacura e pressão (veja Exemplo 1.4) , d e i n o d o que náo vale à p e n a memorizar o valor. Calcular a massa molecular de um gás cujn densidade (p) é de 0,24 1 g.L-', sabendo que a Liina ceiiiperacura de 300 K e a pressão de 0 , l acm, o mesmo ocupa um volume de 1 L. A parrir de eqiiaçáo PV = >i/?7; observa-se que o valor desconhecido é >I (número de - móis). Se >I = massaln~assa inolecular = m/M e m = p V, subsriruindo na equação dos gases ideais ceremos que: Unia das apIicnçóes da reoiia dos ;ases ideais tia priricn farmacêutica é do doseamenio gasomérrico de subsriiicias que, q~iaiido deconiposras ern meio ácido, liberain gás. Qual é o grau de pureza de uina amosrra de 2,O g d r bicarbonato de sódio ( N a H C 0 3 ) sribendo-se qiie a niesnia, em conraco com HCI, libcra 0,480 L de C 0 2 , medido a 273 [C e 1 ntm? N a H C 0 3 + HCI -t NaCI + H,O + cozi' 1 mo1 1 nioi Se o bicarbonato de sódio fosse 100% pLiro, e ass~iiniiido Lim coniportanieiico ideal, 84 ç ( i mol) de N a H C 0 3 , liberariam 44 g (1 niol) de C O ? , ociipaiido um voliimt de 22.4 L. T~oricanienre, 2,O 3 N a H C 0 3 deveriam liberar Como a amostra libero~i apenas 0,48 L, a pureza da aniosrra é ig~iai a O uicrico de iso-iimila [ (CH3)2CH(CH2)rh102] < comercializado em anipolas de 7,5 mL. A densidade é 0,875 g niL-', a 25 'C. Qual a pureza do produro concido na anipolase 0,656 g de nirriro de iso-~imila liberar11 0,125 L de óxido iiirroso ( N O ) , sabendo-se que 1 moi de iiirriro de iso-aiiiila libera 1 mo1 de óxido nirroso? A reação (esqueniicica) é: Se o iiirriro de iso-amila fosse 100% puro, 1 niol 1 mo1 117,15 g 24,45 L (a 295 1C) Considerando a densidade da subsr;inci.~, 7,s mL conrido lia ampola equivalem a 6,SG g: 'r: X r: E E z y m " . Y rn g - x E r 4 h l i " , - " " 2 o N ^ 2 5 O 0 a ; x X a3 ".a&, - 2 o . . . . '@ '@ 2 E g g .I, 9 <S <6 " - c 2 rd O O 8 li v = 4 3 3 $ i rn i m o a a -2 0 0 . - 'E '2 2 w v i 2 E E L a 4 4 4 >2 2 2 2 > - e > - m L m 8 .e 0 .I, - 'W 2 2 s z 3 a 2s r: ? j 9: -4 2 c" h n o g+ E t - - z z y L ' - a, .I, E,% . 2 % r6 r: ?z E vo.;. 3 .O - .I, E .I, d -Fi E Z L S r n o g.2 : - d r n O b r I 5 g G z g z o u u ,Õ E 0 5 2 2 , , , g 8 5; N $ 0 u o a - r : O Z " 1 3 ir: 03 .M G U ., & = o G lz No esciido inicial, o iiúiiiero de móis de cada gás corresponde a: P V Satinx0.3L B:ilio 1 : T I , = - = = 0,0655tnol RT 0 . 0 ~ 2 a t m . ~ . ~ ~ ~ i i i o l ~ ~ x 2 9 X K 8 atm 6 atm Níiin~i.o de móis tocais: 0.1473 nióis Quando as vál\,ulas sao abcrcns, o voluiiie cocnl filial = O,6 L Logo. a pressáo final será As pressões parciais esercidas por cada gis seráo: A equaçáo de estado dos gases ideais, apesar de ser apenas uma idealização, expressa com relativa precisão o comportamento de praticamente quaisquer siscemas gasosos reais, independentemente da sua natureza, sob condições de baixa pressão e temperatura ambience o u acima d a ambiente.Se a pressáo for n i~ i i t o elevada, as nloléculas passain a ficar muico próximas entre si, de modo que não podemos mais desprezar as forças de interação. A baixas temperaturas vale o mesmo raciocínio, pois as moléculas entáo tornar-se-ão niais lentas e a capacidade d e inceraçir entre si, con- sequeriteinerite, é aumentada. Nestas coiidiçóes de baixa temperatura ou alta pres- sáo, portarico, a eq~iaçáo d e estado dos gases ideais passa a não descrever corretanien- [e o comportamento dos sistemas gasosos. Esta falha d a equação de estado dos gases ideais e m descrever o comporta- n lento C par t icularn~ente visível se considerarinos as previsões a respeito d o vol~i - me d e Lima ariiostra gasosa a baixas temperaturas. A medida clus a temperatura é reduzida isobaricamence, o volunie deve ser reduzido a mesma proporção. É fácil mostrar que, se a tcniperacLira atingir -273,15 "C, a equaçáo de estado dos gases ideais prevê um voluine igual a zero, independentemente da pressão. Esta tem- peracura é definida coino o zero d a escala Kelvin (Figura 1 .5) . O r a , u m volume Figura 1.5 Lei de Charles-Gay Lussac, que relaciona o comportamento do volume em função da temperatura. a pressão constante. igual :i zero é u m absurdo, significaria que a s~ibs tância "desaparece". Esta falha da equaçáo de estado dos gases ideais inotivou o surgimento de teorias mais elaboradas sobre o comportamento dos gases, as quais serão viscas com mais detallie logo a seçuir. Gases reais Para coiitoriiar problemas como o desaparecimeiito do vo lun~e a zero Kelvin ou a i~n~oss ib i l i dade de descrever a liquefação, bem como para calcular de modo mais preciso o comportamento dos sistcmas gasosos a baixas temperaturas OLI alcas pres- sões, foram desenvolvidos diversos modelos de gases reais que levam a diversas equa- ções de estado que consideram explicitamente as forças de atração e de repulsão encre as moléc~ilas. As equações de estado, além de levar ein conta tais interações, devem cambém expressar a dependência e m relação à natureza d o gás. Enq~ ian to e m uma descrição d e gases ideais, todo e qualquer gás, rião imporcando a sua composi- ção, deveria comportar-se da mesma maneira, e m uma descrição d e gases reais a própria equaçáo de estado é diferente, dependendo d a composição o u d a nature- za d o sistema. U m gás real é aquele cujas propriedades não podem ser descritas pela equaçáo de escado dos gases ideais, PV=nRT. A abordagem mais genérica dos gases reais parte da definição d e u m "desuio" em relaçdo a idealidade. U m gás real é caracterizado por um parâmetro dependente da temperatura, da pressão e da natureza do gás, chama- do defitoi de compressibilidadez, o qual mede o quanco o seu comportamento difere d o comportamento de u m gás ideal nas mesmas condições, mais mede n quociente d o vo lun~e realmente ocupado por u m gás e o volume ideal nas mesmas condições de pressão e temperatura. Obviamenre, z = 1 em qiialqucr 2000 K / coildiÇão para u m gás ideal c, via de i-e- gra, z # 1 para u m gás real. Ademais, C possível interpretar o desvio: se z > 1, c) volume ocupado é maior d o que o prc- visto pela equação dos gases ideais, sig- nificando que as forças de rep~il.,; .i« sii.0 mais acenr~iadas que as de atraçáo. Se, porém, z < 1, as forcas de atração prcdo- minaili sobre as de repulsáo. De um modo geral, este faror de corn- pressibilidade varia com o tipo de gds, C0171 a temperatura e com a pressão. Uma i-epre- senraçáo esquemática de como varia o fa- tor de ~om~ress ib i l i dadc com a rempera- cura, à pressão consrante, pode scr visra n a Figura 1 .G. A altas pressões e cempesati.ira: predomina a repulsão, ao passo que a b:~i- xas pressões, sobretudo quando a tempera- Figura 1.6 Fator de compressibilidade dos gases reais cura também for baixa, predominain as for- em função da pressão, em diferentes temperaturas. ças de atração. Qualquer que seja a temperatura, pu- rém, o valor-limite de z a baixas pressões é igi1a1 a 1, isto é, independente da temperatura, unz gás sujcie~zte)~zrnte mrcfcrto tendt~ a covzportrr~-se como um grís ideal. Utilizando o conceito de faror de con~~ressibil ida- de z como ponto de partida, as diferentes equações de gases reais podem ser modc!a- das supondo sucessivas correções ao conceico de gás ideal, buscando levar em conra interaçóes e expressando o fator z e m função dessas interações. Um gás real compor- ta-se como um "desvio" do comportamento de um á s ideal e a forma desse desvio - a expressão matemática de z- depende d o modo como as inrerações são levadas c n ~ conta. A primeira tentativa de correção dá-se mediante a introdução do conceilo tlc volnme excluído molar o u covolumc ( 6 ) dentro da equação PV= IzRT. Assim: a eqlia- $20 transforma-se em que é chamada de equação do covolume, a qual representa um modelo iim po~ico melhor que o dos gases ideais, embora também imperfeito. Este fator b está relacio- nado ao volume que as moléculas d o gás "excluem", proporcional a o tamanho apa- rente das moléculas, ou seja, aquele volume que não está livre para a movimenraçáo das moléculas, sendo, portanto, uma medida das i)zterações repulsivas. Aqui, assumimos que, para cada valor de pressão e temperatura, o gás (real) apresenta u m volume molar real diferente d o volume ideal. A expressão P(V-b) = nRT, para n = 1 mo1 (onde V = v, pode ser escrita, após multiplicação dos rcrmos e isolamento de G o m o : Se ( V / V = Z, teremos RT b + [-I -- RTP DP - - p = O + = - + l " RT RTP RT logo. b < = I + - P (1.9) R T A equação resultante descreve um^; função linear para z, onde a inrerseçáo tem o valor 1 e b coeficiente angular (inclinação) da reta vale (URT). Como b é uma constante específica para cada gás, fica claro que a equação d o covolume descreve casosparticttlnres e que o caráter geral da equaçáo dos gases ideais se perde. Q ~ i a n d o essa equação é aplicada a diferentes gases, observa-se uma boa concordância para o hidrogênio e o hélio, mas não para a maioria dos gases conhecidos (Figurai.7). Em outras palavras, para gases conlo o N, e CO., o coinporrainento real não pode ser explicado considerando ~inicameilte o fator volume excluído inolec~ilar ( L ) . Ambos os gases, cujas moléculas apresentam interacões atrativas mais fortes d o que o hidro- gênio, mostram u m evidente desajusce em relação ao valor reórico de z previsto pela equaçáo d o covolume ( 1.9). O fator b sozinho, portanro, não explica o comportamento real, conforme ilus- tra a Figura 1.7. D e modo aproximado, pode-se dizer que quanto maior a depressão da curva, maiores são as inreraçóes intern~oleculares atrativas e, conseqüentemente, maior a facilidade de liquefação desse gás. E m uma segunda aproximação, o efeito d o fator interrrção molecttlrrr atrativa (a) é considerado na equaçáo de van der Waals, a seguir apresentada, a qual 6 calvez a mais conhecida para descreuer os gases reais. onde 12 é o número de móis; a e b são constantes (de atração e repulsáo, respecriva- mente) específicas para cada gás e R é a constante universal dos gases. Repare na semelhança entre essa equação e a dos gases ideais: há uma correção ati-ativa no pri- meiro termo, relativo à pressáo e uma correçZo repulsiva no segundo termo, concer- nente ao volume. Esta equação também pode ser expressa como: U m gás que obedece à equação de van der Waals é também chamado de umgris de uan der Warrls. A equação de van der Waals também é u m modelo16, no sentido de que os gases reais não obedecem por completo a ela, mas a descrição que fornece é exrrernamente precisa. Alguns exemplos de valores de a e b para diferentes gases encontram-se na Tabela 1.2. O s gasesn-butano e iso-butano passam facilmente ao 'W carárer de modelo da equnçáo de van der Waals fica claro quando se considera que nela canto o rrrrnoa de atraçáo quanto o termo (7de rcpulsáo são consideradosconstanres, dependendo apenas do tipo dc sub<cância e iiáo da temperatura e da pressão. o que náo corresponde necessariamente à realidade. , Netz C Gonzdlez Oi tep t estado Iíqiiido t teniperatura ainbiente, con- foiiiie dernoilstra o fato de iitilizai.inos gás de / H' cozinha liquefeito. Assin-i ranibéin são o eta- no e o nloiióxido de carbono. No caso do C02, iitilizado nos extiiltores de iiicêndio, o inesmo passa diretamente do estado gasoso para o sólido, quando a pressPo é elevada dc forn-ia moderada. Utilizando-se os parârnetros de vai1 der Wxalsn e 6, podemos esrimar o fator de coin- pressibilidade z. De fato. deven-ios reescrevcr a equagáo de vali deiW.iaIs ni~iltiplicai~do ter- 1110 x teriilo, O que resiilts, clcpois de rearrcin- jar os rerinos, para JZ = 1 , em: rra 1.7 Fator de compressibilidade dos gases. na ma temperatura. em funçáo da pressão. - (ih P V = R T - E + P I ~ + , 11.12). v v- de maneira que pode ser mostrado que o fator de compressibilidade z 6 simplesinente: A interpreração é simples: se o volume molar for miiito grande (baixa pressão, ou seja, rarefação), o último termo da Equação 1.13 é muito pequeno e, portanto, o com- porramenro-limite de z a volun~e elevado é uma linha reta que depende do valor (6-nl R7), conforme mostra a Figura 1.6. Em tais condições, a temperatciras s~ificientemente baixas, o termo cúRTpredomina sobre 6 (predomínio das incerações atrativas) ea inclina- qáo inicial será negativa. A temperaruras elevadis, b predomina sobre iz/RT (predon-iínio das intetações repulsivas) e a inclinação inicial será positiva. Na temperatura em que 6 = rilR1; a reta-limite tem inclinação núla, e, assim sendo, mesmo a pressões moderadas o fator z tem valor próximo a 1. O gás coinporta-se como um grís ideal em tima ampla faixa de pressões, não pela ausência de interaçóes, mas porque as interaçóes atrativas e repulsi- vas se compensan-i. Esta ten-iperatura recebe o nome de Tmperiztzria de Boyie (T*) TABELA 1.2 Valores para as constantes de a e b Gás a [L2 atm rnol"] b [L mol-'1 n-butano iso-butano C 0 c02 etano H2 (') 1 MPa 5 10 atrn. (Fonte: CRC Handbook o/ Chernistry and Physics. 72E ed. 1991-1 992. modificada.) e sua importância reside no fato de que ela separa ,T > T, duas regiões de comporcamei-ito distintas: abaixo da temperarura de Boyle, há uma faixa de pres- sões, onde z < 1, mas, acima da temperatura de Boyle, z > 1 a qcialqiier pressão, como se pode ver na Figura 1.8. A eq~iacão de vai1 derwaals permite não ape- nas cima melhor descriçáo do cornportameiito dos gases, mas também possibilita-i-ios coinprcei~der 1 (B o fenômeno da liqucfação. A Figura 1.9 mosrra várias isorern-ias de um gás de vai1 der Waals, des- dc temperacuras elevadas até baixas rernperaruras. A altas temperatui.as (T3 na figura), a forma destas isotermas é praricanieii;e igual 2. dos gases ideais. Abaixo de ui-i-ia determinada ten-iperatura, deiio- I iiliiiada trniperiztrrin críticiz, as isoteriiins (como T I ) Figura Temperatura de Boyle e o comporta- passam a apreseiitar Liiiia fornia sigmoidal, isto é, rnento de um 96s real. reduzindo-se o volume, à temperatura constante, a pressão inicialmente aumenta, atingindo um má- ximo (ponto I) e, após, começa à diminuir, atin- gindo uin mínimo (poi~to 11) e auii-ieiltando iiovamente. Esta região eiitre o mínimo (11) e o máximo (I) de pressiio, onde a pressáo aumenta com o aumenro d e vol~ime, é dita "mecanicamenti instável" e é fiiicamente destituída de significado, pois um aumento de pressáo leva a iim aumento de volume, o que acarreta um auinento rnaior ainda de pressão, de forma explosiva. Enquanto a curva sigmoidal corresponde à pressão reórica prevista de acordo com a equação de van derwaals, experimentalmente constata-se que em sistemas em equilíbrio a pressáo mantém-se coilscance após atingido um determinado volume niolar (o sistema, por assim dizer, "evita" a região mecanicamenre instável). No lugar das curvas sigmoidais, portanto, constrói-se um "patamar" à pressão constante, con- forme se vê na Figura 1.9. A esquerda do patamar teremos a regiáo líquida e, à direita, o vapor, ou seja, o patamar é uina linha horizontal lieando o volume molar " I T,> T, > T, do líquido ao volume molar do vapor. e& A liquefaçáo de uma amostra de va- por por meio da aplicação de pressáo à temperatura constante é analisada em de- talhe na Figura 1.1 0. A amostra, inicial- mente constituída apenas de vapor (pon- to A), é comprimida e, quando a pressão ,' I - . , . aringe o valor P, no ponto B, forma-se a T, primeira porção do líquido. Uma redu- '. '. T2 = Tc $50 do volume não acarreta au- ; i 1 '. ',, mento de pressáo. Em seu lugar, a pressão -, '. é manrida constante às custas da variação v Figura 1.9 Isoiermas de um gás de van der Waals e o de volume devida ao aumento gradativo equilibrio liquido-vapor. da quanridade de líquido e à diminuição P t I gradativa da quantidade dc \ia- I I por. NO ponto C, por cxen~plo, I I . , Ia teremos uina con\,ersáo si#- nificativa de vapor em liqiiido. Q u a r ~ d o a compressáo for suh- I 1 cientemeiite grande, de i ~ i o d o a reduzir o volume do sisteim:? ao ponto D, teremos o desapa- recimento do vapor e o sisrer~:a será constituído inteirar-1iei1:~ . , pela fase líquida. Uina coili- : i : . . , . . ._ . pressão posterior Icvará a uni drástico aumento ds pi-czs5o (ponto E). A porção da isoteirn.1 TI d a Figura 1 9, que se enconr:,I entie o ponto d o vo lun~e 1110- lar d o vapor e o ináxiino ( I ) , , n ã o corresponde a ertador de equilíbrio, mas, por outro lado. também não C mec~nicainei l~e Figura 1.10 Liquefaçáo de um gás real instável. Na verdade, os pontos d e estado correspondentes a essa porção d a isoterma podem ser realizados experimentalmente sob condições