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Aula 2 Testes psicologicos um breve resgate

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 Avaliação, em Psicologia, refere-se à coleta e interpretação de 
informações psicológicas, resultantes de um conjunto de 
procedimentos confiáveis que permitam ao Psicólogo avaliar o 
comportamento (Pasquali, 2001). 
 Aplica-se ao estudo de casos individuais ou de grupos ou 
situações. São considerados como procedimentos confiáveis 
aqueles que apresentem alto grau de precisão e de validade. 
 A avaliação psicológica é uma função privativa do Psicólogo e, 
como tal, se encontra definida na Lei N.º 4.119 de 27/08/62 
(alínea “a”, do parágrafo 1° do artigo 13). 
 
Técnicas de avaliação: 
 Referem-se aos métodos e recursos utilizados para se obter as 
informações desejadas para a obtenção do diagnóstico. 
 
 
 São considerados como procedimentos confiáveis 
aqueles que apresentem alto grau de precisão e 
validade. 
 
 Propriedades Psicométricas e Instrumentos de 
Medida 
 
 Qualidades Primárias = Validade e Fidedignidade 
 
 A VALIDADE e a FIDEDIGNIDADE são condições 
(qualidades) primárias para qualquer instrumento de 
avaliação psicológica. Ou seja, são a base para que se 
possa confiar nos resultados daquele instrumento. 
 
 
 A principal classificação dos testes psicológicos dá-se em duas 
grandes vertentes: 
 Testes Psicométricos: basicamente medem e atribuem um 
valor a determinada qualidade ou processo psicológico 
(inteligência, memória, atenção, funcionamento cognitivo, 
dano cerebral, entendimento verbal, etc.), e dirigem-se a 
atividades de avaliação e seleção, como também ao 
diagnóstico clínico. Sua organização, administração, correção 
e interpretação costumam ser mais objetivas. A aplicação 
pode ser coletiva ou individual. 
 
 
 Testes Projetivos: partem de uma hipótese menos estruturada 
que põe à prova a individualidade da resposta da cada pessoa 
para assim presumir traços de sua personalidade. A 
atividade projetiva pode ser gráfica (Bender, DFH, Palográfico, 
Koppitz, HTP), ou narrativa (TAT, CAT, Testes das Fábulas, 
Rorschach, Zulliger). Seu uso costuma ser mais no âmbito 
clínico, forense e infantil. A aplicação deve ser individual. 
 
 
 Segundo Anastasi e Urbina (2000), os testes 
psicológicos são ferramentas que fornecem 
uma medida objetiva e padronizada de uma 
amostra do comportamento. 
 Os testes psicológicos se caracterizam como 
sendo de uso privativo do psicólogo na 
avaliação psicológica. 
 
 
 Como se espera saber o nível de aptidão ou 
as preferências do testando, este deve se 
sentir na sua melhor forma para agir de 
acordo com as suas habilidades, e não sob a 
interferência de distratores ambientais. 
No processo de aplicação, levam-se em 
consideração alguns aspectos indispensáveis 
para a realização satisfatória dessa atividade: 
 
Qualidade do ambiente físico; 
Qualidade do ambiente psicológico; e 
Material de testagem. 
 a) Conhecimento atualizado da literatura e de 
pesquisas disponíveis sobre o comportamento humano 
e sobre o instrumental psicológico; 
 b) Treinamento específico para o uso dos instrumentos; 
 c) Domínio sobre os critérios estabelecidos para avaliar 
e interpretar resultados obtidos; 
 d) Capacidade para considerar os resultados obtidos à 
luz das informações mais amplas sobre o indivíduo, 
contextualizando-os; 
 e) Seguir as orientações existentes sobre organizações 
dos laudos finais e, acima de tudo, garantir princípios 
éticos quanto ao sigilo e à proteção ao(s) indivíduo(s) 
avaliado(s) 
1. Ater-se, rigorosamente, às instruções do manual; 
2. Só utilizar material padronizado, oficialmente 
impresso, respeitadas a ordem de aplicação e o 
limite de tempo rigorosamente controlado. 
3. Estar preparado e familiarizado com o teste; 
4. Organizar o material que irá utilizar, verificando se 
todos os objetos que serão utilizados estão 
disponíveis. 
5. Verificar se os examinandos apresentam alguma 
dificuldade ou impedimentos de saúde; 
6. Estabelecer o rapport e aplicar os testes de forma 
objetiva, inspirando tranqüilidade e evitando o 
aumento desnecessário da ansiedade situacional; 
 
7. Evitar administrar as instruções de forma improvisada ou 
com base na memória; 
8. Iniciar a aplicação somente quando todos os 
examinandos tiverem entendido todas as instruções do 
que irão fazer; 
9. Evitar deter-se, após o início da aplicação, no teste de 
um determinado examinando por muito tempo, no caso 
de aplicação coletiva, para não provocar ansiedade; 
10. Nunca sair da sala durante a aplicação, e procurar não 
conversar durante a aplicação, a fim de manter a 
atenção e a concentração necessárias; 
11. Indivíduos portadores de deficiências físicas devem ser 
avaliados de forma compatível com suas capacidades. 
12. Lembrar: todo o processo é da responsabilidade do 
Psicólogo.

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