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CIRURGIA I G13 AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA Fixa de registro padrão: Dado bibliográficos: deve incluir o nome completo do paciente, idade, gênero, ocupação, endereço, telefone, nome do médico do paciente; Queixa principal: a queixa principal deve ser transcrita de forma literal como o próprio paciente relatou, o principal motivo pelo qual ele chegou ate você, sendo descritos com as palavras dele; Historia da queixa principal: nesse momento o paciente deve descrever minuciosamente, todo o transcorrer do motivo que o levou ate ali desde o dia em que surgiram os primeiros sintomas, se houve alguma alteração de volume ou forma, se teve febre, se tomou alguma medicação, tudo deve ser anotado e levado em consideração na hora do tratamento; Anamnese: o questionário da anamnese deve ser claro e objetivo, usando-se de linguagem coloquial para que o paciente entenda de acordo com seu grau de instrução se necessário esse questionário deve ser respondido juntamente com o cirurgião dentista ou assistente, e importante que o paciente compreenda que toda a informação declarada nesse questionário deve ser verdadeira. Historia clinica familiar e social: e importante que o paciente informe se sofre de alguma alteração sistêmica ou de alguma doença, ou mesmo se já passou por alguma doença grave, se sofre de alguma alergia medicamentosa ou anestésica, se já passou por procedimentos cirúrgicos; Dados básicos da historia clinica 1. Hospitalizações passadas, operações, lesões traumáticas e doenças graves; 2. Doenças ou sintomas menores recentes ; 3. Uso cotidiano ou recente de medicações e alergias (particularmente alergia a medicamentos); 4. Descrição de hábitos de saúde ou vícios, como o uso de etanol, tabaco e drogas ilícitas e a quantidade e o tipo de exercícios diários; 5. Dados e resultados dos últimos exames médicos ou consulta médica Condições de saúde a se levar em consideração: Alergias a antibióticos ou anestésicos locais; Angina; Uso de anticoagulantes; Asma; Distúrbios sanguíneos; Amamentação; Uso de corticosteroides; Diabetes; Sopros cardíacos; Hepatite; Hipertensão; Dispositivos protéticos implantados; Doença pulmonar; Infarto do miocárdio (i.e., ataque cardíaco); Osteoporose; Gravidez; ( gravidas geralmente se espera o terceiro trimestre para fazer procedimentos ainda com cuidados, antes e após esse período não e recomendado) Doença renal; cardíaca reumática; Distúrbios convulsivos; Doenças sexualmente transmissíveis; Tuberculose; Exame físico: INSPEÇÃO: Cabeça e face: formato geral, simetria, distribuição capilar Ouvido: Reação normal a sons (exame otoscópico se for indicado) Olhos: Simetria, tamanho, reatividade pupilar, coloração da esclera e da conjuntiva, movimento, teste de visão Nariz: Septo, mucosa, obstrução Boca: procurar lesões em dente, mucosa, faringe, lábios, tonsilas, retirar próteses removíveis, segurar a língua para fora com gaze seca para inspecionar bordas laterais, Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, distensão venosa jugular PALPAÇÃO: Articulação temporomandibular: Crepitação, sensibilidade Paranasal: Dor na região dos seios , amplitude de movimento mandibular padrão e de abertura; Boca: Glândulas salivares, assoalho da boca, lábios, músculos mastigatórios Pescoço: Tamanho da glândula tireoide, linfonodos PERCUSSÃO: Paranasal: Ressonância sobre os seios (dificuldade de avaliação) Boca: Dentes AUSCULTAÇÃO: Articulação temporomandibular: Cliques, crepitação Pescoço: Som carotídeo Classificação do estado físico de acordo com o ASA: ASA I: Paciente saudável; ASA II: Paciente com doença sistêmica leve ou fator de risco de saúde significativo; ASA III: Paciente com doença sistêmica grave que não seja incapacitante; ASA IV: Paciente com doença sistêmica grave que é ameaçadora à vida; ASA V: Paciente moribundo que não se espera que sobreviva sem cirurgia; ASA VI: Paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos serão removidos com propósito de doação; Exames complementares: Radiografias Tomografias Hemogramas Índice glicêmico Sempre aferir PA Profilaxia anitibiotica em pacientes com alto risco de endocardite bacteriana, complicações sistêmicas graves, cigurgias de grande porte; Cuidados pós- operatórios Não fazer pressão negativa Não fazer bochecho Não comer nada quente Não usar canudinho Não fumar Não cuspir Não fazer atividade física PRINCIPIOS CIRURGICOS