con- troladas e consistem e m estados ~netnestáveis, uma vez que podem existir experirileii- talmente, mas uma leve perturbação acarretará a destruição d e tais estados e a Ibuscn, por parte d o sistema, dos estados de equilíbrio mais próximos. Considerações nnálo- gas valem para a porção da isotermaT, entre o volume molar do líquido e o mí i~ imo (11). A temperatura abaixo da qual as isotermas passam a ter unia forma siginoidal, a temperatura crítica (rc), é Lima característica de cada gás e representa a ternpei-A~ILT,~ ncima da qual é inzpossível liqugazer trm gás por compressão, por maior qiie seja a pressão aplicada. O ponto exato d o desaparecimento da forma sigmoidal e que. por- canto, limita a região onde vapor e líquido podem estar e m equilíbrio é chamado de ponto crítico o u de estado crítico, serido caracterizado pela temperatura, pelapress20 epelo volume c~íticos, I , P, e V,. No ponto crítico não há distinção entre líquido e vapor. Para u m gás de van der Waals, é possível mostcar que a temperatura crítica pode ser calculada a partir dos parâmetros a e b o u da temperatura de Boyle: 0.fator de ~om~ress ib i l i dade de um gás de van der Waals rio ponto crítico teri1 uni valor fixo, independente de n o u b (independente, portanto, da natureza do gás): z; = 315. A transição do estado gasoso para o líquido depende da pressáo e da temprracu- ra. Para toda substância no estado gasoso, acima da temperatura crítica, não é possí- vel liquefazer o gás por compressáo. De inodo análogo, para todo gás aquecido até suaT, existe u m a pressão correspondeiite, que é api.ess~o crítica (Pr) . Para a ágiia a Tc é de 647 K e a Pc de 21 5 atm. Quandoo vapor de água é aquecido aciina de 647 I<, a energia cinética das moléculas E ráo alta que riáo há pressáo capaz de torná-la líqui- da. E, de maneira complementar, quanto mais baixa for a teinperatura da áoua e m u relação a 647 K, menor scri a press?io necessária para levar o vapor de água ao estado líquido. Esse princípio é válido para todos os gases conhecidos e está intirnainente vinculado às Forcas de interaçáo molecular, conforme se depreende da coi~lparaçáo dos valores contidos na Tabela 1.3. Uma vez que somente abaixo da temDeratura crítica o gás pode ser liquefeito por compressáo, u m gás em tais condicões recebe a denomii~a@o especial de "vapor", inuito embora nem sempre esta distinçáo entre gás e vapor seja fcita. TABELA 1.3 Valores para a temperatura critica, pressáo crítica, densidade critica e valor de z na temperatura critica Gás Tc [Kl Pc [MPa] Densidade critica g ~ r n - ~ z, n-butano 425,l 3.784 0,228 0.273 isebutano 407,s 3,630 0.226 0.275 C 0 132.9 3.499 0,301 0,295 C% 304,l 7,375 0,468 0,274 etano 1 9 0 5 4.604 0,i 62 . 0.288 H, 33.0 22,06 0.031 0.229 N2 126,2 3,39 0,313 0,289 O, 154,6 5,043 0.436 0,288 (') 1 MPa t 10 atm. (Fonle CRC Handbook of Cheniistryand Physics. 72Q Ed. 1991-1992, modificada.) Alem da equação de van der Waals, há várias outras equações que buscam des- crever o comportamento dos gases reais. O leitor interessado nesre assunto pode consultar obras d e físico-química destinadas a químicos o u a engenheiros químicos, coino as de Atkins, Castellan ou Pilla. i Calcular a pressão a que se encontra subinrtida uma amostra contendo 1 mo[ de iso- butano a 20°C, ocupando uin volume dc 10 L: a) se considerássemos comportamento ideal, b) se considerássemos comportameiito de gás de van der Waals, com n = 12,87 L' atm mol-? e b = 0,1142 L mol-I. i rrRT 1 mo1 x0.082 atm.~.K-'moi.' x 293K a) p = = = 2.4026 atm v 1 OL irRT (,(')' 1 ~ 0 . 0 8 2 ~ 2 9 3 b) p=-- -12.87x/ '=Z.3016aim V - rrb 10-0.1142 (10) ;2 N e t z e Goizzrílez O ~ t e p istado líquidof7 O s Iíquidos são fases condensadas como os sólidos, mas, como os gases, exibein fluidez. A desordem estrutural, por um lado, e a mobilidade molecular, por o~i t ro , fazem com que os líquidos compartilhem propriedades intermediárias dos gases e dos sólidos. As n~oléculas incerasem incensainei~ce umas coin as outras, mas náo há ordem de longo a l ~ a n c e ' ~ . Uni líquido, como iiin gás, é u m fluido, mas não possui a capacidade de encher compleramenre o recipienre no q ~ i a l se encontra. Um Iíquido resulta da fusão de um sólido, d o esfriarnento de iirn gás ou do aumento da pressão aplicada sobre este, desde que T < Tc. O gás se l i q u e k pelii perda de energia cinética ou pelo aumento das incerações moleculares atrativas. A densidade molar (relaçáo entre massa molar e volume ocupado) dos líquidos é rnuiro maior do que os gases, comparando-se à dos sólidos. O s Iíquidos ocupam um volu- me definido e são, diferencemence dos gases, tidos como i n ~ o n - i ~ r e s s í v e i s . ~ ~ Isto sig- nifica que, por maior que se jaa pressão aplicada, o volume d o Iíquido se manrém praricanienre o mesn-io. Precisamentr, devido ao seli carliccr intermediário entre sólidos e gases, os Ií- qiiidos constituem o esrado de agregaçáo da matéria de mais difícil es t~ido sistemáti- co. Os gases, por serem desordeiiados, podem ser abordados de u m ponro de vista csratísrico e as inreraçóes podem ser negligenciadas ou expressas ein termos simples. Quanto aos sólidos, a.alta simetria de sua estrutura simplifica o tratamento teórico. A disrinçáo entre líquidos e sólidos, por um lado, e a distinção entre Iíquidos e gases, por ourro, não sáo descicuídas de ambigüidade. D o ponto de vista sólido- líquido, enquanco os sólidos apresentam sobretudo um comportamento elástico (re-, torno i forma original após uma pequena deformacáo), os Iíquidos apresentam uin comporramenro inelástico. Alguns polímeros e vidros, porém, podem exibir u m com- porramenco híbrido e apresencar fluidez, sendo, portanro, intermediários enrre Ií- q~i idos e sólidos. A distinção enrre Iíquidos e gases também pode-se tornar pouco nítida. De fato, se aquecermos um Iíquido eni equilíbrio com o seu vapor em um recipiente fechado, inicialmente podemos distinguir um Iíquido, mais denso, na parte inferior, separado claramente d o vapor, e um menos denso, na parte superior. A medida que a temperarura aumenca, a densidade d o gás também aumenra, enquanto a d o Iíqui- d o diminui. Na temperarura crítica, ambas as densidades são iguais (densidade críti- ca), desaparecendo o menisco que indica a separação enrre as fases. Acima da tempe- ratura crítica, não há mais a presença da fase líquida, não imporrando a densidade ou a pressáo aplicada, só resrando a fase única, um fluido, denominadofluido supercríti- co. O s fluidos ~ u p e r c r í r i c o s ~ ~ são usados em extrações, como na remoção de cafeína e nicorina ou, então, na excração de produtos farmacêuticos. O C 0 2 supercrítico, por exemplo, pode ser usado para remover a cafeína, pois esra é exrremamente solúvel I' Ao leitor interessado em uma abordagem aprofundada do coniporramento dos Iíquidos, recoriienda-se o livro de Murrel e Jcnkins. ' W m ordenamcnro decurro alcance, porém, cxisre nos líquidos, sendo que, às vezes, cal ordenamenro pode ser bascanre acentuado, como no caso da água. '"a verdade, a sua compressibilidade i excremamence baixa. o que justifica o seu uso em prensas hidriulicas. 'O A respeito, ver Murrel c Jcnkins. neste R~iido. além de apresentar a vaiicageiii de sei iiierte e poder ser hcilii~erite reiiiovido por dinii i~~iiçáo dc pressão. As nloléculas dos Iíqiiidos apresentam nioviniencos de vibração, oscilagáo e, de modo mais restrito. translayrio c rocaçáo. A libercladc de nio\,iiiienco é nienor. devido :i interações entre as inoléc~ilas, que sáo bein niaiores quando coii~paradas coin os sases, res~iltando em unia nienor capacidadc de di f~is io . As proprieclades mais iiiiporcances dos líq~iidos, conio censáo s~iperficial, visco- sidade, difiisáo, miscibilidade, ponros de e l ~ ~ i l i ç . ? ~ , \lolatilidadc, erc. depciideiii signi- licativamcnte das iiiteraç6es iiit~rrnolec~ilares ein ~ i i u Iíquiclo e serão abordadas em cleralhe em separado, em vários momentos diferenrcs. Por ora discurireiiios de modo rcs~iinido a rclação eiitre esras propriedades e as forgas iiirerinoleculares. A volatilidade de um Iíq~iido pode sei. rnedidii pel:ipi,ess?o de zlclpot- (a piessiici esercida pelo vapor cm ecluilíbrio com uin líquido) ou pela tcnzpenztiii-r! de ebnlifrío. 12íquidos voláteis têm elevada pressão de vapor e baixa ceinperatura de ebulição (ex. érer etílico). A volatilidade depende muitíssinio da massa molecular - quaiito maior .i niassa, nieiios volátil o líquido -, coriforiiie ,c podc coiisr:~t;~r e111 alcaiios ou alc»Ois de ciifereiire caiiiaiilio dc cadciii. assim coiiio tia prcscriga de poiitcs de IiiclrogCnio, as quais diminuem a volatilidade de modo bascrince acenr~iado. A elevada teiiiperatui-;i de ebulição da água, comparada com H2S, H:Se, H2Te é uma mostra d o grande papel deseiiipei~hado' pelas pontes de hidrogênio. A viscosidade de um líquido é a medida da resistência friccional a uma força de cisalhainento. A presença de ponres de I-iidrogênio aiirneiita de maneira significativa a viscosidade, a ponto de o glicerol (gliccriiia) com cr6s hidroxilas, quando conipara- t o ao mrraiiol, coin Liiiia hidrosila, mosriar uin acréscimo na viscosiclade de iii-ii fator de quase 2.000. Estado sólido2' O s sólidos, em geral, caracrerizain-se pela elevada densidade, baixa energia cinécica inolecular, capacidade nula de difusso, assim como pelo elevado grau cie inceraçãointermolec~ilar, com formação de estruturas n-ioleculares fixas, cristaliiias ou amor- [as, nas qliais as partículas apresentam apenas niovimentos de vibragáo e oscilação. Q m r ~ t o ao tipo de inteizl~óer intermolecz~lni.es, podemos classificar os sólidos em: counlentes, c~ijas unidades básicas são unidas entre si por ligaçóes covalenres, conio no tliainante; iôizicos, cujas uiiidades básicas são cácions e ânions inceragindo por ineio cle interações eletrosdticas, como, por exemplo, o cloreto de sódio; n~~ol~c.nlalrr", c~ijas ~inidades básicas s io n~oléculas que interagem por inrerações d o tipo van dci Waals, como, por exemplo, a sacarose, e nzetrílicos, c o n ~ o o Ferro ou o cobre. Qtrnnto 2 estrz~tz~i.rr, poderi~os classificar os sólidos em amorfos o ~ i cristalinos. O s sólidos cri>.talinos são formados por uiiidades estruturais organizadas, conipostas " No prcselirc capirulo. :ibordareiiios o rst:ido siilicio apci,;is dc L1in polira de visra físico-quíiiiico, rr-ss.ilrnndo a iiiiporr:iiici;i d:is iiitei.açfics iiireriiiolcc~i1ni.c~. Au leitor i11rcress:ido eni .iborda~ciis iiinis criiiiplcrns. conio. ~loi. rxciiiplo, a niiilise d.is difercnrcs c~ri.utur.is crisralin;is. recuiiieiid:i-sc ;i consiilra tic obras de nii~ieralo~in ou crisrnlogiafi:i. '1 Kos sóli~los covalenres. as liglig6cs ilircriiioleçularo são c»\:iltriires. ao passu q~ic iius sólidos riiolciu- i.ircs ;is lisng6es co \~a l~ i i co são :ipcnas iiitraniolcc~il;ircs. 34 Netz r Goizzález Ortega de íons. átomos ou moltculas, que ocorrem na forma de arranjos geoinécricos defini- dos. A estrutura dos sólidos cristalinos é a responsável por estes apresentarerri poilro de fusão nítido. Ademais, cristais formados por átomos e íons, como o diainante, o NaCI, o ácido bórico sáo geralmente duros e apresentam ponto de fusão clcvado. Cristais formados por moléculas (sacarose, glicose, parafinas de elevado peso inole- cular) apresentam pontos de ~ L I S ~ O menores, são moles e, i~ormnlmentc, po~ico friá- veis. Segundo o arranjo geon~étrico, os cristais s?io classificados em cúbicos (NaCI), tetragonais (uréia), hexagonais, rômbicos (iodo), monoclínios (sacarose) e triclínios (ácido bórico). Um grupo especial representa os cristais metálicos (ferro, níq~iel, prata, cobre). formado por íons carregados posicivamence e imersos em Lima nbivein eletrônica. Sáo conhecidos como condutores da elecricidade e pela e1ev:ida rl~ireza e resistência mecânica. O s sdlidos arnorfos, pelo contrário, apresentam sistemas desorganizados, ser11 arranjo geométrico definido e fundem-se dentro de uma faixa de temperatLira, sem apresentar um ponto nítido de fusão. Às vezes, em vez de fusão, sofrem decornposi- ção térmica. Muitas das suas propriedades d t LISO no âmbito das ciências F:irmacéeti- cas dependem sobretudo do tamanho ou do estado de divisão das suas partículas. Exemplos deste grupo são a celulose, o algodão, os amidos, a s vaselinas e os diversos polín~eros amorfos. A forma como um sólido ocorre, cristalina ou amorfa, não deve ser entendida como uma característica inerente a uma determinada substância. Alg~inias delas, como o cloreto de sódio puro, ocorrem na natureza como uma única estrutura cris- talina. Outras substâncias, pelo contrário, dependendo do processo de síntesc c de purificação, apresentam-se tanto na forma cristaliila quanto na amorfa. Este fato t altamente relevante do ponto de vista farmacêutico, pois uma mesma silbstância, que ocorra na forma amorfa ou cristalina, apresentará estabilidade química, solubili- dade, velocidade de dissolução e, conseqiientemente, Itiodisponibiliabdp'3 diferentes. O comportamento dos cristais, quando observados através do microscópio de luz polarizada, permite classificá-los em dois grupos: . a) Cristais isot>.ópicos: como o vidro e o cloreto de sódio, incluindo sólidos aniorfos, que apresentam um único índice de refração. As ondas de luz, polarizada através de um cristal de Nicol, viajam pelo cristal sob análise com a mesma velocidade, emergindo da superfície do mesmo sem alteração do plano da luz polarizada (Figura 1.1 I ) No campo de visão do microscópio com luz ~olarizada, os cristais isotrópicos aparecem como massas opncas e cinzentas. b) Cristau anisotrópicos: são aqueles que apresentam dois ou mais índices de refração. As ondas de luz polarizada atravessam o cristal a diferentes velocidadcs. r1 luz que emerge da superfície do cristal apresenta dois ou mais planos de propagação, o que se manifesta no campo de visão do microscópio como massas multicoloridas, brilhantes, que lembram a visão de um caleidoscópio. Se o cristal apresenta dois índices de refração, é denominado uniaxial, pois apresenta um eixo óptico. Os que apresentam três recebem o nome de biaxiais e apresentam dois eixos ópticos (Figura 1.11). '' Rindi~po~libilidmfe é a niedida do grau de absor~áa q u e uma substância (firmnco) sofre quando C administrada ao organismo e d a siia capacidade de atingir diferentes órgáos e recidos, ese r i rndo unia atividade L.rrnncológica local ou generalizada. ESTUDO COMPARATIVO: COEFICIENTES TÉRMICOS As diferenças entre os estados de @@' Anallsador agregaçrío podem ser estudadas no modo como os sistemas rea- k gei11 a mudanças na prcssão, na temperatura ou no volume. Os principais parâmecros termodi- nâmicos que medein estas varia- ções são derioininados "coefi- cientes térmicos". O coejcieizte de dilatnpio voltrmé~ica isobárica a,, mede a varia~áo proporcional (relativa) do vol~ime devida à alteragáo da rernperacura em 1 grau, manten- do-se a pressão constante. A sua unidade é o K-I. Se civerrnos, monocromática por exemplo, a,,= 0,01 I<-',sig- nifica que um acréscimo da tem- Flgura 1.11 Comportamento dos cristais frente à luz polarizada. Cristal peracura em graLi tem içotrópico (esquerda); cristal anisotrópico (direita). resultado o aumento do volume em 1%. Para um gás ideal, pode ser nlostrado que o coeficiente de dilata~ão volumétrica é igual ao inverso da tempe- racura absoluta, a,, = I/T, ou seja, a 25 'C, ap = 0,003356 K-'. O coejcieizte de cornpressibilidade isotérmica K~ mede a variação proporcional do volume devida à alteração da pressão em uma unidade (por exemplo, 1 atm), mantendo-se a temperatura constante. Sua unidade é o inverso da pressão (por exemplo atm-' ou bar1 ou Pa-I). Um coeficiente /cT = 0,003 atm-I significa que, a cada acm de acréscimo de pressão, o volume deverá decrescer em 0,3%. Para um gás ideal, K~ = I/I! portanto, quando a pressão for de 1 atm, /cT = 1 atm- ' . Para sólidos e líquidos, o coeficiente de con~~ressibilidade é bastante baixo, por isso dizemos que as fases condensadas são praticamente incompressiveis. ATabela 1.4 apresenta valores dos coeficientes de dilata~ão e de compressibili- dade para sólidos e líquidos comuns, em temperatura de 20 ',C. TABELA 1.4 Coeficientes térmicos para algumas substâncias escolhidas' I Cobre Grafite Quartzo NaCI Hg C,H, CCI, Etanol Água ' Castellan, p. 91 " 2.57 10." a 25 "C Relacionado a a m b o s o s coeficieiites anter iores esiá o coe-cieiztc d e teelzsr?o a z~olzrlne constante y,,, q ~ i c m e d e o a u i n e n r o d e pressao decorrei i te d e u m a i in i en to d e te inperarura , n i an tendo-se o vo lu rne corisrante. E possível mos t ra r q u e yv = I X ~ K ? Para u m g i s ideal, yl, = P/T = irWY Q u a n d o u i n recipiente lacrado é aquec ido , 1 i á u m a u n i e n r o d e pressáo. Poden ios calcular este a u n i e n r o d e pressáo a pa r t i r d o coe- ficiciite d e teiisáo a v o l ~ i i n e consc.inte y,, caso o aui i ie i i to d e t empera tu ra seja s u f - c ie i i reniente p e q u e n o a p o i i t o d e p o d c r m o s coiisiderá-lo consrai i te : Uma ampola lacrada e iiáo-dilacávcld e I00 inL, corii unia pressáo iricerna d c 1 acni, é aquecida de 25 a 3 0 OC. Calc~i le o aunieiiro de pressno: a) Caso a ampola contenha um gás idciii. b) Caso :i niiipola coiicciilia i ~ u a ( u ~ , = 2.57 x 1 O-" h'-'. K [ - = 4 j..? x1 acrii-I). a) Exisccrri vários inécodos d e resoluçio, por exeniplo, calcul:iiido o coetlcieiice de reli- sáo e rniilciplicando-o pela variação de cemperaciira. Prinieiro. precisainos calcular o número de móis, urilizaiido a fóriiiula dos gases ideais: P i/ /i=-= latnix 0,LL = 3 . 