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Tributário 2

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AULA 12/07/16
Regra Matriz de incidência tributária é o mesmo que norma tributária material, norma tributária geral, norma de incidência tributária etc. É a norma geral tributária, a norma material tributária. A regra matriz é aquela que vai indicar todos os elementos necessários à incidência tributária, como o fato gerador, base de cálculo, incentivos fiscais, alíquota, responsável tributário, regimes de isenção etc. Ao lado da regra matriz de incidência existe aquela norma que impõe um dever formal, a obrigação tributária acessória (deveres formais que não consistem em pagamento de nada, como a emissão de nota fiscal, fiscalização, registro etc.). 
A regra matriz de incidência é necessariamente bipartite: dividindo-se entre antecedente normativo e consequente normativo. 
Antecedente da norma: fato gerador, hipótese de incidência. É a parte da norma que descreve o fato gerador da obrigação tributária, indica a hipótese de incidência tributária. Fato gerador está no campo fático, enquanto que a hipótese de incidência tem a mesma função, porém encontra-se no plano hipotético normativo. 
O direito tributário está regido pela tipicidade, o princípio da tipicidade (ou tipologia cerrada), considerando que uma conduta somente será sancionada caso a sua descrição se subsuma à descrição normativa. No direito tributário, o sujeito só deve pagar o tributo se a conduta que ele realiza se adequa perfeitamente à descrição normativa.
Aspecto material do fato gerador: consiste na conduta/ação propriamente dita. Ex: diferença entre financiamento e contrato de leasing para fins de incidência de ICMS. O financiamento de mercadoria em regime de leasing não precisa pagar ICMS, enquanto que o financiamento por contrato normal precisa. ICMS só incide se estiver diante de uma circulação de mercadoria, sendo uma circulação física e jurídica. A circulação física é o deslocamento da coisa (ir de um local ao outro), circulação jurídica é a mudança de titularidade, ela ser de um indivíduo e ir para outro indivíduo. No caso demonstrado, na leasing não satisfaz a hipótese material de incidência, enquanto que o financiamento satisfaz. 
Aspecto especial do fato gerador: consiste no local em que o fato deve ocorrer para fins de incidência tributária. Ex: ISS do sujeito que tem empresa em Lauro de Freitas e presta serviço em Salvador, onde ocorreu o fato gerador? tal informação estará constante na norma. Nesse caso específico, o legislador determinou que a regra geral é a do município em que se encontra estabelecido o prestador de serviço (município de LF). 
 Aspecto temporal do fato gerador: momento em que o fato deverá ocorrer para fins de incidência tributária. Ex: IR e o regime de caixa e de competência. Só se pode inserir o tributo no momento exato em que ocorre o fato gerador. No Brasil, o momento que se considera a incidência do fato gerador é o momento em que o sujeito tem o aumento de renda. Regime de caixa: momento em que o sujeito tem o rendimento (momento em que entra no caixa do indivíduo/empresa). Às vezes isso é bom para o contribuinte, mas também pode ser ruim. Todos os impostos tem, como regra, o regime de competência, mas isso tem exceção. O regime de competência é o momento em que o sujeito tem o direito para receber o rendimento. 
Consequente da norma: é a obrigação tributária. Obrigação tributária é uma obrigação jurídica, uma relação intersubjetiva entre dois polos (dois grupos de pessoas) em torno de um determinado objeto que tem algum tipo de relevância econômica. Essa é a definição mais elementar de obrigação. Se a obrigação tributária é uma relação jurídica, ela deve se estruturar da mesma forma, entre aspecto subjetivo e objetivo/quantitativo da obrigação tributária. O sujeito ativo é aquele que tem a prerrogativa da exigibilidade do tributo (aquele que atua/notifica ou move uma execução fiscal), ou seja: um ente político ou parafiscal. Sujeito passivo: aquele sobre quem recai a obrigação de pagamento do tributo ou multa tributária, ou seja, pode ser o contribuinte ou responsável. Contribuinte aí não tem nada a ver com o dever de pagamento: é aquele que realiza o fato gerador da obrigação tributária. Responsável, por exclusão, é aquele que, embora não tenha realizado o fato gerador, é obrigado ao pagamento do tributo pelo fato gerador alheio, estando obrigado por lei. O responsável por ser por substituição ou sucessor (aquele que adquire determinado imóvel, obrigação propter rem).