Arsenal cirúrgico: Antissepsia e diérese ( canto inferior esquerdo) Pinça Pean (pinça Allis) Bisturi e laminas Descoladores ( Holemback, descolador freer ou molt, cureta de molt) Tesouras ( Matzembaum: faz a divulsão dos tecidos) Obs: a pinça usada para a antissepsia não volta para a mesa, e considerada contaminada e deve ser descartada, após a utilização, na lateral do campo; Instrumental especial Objetivos da cirurgia Cinzéis Martelo Extratores ( empunhadura digitopalmar com o dedo indicador próximo a ponta ativa) Fórceps Instrumental complementar ( canto inferior direito) Alveolótomo Limas para osso Tesoura de Goldman Fox Curetas ( Lucas/ periodontal) Afastadores ( minnesota, farabeuf) Pontas para aspiração Anestesia e instrumental auxiliar ( canto superior esquerdo) Seringa carpule tubetes/ agulhas Espelho bucal Sonda exploradora Pinças (clinica/anatômica/Adson) Brocas Hemostasia ( centro superior) Compressas de gaze Cubas Pinças hemostáticas / Allis Seringa Luer – Look Materiais com finalidade hemostática Síntese (canto superior direito) Pinças porta- agulha Fios e agulhas para sutura Tesoura Pinças Adson Necessidades básicas para as manobras cirúrgicas: Acesso adequado: boa exposição cirúrgica, não somente dependendo da abertura bucal do paciente; Iluminação: deve-se evitar obstruir a iluminação, esse cuidado deve ser tomado tanto pelo cirurgião quanto pelo assistente; Capo cirúrgico seco: para isso deve se ter um bom auxiliar que perceba onde deve haver sucção sem que atrapalhe o cirurgião porem propicie maior visibilidade do campo; Diérese Termo operatori que reúne manobras cirúrgicas destinadas a separação cruenta dos tecidos; diérese dos tecidos moles: Incisão: manobra cirúrgica na qual os tecidos são separados pela penetração da lamina de bisturi. Instrumental principal (lamina de bisturi) e acessório (poinça clinica e pinça Adson) -bisturi: cabo associado a lamina - laminas: n° 10 pele, n°11 intra bucal e drenagens ( lamina pontiaguda); n°12 distal de molares ( áreas de difícil acesso); N° 15 intra bucal e pele; Obs: a lamina n°11 possui grande área de corte e por isso não e muito utilizada para incisão intra bucal. É utilizada mais para drenagem de processos infecciosos. Forma de empunhadura: Caneta: restringe movimento (é a que utilizamos) Faca ( utilizada geralmente por médicos) A lamina e acoplada ao cabo de bisturi utilizando-se a pinça hemostática; Requisitos para uma incisão: Conhecimento anatômico da região Deve ser ampla para expor a região que vai se trabalhar Boa irrigação: base maior que o retalho. Isso oferece bom suprimento de sangue Nitidez: linha de incisão deve ser mais nítida e reta possível Repousar sobre tecido ósseo integro: a incisão não deve ser feita onde se remove osso. Deve ser feita sobre o osso saudável, distante de onde se vai intervir; Inclinação da ponta ativa; -penetrar perpendicular 90° Inclinação de 45° -sair perpendicular 90° 7. deve acompanhar as linhas e rugas da face; Corte ou secção: manobra cirúrgica na qual os tecidos são separados cortando-os ou separando-os com pontas ativas de tesouras ( tesoura Goldman Fox) Divulsão: separação dos tecidos sem incisa-los ou corta-los ( tesoura Metzembaum) Exérese: manobra cirúrgica de eliminação total de tecidos enfermos ou um órgão. Sindesmotomia Ato de romper as fibras do ligamento gengival que se inserem na região do colo dental (descoladores); Retalho Indicações para realização do retalho: Melhor acesso e visibilidade Remoção de tecido ósseo Proteçãode tecidos moles Melhorar a cicatrização Requisitos dos retalhos Tamanho Nutrição Mobilidade Prevenção da necrose do retalho Base maior que a extremidade Lados convergentes para a extremidade Suprimento sanguíneo A base do retalho não deve ser traumatizada A base do retalho deve ser preferencialmente o dobro da altura Incisões intra – bucais Triangular – monoangular alta ( só tem um ângulo) (alto porque não e a nível da margem gengival) Trapezoidal – biangular alta Área de incisão tem que ser circunscrita, a nível do ápice radicular Triangular monoangular baixa Pode provocar uma contração cicatricial e gerar recessão Trapezoidal – biangular baixa Os ângulos dever ser antes de chegar na papila ou depois da papila. Não deve ser realizado exatamente no meio do dente Semilunar Ochsenbein & Luebke Tipo envelope (linear) Realizada a nível de margem gengival. A região de papilas mesial e distal devem ser incisadas, descoladas. É a que