0 9 ~ 10-'rnol RT 0,082 a t m . ~ . ~ - ' r n « l - ' x 2 9 5 K Oiicia possibilidade seria resolver direrninence a eq~iaçáo dos gnses ideais para aiiibos os escados: iiiicial e firisl e subcrair as pressõcs. Ciiid(~do pnin Ilzntzcei rli,i ~ziimei.o srlficie>ire dr nlgni~iriiror sipz~jcncivos! Resiilcaiido o inesilio AI'. b) Para a água, vaiiios supor que o coeficiente de ceiisáo permaneça coiiscanre. A difereiiça é significnciva. N a pricica, poréni. o :iiirnenco rio caso da igua iião seria cio graiide porque o recipiente iis~ialmenre pode dilarai; ainda que sonienre uni pouco. A grande difereiiça d e pressáo, corirudo, p0der.i se iiiniicer. Caso O recipieiice concenlia líquido e gás. o aunienro de pressáo será ~i~nif icacivainence rncnor. O escudo tla depeiidêiicia eiicre vol~iine, pressiio e reniperacur;i (equações d e escado), bcni coiiio das ourras propriedades n serciii esrudaclas 110s capítulos s~ibsequeiires, sonieiice ?odc ser realizado de niodo preciso pelo uso cie c i l c~ i lo ciiferciicial e inregral. Isro se deve a o faro de que a equaçio de esrado, beiii c o m o a depeiidèiicia das propriedades rei-iiiodiii?iinicas eiii f ~ i i i ~ ã o de V; P e Tsão eiii gernl f~insões coiiiplrxas. A esciiriaciv;~ de valor das propriedndes cri1 coiidiçõcs lias qiiais 115.0 se dispõe de d;ido.< esperimeticais, pressupóe uiiia dcscriçáo acu- t-ndii e dccalliada da relação ninceinácica encre propi-iediides :i serem esrud;id:is e piopriedacies que são variáveis (I), T, V). Coiisiclereriios, para cxciiiplificar. o vol~iiiic de uma iii:issn tle siibscinciii. drpciidcndo ida pi-essão c dii ceniperaciin, o u seja, A v a r i i ~ i o tio voluiiie cnusada por unia IieqLicna alceraçáo da pressáo e eis ccinpci.:icur:i clcpciide da pressiu e da ccniper:icura iiiiciais, alt:iii dc drliciider da iinciii.czi t l k i s~ib,ciiiciii. A viii-inç.50 infiiiiresiiiiiil iio voluiiic causada \~:iri;ir;io iiitliiicesini:il iin pressáo, iii3iicciidv a tciiiperacura coiiscnnce, G: , 4 i~ i i I~>~~i i i c i i cc , cIu;iiidc~ ;I pressiio C n v;~rii\,cl c~~i isci i i i~c. icrciiivs LIIII;I v;iri:i<3o iiifiiiircsiiiiiil 110 vol~iiiir causada por unia vliri;qáo iril;riiccsiriial ii;i ccii)pei-;i~ura: cic iiiodo que a vnriaçáo coral com n pressão, q ~ i a n d o P e T variam siniulranenriiciice deve ser: 13sca espressáo é também clcnoniinada c/ifire>~r.inl to l~z / d o vol~iiiie eiii funçáo da ceniperarura c da pressáo. Para qiie possanios calcular o voluiiie ocupado pela subsr5iicin, e m qu:iisqiicr coi-idiçõcs de T e I>, devetiias conliecer as clci~ii~nclrrspaiz-irzi~: (3s coeficieiiccs cerrnicos escáo relacioiiados a essas derivadas parciais e podeni ber facilnieritc ticterniinados d e inarieira expctinieiical. O cnejfir.irizce d r dilncnpio uobiir~éci.irn i s o 6 f l i . i ~ ~ (ap) G definido coriio a derivada parciiil do voluiiie em reliição à ceniperaciira. dividida pelo voliiine. Ele mede o quaiico vari:i propor- ~:ionalinenre o volunie ein fuiiçáo da nlceraçáo da remperiicura quando tsr;i variar s in ~ i i i i Iíelvin, niancerido a pressáo coiiscanre. Observe-se que a unidade resulcance é I<-'. O coeficiente de ror~zpressibilirlr~rl~~ isoct:iinica ( K ~ ) é definido coiiio a derivada parcial d o \rol u- ine ein relação 4 press.50 e mede o qiiaiico varin proporcionalineiice o volume perance Lima \,ariaçáo de 1 acni na pressão, mantendo a ceiiiperariira consranre. 011 seja: (observe que a unidade resulcance é ncni-I o u P:i-I). O siiial i icpcivo na tiefiniçáo é para Ieviir crn coiica que a variat;áo ele voluine e d e pressáo e sdsen ip re eni sencidos oposcos: u m auiiien- rii d c pressáo Ievn n uiniL diiiiinuiçiio d e voltirnc. Esc:i t Liiiia condisão iieccssiria para ;i estabilidade mecânica do siscema. De fato, caso a derivada do volume em relaçio i pressão fosse positiva, o sistema seria mecanicamenre instável, conforme discutido na seção sobre liquefacáo. . . Ein termos dos coefcienres t6rmicos, a diferencial rota1 será, porranro, obtida s~ibsri- ruindo-se as derivadas parciais pelas expressões em função dos coeficientes térniicos: Outra relaçáo importante para scr deduzida a partir das propriedades das diferenciais exacas é coeficie~te k teilstío (~socirico otr isot?iétt.ico) y,,. Para expressá-lo, convéin lembrar urna iniporraritc relaçso exiscenre entre as derivadas parciais: e, porranro, o qual permite calcular o aumento de pressáo devido a um aumerito de remperatiira, riianten- do o volume constante. Se y,. for constante, AP = y,. A 7 Como no exemplo anterior. Introduçáo à temzodindmicn: calor, trdbalho e o primeiro princ$io A termodinâmica esruda as propriedades macroscópicas dos sisremas materiais e suas relações, mediante uma descrição que considera as diferentes formas de manifesta- ção e interconversáo de energia. Dois aspectos importantes na termodinâmica são a sua abordagem essencialmenre macroscópica e o seu cariter dedutivo. A partir de poucos princípios einpíricos básicos e da definiçáo dos conceitos essenciais. todo o corpo da rermodinâmica e suas aplicaçóes aos n~ais diversos sistemas podem ser deri- vados, utilizai~do-se de ferramentas matemáticas. O caminho dos princípios até as aplicações pode, muitas vezes, ser longo (e penoso), mas uma das preocupaçóes da termodinâmica é percorrê-lo do modo mais racional, preciso e sintético possível. Sistema 6 uma porção do universo que é objeto de escudo e é separada do restante (meio extet:%o) mediante fronteiras reais ou fictícias. Um sistema pode ser qualquer coisa - um frasco reacional, um recipiente, Lim aparelho, uma célula ou um organis- mo. Asfronteiras que delimiram o sistema podem ser classificadas quanto à possibi- lidade de passagem de calor ou quanro à mobilidade. No primeiro caso, as fronteiras classificam-se em: a) Diatérmicas - que permitem a passagem de calor. b) Adiabáticas - que não permitem a passagem de calor. No segundo caso, classificá-las em: a) FroizteirasjL-a5 ou rígidas. b) Fronteirtu móveis. De acordo com essas fronteiras, os sistemas podem ser classificados em: a) Sistemas abertos- De um modo geral, separados do meio externo por frontei- ras ficrícias ou permeáveis à matéria. Estes sisremas rrocam energia e matéria com o meio ambienre. Ex: frascos aberros, seres vivos, células, etc. b) Sistemasfecliados - São sisremas separados do meio exrerno por fronteiras diatérmicas, rígidas ou flexíveis. São sistemas que, embora não rrocando maréria, efetuam trocas de energia sob forma de calor ou trabalho com o meio externo, como, por exemplo, cerros tipos de máquinas, frascos fechados, u n ~ ferro de passar roupa ou um agirador magnérico mecânico. a ; : .o . ? c a : 2 n n $ r 9 2 2 " g z , C' o g e 2 < : ~ g $. ?i 3 2 o, 2 n G X S cg L ; 3 ; 2 2 r S l g- : n 2. O ç , 3 C: gg r . 5 1 2 ~ ; ; e 3 E .0 3 3 V I %e c 3 : R . ; " " Z .z L W .0 , _ E, G 2 3. 1 o - 2 O , n 2 - j 3 ti p n 5 .Õ E , . Q V I õ2 ." i; ? c * L L y : E - 9 E = .< % ;. g. 6a ~~ $o 0 2 % nv . 3 " s * ~ j n n - - g o r : + Z ." 0 O 3 $I-: , E .G .S ã E" 2 = . o * , Z \ ^ " O y O " " % " 53 . o 2 2. 2 g; n " c : o b V I 3 " . % Z n 2 g z 2 . E 5 g . $ ; % L % P o r - . 2 2 K .3 V ." O D - . - . V I c 2 ;: o 2: . b- - . 3 Z .%- s, r ; 2 z :-z 3 3 " 3 8 n 2 7 2 E e 5. r. g ;. 2 - . " 2. g 2 ' :g ,' 3 g- n: ; 5 E .& > , , % o & - . o V I s E 2. z t , - . s g c T j o - . q - . 0 I: g a l õ g i: 3 3 2 n o 3; r E C l o y s - - ; - o _ 2 e g a 2 .;; ;'a &$ $. e ~ $ ?.: .E. ,> 2 o * ti n 3 ,< : . E .% $ " a n ;o 2 " * c 2 E 0 E: g; ? ? 3 2 3 ,o o ,o ,* E j C: -u- - . & 2.2 c " 3 z< 9: zF s 6 - 5 : ~ o , , - o Y Eg a" 5 (,2 " ' 1 ;;.E n J O & ,. 5- nz .~ !, o n i 5 6 e ~ s . 3 o . 1 , 0 . z 2 2.g 5 n - ' 2 5 L *; F % G T 2 - 2 3 o g, g 0 " 9 - g g z n - 5 2 2 n rn n a $ ' 2, z . - . Z s ; c - r i " " I ' 'i, 19 Figura 2.2 Principio zero da termodinâmica matematicamente a dependência da viscosidade como uma função da temperatura e da pressão da segui~ite forma: 17 = l ) ( T , p ) ou seja : 17 = f ( T , P ) A inter-relação entre as propriedades pode ser descrita matematicamente por uma equnçdo de estado. Cada tipo de substâricia possui a sua própria eq~iaçáo dc estado, conio, por exeiliplo, a equação de estado da água líquida, a eqii;ic$io de estado do gás oxigênio. É possível, cont~ido, fazer algumas simplificações e corisiderrir siste- mas de um modo geral, cujas caracrerísticas, poréni, sejam independentes da nacure- za das substâncias envolvidas, como no modelo do gás ideal. Por exeinplo, ein uni grís ideal I! C: n e Testáo relacionados entrc si pela equa- ção de estado dos gases ideais (Equação 1.3): Devido a relações como esta, as propriedades que caracterizam o estado de um sistema não são independentes entre si. Basta que fixemos os valoi-es de algumas propriedades escolhidas - chamadas de varidveis de estado para que - os valores de outras propriedades - então denominadasj<lzçórs de estado fiquem tarribfn-i fixos. As funções e as variáveis de estado, portanto, descrevem o estado de eqiiilibrio dc u m sistema e não fazein nenhuma referência aos processos que levaram o sistema a este estado. De fato, elas não dependem dos fatos que conduzeili o sistema ao equilíbrio3. A transformação que leva o sistema de um estado inicial a um estado final é chamada dep,acesso. Caso o estado inicial seja igual ao final, o processo é tiito cíc6co. Processos ser classificados de acordo com uma série de critérios. Quanto à velocidade e à existência o u não de equilíbrio, se a ri-ansforinagão ocorrer a uma velocidade infinitamente lenta, o processo é dito grrnsc-est~ftico. Pro- Mais adiante scrin espliciradas as d i f e r enp entre as furiÇües de es~ado, como cricr~in, pressno. volume, e ns funç6es de trajerhria, como calor e trabalho, as qiiais não dependem apciias d-i esiado do sisrernn. iiias dos processos cni,ulvidos. cessos quase-estáticos nos quais, no decurso do processo, sempre se pode caracterizar o sistema como estando em equilíbrio, são chamados de processos revelsíueis. Esta denominação deve-se ao fato de que podem ser invertidos mediante modificação infinitesimal das condições, de forma que, se o invertermos, tanto o sistema quanro o meio ambiente podem retornar aos seus esrados iniciais passando pelos mesmos estados intermediários. Um exemplo de trnnsforinaçáo reversível é a fusão do gelo formando água líquida a 1 atm e O 'C. Outro exen~plo seria aquecer um cubo de gelo de O 'C, fundi-lo e aquecer a água até 80 'C e depois retornar ao estado inicial, mediante resfriamento. Todas estas etapas deveriam ser conduzidas de modo infini- tamente lento, de forma que, após o retorno, não apenas o sistema mas também o meio externo tenham recuperado o estado inicial. A maior parte dos processos que ocorre na realidade, porém, sempre se realiza com unia velocidade finita e mensurável e uma diferença finita de pressão ou ternpe- ratura entre sistema e meio ambiente. Tais processos são ditos irreversiueis pois, mes- mo quando o sistema retorna ao estado original. é in-ipossível fazer com que o meio aiiihienre retorne i mesma condição d e partida. Como exemplo de processos ii-rever- síveis pode-se citar o fluxo de calor de corpos quentes para corpos frios, a f~isáo d o gelo a Lima temperatura superior a O ' C a 1 atm de pressão e as reações Às vezes, a existência de uma rransformacão irreversível no interior do sistema faz com que não seja possível retornar ao estado inicial. Se realizarmos o mesmo processo de aquecimento desde O 'C até 80 'C, descrito no parágrafo anterior, com u m ovo cru no lugar de um cubo de gelo, certamente não retomaríamos ao mesmo estado ini- cial, não importando a velocidade com a qual o processo seja conduzido. Para muitas transformações, há várias possibilidades de se partir de u m deter- minado estado inicial e chegar-se a um determinado estado final. Alguns dos cami- nhos realizam processos reversíveis, enquanto outros, irreversíveis. Quais seriam as vantagens e as desvantagens coniparativas de processos reversíveis e irreversiveis? O s processos reversíveis implicam uma invertibilidade e urn maior controle do processo. O s processos irreversíveis, porém, têm,, via de regra, uma maior tendência em ocor- rer. Pode-se dizer que possuem uma "força inotriz" maior qiie os reversíveis. Como veremos mais adiante, contudo, apesar desta maior tendência em ocorrer, os proces- sos irreversíveis têm um rendimento menor que os reversíveis. Outra classificação possível para os processos diz respeito às propriedades con- troladas no decurso da transformação. Assini, poderemos terprocessos isobríriros, que se dão com pressáo constante,processos isotérmicos, nos quais a temperatura permane- ce constante, processos isonzétricos (também chamados de isocói.~cos), quando o volu- me é constante, eprocessos ndiabn'ticos, que se realizam sem troca de calor entre siste- ma e o meio externo. Quando considerarmos transformações reversíveis, podemos representá-las grafica- mente por intermédio de um diagrama de estados. Por exemplo, representando a pressão do sistema em função do seu volume. Na Figura 2.3, esrão representadas diversas trai~s- formações pelas quais pode passar um gás ideal contido em um recipiente. A transformação (a) é uma transformação isobárica, ou seja, a pressáo rnantéin- se constante ao longo de todo o processo. Por isro, ela é representada por uma linha '' As reaçc>es quiniicas, cnibora eni condi~ócs usuais, e ~ o l u a m irreversi\,elnicnrc ao rqiiilibric. podem ser coiiduzidac dc modo reversível enicél~il.is galvânicas. reca perpendiciilar a o eixo que representa a pressáo. Anaiogan-ienre, o processo (h), que é isomécrico, podc ser representado mediance u m a lii-iha reca perpendi- cular a o eixo d o voliiine. A transformação (c) é iso- rérmica reversível que, para iim gás ideal, 6 represen- rada por uina hipérbole, Lima vez q u e B O PRIMEIRO PRINC~PIO DA V TERMODINÂMICA Figura 2.3 Algumas transformações em um gás ideal. O primeiro pr incípio d a cern-iodiriârnica ceve s ~ i a oripern n o esc~ ido das máqiiii-ias cGrmic:is, niris logo se recoiihcceu q u e poss~ i i nplicabilidade sei.al. seja eni siscemas rl~iíiiiicos i is~iais seja ein máquinas O L I processos o u , mesiiio, seres vivos. Q u a l q ~ i e r sisceina deve obedecer às resrrições imposras pelo pr imeiro prii-icípio d a ccrinodii-iârnica, o qua l diz respeito à conservação d a energia. A energia e m u m siscema pode-se manifesrar s o b diferenres forrnas c o m o calor e trabalho..A energia pode ser iiicer- converr ida d e uina fo rma para oucra, mas a q ~ i a n t i d a d e coral d e energia d o uni- verso, isro é, sisrema n-iais n-ieio exceri-io, conserva-se. S e coi-isiderarn-ios sistemas isolados, a energia d o sisrcrna irá se conservar, u m a vez que, não havendo croca energérica, não p o d e haver variasão n a energia d o meio excerno o11 sisceii~a. E m Liina transformação que leva o sisrema d e ui11 escado inicial 1 para uin esrado final 2, a soma das trocas d e ei-ieigia entre o siscema e o n-ieio exceriio sob fo rma d e calor. (q) o u nzrball~o (LU) represerica o "saldo" d e energia d o siscenla e depeii- d e apenas dos estados inicial e final, e não d a nacureza o ~ i ripo d o processo, conforme moscra a Figura 2.4. Esca s o m a , porcanco, é igual à variaçáo d e Lima propriedade - d o coi-iceíido d e eneryicl i r ~ t e r n n U d o Alguns autores adoram oLicra convençao para o cra- balho, assumindo qiie o