Aspecto Quantitativo: 
Base de cálculo: pode ser uma base de cálculo monetária (aquela que se expressa em moeda) ou qualquer grandeza de valor. O IPI que incide sobre a cerveja não é calculado sobre o valor da nota fiscal que a indústria produziu, na verdade toda indústria de cerveja tem um medidor de vasão, analisando qual o valor produzido do produto. 
Alíquota: poderá ser de 3 tipos:
Ad valorem: se a base de cálculo é monetária, a alíquota deve ser ad valorem. 
Ad Rem: se a base de cálculo é absoluta, a alíquota deve ser ad rem. 
Específica: é a alíquota que prescinde de base de cálculo. Ex: advogado, tem uma alíquota específica. 
AULA 19/07/2016
Imposto de Renda
Competência: URV* unidade real de valor. É uma unidade de transição responsável pela passagem da moeda antiga para o real. A Bahia, na década de 90, quando começou a pagar o que devia pela URV, determinou uma lei estabelecendo que aquilo que o Estado pagava a título de URV tinha natureza indenizatória, ou seja, não reteve nada a título de imposto de renda. 
Noventena: princípio da anterioridade nonagesimal. Pelo princípio da noventena, a instituição ou majoração de um imposto somente pode incidir após 90 dias. Se houver a criação ou aumento de tributo, publicada hoje, só poderá incidir sobre o fato gerador 90 dias após. Imposto de renda é exceção à noventena. Isso significa que a majoração ou instituição do IR não precisa esperar 90 dias. Aplica-se normalmente o princípio da anterioridade apenas; “a instituição ou majoração de um tributo somente incidirá a partir do 1 de janeiro de ano posterior”. Esses 2 princípios não se excluem, a regra é a aplicação simultânea. No caso do IR não há noventena. Em termos práticos, há a instituição do IR no dia 30 de dezembro, ele já pode incidir a partir de 1 de janeiro do ano posterior. 
Aspecto Material: Fato gerador/hipótese de incidência. A previsão do estabelecimento do IR encontra-se disposto no art. 43, CTN. Cabe ao CTN estabelecer o fato gerador e o aspecto material do IR. O CTN estabelece, no art. 43, que o fato gerador do IR consiste na disponibilidade econômica ou jurídica de renda de qualquer maneira. O que significa essa definição? O IR vai sempre se referir ao que se aufere em termos monetários, não é necessariamente qualquer coisa que se acrescenta ao patrimônio que constitui renda. A primeira coisa que se deve observar é o que se foi agregado ao patrimônio foi uma quantia em moeda corrente do país. Se o indivíduo ganha um prêmio, ele só pagará IR se o prêmio for pago em ordem monetária. 
Distinção entre prestação in natura e pecúnia: no IR, a parcela de patrimônio entregue deve ser monetária. Estamos em um universo amplo de possibilidades. Se o trabalhador recebe como remuneração um valor em pecúnia e um plano de saúde, o plano de saúde não terá incidência do IR. Cesta básica também não incide IR. 
A disponibilidade deve ser econômica ou jurídica: quando o legislador se refere a disponibilidade econômica ou jurídica ele se refere ao momento em que o sujeito aufere a renda. Existem aí 2 momentos distintos: o momento em que a quantia entra na conta corrente, no banco, na posse (disponibilidade econômica). E o momento no qual ele tem o direito de receber o rendimento (disponibilidade jurídica). 
Regime de caixa e regime de competência: Pelo regime de caixa, considera-se auferido o rendimento no momento em que o pagamento é efetivado (disponibilidade econômica). Pelo regime de competência, considera-se ocorrido o rendimento no momento em que se tem direito de receber o pagamento (disponibilidadejurídica). A regra geral no brasil é a utilização do regime de competência. A aferição da renda não é calculado em razão daquilo que você efetivamente recebeu, mas aquilo que você terá direito de receber. Esse regime pode ser beneficial ou maléfico ao contribuinte, a depender da situação. O regime de competência vai ser prejudicial nos casos em que exista atraso de pagamento. A empresa emite a nota fiscal em janeiro, por exemplo, no valor de 2 milhões e o município não pagou esse rendimento que ela realizou, em razão do regime de competência, a empresa deve IR desde janeiro, mesmo não tendo recebido nada da prestação. Isso valor para ISS e as contribuições também. Uma situação benéfica, por outro lado, é quando o contribuinte recebe a renda de forma acumulada, é a situação que o empregado recebe 2 mil reais e a faixa de isenção (que é de 2 mil), só que em razão de dívidas da empresa ele recebe tudo de uma vez só (mais de 2 mil) o que não teria isenção, mas vai ter em razão do regime de competência. Outro exemplo: a situação em que, em uma reclamação trabalhista, a sentença saiu hoje de uma ação de 30 anos atrás, aí o indivíduo recebe 5 milhões, então o IR iria incidir sobre essa totalidade, mas pelo regime de competência, terá que decompor esse valor pelos meses em que ele deveria ter recebido e não foi pago. 