geralmente vamos utilizar. É realizada tanto por vestibular quanto por palatina/lingual. A incisão deve ser da metade de um dente pra anterior e metade de um dente para posterior. A incisão linear é realizada bem no centro do rebordo. Dierese dos tecidos duros Quando um tecido mineralizado, dente ou tecido ósseo é removido/ seccionado/ desgastado; Osteotomia Ostectomia Seccionamento dental Osteotomia é o desgaste do tecido ósseo Ostectomia é a remoção do tecido ósseo Obs: toda ostectomia é uma osteotomia, mas as osteomias não são necessariamente uma ostectomia. A osteotomia e a ostectomia podem ser realizadas por pressão manual ou instrumentos rotatórios; Se o tecido ósseo for mais poroso se consegue a remoção com pressão manual, mas se for um osso cortical há necessidade de utilizar os instrumentos rotatórios, seja em alta ou baixa rotação. Deve-se levar em conta a qualidade de reparação do tecido ósseo. Pois com instrumento rotatório tem a geração de calor que interfere no processo de reparação. Os cinzeis se usados corretamente não são mais traumáticos que os rotatórios, mas um cinzel num osso cortical pode ser traumático. O cinzel pode ser psicologicamente mais traumático para o paciente, pois este sente a força que o profissional esta fazendo Na cirurgia não se usa a agua convencional de alta rotação, mas a irrigação é indispensável e deve ser feita utilizando-se uma seringa com soro fisiológico ou agua estéril. Síntese Conjunto de manobras que visam manter reposicionadas as estruturas anatômicas que foram rompidas durante o ato operatório. Indicações Evitar acidentes hemorrágicos Manter o retalho em posição Prevenir a penetração de microrganismos Proteger o alvéolo Manter o coagulo em posição Princípios de uma boa síntese Correta assepsia Perfeita hemostasia Bordas retas, retangulares e nítidas Ausência de hematomas Técnica delicada Coaptação plano a plano Pontos em número suficiente Classificação da síntese Quanto a localização: superficial ou profunda; Obs: se a incisão for profunda, a síntese deve também ser profunda Quanto a forma de reunir os tecidos: Em massa: pegando a maior quantidade de tecido que conseguir Por planos: fazendo o caminho inverso a incisão Ex: suturas profundas no musculo mais suturas superficiais na pele. Sempre que for possível, esse é o tipo de sutura ideal. Mista: fio de sutura bem profunda reaproximando os tecidos com as mesmas características Quanto a permanência dos fios: Transitória: deve ser removida após 7 dias Definitiva: usada só em situações especificas quando é feito suturas profundas. Quanto ao material utilizado Fios absorvíveis: catgut (natural), poliglactina (sintético); PGA ( ácido poli glicólico/ sintético); Fios não absorvíveis: seda, nylon, algodão, poliéster; Fios de sutura ( calibre – indicações) Diâmetro do material ( 1-0 a 12-0): quanto maior o N° de “O”, mais fino o fio é; Menor diâmetro: menor resistência tração Tamanho adequado minimiza o trauma Devera ser resistente igualmente ao tecido onde e colocado 1-0 a 4-0: cirurgia geral 5-0 a 7-0: vaso e regiões delicadas 8-0 a 12-0: oftalmologia/ microcirurgias Agulhas cirúrgicas: hastes delgadas de aço inoxidável, compostas por uma extremidade (ponta), um corpo e um olho ou uma conexão final serrilhada. Obs: atualmente toda agulha cirúrgica tem três componentes básicos: a terminação de fixação (serrilhada), o corpo e a ponta. Agulha presa ao material (fio) Agulha para montar o material (fio) Obs: existem agulhas de vários tipos e tamanhos Instrumental para sutura Porta agulha Agulha e fio (montada ou para montar) Pinça para tecido ( Adson/ Dietrich) Pinça auxiliar ( anatômica/ clinica) Tesouras Pinça hemostática Técnica Colocação da agulha na piça porta agulha Manipulação e apreensão das bordas da ferida Sentido da sutura Transfixação das bordas da ferida Confecção do no Técnica de secção do fio Quanto aos pontos empregados Nó cirúrgico: entrelaçamento feito entre as extremidades do fio, afim de uni-las e fixa-las, de forma delicada, não devendo causar isquemia dos tecidos. Quanto á disposição dos fios Interrompida (pontos separados): pequenas incisões Continuas: para grandes incisões Remoção de sutura – Instrumental Pinça clinica Espelho Tesoura íris Paciente faz bochecho com clorexidina 0,12% antes da remoção da sutura Osteossintese Reunião cruenta de dois ou mais fragmentos ósseo por meio de fios Tipos de sutura Ponto simples: É a técnica de sutura mais comumente usada