crabalho realizado pelo sisceiiia é po- sirivo, o q ~ i c Icva a uma expressão difereiice da priineira lei: Figura 2.4 Um sistema pode ser levado de um estado inicial a um estado final por vá- rios caminhos alternativos. d u = ~ - U l = q - z u (2.2'). O s crílculos, porém, não se inodificam, conforrne será inoscrado mais adiarice. /\lgiins li\,ros adoraiii oiIrr'i coii~~eii~ão par'l (I irabalho, assuniindo que o rrnhallio rcaliz,ido pelo sisrcnia c: pusirivu, u que Icva a uriia esprcss5o diferente d,i priiiieira lei: d l l = q - I " A esce respeiro. \,cj.i nor.1 adi;inte. N o exemplo moscrado i-ia figura, o sisceina pode ser levado d c ~ i i n esciido inicial a Lirn csca'do f i i~a l por virios camiiihos6, o calor e o crabrilho depei idem d o processo, mas a soma d e ambos iiáo depende: q, ;t qi1 ;t T~~~ e camb6iii tul ;t 1 1 ~ ~ ~ ;t I L J ~ ~ ~ , [nas q1 + iul = q l l + lulI = q l l l + I L ~ , ~ ~ = % - U, U ~ n a propr iedade q u e iiáo d e p e n d e d o processo, mas someiicc d o s escados iiiicial e final (coino U, 12 V T ) é chaniridii d e Lima , f i r ~ ~ ~ l l a rk. c~.tndo. Calor e crabalho náo são, porcanco, fiinções d e e.sc;ido e es f io ligados nospi.uc,essos, e n ã o nus esraclos. S á o deiioiniiiadas f i lnFóej rlc rl-~rjecóric~. Q u a n d o a rransforinaçáo for cíclica A U = 0, pois os escado inicial e fiiinl coincidein e U? = Ul e, porcanco, o crabalho global prodi izido pclo sisceina deve se r igual a o calor global recebido d o meio excerno7. Corno n f i rni:ido .iiicerioriiieiice, rodos os ripos d e sisrcrn.is obedcceiii a o pri- meiro princípio, desde rerições e m laboratório, riiiq~iiiiiis acé seres vivos. mencas do cálc~ilo diferencial e integral. Uiiia variaçáo iiifiiiicesinial de energia inrerna dU, relativa a Lima mudança iiifiiiicesinial no escado do sisceina, depciide de crocas infinicesi- iiiais de calor bq e craballio b r i i s , . d l / = à i I + b r u A variaçáo de energia iriceriia, devida a Liiiia craiisforiiinçáo eiivolvcii<lo unia série de niudariçns infinicesiniais, é obcida soniniido-sc 11s coiicribuiçóes de cada ecapa, isco é, por iiicermédio tla iiiccgriil: j d ~ = J ~ + J ~ r ~ u d A U = y + Deve ser iiocado que, eiiqliaiiro a iiiccgral <le dU ceiii coiiio resulciido Liiiia diferença - a difereiiçs encre a cnersia incerna final e ii iiiici.il: J ~ u = 4- U, = A U :is incegrais de crabalho e calor nHo Foriiecerii clifcrerii;as. Isco se deve ao fico de que U é Lima fiinçáo tle escado, ao passo que q e iosáo Funções de rrajecória, ou seja, dcpeiidem do proces- so. Aincegraçáo de unia F~inçáo de cr;ijecória rcsulca em um \,alar que dependc do caniiriho de incegra<;áo. Noce-se que, sendo Funções de crajecória, não Faz seiicido falarnios da diferençade calor encre dois estados ou da diferença de crabalho. Na0 exiscc "variação de calor" ou "varia- $50 de crabalho". O cerco é considerar o calor que é cedido ou absorvido no decurso de uin processo, bern corno 0 trabalho que t realizado pclo sisccriin ou realizado sobre o siscenia. Náo cem sencido Falar do "calor do sisrernn" ou do "crabalho do siscenia"," sorneilce do caloi- e do crabalho cnuoluirios cinpi,ocessoj. O calor e o craballio iiáo dependem apeiias dos escados iriicial e filial, mas canibérn do ripo de processo. "ndeiiios aquecer igiia de O 'C a 100 'C, por exeiiiplo, scja pelo calor Foriiecido pclo bico do Fo~,io oii pelo rrahallio elérrico dissipado em tini ebiilidor. ' Segiiindo esrc sspíriro. oiirro enunciado da priiiicira Ici diz qiie é inipossível cri.ir uni i~rurup<~i;p~~riio drpi.iiiiriiii rspicir, isro 4 , uma rriiquina qiie prodiiza energia a parrir do nnd:i. A liisc8ria da ciência esri repler;i dc rciirarivis frusrradds de cunsrriiii. ral niiqiiiria. W sínibolo &indica tinia diferencial i n c s i r a e e3rl ielacioiiado ao faro de qiie q c ri, liso 3áo proprie- dades. ni:is fuiiy6cs dç rrajcr6ria. '1 Oii d.i "vari;i<ãu du rrab.tlho ai1 da c.ilor" o ~ i d:i "<liinri~id.icic de rr.ib'illio (o11 c.ilor) da sisrcnin". Uma outra consequincia é que a variação de energia interna ao longo de i11i-i ciclo deve ser igual a zero, uma vez que o estado inicial é idênrico ao estado fii-ial, e, portarito, a energia iiicerna iiiicial é a mesma energia interna final. Isto é simbolizado mare~iiaricaii-ienre com uma integral cíclica: Trabalho e A manifestagão de energia sob forma de rrabalho pode ocorrer de várias forinas. Usualmenre, a ocorrência d e trabalho implica um deslocamento macroic0pic0, tal como empurrar ou arrasrar u m objeto, levanrar u m peso, erc. Quarido o sisten-ia realiza rrabalho, a sua energia diminui. Na rermodinâmica, trabalho ocorre na ii-iaior parte das vezes na forma de trabalho de expansrío (7uc.,..), também cl-ir.nindo d e traba- lho trriaorl~stico. Na convenção aqui adotada. o trabalho realizado pelo sisten-ia C coilsiderado iiegativo e o rrabalho que o sistema "sofre" é consideracio positivo. Outras formas d e trabalho que tainbém ocorrem na investigayá« terniodinârni- ca são: trabalho elrístico ligado ao estiramenro de iim pedaço de borracha ou de iirn niúsculo, traballio elétrico e m rransforrriações eletroquímicas, além do trabalho liga- d o ao aumenro de superfície, dentre outros. Estas outras formas d e trabalho, que são, em essência, todas as formas de rrabalho, excluindo o trabalho de expansão, s e60 coi-isideradas mais adiante e recebem a denomiiiaçáo genérica de "tinbnlho ~ítil" ou " h.abalho estin" (w'): lu = w cxp + (2.4) Se lu1= O J w = tucsi, Por eiiquanto, consideraremos apenas sisteinas nos quais o rrabalho útil é igual a zero, realizando, portanto, somente o trabalho de expansão, de inodo que o subs- crito (exp) será suprimido. Quando há mudança de voliime d o sisremaconrra umapressrío (:vte;.izn coi~srn~z- te, O rrabalho de expansáo será: onde o subscrito ext enfatiza que se [rara da pressáo externa. Quando o vol~ime permanece constante (processo isoinérrico), o trabalho de expansáo é i-iulo, iima vez q u e A V = O. Exiscem duas convenções de sinais d e calor e trabalho na físico-química. A co7turiiç~io liistbicn da tcrmodiizâi~íiicn considera posirivo o calor que eiitra no sistema e positivo o tmballio renliurdo pelo ssirn7~zn, de oiide o primeiro princípio pode ser escrito AU = g - w. De acordo com a coizveizçZo d a iamccâiiica, porém, o abalh lho positiuo h n q i ~ ~ l e realizado sobre o sisteiizn (a convençáo d o calor pern~anece igual), de modo que o primeiro princípio deve ser escrito A U = q t w. Não há nenhuina coii- tradição nos resulrados. Porem, uma vez que na primeira convei-iqão o trnbalho de expansáo é w = I'cxI AV, na segunda ele deve ser definido como ru = - Pc,, A i[ Qual- quer que seja a convenção, resulta para um proccsso teri7~oelístjco cot?trfi 1~j71d P Z S S ~ O esterizd coi1jtantr que N e m sempre, porém, os processos d e expai-isão ocorrem conrra Lima pressáo externa constaiire, d e inodo que a expressão (2.5) não tein aplicabilidade geral. Poderíamos, por exemplo, in-iagiiiar a expansáo de 1 mo1 d e un-i gás ideal desde ui-i-ia pressáo inicial de 1 a tm até uma pressão final d e 0,2 :itin, ern LIIIIZ Úi-iic:l etapa, conrra Lima pressáo externa igual à pressão final (Figura 2.52.). Poderían-ios in-iaginar o inesmo processo: porém e m duas erapas: a primeira constituindo-se de Lima expansão conrra uma pressáo externa constante de 0,6 arn-i aré que a pressáo do sistema atinja esre valor e após coi-iri-a uina pressão consrai-ite de 0,2 atr-ii (Figura 2.5b). O processo poderia ser realizado rnn-ibéni e111 três, quarro o u mais etapas, cada vez conrra uma pressáo externa constante atí- que a pressão d o sisten-ia seja igual :I esta pressáo externa (a Figura 2 . 5 ~ representa o processo en-i quatro etapas). O rraballio efetuado em uina transformaçáo deste ripo pode ser dctermii-iado cnlculando-se n ireri sob a ciirva represeiirada enl uin disçrniiia P X V, o que pode ser c o ~ i i p [ ~ e e ~ ~ d i d o d:i seguiiits iiiniieira: a reprrsciitagão de cada ct.ipa da espniisrio coris- titui uin rerângulo de alruraPe base AV. A sua i r r a será, porcanto, PX AV. O auii-ieri- ro do número de erapas corresponde a u m aumeilro do "nún-iero de degraus", com correspondente aumento na área, conforn-ie mostra a Figura 2.5. Esre "níimero de degraus" pode ser aumentado arbirrariamente (Figura 2.5d) até o infinito. Neste caso, teríamos que a combinnçáo dos segmentos de rera que descrevem !graficaniente o processo aproxiinar-se-ia de uma hipérbole (Figura 2.5e). P e 1 etapa irrev. * Figura 2.5 Varios caminhos para a realização de uma expansão de um gás ideal Uin processo desce cipo pode ser interpretado como uma espansáo na q ~ i a l a pressão externa inicia iç~iai a pressão ii~icial d o sisrerna e é sucasivainenre dccremencada d c uma quancidade infinitamente pequena - infinicesirnal. Nesce caso, a pressão exceriia é praci- caiiience igual à pressáo d o sisceina no dec~lrso d o processo, o q ~ i e significa a exiscêilcia de u m eq~iilíbrio mecânico. Eni cais condições, a expansão isocérinica é dica reversível. po- dendo-se mostrar que, caso a cransforinaçáo seja ~ i i i i a rii~idaiiça de vol~inie isor6rmicn reversível erivolvendo apcnas gases ideais, o rrahallio efer~iado pelo sistema s e ~ í : 10 = - izRTlii (<I V,) (2.7) sendo e V: os v o l ~ i n ~ e s inicial e final, respecci\~amenre. Este valor correspoiide à área sob a hip6rbole inos~rada ria Fig~ira 2.5. O rrabalho de espansáo efetuado pelo sisceiiia eiii Liiiia crailsforniacáo isocérrnica depciidc, d e urna inaneira geral, d o tipo de sisceii~a em consideraçáo. Calcular o cr,iballio realizado pelo sisceriia eiii uriia expansáo isoiérmicn, :i 27 O ( 3 (300 K), partindo de uin estado inicial de pressão 1 arin e chegaiido a um esrado Fiiial de pressio 0,2 aciu, supondo que a erpaiisáo se dê: a) crn uma erapa irreversívcl; b) em diias erapas irreversíveis; c) ein quarro etapas irreversíveis; d) reversivelnience. Todas escns ci.aiisfo~~iriagóes esdo eiii coiiforniici:idc coni :I Fig~ira 2.5. Soluç?io: a) Erii urna íiiiica ctnpa coiirra Pcs, = 0,2 ariii. I', = 1 arrn Pl = 0,2 :icm V, = 24,G L V, = 123 L iu = - P AV = - 0.2 x (123 - 24,G) = - 19.68 acni . L = - 1994 J. b) Em duas erapas coiirra Cs, = 0,G arni e Pcxc = 0,2 acni. P, = l arrn P2 = 0,G ariii P3 = 0,2 :irm V, = 24.6 L V 2 = 4 1 L V, = 123 L. w = - P A V = - 0 6 , x (41-24,G) - 0,2 s (123-41) = - 26,24 acm. L = - 2659 J C) Eni quarrc] erap:is corirra P,,, = 0,8 acm, Pcs, = 0,G arm, Eyr = 0,4 acin e Pch, = 0,2 :icin. P, = I acin I'? = 0,8 arin P3 = O,G arm I),, = 0,4 atni P j = 0,2 arni V, = 24,G L V? = 30,75 L V, = 41 1. V, = 61,5 L. Vi= 123L zu = - P AV= - 0.8 x (30.75-24,6) - 0,G x (41,O-30,75) - 0,4 x (Gl,j-41,O) - 0,2 x (123- G1,5) =-31,37arrn.L =-3199 J d) Reversivelrrienre ru = - aRTlii (V21L',) = - I mo1 s 8,314 J . I<-' . molk x 300 K x In (123124,G) = - 4014 J. O exeniplo rnoscra clararnence que, quando a cransfòrinaqão for reversível, o valor absoluco (módulo) d o craballio exercido ~r i i ige seu valor máximo. Qualquer transforniaçáo iri-evcrsível correspondente, O L ~ seqüência de cransformações irreversí- veis, que parcani do mesiiio estado inicial e cliegueili ao inesino estado final, resulca- r i o na produçao cle uma quaiicidade inferior de craballio. U m oucro caso parricular interessante é uma tiansformaçáo adiabárica, na qual náo l ~ á troca de calor entre o siscema e o iueio excerno (q = O), seja p o r q ~ i c o sistema escá isolado d o ineio excerno seja porque a transforma<ráo se processa d e m o d o ni~iico rrípido, impossibilicaiido a crocn d e calor. Eiii u m a transformação adiabárica, o cra- balho efetuado pelo sisrerna será igual à variação d e energia interna: Assim sendo, coirio acncrgia inreriia é Liiiia F U I I Ç ~ O de esrado, o trabdho adiabático rarnbtrn o scrá e, conio cal, dependerá apenas do escado final e inicial do sistema. Para sólidos e Iíq~iidos, o trnball-io de espansáo cailibéiri pode ser coinp~irado, desde q u e a variaçáo d e vol~iriie seja pequeiia, por meio das seg~iinces fórm~ilas. I condições isobái-icris I(.= -?,,AV = -cu,Vi',,, (T: - q ) (7.9) Cdc~ile o rrabnlho dc cxpansao de iiiiin ailiosria coiiceiido 100 ml de água a 25 "C c L arni: a ) Quando liouver um aqiieciineiico isobárico desde 25 "C :i 30 OC. i->) (>u~ndo ho~iver uiiia compressáo isuréiniica de iiiodo qiic a pressa0 Final nriiija 10 acni. Dados: p = 1 ,00 g crn-j, a,, = 2.57 x 10A K-I, /iT = 45,3 x 1 O-'' arin-I. Via d e regia, o valor do craballio d e exparisáo e m sólidos e l íquido\ é ~ á o p e q ~ i e n o comparado com os gases, q u e podc, e m ceinios práticoz, sei despiezado erii vez de uiii conjunco inceriiiinável de fórmiilas desc«riexas, cla C , na verdade, a aplicacão. 54 Netz e Gonuílez Ortcgn reações químicas ou mudanças de fase, teremos simplesmente que a diferença entre a variaçáo de entalpia e a variaçáo da energia interna deperide da variacão de remperarura: A expressão maremárica da enralpia permite-nos deduzir mais rigorosanicnrc a relacáo enrre a enralpia e o calor e conrexrualizar a aplicação das fórmulas exposras. A partir da expressão genérica do primeiro princípio (incluii~do a possil~ilitladc do rraballio úril): dU = ùq - PdV + &i\:' Conibinada cnin a definiçáo de enralpia (H = U + PV), rerenios dH = dU + PdV +VdP =dq- PdV + $ii:'+PdV+VdP Se a pressão for consranre e não houver rrabalho úril, a variaçáo da eiiraIpia I? idênricnao calor trocado (dH= dq). Caso haja rrabalho úril, porém. como no caso tie sisremas elerro- químicos, a enralpia náo mede o calor à pressão constante. Capacidades caloríficas Quando o sistema troca calor com o meio externo, não havendo reações químicas ou mudanças de fase, a variação de temperatura AT em um sistema pode sei relacionada ao calor sensível pela capncidadc cnlort@ca C do sistema: Uma capacidade calorífica elevada significa que uma dererminada quantidade de calor fluindo para o sistema provocará uma pequena elevação da temperatura, enquanto que, se a capacidade calorifica for baixa, a mesma quanridacie da calor provocaria uma grande elevação de temperarura. Do mesmo modo, eiri sistemas com grande capacidade calorífica é possível a perda ou a absorção de grandes quan- tidades de energia para o (ou do) meio externo sob forma de calor, sem que haja grandes variações de temperatura. Grosso modo, poden~os pensar a capacidade calorí- fica como uma capacidade qrie o sistema tem de "amortecer" umavariaçáo de tempe- ratura quando ele troca uma determinada quantidade de calor com o meio exrerno. A capacidade calorífica é uma propriedade extensiva, isto é, dependc da quan- tidade de substância, do tamanho do sistema. Por isso, para evitar ambig~iidades, usualmente indicamos a capacidade calorífica de uma massa fixa de substância - capacidade calorífica por grama (c), também chamada de calorespecíjjco ou, então, a capacidade calorífica por um mo1 de substância c, a chamada capacidade calorif;cn nzokl: Como o calor envolvido em um processo depende da narureza deste, é necessiírio identificar o tipo de processo ao se indicar a capacidade calorífica. Podemos, assim, ter, por exemplo, uma capacidade calorífica a volume constaiite ou a pressão constante. Para a água, a capacidade calorífica a pressão constante é de 1 cal g l K -', ou seja, por 75,3 J K-'mol-I. Comparando esta capacidade coi i~ a calorífica do ferro, 0.107 cal K- 'g ' , ou seja, 25,l J K-I ~ n o l - ~ , podemos entender por que, caso transfc- * rirmos uma quanridade igual de calor a 100 g de água e a 100 ; de ferro, a água aquece menos que o ferro. Pode ficar como uin rápido exercício para o leitor niosrrar que a transferência de 1 kJ de calor a 100 g de ág~ia irá provocar uma elevação de temperatura de 2,39 'C, ao passo que a mesma q~ianridade de calor rransferido a 100 g de ferro provocaria Lima rlevaçáo de teinperattira de 22.33 'C. Para processos que não envolvam reaç~les q~iímicas ou mudanças dc fase, mas somente transformações do tipo expansão, compressão ou aquecimento, e779 gases ideais,'? é possível mostrar que tanto A Uquanto A Hdependem apenas da diferen- . ça de temperatura, A T e das capacidades caloríficas: onde TV e c. são as capacidades caloríficas molares a volume constante e pressão P constanre, respectivamenre. Isto significa qiie, em tais processos, qiiando a teinpera- tura náo varia ou quando Tfi,,, = T;,icia,, tanto A Uquanro A Hsáo zero. O valor das capacidades caloríficas para gases ideais depende do ;ás ser mono- atômico ou diatômico: - Gases n~onoatômicos c" = 312 R,-p c = 512 R . - Gases diatômicos c" = 512 R, = 712 R - Gases triarômicos c" = 712 R, 7 = 912 R Os gases reais possuem valores das capacidades calorificas próximas aos dos gases ideais, como se pode conferir naTabela 2. i. TABELA 2.1 Capacidades caloriflcas a volume e a presséo constantes - Gás c., (J K-'mol-') E,. (J K- l rn~ l -~ ) Gás ideal monoalómico 12,47 20,79 He 12,47 20.79 Gás ideal diatõmico 20,79 29.10 "2 20,54 28,87 O2 21,13 29.50 '"2 20,71 29,04 " Coiiio eni gases ideais não h i forças de inrerag.20. porcaiico, riáo Lia energia potencial, canco a energia inrccna qiianco a enrnlpi~ sáo funções sonienre da ccniperariira. 