Exceções: investimentos financeiros em regras tem o regime de caixa: o sujeito investe 100mil e no extrato tem 150mil. Ele não vai pagar o IR em razão dos 150mil, mas somente no momento em que ele investiu 100mil. O IR sobre investimento financeiro geralmente se realiza o cálculo pelo regime de caixa. Lucro imobiliário: atende pelo regime de caixa também. Ganho de capital: é a mesma lógica que o lucro imobiliário, só que o lucro imobiliário é o ganho de capital relativo ao imóvel, você compra por X e vende por 2X. O ganho de capital em relação ao imóvel é chamado de lucro imobiliário. Mas, no geral, em relação a outros bens se chama ganho de capital. Decreto 3099 é o regulamento do IR que dispõe sobre essa exceção. 
Qualquer pagamento que você recebe terá a incidência do IR. O legislador define renda aquilo que decorre do trabalho de alguém, do patrimônio de alguém ou da combinação de ambos. Então não interessa qual a fonte da renda do contribuinte, pouco importa se ele recebeu por fonte de trabalho (salário, pró-labore, honorários, diárias de serviço etc.); por capital (aluguel, royalts etc.) ou ambos (empresarial, tecnológica etc.). O legislador indica aí que pouco interessa a denominação ou o regime jurídico que deu origem à renda. Existem uma série de pagamentos que se pode receber, entretanto, que não estão elencadas como renda, são elas: doação, herança, aposentadoria, pensão alimentícia, diárias de deslocamento, prêmio. Esses são os proventos de qualquer natureza. Nem sobre todos eles incidirá IR. Alguns deles estão isentos ou são de natureza indenizatórias. Para identificar qual o provento terá a incidência do IR ou não, é necessário analisar duas variáveis: se a verba é de natureza indenizatória ou se ela é isenta. As verbas podem ser remuneratórias ou indenizatórias. A verba remuneratória consiste em uma contraprestação que se aufere em razão de um serviço prestado, ou de um patrimônio que se explora economicamente, ela está relacionada ao aumento patrimonial, é uma riqueza nova que se agrega ao patrimônio do indivíduo. Verba indenizatória, por outro lado, ela traz a ideia de reposição de um dano. A verba de natureza indenizatória não tem incidência de IR, pois se houvesse a incidência haveria a caracterização de bis in idem. Deve-se observar também se há ou não isenção. Isenção é a norma que, de acordo com a conveniência legislativa, determina que não deverá pagar certos tributos. O indivíduo é excluído do âmbito de incidência, mesmo a verba sendo remuneratória por previsão do legislador.
Doação: O indivíduo que recebe uma doação não há que se pagar IR. A legislação estabelece uma isenção expressa em relação à doação. Isso vale também para a herança. Essas isenções podem ser revogadas futuramente, mas hoje não precisa pagar. 
Prêmio em dinheiro: ele não advém do capital/trabalho, mas é objeto de incidência do IR seja qual for a origem do prêmio. 
Aposentadoria: não vem do trabalho do indivíduo nem decorrente do capital. Ele é proveniente de qualquer natureza e há o pagamento de aposentadoria. O aposentado pelo INSS, entretanto, não paga contribuição previdenciária (importante lembrar que isso só se aplica ao INSS, o servidor público estatutário que não recebe aposentadoria do INSS também paga contribuição previdenciária). 
Pensão previdenciária: pensionista do INSS não paga contribuição previdenciária, mas paga IR. 
Pensão alimentícia: é provento sujeito à incidência do IR. Aquele que realiza o pagamento, o responsável, ele tem o direito de deduzir da sua base de cálculo do IR aquilo que ele paga como pensão alimentícia. A pensão é um instituto judicialmente formalizado, mas o que se paga informalmente não tem importância para fins de IR. 
Diárias de Serviço: é remuneração e incide IR, ela não tem nada a ver com as diárias de deslocamento. A diária de deslocamento é quando o empregador determina que o empregado deve trabalhar em outro local, nesse caso se cobre as despesas através da diária de deslocamento que tem natureza indenizatória. Existe uma forma de controle legal para evitar fraudes nessas diárias de deslocamento que corresponde a um limite de 50% do salário do indivíduo como teto de indenização por diárias de deslocamento, mas o caso concreto pode afastar essa limitação. 