em odontologia. O ponto simples é usado para aproximação/ coaptação dos retalhos cirúrgicos, e não para resistir a qualquer tipo de tensão do retalho Não oferece resistência a tensão de esforços musculares A distância entre os pontos deve ser de 5-7 mm O no não deve ser posicionado sobre a incisão; Sutura em forma de X ou cruzada Esta manobra é usada em espaços edêntulos Utilizada para manter o coagulo no alvéolo Sutura em X interno Sutura interrompida em U horizontal ou do Colchoeiro horizontal São utilizadas para maior segurança do retalho e para maior controle e de exatidão no posicionamento do retalho São principalmente utilizadas para resistir a tração do musculo Continuada em U ou continuada do colchoeiro Continua em espiral Continuada festonada Exodontia Consite em um conjunto de manobras que resultara na remoção de um ou mais dentes, de modo seguro, rápido e menos traumático. Classificação das técnicas exodonticas Via alveolar: fundamenta-se na dilatação do alvéolo, utilizando-se de forças controladas que atuam sobre o dente e transferem ao alvéolo deformando-o, consequentemente, ocorre a ruptura dos ligamentos alvéolos dentários, que permitira a avulção dos dentes Sem seccionamento dental: é aquela que com uso de fórceps ou alavanca, o dente é removido sem que haja seccionamento das raízes Com seccionamento dental: utiliza-se o fórceps ou alavanca, após seccionamento das raízes Via não alveolar: quando não e possível a dilatação do alvéolo, seja pela friabilidade do dente, hipermineralização óssea, anatomia radicular de forma, septo Inter -radicular retentivo, má posição dentaria, continuidade com o seio maxilar e / ou canal mandibular, utiliza-se osteotomia e / ou odontossecção ou ambas E aquelas que haverá remoção de tabuas ósseas para conseguirmos a remoção do dente, portanto o dente não e extraído pela dilatação do alvéolo. Podendo ser parcial ou total, por osteotomia ou por apicectomia. Técnica 1°: utiliza apenas os fórceps dentais para extração. Indicada para dentes com coroas integras ou que suportem a força dos fórceps Tecnica 2°: utiliza o uso de alavancas para extração dentaria. Indicada para dentes com coroas ou raízes destruídas, em que não e mais possível a utilização do fórceps Técnica 3°: técnica que se realiza um retalho mucoperiostal, expondo o alvéolo que sera removido para possibilitar a remoção do dente ou da raiz. Indicada em casos em que não foi possível ou não houve êxito na utilização da técnica1° ou 2°. Exodontia pela via alveolar: sem seccionamento - Quando o dente é extraído no sentido de seu longo eixo de implantação - Quando a coroa esta praticamente integra e as raízes normais Indicações clinicas: Dentes com coroa total ou parcialmente destruída Raízes com ponto de apoio para fórceps ou extratores Indicações radiográficas: Dentes uni ou multirradiculares com raízes normais, expulsivas ou fusionadas. Fórceps: Composto por uma ponta ativa, pela articulação e pelo cabo. A forma do fórceps (ponta ativa e cabo) vai mudar de acordo com a anatomia do dente a ser extraído. A apreensão é da forma digito palmar. Tipos de fórceps e suas indicações Incisivos e Caninos: • Superior: Fórceps 1 • Inferior: Fórceps 151 Pré- Molares: • Superior: Fórceps 150 • Inferior: Fórceps 151 Molares: • Superior: Fórceps 18 R(lado direito) e L(lado esquerdo) ‘’ o lado direito se adapta na face palatina, por ter somente uma raiz grande. Já o lado esquerdo adapta-se na face vestibular por possuir duas raízes, onde na sua ponta ativa possui uma projeção que fica entre essas duas raízes.’’ • Inferior: Fórceps 17 e 16 (possui uma ponta ativa que se adapta na região da furca) Indicação para extração de Raízes: Superior e inferior: • Fórceps 65 e Fórceps 69 (raízes residuais maxilares) • Na mandíbula geralmente usa-se o Fórceps 151 ‘’ a ponta ativa do fórceps deve ser posicionada paralelamente ao longo eixo do dente ao qual deseja-se extrair, pois se colocar perpendicular pode fraturar esse dente, dificultando a extração. ‘’ Porque não utiliza-se Fórceps em extração de terceiro molar: Porque a anatomia é muito variável, pode não estar corretamente posicionado, não vai conseguir o paralelismo do fórceps com o elemento dentário, criando novas distribuições de forças gerando fraturas. Sobre o Fórceps podemos utilizar dois tipos de forças: • Força de manutenção: É aquela que deve manter em posição o fórceps e seus braços em todo o decurso da extração. Ela não deve ser