56 Nctz e Irolzzdez O1.tcp.n Transformações reversíveis envolvendo gases ideais Considerarido as expressóes já mosrradas para ciilor, rraballio, variaqáo d e energia incerna e variação d e enralpia, podenios calculas os valores dessas qiiancidades para q ~ i a i s q ~ i e r cransformaçóes reversíveis isocérii-iicas, isoniérricas (isocóricas) e isobári- cas envolvendo gases ideais (e para a lg~ imas rransformações eiivolveiido sdlidos e líquidos). Em q~ia i squer rransforinacóes envolvendo gases ideais, A U pode senipre ser calculado pela Eq~iaçáo 2.21 e A H p e l a Equaqzo 2.22, uina vez q u e a energia inreriia e a enralpia dependem, iiessas coiidições, apeiias d a ceinpcrarura. Porriiiiro. o q ~ i c depende d o cipo d e processo é a Foriiia d o cálc~i lo d e calor e crabalho. As cransiòrmações reversí\,eis isocérrnicas (A T = O, 7' conscanre) envolvendo giises ideais têm, porranco, A U = O e A H = O. O calor é o iiegiicivo d o crabrilho, o qiiiil é calculado pela Equaçáo 2.7. As cransfornlações isomérricas reversíveis envolveiido gases ideais rêin crabalho d e expai-isáo niilo. e o calor é simplesn-ienre ig~ial B eiiergi:i iiirei-nn (Eq~iiiyáo 2.12) . Fiii.ilnieiitc, eiii cransForiiincães isobiriciis, o triibnllio é cal- c ~ i l a d o d e acordo com a Eq~iaqão 2.5 e o calor rrocado é igual i variaqzo d e encalpia (Eq~iaçáo 2.15) . Aiém das resrrições j i disc~iridas na cemperaciira, volume e pcessáo, podei-i-ios eambéiii impedir a troca d e calor enere o sisrenia e o nieio excerno, realizando u m a cransFormaçáo adiabicica. Consraca-se q u e gases, quando coinprii-i-iidos adiabarica- menee, experiinencam auinenco d e CemperacLira e, quando slibmecidos a u m a cxpan- sao, apresenrain queda d e ceiuperarura. E o caso d e aerossóis, sisreinas d e refri;ei.n- 5.20 e produeos fariiiacêuricos e cosii-iécicos pressurizados, qiie provocairi unia sei-isa- çáo d e Frio n o dedo quando acionada a v á l v ~ ~ l a d e escape, ei-i-ibora as coiidiçbes náo sejam con-iplecameiice adiabácicas. Eiii cransforiiiações adiabiricas, a úiiica variá\~el :i ser calc~i lada realnience é a cemperacura final, a pareir d a ceniperacura inicial, pois q = O e lu, A U e A H podem ser calc~iladas a parrir das reinperaruras inicial e fiiial. . Diferenees relaqões possibilitam esre ccílc~ilo. Em cais relac;ões, Lin-i parâme- cro imporrance é o quocieiire encre as capacidades caloríficas y = c,,/Cv, o assuiiie valores diferentes, dependci ido se o gás for monoarôn-iico, diarôni ico, criarôiriico, erc. ATabela 2.2 inosrra ~ i i r i resumo dos valores d e LU, g, A U e A H para diFereiices cransformações reversíveis envolvendo gases ideais. TABELA 2.2 Valores de trabalho, calor, energia interna e entalpia para transformações envolvendo gases ideais Transformacáo w a A U AH Isotermica - nRTln(VJV,) nRTln(V,IV,) Zero Zero Isobárica - PAV = - nRAT n GAT n cvAT n CpAT Isomelrica Zero n ZyAT n C,AT n CP3T Adiabática n F>T Zero n CJT n CnAT Coiisidere o problemn apreseiir;ido no Exeniplo 1.4 do Capírulo 1 . Siiponlia que o gis sej:i rnon»;irôiiiico. Unia aiiiosci-a de 1 iiiol de uni ç.is ide:il, inicialinence a 25 'C e 1 acm de pi-essHo é aq~iecida isobaricameiice ar6 que seu volume d~ipl iq~ie. Apcis essa expansão, 3 amos- ti;i é resfiiarla is»iiierric;iiiiciice acé ;i su;i ceiiipernrLira inicial. Llrpois clesra rcapii, a aiuosrra soFre coniprcssáo isot&rniica, retoriiando ao rsrnrio iiiicial. Calc~ilc o calor e o rrsbalho envol- vicio. bcni como as variações deeiiergia iiicernn e de enrnlpiri para caclaernpae para o processo ResoI~i~no: Erap;i I ) Isobárica, coin A T = 298 K. Porcanro a q = A H = ,rF,,AT= iinol x (512) x 1,987 cal I<-iinol - 1 x 298 I< = 1480 cal h U = 71 ? , . A r = I rnol x (312) x 1,387 c ~ l K - 1 mo1 - 1 x 298 I< = 8 8 s cal. rcl = - iil?A7'= liiiol x 1,987 cal K -11nol - 1 x 298 K = - 592 cal. i I ) isoiii6rsic;i. com A T = - 298 I<. P»rr:iiiro. 11, = O (~x>is o \,oluiiicnão \,;iria) A H = > r 7 A T = Imo1 x (512) x 1.987 cal I<-'niol - I x (- 298 K) = -1480 cal. q = A U = ~ ~ ~ , , A T = Iiiiol x (312) x 1,987 cal K-'moi-I x (-298 K) = - 888 cal. Erapn 111) Isorérmica, porcanro AU = A H = 0. q = - r ( , = 17R7ln(V~/V~) = Imo1 x 1,987 cal I<-'inol x 298 K x In (48,87/24,44) = - 4 1 0 c a l . w = + 4 1 0 c a l . Pi.ocesso global: AU = AH = O, q = 182 cal. w = - 182 cal. Uin rnol de Lim gás ideal diacômico, inicialinence a 25 'C e I arm de pressa0 sofre uiiia espriiis;io adiabáeica reversível acé que sua pressio se corne 0,2 ariii. Calcule o calor e o rrabn- lho envolvido, bem como as variac;óes clc.cncrgi:i interna c tle cnralpia. Sol~ição: Gás ideal diarômico iniplica Y = T,/Fv = 1,4. Coridiçóes iniciais: /II = I arm, TI = 298 K , V , = 24,441.. Logo: = O (poique G adiabárico) 11, = AU = 1?7,,A7'= 1 niol x 512 X 8,314J K iiiol X (- I101<) = - 2286,4 J Ai-i = tr ? , ,Ar = i iiiol x 712 X 8,3 14J K -' niol X (- 1 101<) = - 3200,9 J capacidade calorífica depende da reniperarura conio uma funçáo C(T): Se a ceiiipernrLira for consraiice, obvianieiice a espress.io ora apresenrad.i res~ilcn ciii q ~ i e o calor sensível seia rei.«. Se a cap;icidade caloiífica for uiria coiiscaiire, isro é, C(T) = C, coino iio caso dos gases ideais, rereiiios: Esca dedução c? válida para processos a volume constante ou a presaãi~ corisiantc e pode- mos calcular tanto para um determinado número de móis quanto para uma determinada massa: - - q-, = C,.AT =/ic ,AT =irrc,AT q,, = Cl,AT = IIC,,AT =IIIL, ,AT Se a capacidade calorífica não for constante, deve-se efecuar a integral, obtcri<io-se as- sim, uma quantidade dependence da cemperacura. Pode-se, de modo semelliarite ao caso do crabaliio, interpretar o calor sensível envolvido em uni processo reversível ciitrc duas tempe- racuras como a área sob a curva em um gráfico C(7;) vein[s ?: Se, por exemplo, a capacidade calorífica a pressão conscaiite For uiiia Fii~içio linear da temperacura: Do ponto de vista marernácico, é exacamence equivalente expressar o ca1c.r como uma soma infinita de capacidades caloríficas multiplicadas por acréscimos de cenipciaturas (calor como incegral da capacidade calorífica em função da cemperarura) ou encno expressar a capa- cidade calorífica em urn dado ponto como quociente de trocas infiniresimais dc calor dividi- das pela cemperacura: Como g não é uma função de escado, a relação da direira não pode ser entendida exatamente como umaderivada. Usando, porém, as restrições de pressáo ou cle volume cons- rance, usar a encalpia ou a energia interna, arnbas funções de cscado, obtendo, então, expressóes autênticas de derivadas: Escas expressões permitem uma incerpreraçáo palpável das capacidades caloríficas. Como a derivada mede a taxa de variação instantânea de uma expressa geomerrica- mence como a tangente à curva, podemos ver na figura a seguir que um gráfico da dependên- cia de U e m Função da temperatura permite-nos calcular CI, Na figura, Uvaria de modo mais acentuado a altas temperaturas, de maneira que a capacidade calorlfica a altas temperacuras é mais elevada que a baixas cemperacuras: cv V,) > C, (T,) As expressões diferenciais combinadas de crabalho (h = Pcy, dV) e calor (àq = C(7;) d 7 ) podem ser aplicadas ao primeiro princípio e à defiiiição de encalpia. As expressões dife- renciais mais gerais da energia interna e entalpia em Função d e T, P e Vsão: S . As expressóes anteriores simplificam-se imensamente nos gases ideais, uma vez que tanto a encalpia quanto aenergia interna são furições somente da temperatura. pois a energia é inteitamente ci~iética. tima vez que a energia potencial é nula. Logo. e, onde mais, para gases ideais (G.I.) as capacidades calorificas são constantes: dH ,,, = C,dT * AH,, = C,AT Para gases reais, líquidos e sólidos, as expressóes cicadas não são válidas, porque U e H dependem do voluiiie e pressão, e não somente da cemperacura, e as capacidades calotíficas iiáo são conscances, mas funções da temperacura. A partir das expressóes diferenciais de U, H, q e ui podemos calcular as variações de encalpia e energia interna, além do calor e craballio envolvidos ein qualquer transformaÇão..O caso particular dos gases ideais foi analisado anteriormence. Em qualquer caso, o primeiro passo é a idencificaçáo completa dos esca- dos inicial e final. Normalmente, este cálculo não E difícil (conforme foi ilustrado nos E x e m ~ l o s 1.1 e 2.1 ). Um pouco mais capciosa, poréni, é a dedução da cempcracura atingida após uma ex- pansão adiabática reversível. Se o processo For adiabácico, sabe-se que o calor será igual a zero, de modo que a primeira lei pode ser assim expressa: ou seja, se P = P,, e se o gás for ideal (P=nRT/Ve d U = nc"dT): De modo que Como para uni gás ideal R = 5 -7,,, e definindo-se. aléin disto: Obcém-se Faciliiiente após iiitcgrqio: d T Li!J' T, r/, -= - (y - L ) ~ 3 I I I L = -0, - I ) I ~ : T TI \ / I Desta relaçáo podenios dediizir que Uiiia relaqáo análoga, também iisada e derivada de modo semelhiince, é: p,;r - p, !? 1 1 - : I ENTALPIA DE PROCESSOS F~SICOS Processos físicos sáo aqueles e m que não há mudança n a nacureza química das espé- cies n o siscen-ia, abrangendo, portanto, ii-iudanças c o m o transições de fase. Entalpia de vaporização e de condensação (liquefação) As cransforrnações d o estado Iíquido para o vapor (vaporização) o u vapor-líquido (con- densação ou liquefação),são acompanhadas d e trocas d e calor ei-idotérmicas (no caso d a vaporização) o u exocérmicas ( n o caso da condensaçáo). O calor fori-iecido para a passa- gem d e Iíquido a vapor é aquela energia necessária para superar as forças de acraçáo n o líquido e afascar as moléculas umas das outras. O calor fornecido para vaporizar 1 mo1 d e uma substância a pressão constante é dito o seu t,alo~ rnolnr de vnpoi-imçZo o u o~takia rnolni u!t vnpo~imç&: AHtn . D e uma inaiieira geral, a eiicalpia molar d e vaporização depe,-ide da temperatura e da pressão Poi exemplo. para a vaporização dc 1 moi dc água nas condições-padrão13, é necessário o fornecimento d e 44,01 kJ d e calor ao sistema: '"e biio, a \capori7.açiio da igun, eiii condiçdes-padrso. a 75 "C n5o 6 um processo esponrAneo. nins a enralpia-padrão de vaporizagão d:i água, iiesra tcnipciarura, pode ser obrida soniando-se a enralpia do proccsso de v;iposizagão da ágiia ;i 25 'C ctii equilibsio com o própi-io vapor (pressáo de vapor 23.76 niniHg = 0,0313 a m ) com n enrnlpia eiivolvida i in coinpressáo isorér~iiica dn iígiia de 0,0313 aciii 1 arii i , res~ilrando 44,O i Iccnl. H 2 0 ( I ) = H 2 0 (g, 0.03 13 a r n i ) A H = 4339 kcnl I-120 (g, 0,0313 arii i) = H'O (g, 1 arni) AH= 0,021 kc.11 A vaporiznçáo d a água n a condiçáo d e 100 ' C e 1 a t m envolve unia er1talpia d a \caporizaçáo d e 40 ,07 I<Jmol-'. Entalpia ele fusão ou solidificação (congelamento) As cransforrnações d e escado só l i~ lo ein líquido (fusio) OLL d e líquido para o sólido (solidificaç.50 oii canibéin congelamento) são processos acompanhados d e iim efeico rfrrnico endotérmico (no caso d a Fusáo) OLL ~ x o t f r m i c o (i10 caso da solidificaçáo). Esce calor absorvido o u liberado cem c o m o origem as diferenças nas forças de incera- $50: as forças atrativas incermolecularqr são mais acentuadas n o escado sólido. AO "C e 1 acin, 1 iiiol d e água funde coii-i absorçáo d e 6,02 kJ de calor: H 2 0 (s) -t H,O (I) A H,, = + 6 ,02 l<J Sublimação A sublin-iaÇio é o processo d e passagem d o estado sólido para o vapor (gasoso), pro- cesso esse q u e pode ocorrer e m qiialquer subsrância sob condições específicas. So- ineilce algumas substâncias como o naftaleno o u o COz sólido(gelo seco), dentre outras, inanifestarn este fenômeno e m condições ainbience. C o m o a encalpia é u m a ~ L I I ~ ~ o de estado, Linu mudança sólido-vapor pode her expressa como a s o m a d e u m a fusio (sólido-líquido) e lima vaporizaçáo (líquido-vapor), resulcando, porcanto: Uni cubo de gelo de 25 g é adicionaclo a 200 mL de água a 20 ' C no iricerios de urna cérgica. O gelo fundir-se-á iiiteiraniencc? Qual será a temperacura Final d o sistema? Dados: A Hr,,, = 6020 J mol-i Soluçáo: O núi-i-iero d e móis envolvido t: r i = 2 j/ 18 = 1,389 mol. O calor cotal que deve ser iisado para fundir esta quantidade de gelo deve ser portiinro: Esre c;ilor deve ser proveniente da água que esfria. Precisamos calcular, encáo, a rempe- rariira filial desces 200 ml de igua, após ceder calor ao gelo: O problema não esrá terminado, poréi-n. Esra é a temperacura final qiie a á g u ~ atingiu apóscedrr calor para derreter o cubo de gelo. Ao derrccer, contudo, o gelo converte-se em igua a O°C. Para calcular a teriiperatiira final devemos considerar a rnistura entre as 200 g de 62 Netz e González Orteva água a 10 'C com as 25 g de água a O 'C. Para encontrar a temperatura final, igiinlanios o calor sensível perdido ágiia "qiientc" ao calor sensível recebido pela ;;,ou2 %ia". Traba- lhando apenas com diferença de temperatura, í indiferente usar a escala I(e1viii ou a Ccisius. i)~,c,,(T~,, -q.:,:') = - , i ~ ~ c ~ , ( T ~ , , -q.!;') - r)[l (q:,:' - Tfi,,)= ~ I I ~ ( T ~ , , -T;::') SEGUNDO PRINC~PIO DA TERMODIN~MICA: ENTROPIA O primeiro princípio da terinodinâmica, na sua ênfase nas transformaçóes eiiergéri- cas, revela-nos algo bastante profundo a respeito da natureza. Em processo, pode haver umn conversão de Lima forma de energia em outra. Apesxr desias conver- sóes, porém, 6 certo que a energia total (sisteina + meio externo) deve-se liiariter a mesma. Feiiômenos nos quais a energia não se conserva são impossí\,cis. Será, po- rém, que o priiicípio é suficiente para dizer-nos quais os processos que podem e quais os que não podem ocorrer? Na natureza, observa-se a existência de fenômenos espont;neos, tambéin ditos irreversíveis, que ocorrem apenas em uma determinada direção. Por exeinplo. quan- d o dois corpos com diferentes temperaturas são colocados eni conrato entre si - digamos, uma barra metálica aquecida que é mergulhada em um recipiente com água - o calor transfere-se do corpo mais quente para o corpo mais frio, até que seja atingida uma situação de eq~iilíbrio térmico, na qual os dois corpos rêm a mesma temperatura. O processo reverso nunca ocorre. É absurdo esperar qur o calor flua d o córpo mais frio para o mais quente ou que, partindo-se de um sistenia que esteja em equilíbrio térmico, haja u m fluxo de calor de forma que, espontanearnenle, u m dos corpos se aqueça e o outro se esfrie. Ninguém esperaria, por exeniplo, qiie o pedaço d e metal dentro dágua começasse espontaneamente a aquecer e a água esfriasse. N o entanto, um processo desse tipo não iria contrariar o primeiro princípio da termodi- nâmica. Tanro o fluxo de calor do corpo mais quente para o corpo mais frio quanto o reverso, neste caso, estariam, ambos, e m concordância com o princípio d a conserva- ção da energia: nenhuma energia se perde em nenhum dos casos. Por qiie então ocorre somente a transferência de calor d o corpo queiire para o frio, nias nunca o contrário? Outro exemplo de um processo que ocorre somente em uma só dii-ecáo seria a mistura de dois gases difereiites. Os gases se misruram, mas não se separam esponta- neamente. Ainda outro exemplo é a conversão de energia sob forma de ~rabalho em energia sob forma de calor. Podemos converter arbitrariamente trabalho em calor, mas não é possível, em um ciclo isotérmico, uma conversão iutegral de calor ein trabalho. Nestes exemplos, também enconrramos que o processo direco (qiie ocorre) como o processo reverso (que é impossível) estão, ambos, de acordo com o primeiro princípio da termodinâmica. A Figura 2.6 mostra outros çxemplos de llrocessos es- pontâneos. O princípio dá- nos, enrão, uma descrição in- completa da realidade: ele só nos diz da conservagio de ener- gia como unia condição neces- sária para qualquer processo, mas não nos diz quais proces- sos ocorrem e quais não ocor- * e E+ que rem. seriam Existem