Aspecto Especial: 
Aspecto Temporal
Mariana Correia.
Aula 21/07/16
Aspecto Espacial: Local em que se considera ocorrido o fato gerador. O legislador deve indicar onde a renda foi auferida para fins de imposto de renda. Se a renda não foi auferida naquele local, não há nesse local a incidência do imposto. Refere-se, então, ao local em que o fato gerador (auferir rendimento) foi ocorrido para fins do recolhimento do IR. 
O aspecto especial corresponde a todo território nacional, no caso do IR. É um imposto de competência federal e tem sua incidência em todo território da federação. Entretanto, em função do chamado princípio da universalidade do IR (art. 153, CF), o IR no Brasil poderá ter eficácia extraterritorial, significa dizer que há uma ampliação da ideia de que a incidência se restringe ao território nacional. Em outras palavras, é possível que alguém aufira rendimento fora do Brasil e esse fato tenha a incidência do IR. Ex: funcionário da Petrobrás que foi enviado a serviço para exercer trabalho nos EUA, ele estará fora do Brasil, mas o rendimento dele será alcançado pelo IR. O estrangeiro que se encontra no Brasil e recebe salário pago por empresa de fora. Nesse sentido, é possível a ocorrência de conflito na prerrogativa de exigir o IR sobre o mesmo rendimento, como no caso do empregado da Petrobrás demonstrado, pois é possível que os EUA entenda que é sua competência a cobrança do IR, assim como o Brasil (em razão dele ser brasileiro e trabalhar para uma empresa brasileira). Conflito de competência em matéria de IR: situação na qual dois ou mais países se sub-rogam no direito de exigir os seus respectivos impostos de renda sobre o mesmo rendimento. Essa situação é absolutamente possível em razão do princípio da universalidade extraterritorial do IR. Qual o mecanismo de resolução desse conflito? Obviamente que sempre é possível resolver na via interna, é possível pleitear na via administrativa/judicial dizendo que não vai pagar já que pagou nos EUA o que está sendo cobrado. Entretanto, no ponto de vista ideal, é de se desejar que esse tipo de conflito seja resolvido ou prevenido por meio de tratado internacional para evitar a bitributação e a evasão fiscal entre os países. 
Obs: esses tratados, para evitar a bitributação e a evasão fiscal, são sempre bilaterais. 
Obs: em que pese seja um instrumento desejável para resolver conflitos, o Brasil atualmente tem poucos tratadostributários internacionais firmados (aproximadamente 30). Isso nos faz concluir que embora seja um instrumento ideal, há um número muito pequeno de tratados internacionais, havendo impossibilidade de sua aplicação em muitos casos.
 Obs: como esses tratados funcionam ou solucionam os conflitos? Do ponto de vista formal eles não são muito complexos, envolvendo aproximadamente 30 ou 40 cláusulas. O que eles fazem é proceder a classificação do rendimento renda como salários, aluguel, royalties, investimentos etc. eles vão indicar quais os rendimentos que interessam a esses dois países em relação ao acordo firmado. Em segundo lugar, os tratados indicam os critérios de tributação, qual o critério que será aplicado a cada caso, se será o critério da fonte ou residência. No critério da fonte, considera-se ocorrido o rendimento no país de onde se origina o pagamento. No critério da residência, considera-se ocorrido o rendimento no país onde se encontra radicado o beneficiário do pagamento. 
Aspecto temporal: o conceito de aspecto temporal refere-se ao momento em que se considera ocorrido o fato gerador (no caso do IR, do rendimento) para fins de incidência do tributo. É importante para definir qual alíquota, base de cálculo a ser aplicado. Outra importância se refere à diferença entre regime de caixa e regime de competência (já foi explicado). A natureza do fato gerador do IR é do tipo continuado, isso advém da diferença entre o fato gerador ser instantâneo ou continuado. O instantâneo se exaure em momento certo e determinado. No caso do IPTU, que incide sobre a propriedade, tem um fato gerador continuado, pois a propriedade é uma situação que vai se estender ao longo do tempo, o mesmo se aplica à renda. É um fato gerador continuado por ser uma situação que não se exaure em determinado instante. O fato gerador do IR é continuado, o que significa dizer que é uma situação que se estende em determinado período. Esse fato gerador continuado vai sempre se estender do primeiro de janeiro a 31 de dezembro (ano calendário). O fato gerador é tudo aquilo que recebemos entre 01/01 e 31/12, é um fato gerador anual. 