menor que a força de deslocamento, pois as pontas do fórceps sofreriam um deslizamento, com aparecimento de outros planos de força. Vai manter o fórceps ao redor do colo dentário, deve ser suficiente para mexer sem que o fórceps saia do lugar, ou frature o dente. Forma de deslocamento: É aquela conferida ao fórceps para deslocar o dente um ponto A para B em todos os movimentos exodônticos. É uma força ativa e dinâmica. Não pode ser maior que a força de deslocamento porque se não o fórceps vai rodar ao redor do colo dentário. A força de deslocamento é dividia em quatro tipos de movimentos com o fórceps, onde esses movimentos são usados sequencialmente : Impulsão/intrusão/apical Manobra na qual o dente é impelido (empurrado) contra o fundo do alvéolo, visando o rompimento das fibras alvéolo-dentais e a criação de um ponto de apoio para o ápice radicular. Quando posicionar o fórceps mais para apical do dente em direção a raiz, ao ápice radicular, menor será a força para a extração. Lateralidade – Luxação O objetivo deste movimento é dilatar o alvéolo com amplitude tal que seja possível a exodontia. A dilatação devera ser maior para a tabua óssea e menos espessa, ou seja, para a vestibular em todos os dentes maxilares e mandibulares anteriores e para o sentido lingual a partir do pré-molar e molares. Somente é realizado para a tabua óssea vestibular ou lingual/palatina, não é realizada no sentido distal/mesial. A tabua óssea sofre expansão, dilatação, deixando o dente mais solto dentro do alvéolo. Onde é feito uma força menor em faces mais finas, e forças maiores em faces mais espessas. A força deve ser aumentada gradativamente para não ocorrer fraturas nas raízes ou na tabua óssea. Rotação – Luxação Manobra exodôntica na qual o dente a ser extraído devera sofrer pequena rotação, esmagando e dilacerando as fibras periodontais remanescentes. Somente usado em raízes únicas, cônicas, expulsivas. Em casos de raízes curvas não pode ser utilizada essa manobra, pois quando girar o dente pode fraturar a raiz ou a tabua óssea. Dentes multirradiculares não é realizado. O fórceps deve ser sempre adaptado na face palatina e vestibular. O QUE ACONTECE DEPOIS DESSES TRÊS MOVIMENTOS? Ocorre o rompimento das fibras do ligamento periodontal que estavam ao redor da raiz dentaria, que faziam a inserção do dente, deixando esse dente solto dentro do alvéolo, permitindo a extração. Expulsão ou extração Para este movimento é importante o conhecimento da inclinação do longo eixo dental relacionado com o arco alveolar. Pois as forças serão feitas de acordo com a inclinação. Tipos de elevadores e seus movimentos - O extrator é formado por três componentes: Lamina Haste e Cabo. (o dedo indicador fica próximo aparte ativa, a lamina) – o cabo proporciona uma boa segurança na empunhadura, não deixando escorregar. Extratores de Seldin Composto por um conjunto de três extratores: - Extrator reto 2 - Extrator angulado 1L - Extrator angulado 1R Extrator Apical 304 – Semelhante com o cinzel goivo com cabo de extrator (remove tecido ósseo, é maior), porem o extrator possui a função de extrair dente e a sua ponta ativa é mais delicada, mais fina e comparado com o cinzel goivo. Já o cinzel possui a ponta mais robusta e uma boa capacidade de corte, em casos de osteotomia. ‘’ Empunhadura: digito palmar com o dedo indicador perto da parte ativa do extrator, deixando mais ou menos 2mm de instrumental a frente do dedo.’’ Extratores: Potência (força que vamos utilizar para extração) Resistência (força do remanescente dentário) Ponto de apoio (ter estrutura dentaria suficiente no remanescente) ‘’ A ponta ativa dos extratores deve ser inserida entre as estruturas, de acordo com a ação a se desenvolver.’’ ‘’ O extrator deve ocupar a posição ocupada pelo ligamento periodontal, por ter dente de um lado e osso do outro lado, onde teremos ponto de apoio no osso, resistência pelo dente e só resta a potencia pelo profissional. ‘’ Movimentos dos extratores: Ação de alavanca: - É utilizada em raízes isoladas, sem ponto de aplicação para fórceps e com ponto de aplicação para extratores; - Dentes ou raízes com pequena implantação e sem ponto de apoio para fórceps; - Dentes retidos após seccionamento dental. - Extrator reto é o mais utilizado para essa ação - Realizada de duas maneiras: Alavanca Interfixa: O instrumental entra paralelamente ao longo eixo do dente, no espaço do ligamento periodontal e quando achou o ponto de apoio, direciona-se o extrator para a horizontal assim o dente vai subir, saindo do alvéolo. Alavanca Inter-resistente: Entra com o extrator na região do ligamento periodontal, encontra-se o ponto de apoio, e agora a diferença é que o movimento é feito para a vertical, como se estivesse ‘’empurrando o dente’’. Força para cima - Horizontal Força para baixo - Vertical ‘’ Esses movimentos são realizados na maioria das vezes por vestibular ou palatina, pois nas faces proximais é mais complicado por ter os dentes vizinhos, mas quando estes estiverem ausentes podem ser realizado pela M ou D também.’’ Ação de sarilho: - A ponta ativa do extrator deve ser inserida entre o dente e a raiz a ser extraído, devendo manter a posição perpendicular ao longo eixo do elemento a ser extraído. - Raízes isoladas sem ponto de apoio para fórceps - Dentes com pequena implantação e sem ponto de aplicação para fórceps - Dentes retidos com ou sem seccionamento dental - Dentes com raízes divergentes ou convergentes, após seccionamento dental. - Também chamado de movimento de roda - O extrator (Apical) é apoiado no espaço do ligamento periodontal, e realizada a força de rotação. Perpendicular ao longo eixo do elemento dental remanescente. - Pode luxar, ou fraturar o dente vizinho com maior facilidade. - ‘’ A ação de sarilho lembra a ação de remover água de dentro de um poço. Onde o extrator é colocado entre os dentes ou partes do dente, fazendo o movimento de rotaçãono local para D ou M. Deve ter cuidado, pois esse movimento tem uma ação, e uma reação onde, se não tomar cuidado pode acaba luxando, extraindo o dente vizinho, ou fraturá-lo, principalmente quando este tem grande restauração ou esta muito lesionado, fragilizado.’’ - ‘’ Quando tem muitos dentes para extrair, primeiro deve-se luxar todos para depois extrai-los, para não perder o ponto de apoio vizinho.’’ - ‘’ A bandeirinha é apoiada na furca, entre as raízes, contra o dente, levantando-o usando o osso de apoio. Essa manobra clinica é feita principalmente em raízes distintas e onde tem acesso a furca, entre a raiz D e M. ‘’ - ‘’ O extrator 304 tem a ponta ativa mais fina, usado para rotação ‘’ Ação de cunha: - A ponta ativa do extrator deve ser inserida entre o septo interdental e o dente ou raiz a extrair. Ela será inserida entre o alvéolo e o dente. - Realizado com maior frequência com o extrator apical. - Segue o principio de que ‘’dois corpos não podem ocupar, ao mesmo tempo, o mesmo lugar no espaço.’’ – Quando o extrator entra no espaço do LP o dente sai pelo seu longo eixo. O ideal é combinar as ações, entrar fazendo cunha, depois roda e depois rotação. - Indicação: Raízes e dentes com pequeno suporte ósseo. Exodontia pela via alveolar: por seccionamento - Consiste no fracionamento, separação da porção coronária ou radicular. - É feito o corte entre a raiz mesial e distal, na região de furca, e é extraído uma por vez, por não ter ponto de apoio para o fórceps ou extrator para extrair o dente inteiro. Indicações clínica: Dentes multirradiculares com coroas destruídas por caries extensas Dentes multirradiculares com restaurações extensas Dificuldade técnica Redução da resistência coronária Indicações radiográficas: Dentes com raízes expulsivas Dentes que possam estar muito ligados com o germe dentário Objetivos: Eliminar ou diminuir o impedimento mecânico (dentes mal posicionados no arco) Evitar fratura do rebordo Evitar fratura radicular Simplificar a extração Eliminar impactação de dentes retidos. Como é realizada a secção na maxila e na mandíbula? Maxila: Primeiro Pré- molar: Duas raízes 1V e 1L, é muito comum a extração por indicação ortodôntica, onde não se pode colocar o fórceps ao redor do dente e forçar para extrair, assim provocaria a fratura da tabua óssea vestibular, pois raízes mais divergentes possuem maior inserção. Para extração deve fazer o seccionamento entre as raízes, na região da furca, e então remover uma de cada vez. Onde a força aplicada será menor, tendo menor chances de fraturas. Segundo Pré-molar: Possui a raiz fusionada, então normalmente não precisa de seccionamento. Primeiro e Segundo molar: Normalmente possuem três raízes, 2V e 1P, tendo uma grande retenção óssea. Para extração deve-se localizar e expor a furca com uma broca separa a raiz MV da raiz DV, então começa a fazer a secção sendo da V para P, ate o centro do sulco MD, após faz o seccionamento acompanhando esse sulco. Mandíbula: Dentes anteriores e