permitidos, muiros processos ou seja, Flgura 2.6 Processos Irreversiveis (= naturais ou espontãne8s). não iriam contrariar o primei- ro princípio. e no encaiito não podem ocorrer. O s aspectos centrais que estão por trás de todos esses exemplos são os seguintes: tendência à dispersão da matéria e da energia, tendência à degradação da energia e tendência :i desordem Processos espontâneos sáo acornparihados desses aspecros. A segunda lei da termodinârnica diz respeito aos critérios de espontaneidade c de irreversibilidade das transformações naturais, o11 seja, quais os critérios que nos permitem dizer se uma dada transformação vai ocorrer ou não. A segunda lei diz- nos, essencialmente, que trabalho e calor não possuenz a mesma natureza, embora ambos sejam formas (manifestações) de energia. Calor é, por assim dizer, uma forma de energia "degradada" e a espontaneidade dos processos está ligada a essa degrada- ção, O U seja, à tendência que tanro maréria quanto energia rêm de se dispersarem caoticamente. A degradação, a dispersão e o caos cumprem um papel fundamental no segundo princípio. Por meio da segunda lei da termodinâmica é possível definir grandezas, pro- priedades de estado, cuja variação serve de critério para discutirmos a espontaneida- de, o equilíbrio ou a impossibilidade de processos, desde aqueles de interesse tecno- lógico ou industrial, passando por transforma~óes químicas, físicas e físico-químicas em sistemas materiais até as transformações biológicas e metabólicas. Aor igemdo segundo princípio, entretanto, está ligada ao estudo das máquinas térmicas e à impossibilidade de se construir uma máquina que tenha um rendimento de 100%. De acordo com o enunciado de Kelvin-Planck da segunda lei da termodi- nâmica, "é impossível construir um moto-perpétuo de segunda espécie14, ou s+, uma máquina que, opcrando ernz um ciclo isotérmico, tenha como efeito a produfao de traba- lho à( custns de calordr?finte térmica". Equivalente a este é o enunciado de Clausius, de acordo com o qual "é inzpossiuel coizstrnir unza mdyicina que, operando em ciclo^, tenha como zínico efeito a nanferhcia de calor de ierrmafiiztefria para umafinte quente'. Qualquer "máquina" - em uma concepção mais ampla, qualquer sistema - é imperfeita. O corpo humano, as células, incliisive, operam em condições isorérmicas e, portanto, estão fadados a não conseguir transformar energia sob forma de calor l 4 Um moro perpéruo C uma miquina hiporérica que se manreria em movimenro ercrno c, obvianicn- te, é irnpossivel de ser construída. Se o princípio não fosse válido, seria possível construir uma máquina que obtivesse energia a partir do nada - o moro perperuo de primeira espécic. Se o segundo princípio não fosse válido, poderia ser coiisrruida uma máquina quc rransformassc calor em trabalho de modo integral em um processo ciclico isorçrrnico: rim moro perpf ri10 dc segunda cspbcie. inregralmenre e m energia sob forma d e rrabalho. Esre faro rem profuiidas implica- ções 110 n~erabolisino e n o balanço energérico. Entropia A parrir das considerações dos calores rrocados e m niáquinas rérmicas cíclicas ope- rando e m processos reversíveis (ein equilíbrio) ou irreversíveis (esponrâiieos) rece- bendo e cedendo calor a fonres rérinicas a diferenres remperarLiras, chega-se à con- clusão que, ein processos reversíveis, a som:i, sobre rodo uni ciclo, dos calores rroca- dos em cada erapa, dividida pela reinperaruiaiia qual esra rroca se processa é igual a zcro: Para processos irreversíveis, esra soma é menor que zero: Esras considerações levam à definição d e uma propriedade, a ei?rropin, S. A entropia é zrriiaftrnção de estndo e, como cal, sua variaçáo depende apeiias d o esrado inicial e d o tina1 e não da narureza d o processo. Em processos i.euersíueis iso~érmicus '~ sua variaçáo pode ser idenrificada c o n ~ o o calor rrocado reversivelmenre dividido pela reiiiperarura. Para processos ii.irueisíueis, A S não é medido pelo calor envolvido no processo dividido pela remperarura. D e faro, para um processo irreversível, vale: As , L (7.28). T Nesre caso, como S é uma função d e esrado, AS pode ser calculado por ourros mérodos, como, por exemplo, arravés d o cálculo d e u m processo reversí- vel cujos esrados inicial e final coiiicidain c o m o processo irreversível que se quer calcular. Apesar d e definida e in relação ao calor rrocado, a enrropia possui Lim signi- ficado mais profundo, podendo ser ressalrados crês aspecros: n degrndnç~o d n energia, n dispersno d n errergin e n desode~rt . Quanro à degradação da energia, o s e g ~ i n d o princípio, conforme já visco, mostra q u e é possível, sem resrrições, con- verrer rrabalho e m calor, nias não calor rni rrabalho. Calor é, enráo, Lima forma niais degradada d e energia, pois não esrá disponível para a realizaçao d e rrabalho. ' 5 A discussío da dcfiiiiçio e propriedades da enrropia seni o liso dc fcrranienras do c:ilciilo diferencial c inrcgral liniira a abord;igem a processos isnrérn~icos. De um niodo gciiérico. poréiii, podemos dc- compor tini prnccsso rcversivel erii tima soma dç (infiniros) processos (infiniresiniair, isro 6 . :irbirr:iri- amenre pcquciios), de modo que a enrropia s c ~ í dad;i pela soma (a inregral) de rodas esras crocas de calor divididas pelas respccrivas rernperiruras [ias quais esras crocas ocorreni: A .T= ! &/lT Soniçiirc A parrir desta aburdagciii é possível coiisidernr. como vcrcmos niiiis ~idiaiite, o cilculo cnvnlvido i12 rnrro~ii'~ de '~qiiecimeiiro. A enrropia mede o q~iiiiico ri eiierçiii es r i "degradada", o u seja, náo-dispoiiível para realizat;áo d e trabalho. A eiirropia inedc ranlbéni a dispersio d e energia: se a energia rérrnica esriver "conceiirrada" rrii drrrrriiin;idos poiiros d o sisrcina, tais ponros cerão uma teniprriitLirii mais elevada. A reiidtiicia esporirânea, medida pclo aLiiiienco da enrropin, porbm, é qLie n energia se disperse, o u seja, se "espa- Ihc" de inodo ~ in i for ine , o que coriespoiide n Liiila Iioiiioçeiieiza~ão d e remprra- rLira. Fiiialnience, a enrropia escii ligada à dcsordciii. cl~ic iiadii iii~iis é d o que ;i dispers?io d e martr ia . A reiidêiicia iiarural d e dois gases que escáo separados e são posros cni coiicaco é que se iiiisr~ireni, de inodo que a ri ia ré ri:^ esreja o niais dis- pcrsae lioiiiogênea possível fio espaço. Para ~ i d ~ ' ~ ~ t ~ 1 1 7 1 7 isukdrhi. náo 1ii rrocas d e calor, de iiioclo q u e q = O e as rel;iç'ies ciivc,lvciido ;i eiirropia podeiii ser condcnsadas lia dc~teri~rtlnlr/(~de dt C1,rtt- tlsca eq~iiic.io pode str lida d<i srguiiirt. iiiodo: a igu:ildade (A .5 = 0) vale parJ processos reversívris, c. a tlesiç~ialcl:icic ( A S > O), para processos irreversíveis. Uiii sisrema isolado é, poréiii, d e pouca urilidade prárica e o iniporcance é definir crirtrios de esponcaneidade e equilibrio ein sistemas fcchados o u aberros. Se cons ider~r r i~os o sisceina e o meio exceriio, bem conio 3s trocas cérniicas eiitre esres, podenios conside- rar a sonia: Universo = Sisrenia + Meio Exrerrio como Liin sisrema isolado, de foriiia que sendo a variaçáo de enrropiri tLo meio exrer- no, coiisiderado isorérmico r Esta relação para o cálculo da rncropia do meio exrcriio vale canto paia processos 1 ieversíveis quanro para irrcversíveis Segue-se que a seguiida lei pode sei escrira conio: 1 1 1 Esre é, porcanco, o critério fuiidameiiral d e esponraneidade de processos: "Eriz proce~-sos reuersíueis, n entropin do ztliziuerso, isto é, n suiizn rlns nttropirzs do sistenin e do meio e.urer?zo, pernznizece roizsttriztr. Em proce.itos ii-I-euersíueis (espor?tZnros) n eittiopia h ~tiriuerso trztlixeizta': Clausius resuiiii~i sinrericamenre a primrira e a seguiida leis da seguiiite forma: "A energin rrlo rt>riveisu é cuirstt~irtc, e a ertti.opin teizde te nti>zgii- tltlin md.~ii?zo". quina r6rniica operando eiittc duas cernper:ituras. A micltiin:i recebe urn calor q , da fonte quence. urna cernperatura T I , e coiiverte apeiias pnrcialinence este calor rni trabalho to, pois precisa ccdcr ~ i n i calor y, para ;i fonte fuia a uiiia ceiiiperatura 7;. A figura a segiiir inostrs o esquenia geral desta iiiáquin'i cériiiic;i. - C) ? il w rn 0 ffi D ri U O J - - CS - rn C U r m rn E W U 2 I P w % E U 5 - D. + - - . - w 3 2 .- U V 'V - w - 2 a n % 0 c " 2 F P - 4 E D 3 < O e 'D PJ 2 - 2 , õ' o O a dU = ãc/+ãil' dU + PdV 2 d S h - T Ein processos i-eversíveis, a desigiialdade rransforiua-se eiii igualdade. possível, rani- bém, eiicoiirrnr urna expressão análoga para a relação erirre a entropia c .i ciitalpia: Coiisiderando as expressões diferencias da enralpia e da energia iii~criia, 1x11; coiiio a relação entre as derivadas parciais, é possível deduzir quelR: Não devemos esquecer que: as capacidades calorificas podem depcndei da ceniperarura e que as expressões das derivadas parciais dependeni da equaçáo de isrado da subsrância envolvida. Coiisideraiido, para qiialquer variação de enrropia mantendo unia variável coiis- caiire, que AS = I ~ S : dV para ~ l í s ideal : AS,, =: --/IR 111 I As expressóes d e AS,, e AS\, acima deduzidas valem rarnbém p:ira sul>srâiicias nas quais as capacidades caloríficas são coiiscanres, rnesino que não se rrare de gascs ideais. O TERCEIRO PRINC~PIO DA TERMODINÂMICA Entropias absolutas A o conrrário da energia inreriia o u da encalpia, e m relação às quais soiiieiite é possí- vel dererminar variações, inas nunca valores absolutos, c o m a eiirropia é possível definir e calcular o valor das entropias absolucas. D u a s consideraqóes periiiicem esre '9 dded~i~ão dcsras rel:ii;óes envolvca pnyriedadc das ILnçócs de csriido dç q~ic siias dciivad.i.< regliii- das eni relaçno a d~iar vaiidveis difcrcnrcs sno iguais, não dcpcndcndo da ordcni da dcri\,:tçio. Por :ti obténi-se Liiiia séric de rcl;itóes Greis eiirrc as propricdadçs terriiodiiiâinic~.r. c!i.ir:iad.is rclaçóes dc Mnswcll. O leitor q~ ic rivcr inrcrrssc potic Icr niai:. 1 rçspriio iios livros dc PiIl.1, C;iaicll:iii oii A~liirir. c i lculo: a terceira lei da rerniodinâmica (raiiibéiii diro o rerceiro princípio) e o &IcLi- 10 das vai-iações d e enrropia q u e acompanliani o aqueciiiieiico d e Lima s ~ i b s d n c i a , q u e foi visco anreriormente. D e acordo coin o terceiro prii~clpio da termodi1~2~~iica, "cndn s~tbstliucia possrri zti7zn ei~tropia fi7litd e positiva, qtte se anrcla iin tenzpe1ilt1o.d clo z~i .o absol~~to, se~npre que n sztbsrrincin, i.igoinsn~~~ei~trpltrfl, njsrtn~ir n ~lsti.rltrli.a de I / I ~ I c~-istalpeifiito': Corno uiii cristal perfeico é rigorosaiiientc ordenado, a sua encroliia (desordem) deve ser zero. Esre estado d e eiitropia zero pode ser romado, enrão, c o m o ponto d e rcferêiicia c a cncropia eni oiicros escados pode ser calc~i lada coriio ;I variação de eiirropia iiecessária para craiisformar o sisrema desde esre escado d e referência aré o esradoa ser esrudado. A eiirropia absoluta d e iiina siibsrâiicia a unia dada teniperatui-:I, portanro, é a soma da siia encropia absol~ira i re1iIpeiariii.a d e K (que ií- zero) cniii a vnriaçlío d e entropia associada ao processo de aquecimerito d e K à ceinperarura eni questão. Esra variação é coniposca das parcelas de ei~rropia ligada ao calor seiisível (devido ao aq~ieci- iiieiito) soinadas :is 11ai.celas de enrropia ligada ao calor lacentc (das ti-aiisiçães de fase). As conrribuições são esciinadas calculaiido-se a área sob a curva e m urri gráfico CplTvei7zrs T(Figiira 2.7) e as coiirribuições d e calor latenre, d e acordo coiii a Equação 2.32. As encropias absolucas encontram-se e m cnbelas d e dados termodinâmicos e podem ser usadas para o cálculo d e enrropias associadas a vários processos, principal- iiieiire reaçóes quíniicas, conio veremos mais adiante ENERGIA LIVRE Definições A dererrninação e o LISO deASuniv corno cricério d e esponraneidade é pouco prácica. A inrrodução d e duas novas grandezas perinite expressar o cricério de espoiitaiieidadc o r iundo d o segundo priiicípio ein fuiiçáo d e propriedades terrnodin5niicas d o sisre- ina, d c forrna bascaiire siinples. Esras duas novas grandczas, q u e descnipeiiham uin papel esseiicial, sobreriido na relação encre a rerinodinâmica e o equilíbrio químico, são a energia livir de Helinlioltz F((à vezes rambém eiiconrrada com o s ínibolo A) e a energia livre de GGiLLs G, definidas por: A energia livre de Helniliolcz rem inaior aplicação eni processos a volume e temperacura coiistaiites, ao passo q u e a energia livre d e Gibbs 6 mais aplicivel a processos a pressão e cempei.ariira conscaiites. Anibas são propriedades exrensivas e represencarn funcões d e estado, isto é, sua variação, ei1-1 uni dercrn~ii iado processo, depei ide apenas d o s estado iiiici:il e final d o sisrema, mas náo d a iiacureza da rransforn1ac;ici. E m processos a teniperaciira cons- T - o T ;$ ; s s g d ;; ; 2 2 2 VI Ln V ) õ õ õ w - . 3 2 2 2 - . 2 < 2 2 2 $. $ Z cL _ c - E,-. fc 2 2 C 'D -. g> g 5 o g, z . : O V o " C 3 F: d ?7 - D D D 9 03 c .7 .+ - = - a 7 \I A I1 a 0 c :; E " - 3 f. e z . o D - w ; 2: g- =. I1 2 0 3 " 2 C . g 6 - . " ?. 'E g 0 g- f 5 3 3 2 2. n . o q c g =- X n . ? : S . 3 0 & . II I %2 9 2 Q, l. II - o z. O c e C . n o : : - 2 .- S O S @ 3 - - e - ? ;,? i 2 + c c 5 3 0 2 ? P Z s < - r - :, 2 z. 2 v . E c, ' ? . o - Esta pode ser interpretada d a seguinte maneira: processos exotérmicos ( A t l 0) e o n d e lii d i ~ l l i i l r i i ~ ã o d e eilrropia (AS c O), coino, po r exe i i~p lo , o co i ige lan~en to d e Lim l íquido, srio espontâneos n baixas temperacuras e náo-esponr5ilcos a alcas cempe- raturas. Fica coiiio csercício para o leitor iiirerpretar a s deiuais coiiciicfics e encon t ra r exen~p los . A da defiiiição da eiiergia livre G = H - T S e das espressões do priiiieiro e do scgiiiido princípios, pode-se cliegiir a deduzir, Se n7odo preciso. a relaçáo da energia livre coin a eiirropia e coiii os critérios dc espo~it~iiieidacie c cqi.iilíbiio. G = H - T S dG=dH-TdS-SdT=dUtPdV+l /ddP-T t iS- .SdT dG=dq-PdV+fii. '+P<IVtI'dP-TdS-SdT Os rcrnios Pdl/caiicelaiii-se. Do segiiiido priiicípio s;il>e-sc qiie: <rcl d S 2 - 3 TdS>ãi / T Substituindo &q na expressáo diferencial de G irá cransforiná-ln eiii iiriia desigualdade, com mais um cancelamento de [ermos: dG 5 VdP-SdT +&i" Esta relaçáo é d e fiiiidaiiieiiral imporrâiicin para se cornpreeiider o papel da eiiergia livre de Gibbs conio uin crirério de espontaneidade e d e equilíbrio. para se entender os faroresqiie infl~ienciani naencrgia livrc, bem como para cxplicicarsiin rclaçzo coiii o rrnbrillio iitil. Farenios a análise subseqüeiite, parcicularizaiido a eq~iaçáo recém-ciciicla p.ir.1 alguiis casos. a) Se ato' = 0 (sistenrn tc.i~tluclistic.o, isirl c;, sclii trnOrrlho iíril) a . 1) Sc o / ~ r u r c u o j i ~ ~ ~ rrurrsivcl, a desigualdade transforma-sc em igi.i;ild:ide: d G = VdP- SdT Se cscrcvcrnios a difereiicial [oral de G, podeiiios ideiirificai o voluiiic e a ciiti-opia conio derivadas parciais da energia livre: Com esras relações podemos calc~il:ir as variações na energia livre dc Gibbs eiii tliversos processos. Aiices, poréiii, vaiiios interpretá-las qualiracivamenre. Tanto o voiiiiiie quanto a e~itropia sio propriedades quesoiiiente podem assumir valores positivos. ihsirn sciido, como o i>olrr~rir niedc n unriczçrío dd erragin lii~rr, eiii tz,l~r~ão 2 pi.essrío, n7n1rte11~ío-se n te~~ii,cintrriu coizstn~ztc~, seguc logicamcnte qiie 11171 nrr l~~t*~i to deprrssrío l e ~ u n ni7z nzrn~errto rin iirrr-gin livre. Este fato terá conseqiièncias na estabilidade de diferentes fases em equilíbrio c n;i niiálise da prcss"á ~siiiótica, corno veremos ninis adiante. A razriryZo dtz rr~ergin livre corli 11 tcirl,/icinrrri.n, P O I . ~ I I < Z vez. É r i i r d i d n p o r ~ ~ ~ ~ i o do ~ ~ ~ ~ t r t i r ~ o d,z errtropi[i. Isto sigtiificn que eiii co~rdi~óei isubríiicns n~rr nzir~icii~o ate tenz$o.cztrrrn ~ P I I I co1710 re~r~l t~rdo ( I dii~ziiir~içCíu dn cncrgicl iivir r t 6/,&, poréni de iiiocto tanro ninis ;iceiituado qiiaiico iiiaior for a eiitropia absoluta d;i s~ilistiricia. Para iiin:i dada siihstâiicin. a eiitropia depende de iiiodo ~ceiituatlo do seu est;ido dc agicgiçáo: As implicações disto s e c o vistas d e modo deralliado no estudo tlo cqiiilíl>i.io de fascs (Capítulo 3). a. 1.1 ) Kzrinçrío de G roiii n tenyrintrrrn a pres~no cuizst/~rite Este cálculo, porim. é pouco prárico e usanios, no lugar dcssa relai-no, Lima equngáo niodificada, que parte da própria defiiiiçáo da cncrgia livrc dc Gibbs r do fato de a cnrropia ser n derivada parcial em relaçáo i reniperarura. c possível deduzir (fica para o leitor inrcres- sado coiiio esercício) qlie: D e niodo siinilnr, pode-se obrer uma equ:içSo aiiáloga para a eiiergia livre de Heliti- holrz: Estas relações sáo conhecidas conio "equações de Gibbs-Heliiiholtz" e ciiniprem uni papel fiindaiiienral tio eq~iilíbrio quiinico, riias, eipeciFicanieiire, iia iiifliiêiicia da ccriiperarLr- ra rio eq~iilíbrio, coiiio verenios no Capíriilo 4. a. 1.2) b'hrinpio de G ronz n pressno, n teilzpf~intirrn roi7stnrite O volunie controla a variação da energia livre coiii a pressáo, a teiiipernrura consranrc: I: rlG, = VclP 3 AG, = I v ( T ) ~ P I: Se considerarinos um ;ás ideal, [crcinos V=iiRTIP, de oiide podcmos dcduzii P. AG, =I"dP=rlRTIn- r, 4 a.2) Sr T r Pfoi.em ronstn77tes: A tcniperatura e a pressáo conscaiites a desigualdade da eiiergia livrc iin auscncia de trabalho útil define uni cricério de esponrnneidade e equilíbrio: A ceriiiodinâmica proíbe, portarico. a esisrrncia dc processos iio qual. nn aiisência de trabalho iiril, a variaçáo de eiiergia livre a teniperarura e a pressáo constnnics seja posiriva. b) Se dw'# O e n renipcrntum e I Z prcssCíofore~n ro~tstniirrs. tlG, ,. 