IRRF: ao longo do ano, o empregado paga determinada quantia, a própria fonte pagadora retira uma parcela de rendimento do indivíduo. Isso seria uma contradição, pois estaria retendo parte do dinheiro antes do fim do ano do fato gerador. Entretanto, aquilo que se paga a título de IR retido na fonte não se trata de imposto de renda, trata-se de uma antecipação sobre o que se presume ser o rendimento do indivíduo. É um procedimento transitório. Casos práticos: indivíduo que recebe 5mil por mês de diversas fontes pagadoras, mensalmente ele está isento de cada fonte individualmente, mas no final, na prestação anual de contas, ele deverá pagar em razão dos 5mil que recebe. O contrário também ocorre.
Aspecto subjetivo: sujeito ativo e sujeito passivo. Sujeito ativo aquele que tem a prerrogativa de exigir o imposto. Sujeito passivo é aquele que recai a obrigação de pagar o IR. Sujeito ativo: União, titular da capacidade tributária ativa, ela vai exercer a sua capacidade ativa através de dois órgãos: a Receita Federal do Brasil e a Procuradoria da Fazenda Nacional. 
Sujeito passivo: pode ser duas classes de indivíduos: o contribuinte ou o responsável tributário. Contribuinte é todo aquele que aufere o rendimento (pratica o fato gerador). Responsável: aquele que embora não tenha auferido renda, obriga-se pelo pagamento. Em relação ao responsável, temos que destacar aquele que é responsável por substituição, no caso da retenção do IR retido na fonte, o responsável pela retenção é um substituto tributário. Outro caso é o da sucessão, no caso do indivíduo que falece devendo IR de anos anteriores. É possível que nesse caso haja a responsabilidade por substituição, o espólio respondendo no limite do patrimônio. 
Aspecto Quantitativo: faz referência ao valor do imposto a pagar. Tudo o que foi dito até agora sobre IR aplica-se ao IR de pessoa jurídica/física. Contudo, agora há diversas diferenças entre os dois. 
Imposto de renda sobre pessoa física (base de cálculo) do IRPF: 
a) definição: como se define a base de cálculo do IRPF: é o rendimento tributado menos (-) as deduções legalmente permitidas. O que é rendimento tributável e dedução? Rendimento tributado não é tudo que o indivíduo recebe, logo não é o total do rendimento do indivíduo. Primeiramente temos que partir da ideia de tudo que ele recebeu, que é o que chamamos de rendimento bruto, rendimento total do indivíduo. Entretanto, existem quantias que se recebe e para a legislação do IR não integram a definição de renda, indenização, por exemplo, sequer entra no conceito de rendimento. Existem, portanto, alguns recebimentos e pagamentos que sequer entram na categoria de renda para fins de incidência do imposto de renda. Existem, também, quantias que entram na ideia de rendimento, mas que a legislação prefere isentar (herança e doação, por exemplo). É necessário tirar do que o indivíduo recebeu aquilo que sequer entra para fins de cálculo de IR, depois aquilo que o indivíduo é isento e, em terceiro lugar, temos que lembrar daquilo que é retido na fonte mensalmente e depois é ajustado ao final do ano. Essa é a regra geral, mas existem exceções, alguns rendimentos que são retidos na fonte ao longo do ano e que é definitivo (ex: lucro imobiliário, isso constitui uma exceção à continuidade do IR, tornando-se, nesse caso, instantâneo). Então ao final nós temos duas contas, aquilo que pagamos na fonte e o que se paga no final. Temos, também, 8 deduções previstas em lei do rendimento tributável, aí chegaremos à base de cálculo. 
b) lançamento: o lançamento é o ato/procedimento pelo qual vai se definir o valor do tributo a pagar. O lançamento é a definição da base de cálculo/alíquota/sujeito ativo/passivo etc. Segundo o CTN, o lançamento pode ser de ofício/declaração/homologação. O IR é um imposto por homologação, então o próprio contribuinte realiza o cálculo e pelo valor que ele chegou haverá o pagamento do IR, o contribuinte faz tudo. 