Pré-molares: Não faz o seccionamento. Molares: Normalmente são os únicos dentes com raízes distintas, apresenta 1V e 1L onde o seccionamento é sempre feito de V para L (porque a tabua óssea V nessa região é muito sensível, fina, e se passar a broca por L pode pegar o nervo lingual. Onde deixa-se uma fina camada de esmalte na lingual, para se certificar que não colocou nenhum tipo de trauma as estruturas linguais) ‘’Quando faz o secionamento de um molar, em duas partes, pode usar o fórceps para pré-molar (151), pois após o seccionamento este fórceps se adapta melhor. ’’ Brocas usadas para seccionamento: 702 haste longa (boa para cortar dente e osso); 4138 (broca diamantada, para cortar somente dente); Zecria (é mais frágil, usada para corte de dente e osso); Broca esférica (usada para cortar osso) Irrigação sempre com a seringa Luer Look com soro. Clivagem: Durante o movimento de roda, onde ocorre a fratura completa entre a D e M. É definida como uma forma de odontossecção longitudinal, produzida por cinzel de duplo bisel. A odontossecção oferece como vantagens menor desgaste ósseo e dentário e redução do tempo cirúrgico, proporcionando melhor bem estar ao paciente. Dente mal posicionado: Cortar sempre o dente ao invés do osso, pois o dente vai extrair igual, deve-se sempre preservar tecido ósseo. Exodontia pela via não alveolar Existe a necessidade de criar uma outra via através de alveolectomia ou ostectomia Alveolectomia – Remoção da tabua óssea vestibular, preservando a tabua óssea lingual Por Alveolectomia Parcial – Extrator apical 304 ou cinzel goivo Indicações clinicas: - Dentes com anomalias de posição -Dentes portadores de pivôs - Dentes com coroa de jaqueta - Dentes multirradiculares que não permita fórceps e extratores (em casos de dentes grandes e com grande estrutura coronal perdida, tendo duas ou três raízes possui maior retenção no alvéolo) Indicações radiográficas: - Relação com estruturas anatômicas - Pouca resistência coronária. ‘’Pneumatização: Expansão do seio maxilar ao rebordo alveolar vai crescendo ate chegar entre as raízes. Podendo levar a comunicação bucosinosal. Quando você desconfia que ocorreu a comunicação deve-se fazer o diagnostico através da Manobra de valsal (onde pede pro paciente fechar o nariz e soltar o ar, se tiver comunicação vai espirrar sangue do alvéolo ou dar um barulhinho de ar saindo). Então é preciso fazer a coaptação bordo a bordo, sem muita pressão para não diminuir o suprimento sanguíneo na região. Deixando o retalho vestibular, que é uma mucosa mais elástica, fazendo duas incisões verticais na incisal e na distal ate em cima, para deixar esse retalho mais elástico trazendo ele pra palatina, podendo fazer a coaptação adequada sem pressão. Por Alveolectomia Total Indicações clinicas - Na falência de todas as outras técnicas, pois essa tabua óssea removida, recobria a porção da raiz levando a um - É um procedimento que acaba mutilando a região, impossibilitando a colocação de um implante, tendo que fazer um enxerto ósseo. Indicações Radiograficas: - Anquiloses alveolodentais - Hipercementoses - Dilacerações apicais Ostectomia ou osteotomia : Raízes e dentes retidos (dentes que não chegaram a errupcionar) Apicectomia – remoção do ápice que esta curvo Indicações radiográficas: Dentes unirradiculares, podem com dilaceração apicais Dentes com hipercementose Cirurgias apicais ‘’ quando fizemos um acesso na região apical, e é feito a remoção óssea somente no ápice, na parte dilacerada, preservando todo o restante do tecido ósseo. Assim podendo fazer a exodontia pela via alveolar sem ter a interferência da curvação do ápice. ‘’ Tipos de seccionamento Feitos na região de furca, a fim de separar as raízes Pré molar superior: de mesial para distal ou distal para mesial; separando a raiz vestibular da palatina; Se seccionar os PMS o fórceps indicado passa a ser o N° 69 Deixar sempre uma fina camada de esmalte para proteger o dente vizinho PMS: difícil fazer rotação na raiz palatina por ser achatada Molar superior: geralmente faz osteotomia para visualizar região de furca, começa a seccionar separando a raiz mesial da distal mesiodistal para separar a raiz palatina Movimento de extração com extratores Fórceps 69 após seccionamento Se as raízes forem fusionadas ( geralmente 2°M) separar apenas mesiodistalmente Tratamento pós exodonticos dos alvéolos Exame minucioso dos alvéolos Não deixar corpo estranhos no alvéolo Preferencialmente