5 $11' a AG,,,, 5 14.' Coiiio anreriornieiire, a ijiraldnde vale para uinn ~ransfornia~áo rrversível e a desig~ial- dade. p:irn um:r cran~foriiia~áo irreversível. O trabalho úril será esnrniiindoem derallie lia prósi inn seçáo. 78 N r t z e Gonzúlrz Oi.tegtr A denominação d e "eiiei.gia livre" pode, portanro, ser entendida, porque AGT,P mede a energia disponível enquanro rrabalho (porranro "livre") e íiso eiiq~iaiico calor ( p o r ~ n n r o não mais "livre" o u "disponível"). A e ~ ~ o n r a n e i d a d e d e un i processo vem e m derrimerico d o seu reiidimeiito. Os processos espoiicâneos são ~zorinnlvzrlzte mais rápidos, quando coiiiparados com pro- cessos siinilares e m condições d e equilíbrio, porém menos eficazes tlo qiie eles na produqáo d e crabalho úcil. Considcraiido-se iiin processo irrever-sívcl q~ialquer , con- r ~ i d o , náo se p o d e dizer se ele será rápido o u lento: esre é o domín io d a ciiiérica e n á o d a [ermodinâmica. A espoiiraneidade eni si, pois, não giiarda iiei;li~in-ia relaçzo c o m a velocidade d e u m processo. As informações até a q ~ i i consideradds podem ser ilusrradas tio seguinte exeni- pio". A reação d e formaçáo da água Iíqiiida a parrir d o hidrogéiiici e osigêiiio H? (g) + '/Z (g) = H 2 0 (1) é ~in-ia reacáo forcenience espoiirânea, enquanro conrbust~o Aii.etiz (cle faro. Lima rea- çáo explosiva), mas que pode sei. condiizida ein eí l~i i l íbr io nuii-ia ctl111{l il~letrolítirn. N o caso da reação proceder d e m o d o irrcvcrsível, o u seja, n colrzblrrtcío cl;ril,t~z, o calor liberado a pressão consranre, experiinentalrnenre obcido, é d c 285,85 IcJ, ou seja, AH = - 285 ,85 kJ. A U pode ser calculado compurando-se o crabalho elásrico d e exliansáo relacio- nado à variação d e volume: wCpp = t 3,72 kJ (é positivo porque hi iima concraçáo d c \J~>!LLIIIC") N a célllh eletrolíticn o rrabalho d e expansão é, c o m o ai-irciiorineiite, t 3 ,72 kJ. Consraca-se experimentnlmence qiie o trabalho útil prodiizido, coiic~ido, vrile - 237,19 IcJ. O rraballio cocal será, porranro, -233,47 IcJ. O calor despreridido, experin~enralmence obt ido, é de -4S,G(; liJ, d e modo q u e AU = q t w rem o mcsrno valor que n o caso irreversível (o q u e é dc se esperar, iinia vez q u e U é iima fuiiçáo d e escado). O mesmo pode-se dizer d e AFI e AG. Coinpa- raiido-se as qua i~r idades AU, AH, AG, q, lu e lu', cerernos a seguintr tabela: Se a reaçáo ocorresse irreversivelmence, seriam prodiizidos 2S5,SS 14 de calor. Ocor rendo reversivelmenre e m iima céliila galvânica, produzem-se 237' 19 IcJ d c ri-a- balkio úcil. A G p o d c sei. irirerprecada coino a energia que esrá "livrc" para a d e rraballio títil, da í o nonie de energia livre. Propriedade A U AH '1 w I U' AG ? ' Adaprado de PILLA v. I. 7 , - - \ v = - P,,,(V,;,,-V ,,,,) =_ - IJV,,V ,,,, Z - iiRT= -- (- 1.5 iiiol) X 8.314 J I<-iiiiol ! x 2'18 K : 3.71 kJ - -1i.aballio úcil, canibéiii cliaiiiado de craballio excra, é a denorniriacáo de coda e aualouer Processo irrevcrsívcl (IcJ) - 282,13 - 285 , s j - 285,85 + 3 ,72 0,o - 237,19 c 8 Fornia de crabalho que o siscerna rraliza ou sofre, alérn do rraballio de oxpaiis.:io (variaç$o de volunie devido a urna diferença de pressão). Conio exeiiiplos de craballio útil tcriios o rraba- lho d r censáo superficial, o craballio elástico, o craballio rl6trico e o crahallio inaçriético. O rrabnllio de tensáo superficial (que seri visro ciii decallie tio Capículo 9 ) dcpeiide do prod~iro davariaç$o da arca superficial u pela resistência ao auiiieiito da arca. que Guina prol>i-iediide clianinda dc cciis%o superficial y. O trabnlho cltcrico depciide da difcrciiqi de potencial elérri- co F e da carga rraiisporcndn Q devida a esta difercnga de poteiicinl. Toda c qiialqiicr forma dc crnbnlho pode scr expressa como Lim prod~ir» de icni:i pro- piicdade iiiceiisiva P; cliaiiisda "Força generalizada" coiii unia variaçáo de Liiiia propriedade cxcerisiva relacioiiada Iiqueln, denorniriada "deslocaiiienco geiici-alizad<i" d X Tereiiios ;issirii: ~TII'= -i'dX &i.= -P,,d\ ' Traballiode expansão Processo rrversível (IcJ) - 282 ,13 - 2 S j , 8 5 - 419,6G +- 3 , 7 2 - 237 ,19 - 237,19 Ti!,= y d o Tiaballio de ieniáo supeilícial úii. = /dl Trabalho eliisiico ai.= 6'dQ Traballio elCtiico 1 niol de ecanol líquido (C,H,OH (I). p = 0,789 c cm-?, M= 46.07 o rnol-I) \,aporiza na siia cernpcracura-padi'ão de eli-uliiáo (Te,, = 351,4 K: 78,2 OC). Se o calo, absoivfdo no processo foi. d e 43;5 IkJ niolki, calcule q, lu, AU, AH. AS e AG nescas condiçbes. Calcule também AC desce processo a i 7 , 2 'C e 79,2 'C . A variaçáo de eiicalpi;~ é idéiicica ao calor, ~iiiia vez que a pressão é constante Pzya calc~ilar a variaçáo de eiiergia iriceriia, deveiiios coiisiderar que a vaporiz;icáo do eraiiol produz iim niol dc uni gis a parcir de 1 niol de um líquido. sendo a variagáo do - . iiúinero de iiióis gasosos, porciinco, igual a 1 rnol ( equa~áo 2.17). A variac;.ío dc encropia é calc~ilada pela fórmiila apiesciicada ria scçáo do calor Intence A variaçáo de energia livre AG na ceinperatura de eb~iliçáo não precisa nerii ser ciilc~ila- da, uma vez que sc craca de uni processo eni equilíbrio e portanro: A G = O De Faro, é Licil m o s ~ r a r ' ~ u e a Fórm~ila para o cálculo da entropia dc i~iudaiiça de fase pacce precisarneiire do pressuposto de que AG = O. Se, poréiii, a cemperacura For diferciice. o valor dc AG rião é zcro: 3 AG = -0,121;. J > O (ocoire esponianeaiiiente) Apli~dgiZo dd temodinâmim a sktemas simples C onfosme apresentado no capírulo anterior, a eiiergia livre de Gibbs G fornece o vín- ciilo fiiiidamciital enrre a rerniodinâniica c o csriido do equilíbrio quíiiiico. Agora, veremos qiie taiiibéiii foriiccc a base da descriçáo d o ccliiilíbrio clc hscsi. Por sinipli- cidade, a niiálisc sercí rcstrir:~ soiiiciicc a ecliiilíbrins de Eisc eiii sisreriiris siniplcs, isto é, de apenas i i i i i conipoiienre. Os siscenias de i~lais de uni coiilponenre serão coiiside- rados poscerioriiieiire. A gandeza fundamental para a descriç5.0 do eqiiilíbrio de fases é o p ~ l e / l C i f l / qiríinico ,L(, o qual se relacioiia com o eqiiilíbrio químico da mesma inaneira que a remperariira se relaciona com o equilíbrio rériiiico c a prcssáo com o cqiiilíbrio niecânico. Quaiido dois corpos esráo eiii concaro, o calor flui espoiiraiieaineiite do corpo mais quenre (maior reniperacura) para o corpo mais frio (menor remperarura). Se os dois corpos esráo em eqiiilibrio térmico entre si, a remperarura eiil ambos será a mesma. Se a pressão e111 dois comparriiiiencos separados por uma parede móvel for diferente, a parede irá se mover eni direção ao coniparrin-icnro de menor prcssáo. O equilíbrio niecâiiico será atingido qiiaiido liouver igualdade de pressóes. Do inesmo modo, o eqiiilíbrio químico encre as fases é caracrerizado pela igualdade d o porencial qiiíniico e a desigualdade de poreiicial químico implica Lirn deseqiiilíbrio químico. Se diias fascs do mesmo material - por exemplo, uni cubo de gelo em coiiraco com igua líquida - enconrraiii-se em coiiraco niúruo, haved passagem de maréria (uma traiisforrnacão de tinia fase eni outra) da fasc onde o pocenciril quín~ico for ni;iior para a rase onde o potencial qiiíinico for iiieiior. A Figura 3.1 iluscra tais semelhanças eiicre estas crês faceras do equilíbrio -, o rnecâiiico, o rérrnico e o eqiiilíbrio qiiíniico. O poreiicial qiiíniico esrá, portanto, relacionado ao eqi~ilíbrio qiiímico de niodo anrilogo à relação enrrc reinpccariira e eqiiilíbrio cérmico e enrre pressão e equilíbrio iiiec?nico. I'res.rrio, tettyerntrlrn cpote?ici~lq~zí??zico são as propriedades iiicensivas que coiirrolam os eqiiilíbrios mecanico, rériiiico e qaíriiico, respecrivamenre, ou, diro de ' Fdsc L: UIII suhiscc~ii i l 1i01iiv~i.iic0: C g u a Ç u n i sisreiiiaric diias E~scs (r.inibCiii dito Ihikísico): iini:i Lisr 1íqiiid:i ç urii:i hsc sólidri (gçlo). Uiiia soliiq;iu sarurada de N.iCI ciii tig~ia conrciido crisrais pr<icipiradi>s tei~i clu'ts Liçs: un i a liquilla - a soliiq5o - e iini:i sólid;i - o NdCI cicposirado. Transferencia de calor Movimento macroscopico Transferencia de matéria TI >T, p , ' p2 11, > LL2 Equilíbrio: T, = T, Equilibrio: P; = P, Equilíbrio: 11, = [i, Figura 3.1 Equilíbrio mecânico. térmico e químico ourr;i forliia, sáo aspi.npi~iedndes iii,rteiisi~ir.rs q ~ l e coi7ti~o/n1/z os //701~ii71riitos ~ I Z C ~ O S C ~ ~ ~ C ~ S , nj ~ ~ T I I ~ ~ $ I . ~ ~ ~ c ~ L I s d e c d o ~ o11 ns tr(zlirsfri.@ncins d e ~-rrnté~in , rcspecrivamence. Para uma subsrância piirn, o porenci:il químico é defiiiido siniplesmenre como a energia livre iiiolar de Gibbs: É possívcl niosrrar qiie o porencial q~iíniico nesre caso expressa a variação nn ciicrgia livre de Gibbs, causada pela adiçáo de um niol da siibsrância ao sisrema, ein uni processo a remperariira e a pressão coiisranres. É ficil ver que esra defiiiic;ão esrá de acordo coni a incerpreração d o potencial qi~iiiiico coiiio facor de ação que concrola as crai~sferêiicias de maréria. Considere- iiios, por eseiiiplo, iiina rratisfer?ncia de Ar1 móis de subsrincia do coniparcii~ienro (1) para o coiliparcimenro (2) ria Figiira 3.1. As variaç6es de eiiergia livre de Gibbs a rernperacura e a pressão coiisranres nos coniparriiiieiiros seriam, respcccivaiiierire: O sinal iiegarivo eiii AGI deve-se no faro de que a variaçáo do iiúiliero de móis é iiegariva (riansferêiicia do coniparriiiieiiro 1 ao 2). A variasáo toul de energia livre do sisrciiia deve ser porcanro: AG = AGI + AG, = - p I A i i i- ,~i,Ail = A I I ( ~ ~ ~ -,L)() Pn,n q n e tn l tr~trjfirêncirí s f j z cspontrirrc.rr, AG dei~eser irc:yrrtiuo. I s ~ o soriicnre secí possível qiiando ,LI> < ,i[\, ou seja, Liiila trclii+@i?rin do coirpni.ti»?ento onde oopotencinl qliínzico é i7znioropnm o c.oi?~p~zrtiwrento onde o potencinlqtriinic~o P i7zanor. O equilíbrio quíniico, ncsre caso, seria ariiigido se os porenciais quin~icos fossem ig~iais, pois/i2 = /,iI iiiiplica A G = O. Resumindo: > 1.1: * AG O a (1) + (2) ,LI, < ,L[! * AG > o a (1) t ( i ) ScntLo iiiiia expressão da energia livre inolar, o pocenciiil quíniico rciinbéin pode ser expresso em fiiiição da enralpi;i e da eiirropia inolares: =H-T? (3.2). Para uma mistura d e s~ibstâncias, é possível mostrar q u e o coiiteúdo d e energia livre d o sistema depeiide d o potencial qiiíinico d e cada conipoiiciitc: G = C l l , ~ , (3.3). O u seja, para uma mistura binária h r m a d a apenas pelos componeiircs A e B, a energia livre total será cxpressa por: G = rlllp,, + 1 2 , + ~ 1 ~ O potrricinl quí17zico 11; de urnn si~bstdrzcia r77z 7~r71a i ~ z i s ~ i ~ m ~ i r ~ i c n i in~iapo dt ~ n e y j n lizire do sistenm deuida L? an'aAif30 de 1 1,201 da s~~6stLrzricr no j i s i ~ i l z i ~ . (7 t?lil,flCl.dtll- rn, npressáo e n cgn~posiçíio cur7sta)zt~~s2. O potencial quíinico é unia propriedade iiiteiisiva de iiriportânci;~ ccn tr;il ria desçri- ção de reações quiinicas, equilíbrios d e Fase eni sisreinas puros e eiii sistemas Iieresogê- iieos. Assim. por exemplo, e m Lim sistema composto d e várias espécies, distribuídas ein várias fases, o equilíbrio quíniico pode ser expresso pela igualdade dos potinciais quími- cos de cada espécie nas diferentes Fases lias qiiais a espicie enconrra-se ~xcsence. O porcncial q ~ i í n i i c o depende d a teiiipcratiira, piessrio. n;itiiri-7.2 ii;i suhstiiiciri e, n o caso d e unia inisrura, d a coiriposiçáo, oii seja, das c o n c c n t r a ~ ó c s cie cada coiil- ponente d a inistura. Considerenios primeiranienre o caso niais siiiiples d e ~ i i n Jás ideal. Pode-se mostrar que o poreiicial qiiímico d e u m gás ideal é dado por: onde pO(T) representa o potencial q~ i í in ico d o gás ideal nas c o n d i ~ õ e s padrão (a 1 bar, aprosirnadaiiiente 1 a t in ) e iia temperatura considerada, ou seja, cni iirn estado padráo dependente da temperatura. P0 é a pressáo padrão (= 1 har). Até agora coiisideramos apenas sisteriias fechados, onde as trnnsForiiiaçõcs er-ain niovi- das por alterações lia pressão oii teiiiperatura. Asora, vaiiios inrrod~izii- as ti-aii~fornia~õcs onde a alterasão do número de móis cunipre uiii papel fiindaiiienral. As expressões das dife- rcnciais totais da riiergia iiirerna, eiiralpia e enetgia livre passaiii a ser: dG = -SdT + VdP t - ( : )T , l ,d / i Na dcfiiiiçáo de poreiicial qiiiniico I1ai.a liiria mistura ou soluqáa. dci~snios seml1rc especificar a coniposi- $50. isro é, todas as coriceiitraçórs d;i> espEcie, pois o pcircncial quiniico mede n variaçio dc cnci-gia livrç c:iiis:i<l:i pcla :idi?ao de uni coiiipoiiciire. manridas coiistances press.ío. renipcrar~:i-n c coiiiposiyao. A niais iiiiportante destas relações é a da eiiergia livre de Gibbs. A derivada da energia livre de Gibbs eni rcla~ão ao iiúniero d e iiióis, a temperatura e a pressão constaii- tcs, C a pr6pria energia livre de Gibbs iiiolai- para uma substância pura, cujo nome é químico. O I~orc~icial químico é definido coino a varias50 de energia livre causada pela adi- ção de iim componente ao sisrema, coiisideraiido irariaçóes infiniresiniais na composição d o iiiesnio. Por exemplo, considerando Lima iinensa d c uma sol~içáo qual- quer, de modo q ~ i c n adiçio não modifique a coiiceiitraçáo de soluto LI, então. considc- raiido uma adiçáo de unia pequena q~iancicl:ide da s~ibstiincia eni questão e depois calc~i- lando o efeito proporcioiial da adiçáo de um mol. A relaçio da energia livre d c Gibbs pode ser eiiráo escrita: Coiisidcrando a temperatura c a prcss:io çoiisc:inccs. o pocciicial q~iíiiiico siirgc cor110 ~ 1 1 1 'itor rlc rr:iii\feiCncia de iiiatéria c. de nilidaiiÇ.cs qiiíiiiic.is, çoiiio fica claro csaii~iii;iiicio o caso da transferência de matéria cm uma niudanga de fase. É possível cliiantif car o efeito da pressáo e teinperarura no poreiicial químico e assim q~inntificar a dependéncia da reatividade química. Sendo o potenci:il qiiíniico de unia substância pura a energia livre d e Gibbs molar, escrever: Dc modo sirnilar i energia livre, a variagão do poteiicial químico com a tcmperacura à Pressno constante é dada pelo negarivo da entropia: Isto iinplica qiie o potencial químico seiiipre decresce com a reinperatura. As coiisc- qiiências disto serão analisadas na próxiina scção. Parcicularnienre imporcaiice é o cilculo da infliiêricia da pressáo sobre o potencial quí- niico, à temperaturn consraiite. A Lima ceiiiperatura fixa, o potencial q~iímico aumeiira coin a pressão. O cálculo do potencial químico eiii fuiição da pressão é expresso por: Para resolverinos a integral reinos que saber a dependência entre o volume e a pressão. Para iirn pis ideal, a fórniula torna-se fácil de resol\fer. Iiiregrando-se desde a pressáo-padrão até a pressiio P eni quesr?~o, deduzir a fórmula para o cálculo do poreiicial qiiíniico eni função da temperatura. r Ri- P p - p " = J V d P = [ - d ~ = ~ T l n - , I" ,,,, p P Para sólidos e líquidos, n volume molar é basranre pequeno e, desde qiie a variacao de pressão náo seja iiiuito graiide, a inregral rerá uin valor bastante pequeiio, o que sigriifica que o potencial quiniico de uni sólido ou líquido pouco varia coni a pressão e seti valor é pratica- rneiite idêntico ao poreiicial quíniico da sul-istância iins coiidig6es padrão. 