somente o sangue do paciente Exame Higidez óssea Movimento de luxação Alvéolos são dilatados Palpação bidigital/ manobra de chompret Preenchimento do alvéolo Tratamento Delicada curetagem Paredes do alvéolo ou margem gengival Punção endovenosa Espoja de fibrina Septos inter radiculares Septo inter radicular expulsivo Normalmente não é lesado Boa visualização Quando lesado fazer remoção Septo inter radicular retentivoImpedimento da exodontia Trauma maior Septo inter radicular supra alveolar Remoção ao nível do terço médio Septo inter radicular filiforme Pouca vascularização Remoção em sua base de implantação Espiculas e esquírolas ósseas Espiculas ósseas Palpação bidigital e remoção Esquirolas ósseas Discreta curetagem **não é sempre realizada Irrigação Aspiração Processo patológicos Curetagem Remoção total do processo patológico Remoção de corpo estranho **somente realizar curetagem em presença de processo patológico ou corpo estranho Doença periodontal Altura dos rebordos alveolares Remoção de rebordos proeminentes tanto no sentido oclusal quanto lateral Extrações isoladas deve-se eliminar os triângulos papilares na mesial e distal. Papel da mão oposta Afastar bochechas, labos e língua: melhor visualização do campo operatório Suporte e estabilização da mandíbula do paciente: evitar luxação condilar Apoio do processo alveolar: evitar fraturas das tabuas ósseas Papel do assistente Mesmo papel da mão oposta do operador Sucção de fluidos e soluções irrigatórias Controle Hemorrágico Compressão: colocar a gaze sobre a ferida, feito pressão digital por aproximadamente 8 minutos Pinçamento de vasos: esse tipo de hemostasia e usado em hemorragias de vasos de maior calibre. Pode ser feita com ligadura (quando é feito um ponto após o uso da pinça) ou sem ligadura (apenas com o uso da pinça) Tamponamento com gaze: embeber uma gaze numa solução com capacidade vasoconstritora e colocar no alvéolo, podendo permanecer lá por até 3 dias (de maneira superficial para melhorar sua remoção) Sutura em massa: apreensão de maior tecido possível, juntando planos mais profundos e planos mais superficiais Complicações alveolares diante de infecção: Alveolite úmida: quando o coagulo estiver preenchendo o alvéolo, mais com produto necrótico junto dele. O paciente apresenta dor, pus e odor fétido próximo ao alvéolo. Tratamento: remover os restos necróticos do interior do alvéolo, irrigar com solução fisiológica, curetar para a formação de um novo coagulo. Nesse caso e necessária a antibiótico terapia. Alveolite seca: quando o alvéolo esta exposto, sem coagulo, branco. Paciente apresenta dor que não cessa. Tratamento devolver ao alvéolo coagulo. ** a realização de antibiótico terapia retarda o processo de reparo. Cuidados pós-operatórios Após a cirurgia colocar gaze umedecida com soro fisiológico no alvéolo remanescente e ocluir (fechar a boca). Trocando de 30 min a 1h até para de sangrar Ficar em repouso por algumas horas, sem deitar-se Ao deitar-se, usar dois travesseiros nos 3 primeiros dias Evitar fumar nos 5 primeiros dias Evitar pressão negativa (espirros vigorosos, tossir, bochechos vigorosos) Evitar passar a língua nos pontos Evitar exposição ao sol durante os primeiros dias Evitar esforço e exercícios físicos nos primeiros sete dias Saliva sanguinolenta e normal principalmente após o termino da anestesia. Caso haja sangramento, colocar gaze sobre o local operado e morde-la durante 15 minutos Caso o sangramento for excessivo ligar para o CD Os pontos deverão ser removidos após 5 a 7 dias A escovação será feita normalmente, evitando a região operada, que deverá ser higienizada com uma gaze, algodão ou cotonete umedecidos em soro fisiológico Fazer bochechos leves com clorexidina por 1 semana, iniciando 24h após a cirurgia Fazer compressas com gelo nas primeiras 48h, depois disso, utilizar compressa quente até diminuir o inchaço A alimentação nas primeiras 48h devem ser mornas e pastosas Após as 48h devem ser pastosas, passando uma semana a alimentação pode voltar ao normal; Posicionamento do operador e paciente Posicionamento operador: em pé ou sentado Posicionamento do paciente: Mandíbula: plano oclusal dos dentes mandibulares deve estar paralelo ao plano do solo, desde que o paciente esteja com a boca aberta Maxila: plano oclusal dos dentes maxilares deve estar posicionado em torno de 45 a 60°, desde que o paciente esteja com a boca aberta
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