84 N r n r Go~ lz r i l r z O i ~ q p i POTENCIAL QU~MICO E O EQUIL~BRIO DE FASES A experiência d o dia-a-dia rnosrra que, abaixo d e O 'C, o congelamenro da água é esponcâi~eo: água l iq~iida e m concaro coiii :elo tende a congelar coiiiplecaiiieiire.O pocencial quíiilico da água líquidri é. porcaiito, maior que o pocencial quíniico d a água sólida (gclo). A csaraiiieiire O 'C, o coiigclaiiiciito c a f ~ i s i o s30 processos que ocorreiii eni eqiiilíbrio: os poceiiciais quíiiiicos da água líquida e sólida são ig~i~iis . Acinia d e O "C a f~isáo é esponrânea e, porranro, o porencial q~iíiiiico da fase sólicla da água é niaior que o poceiicial quíriiico da fasc líquida. b O que coiirrola a rrai~sforinaçáo de bise é o Kilor d o poreiicial q~iíiiiico d a siibscància coiisiderada ern cada Fase. i1 r ini1~foi. i i1l l~2o srii1pi.e sepr.ocrsjs,.lr rzo serrtido (/i? conurr-srío (/a ssilbst2izrio ;/r1 fnse ri11 qtre ela rr~pr-c,sei?t~~ riiaioi. pal-cl (1 de rtrrrror putrrrcirr/ qzriinico. Af;lse oiidc. o p ~ t c r r r i r r l ~ u í r n i r o é iircnor é t~ l rnbérn Aitrz n 1nni.r ejtiueL Quarido o pocencial q~i ímico for ig~ial em ambas as fases, Iii conversio nos dois sentidos, o ~ i seja. h i Lini;i siruriçá<i de equilíbrio. O porencial q~iíni ico de unia s~ibsrâiicia \aria c o i ~ i a renipcrnriii.:i. Adeiiiais. ;i dependêiicia d o porencial químico coin a cciiiperarura depende d o estado de agrega- $50, d e modo que para cada rernperacura exiscirá uma iase mais esrável. É possivel iiiosrrar qiie, ein uiii gráfico que represenra o potei-icial químico ein fiinÇáo da rem- perarura, a pressáo consrance (Figura 3 .2 ) , a inclii-iaçáo d a curva resiilcance é dada pelo negacivo d a entropia. Conio a entropia de qualquer subsrância, em qualquer esciido de agregação, 6 sempre uma q~i:incidade positiva, seguc q ~ i c opotrrzrirrl qtrirrri- 1-0 S C I I I ~ I ~ C ~ l i v i i i z r< i ron.2 n trnzpei~rtrri~n. Aléni disso, n erltropin nzolnr Ar rritrn jnLst2nrin izo rstndu grrsoso éseinpi.e irruito ninior- que n etrtropirr drr mesma 110 estado líqrrido, qrre, po rs i l n vez, é i7zniur gire a eizti-upia rld srrbsttiizcin rnqrraizto iru estclcla ró l i~ lo , o que pode ser escriro siiicericainenre: Figura 3.2 Potencial químico de uma substância nas fases sólida, liquida e gasosa, em luiição da temperatura, a uma pressão constante Daí resiilra que a inclinagáo da cur- va que descreve a variaçáo d o potencial q ~ ~ í m i c o coin a cempecariira rem unia in- clinaçao i iepriva iiiaior para a subsrâii- cia no escado gasoso, sendo a iriclinaçáo menor para o liquido e para o sólido, conio se pode ver na Figura 3.2. U m diagrama deste ripo pode ser in te rpre tado da seg~iince maneira: a rransformaçião sempre segue d o maior para o menor porencial quín~ico. A u m a leniperarura suficientemente baixa (re- presenrada por T I ) , o pocencial químico niais elevado é o d o gás, seguido pelo d o líquido, sendo a Fase sólida aquela c o m o [menor porericiiil quíniico e, portanto a fase mais esrável. Na remperarura d e f - Lisao, as fases líquida e sólida apresen- cai11 o mesmo porericial químico. Acii-i-ia da teiiiperacura de fiisáo e aré a c e i n p c r a c u ~ d e ebiiliçáo, a Felse Iíq~iida é a mais estável. N'i tcniperatura d e eb~ilição, a curva d o porcnciiil qiiímico do gis corra a curva d o pocencial químico d o l iq~i ido . Nessa ceni- peratlira, líquido e ç;is possucii-i o iiiesiiio potencial quiiiiico, de inodo qiic há ~ i n i equilíbrio. Acima dessa reniperarura a fase niais esrivel é a fase gasosa. N ã o devemos, sonriido, conf~indii . i1 iiiforinal;lio n respeico da estabilidade da Lise com a cerrcza a respeiro da suii esiscFncia o u predoiiiiiiánci;~, eiii Liiila sir~iaçáo qualquer. Se é verdade que a aililise cio porei~cial q~iíiiiico eiii f~iiiqão da reii1pcrarLii.x lios informa que, abiiiso d c Ti,,, o sólido dcve ser a fase iniais escd\fcl (pois possui o menor porcncinl cl~iíinico). cnnibéni E verclade que i pos~ivel encoiicrar subsrâncias rio cscado líquido, riicsino abaixo da sua rciiipcratLira d c coiigclariicntoi. O L I seja, embora viilendo,u,- > /is, eiicoiici.:inios as~ibsc inc ia como iiiii licliiido. situaçiáo iiác) e de equilíbrio, e o Iíq~iido n i o pode ser diro unicl fase "esclvel"! nins se diz, nesre caso. que o I íq~iido é iiina Càse "ineraesrávcl" (ou que o siscenia se enconcra illtnl "rstndo ~i ir tr lestr ivef ' ) . E Mcil ver q ~ i c esra siruaqiio 11io correspoiidc no eqiiilíhrio, pois sc P C I . ~ L I I . ~ ; I ~ I I I O S O sisiciiia (pai cscnil~lo, pelii adiçáo cic iirri crisral clii s~ibsc5iiciii), o líquido irá sc convcrrcr inicdiac:inicrire n o sólido, de niodo irrever~ívcl. Uiiz deter-nliirrldo estndo d r r~grcgrnço de rrrr?a srrbst2rrr.i~~ érst~íve/ i ,ni drtei.~rrirrndrrs ~ ~ ~ r C ( i ç ú e ~ ~ ; p o ~ ~ t r r ~ ~ t o , q r ~ ~ i i d o p o s s r r i ~ ~ o ~rrerzor-poter-rriff/ q t r i in i ro deirtr,c todos os estndos de ~~grrgcrçcío possiveis, rzattls ronr l i~órs . Se, riescas mesmas concliçóes, p~iderrnoh encon- rrar a s~ibstância em uni escado de a s r e ~ q o diferelite d o esperado, podenlos dizer que este oucro esrado é metnesttii~ele que renderi a se converrer no esrado niais escável.4 DIAGRAMAS DE FASE A grande ~irilidade do tipo de diagrama nioscraclo n;i Figura 3 .2 é perniirir a idenci- fic.iç5o da fase mais estável a cada temperarura. Esre diagrai-iia refere-se, c o i ~ r ~ i d o , a iinia con+çáo d e pressáo conscaiite, especificada. Alteraiido-se a pressáo, as curvas rambém iráo se alcerar, d e m o d o que para cada reinprrarura e pressáo rereriios que cal- cular qual fase poss~ii o ineiior pocencial q ~ i í - inico, isro 6 , qual fase é n inais csr;ívcl. U m a rcpresenraçáo gráfica rridiineiisiorial d o po- ceiicial quíniico de duas fases e m fiiiição d a temperarura e tla prcssio C mosrrada ria Fi- g ~ i r a 3.3. Nessa figura podeinos reconhecer os valores d e pressáo e cempecacura, onde uma I, 'r fase ou a ourra 6 mais cscivel, bcm conio os valores correspondentes a regióes d e eq~iilí- -- brio entre as duas fases. T A proiecáo e m d ~ i a s dimensóes de u m . , . Figura 3.3 Potencial quimico de duas fases de uma subs- diagrama do ripo da Figura 3.3, coiisrruído a iància, em fuiição da temperatura e pressão. parcir d e cima coleção d e vários diagramas d o i Coiiio rodos os .ipreci.iciores dc ccrvcjn ccrrnnienrc j.i snhciu. Eiiil1or;i 1i;id.i sc pors:i dizer .i rcspcir(i (IA vclocicl;ide desrn coiivilr~á(i o .+ In w - - L 2 w 3 - 0 T - w d % .: ~ 2 h 2 - 5 2 5 0 W ii 2-0 " 2." 9 273 . d 8 %3 L 5 .: h . j 2 $ n - w > V I " lv , i = i z + o s iY E s u :< li 2.: P 2 0 9 , 0 " > In - a+ .. 1 v g g I I . ; r - c r r : .- .i" V 1 2" h -5 w .õ c - V I c z + " $ w " 28 5 .' . - % Z a c1 ?$, o 3 !e 0 C r 2 6 .G 2 V I - < E 2 3 lz - e, 2 e g z $ & bB ; . - o .m - - 3 C & - . i . - w e e " , * c 0 3 7 'v, .$ 3 2 E + a .m 5 2 : 'U Q E ; 5 - a ? V w . - v> O E .CL: .; 5 - . " 7 g â 5 9 U 2 5 E.? Z Q K O d 0 $ 2 g: 0 O & ? O , O " " o 2 V ) % a r , C D õ, c 0 - . z - 0 2 2 3 $,z-." 2 - - = S. 8' 3 $ P C a e n ., e I I % . W Z 8 9 0 6 '; 3 r lc z . n E ? - o 3 5 , o e ~ ~ G g 3 % . 0 : c n 5- .X s5 '-0 - 2 " 5 F 5. - , 3 " - . ; 2 - ' 5. ; à , L o 5 .2 ; 8 9 i. o rr D C C % d 2 % 0 -h n 5 " 3 2 o : : . C. z 2 ? :c F O g X ij 2: z, z g o n c 2 3 n 0 3 2 r j: 2. g 0 , w Y 5 - 4 3 rn 2 2 .f $ $ 2 % " n ? c ;g T F 1 2 - ú a < 2 E. 2, 2. - . P - . $ O 2 O 2 ;T ;.: 2 - 7; " C rr g a o rr cl I " '' 5 2 , 5 c , 7 - 0 o n n Q , , i " - o 2 0 ? 2 > + ;E 5 ? = _ : C z 2 0 ~ 2 s z m r S., 0 . 4 i; 3 2 9 2 . . 3 - - g.* - - 3 2 , . V )- - gi z< $: o - v X c ; z : ; ' D E 3 n + 2 2 + g g + E y . . E LD LD LD c N N N , " g g g I1 .F êf a a a a o ..!. o,. I@ u im u - @ & 3 . - L .e, .+ o o c d : $13, z r w . ! i .3 -d T j L N m m 2 g E ;;;.-E 3 2 2 5 u",: m e , z z t ,g+ ; > ' " 6 - a 2 4 b-5 $ ,2 11 > . 2 - 5 ; - W " -d 9 B ú 11- <a ' L, U z - rs - ' @ Y ; 2 L . C 5 'Cn 1 " 0 o e , ,2 2;; 2-8 & - L w - cd - > . = o u P 2 'LR o 3 2 $3 'g2 E a .h'' 2 v s llL$ ; .$ 4 5 ;* 0 u ,c , E . L - n 2 . . T i 4 ;jE !$ g 5; -1 h - w -d 1 2 .; -J c Y E I C 3 II w - <,I &- % 5 d õ - E.; e, 0 u 5 E E ,a - rJ L " Y @ 5 2 & $ a E u h,2 L 0 : L Y ; 2': 1 a : x g-d @ L , a : cd Z,,Z o A a u y s 0 9 , d * o ;'V,, .ü o :2 :2C;i<y 2 S E 3 U v,B "!,2- E':+ @ L . C O U É: 6 .3 . - - 8 g,m ka " - . " . : v , 5 3 \2 G 2 ;_ " -5 ,o Z v , .? -2 * 22-4 5 O 3 @ c a , 2 2.; 9 2 o f P _ @ 2 .I c y z z c - d e , E d G a o ."o r é 2 f n , O g o " " , ,FmZ'.& @ E - d 5 S J , ? 2.2 2 u - w 2 2 2 2 '2 2 .Z E Y q - : ; 2 W @ 2 c 2"2.> v .;; 2 + 2 2 g z 5 5 ;? a;" u - , G 3.W u ,za a u ~ 2 - d $&"I 2 e , .e, 5 o j Q , 3 ' @ ~ ô ; ~ E ~ ~ G 2 c E G 2 r u O B ,e 9 U a % c e , < -C 9-d e; E o .:;, t@ " ,a c w u 92 Nctz e Goirz(ib Ort~;q(~ çáo 3.1 I , o niellior é considerar uiii çrá- fico o n d e se colocam dados esperinieii- cais d e pressão d e vapor crii difcrciiles rcmpernruras. Uni gráfico cio log.iricino iiacur:il da pressáo d e vapor oriirls o iii- Inclinação = -A H/R k verso da remperarura foriieceri uriia li- iilia reta coni incliiiaçáo ncg:iriva ig~iiil a -AH ,.,,,, IR (Figiir;~ 3.8). O conhecinieiiro d a encalpia d e va- 1 IT porizaçáo, seja por ineio da aplicaçáo d a Figura 3.8 Relação entre pressào de vapor e lemperatura. f"rrllLlla, grafic;imeilec, periiiire-lios cnlc~ilar a pressáo d e vapor d e Lini líquido em q ~ i a l q ~ ~ e r ceinperaccira, beni conio esciiiinr a q ~ i a l reiiiperacura o líquido aciiigii-d . . ciina prcssão prcescabelccicla. Por exernplo, 6 possível, mediarire esre tipo de ~.ilciilo. esriiiiar a rernperarura d e ebulição de uni líquido. Q~iarido a ceriipernrura d e e b ~ i l i q o de ~ i i i i l íq~ i ido for iiiedida ciri Liiiia pressáo esccriia prbsiiiia a 1 ~iciii, podeino, Irizcr urli;i c u r r c ~ á u liiic;ir p;irli calculai- a rciripc- rariira-pndráo de eb~iliyáo d o líquido (ou seja, a reiiiperacLira na qual haveria ebuli- ção se a pressão externa fosse de 1 arin). A regra, chnmada i q r a de Crnjis, pode ser deduzida da equação de Cla~isi~is-Clapeyron e é: ATabela 3.1 iiioscra a eiiralpia d e vaporizagáo, remperacura de ebulição e eiicro- pia de vaporizaçáo para'alg~imas subsrhncias. C o m o pode ser visco na Tabela 3.1, para u m iiúniero de s~ ibse~~ncins i eiicropia molar de vaporização iins coiidições iiorniais rein Liin valor eiii corno d e 2 1 cal I<-' mol-I (= 88 J K-'mol-'). Esta consraraçáo einpírica recebe o iioiiie d e tz.grn de ?i-oirtorl, e as s~ibsrâiicias que obedecem a esta regra, norinalrneiice Iíq~iidos apolares ou fracamente pulares, coni massa molcc~ilar ern rorno de 100 g inol-I e temperatura de ebulição iiioderada, são diros líqrtidos ~lor.~iznis. Embora scja unia regra esrri~iineiire eiilpíi-ia, podenios iiicerprc.1i-ln conio cxpressaiido o faro de que a eiirropia d e vaporizaçáo depeiidc csseiicialiiieiice d a desoi-dem proiiiovida pelo acréscinio de um determinado i iúri~ero de pai-ríc~ilas à fase gasosa e náo d;i natureza destas parrícul;is. Se = S S J I<--'iiiolkl, logo AS~',,:,~]Z<= 10,G. Coiisideraildo PI = lar in, 7; = T<!, e a cernperncura e a pressão d e interesse T, = 7 'e P2 = i', respccrivaiilenre. rereiiios, para a equaçáo de Clausius-Clape~roii (eq. 3.9): S~ibst i l~i incio i111 cspressáo nciiiia AI+,,,,,, = 7Ç, x bSv,ll,: Coiisidei-~iiido cliie pai-:i iiiii líqiiicio iioi.iii;il A5iiv,,1,11? = 10.6 e iii~ilciplicaiido os rcriiios iio iiicci.iur cios p;irí-iircscs rereiiios: Tereriios, enrão, de modo basrance coiiipacco: Uiiia expressáo equivaleiicc, r:irnbém eiicorirr;ida ein alguns livros, é a seguinre: Ess? duas expressões servem para ci i lc~~lar a pressa0 a Lima dada reniperarura o11 eii r i o para esciniar a cernper.irLira de cbuliçáo, riiassoii~rnte $20 np/ic(ívris n /íqrtidos i~oi-iirnis. Servein, caiiibérn, como Liina priiiicira escimariva caso náo haja dados expe- rinienrnis s~ificieiires. É bom lembrar qiie a pressio iicssa fói-inula deve ser expressa eiii acriios feras. TABELA 3.1 Parãmetros de vaporizaçáo de algumas substâncias - Substância AHvap (cal mol-I) tocb ( O C ) A ~ ~ , , ~ I T ~ ~ , (cal mol-'K -') H, 216 . -252,7 10,6 CH,COOH 5830 118,2 14,9 (CzH,)zO 6210 34.6 20,2 CõH,2 7190 80,7 20,3 CCI, 7170 76.7 20,5 C& 7353 80.1 20,s CHCI, 7050 61,5 21 ,O CH,OH 8430 64.7 24.9 4 0 9717 100.0 26.0 C,H,OH 9220 78.5 26.2 Fonte: Luiz Pilla, Fisico-Quimica, v. I I . p. 466. A 26,l "C a pressio de vapor do beiizeno é de 100 inniHg e a 60,G "C, C dr 400 iiiiiiH;. C:ilculç a entalpia niolar de vapoi.iza)áo do beiizeiio e esriiiis a suci ceriiperauira noriiial de ebuli<;áo. 94 Nrtz e Gonzcilez Ortegn F~trzd~zi~~entos dej7u'~o-~~~írtziar 95 (Obs: O valor experinisnral é de 30,8 kJ inol- I . ) Reajr~ipaiido os cermospodenios efetuar a incegraFão: Para se estimar a temperatura de ebulição a parrir dos dados, ceinos que coiisidernr a eiicalpia devaporizaçio recém-calculada e calcular a reinperacura T2 lia qual 1; = 760 niniHg. Como par dc rcfcr?ncia ( T , , P, ) , podemos pegar qualquer uin dos pares de dados acima. Se a variação de encalpia de vaporização iiãc variar corii a rcmperarura, podciilos coii- sideri-Ia conio uiiia coriscaiitr e colocá-la na freiire da iiiregral e efecurir a iiiregral a pai-rir de iiin esrado iiiicial (remperarurn 7;, prcssáo P,) aré uiii esrado fiiiiil (ceiiiperarurn 7,, prcssáo PL). (Olis: O valor esperiiiieiital é de 80.1 "C.) e Sabeiido-se que a pressáo dr vapor d o benzeno, a 6O,6 OC, 6 dc 400 iiiiiilig, ucilize .i reora deTrouron para esriniar a reinpcracura d e eb~iliçáo do benzeno e compnic coin o eser- 5 cício anterior. Ambos os inétodos ofereceiii excelenres estimativas para n cempcratura de ebulição. Caso, poréni, esriniisscmos a reniperarura de e b ~ i l i ~ ã o d e Iíq~iidos polares uciliznndo a regra deTro~iron. o erro poderia ser graiide. A equayáo fundamcncnl do eq~iilíbrio de fases é n eq~iaç5o d e Clal>:ryron: que descrcvc a variaçáo da pressão coin a reinperarura no equilíbrio de fases. l'ara eq~iilíbrios envolvendo tima fase gasosa (líq~iido-g.is ou stjlido-gás) Al'r Vg,i5, o qiie Icvd à dedução de Lima Fórinula capaz de predizer a pressão de vapor em F~inc;zo da cempcraitii-a. Considerarido cambéin que AS = AH/7; [cremos, para o equilíbrio líquido-vapor: d P - AS - - - AH - - - - AH - =- dT AI' T(Vc,;,-i{,,li TV,,;, Supondo que o 34s coniporce-se como unl g;is ideal. chegareii1or a unia equaçiio que relaciona a variação da pressno devida à niudanqa da tcniperacura Q encnlpia dc vaporização, eqiiaçáo esra coiihecida pelo noiiie de equaçno de Clnusius-Clapeyroil. A unia press;ío abaixo da pressáo d o poriro triplo. a Fase 1íq~iid:i riáo 6 cst:ivel. Abaixo d o porito triplo, rercmos Lima rcgi5o o n d e a fase sólida é a mais csr:ívcl c oiitra oiidc a fase vapor é a ii~ais estável. Separando esras regióes, esrá a linha d o rqztilí61.io sólido- vapor ou eq~ii l íbr io d e sublimação. T a m b é m a q ~ i i a inclinagáo considerada é dada pelo q~ ioc ien te entre a enrropia d e mudança d e fase e a variaçáo d e voluine d a m u - dança d e fase, neste caso a enrropia de sublimação e a variaçáo d e voluineda subliinaçáo. É possível mostrar qiie esra inclinação é Levemei-ite rnaior qiie a d a ciirva d e equilíbrio Iíquido-vapor. Q ~ i a n d o a temperatura estiver abaixo d a temperatura d o ponro triplo e a pressão d e vapor rambém abaixo d a pressáo d o pon to triplo, o vapor esrará e m equilíbrio com o sólido a o longo da liiiha sólido-vapor. A direita desta linha, o vapor é a fase mais esrável e, à esauerda desta linha. o sólido é a fase inais esrável. A Figura 3.9 mostra o diagrama d e fases d a água, com especial ênfase para a região próxima oii abaixo d o ponro rriplo. O resfriamenro d e cainadas a t i ~ ~ o s f é r i - cas o n d e a pressáo d e vapor d ' á g ~ i a 6 inferior Liquido à pressão d o ponro triplo - 4,58 m m H g - .- .- . . . . -. conduz à formação d e neve, a o passo q u e se a pressão d e vapor for superior à pressáo d o pon to triplo, ;i precipiragáo é d e chuva ou 1 d o , ---- p n i z o . Substâncias cuja pressáo d o ponro rri- plo seja s ~ i p e r i o r a I arm sempre sub l imam . - . . .. -. . - - - -. . .. -- - 1 1 1 \ t r i p l ~ a s O s o por aquecimenro ein Lini recipiente aber to e soinenre poden i fiindir e m u m recipieiire fe- chado, n o qual a pressão d e vapor p o d e atin- gir um valor ma io r que a pressáo no ponto -" triplo. O CO, sólido (gelo seco) sublinia sob 1 7 l.ll Diagrama de hrei da ngua, de,aihe na regido pressjo atrno;iérica sei1 deixar res id~ io 1iqui- sólido-vapor do , absorve i~do calor e pode ser empregado