c) obrigados a declarar
d) DIRPF:
-Simplificada
-Completa
AULA 26/07/16
Base De Cálculo: 
-Obrigados a declarar:
-Espécies: existem duas espécies declaração. Obs: a declaração simplificada ou completa é faculdade do contribuintes, é ele que escolhe a forma que ele vai declarar. O que leva ao contribuinte a escolher entre as duas? Vai depender das diferenças entre eles, existem dois critérios que estabelecem essas diferenças. Grau de complexidade da declaração: a simplificada é mais simples, menos detalhada, menos burocratizada. Regime das deduções: na simplificada as deduções são diferentes daquelas permitidas na completa, na simplificada só existe uma dedução possível: equivale a 20% do rendimento tributado, limitado a R$16.754,25. 
a) Simplificada: o contribuinte só precisa guardar os comprovantes de rendimento, de despesa não é necessário. 
b) Completa: as despesas apresentadas no quadro constituem um universo muito pequeno em relação às despesas que um cidadão tem. As despesas do quadro não tem os gastos de alimentação, moradia, transporte, cultura, lazer, condomínio/aluguel/casa própria etc. isso é uma crítica. As deduções podem ser divididas em limitadas e ilimitadas. A dedução com saúde (gastos e despesas) trata-se de uma dedução ilimitada, independe do valor. Mas a educação é limitada, em uma quantia pequena (aproximadamente 3mil). 
Despesas:
Saúde: trata-se de uma dedução ilimitada, seja qual for o valor despendido com saúde. Os gastos com saúde tem uma limitação conceitual. Os gastos com saúde são a mensalidade dos planos, procedimento cirúrgico, atendimentos/procedimentos/tratamentos da medicina tradicional, medicamentos utilizados nesses procedimentos, atendimentos de medicina alternativa (odontologia, fisioterapia). Fica de fora: procedimentos cirúrgicos estéticos 
Educação: dedução limitada (R$3.561,50), para cada dependente tem o valor máximo de gasto, não comunicando com os outros. Gasto com educaçãose refere aos gastos com educação tradicional (mensalidades da formação tradicional e cursos de línguas/informática), fica de fora os cursos preparatórios, eventos/feiras/congressos, transporte escolar/alimentação/material escolar/livros.
Dependentes: é uma dedução presumida, não precisa comprovar que teve gastos com esse dependente, ele só precisa comprovar a relação de dependência. Dependentes para o IR são: filhos (até 21 anos ou 24 anos se estiver na primeira faculdade), pais dependentes, cônjuges (incluindo união estável), enteados, incapazes. A condição de adoção ou curatelado deve ser juridicamente formalizado.
Previdência social: aquilo que se paga de contribuição previdenciária também é deduzido do IR. A previdência privada é um investimento, tem nada a ver com a previdência social e não entra nessa dedução..
Previdência privada: PGBL x VGBL: a possibilidade de abater no rendimento tributado aquilo que se investiu em previdência privada, isso é possível quando você aplica em PGBL. A diferença entre esses investimentos (pegar depois). O limite de dedução é de 12% do rendimento tributável. É necessário também que o sujeito esteja vinculado ao rendimento da previdência social. Dedução da contribuição patronal do empregador doméstico: vai ser dedutível daquilo que é o rendimento tributável do empregador. Esse valor é limitado a um salário-mínimo. Alíquota é de 8%. Pensão alimentícia também constitui uma despesa dedutível. Trata-se de uma dedução ilimitada, seja quanto for o valor pago, como também se deduzir do rendimento tributável do pai. A pensão alimentícia deve ser judicialmente estabelecida, reconhecida em juízo. O pagamento extrajudicial, sem acordo judicial ou sentença, não permite esse abatimento. Dedução do livro-caixa: é um dos livros de direito empresarial, é um livro que se abre para registrar a entrada e saída de determinadas atividades econômica, a lei permite a dedução do profissional liberal. A conta é em separado. 
Aula 28/07/16
Alíquota: não se resumem àquelas que estão previstas na tabela progressiva. De maneira mais precisa, a gente pode afirmar que existem na realidade 2 grupos de alíquotas. Existe o grupo que vai incidir nos rendimentos de trabalho ou equiparados e por outro lado tem o grupo de alíquotas que incide sobre os rendimentos submetidos à tributação exclusiva e definitiva na fonte. O que significa ambos? Rendimento do trabalho é aquele que decorre de uma atividade laboral, seja qual for ela (salários, prolabores, honorários, diárias de serviço), aquele que decorre da exploração econômica do trabalho do indivíduo. Rendimento equiparado a rendimento do trabalho não decorre da atividade laboral, mas para fins de alíquota do IRPF recebem o mesmo tratamento dos rendimentos de trabalho. A melhor definição a esse rendimento é aqueles que não decorrem da atividade laboral mas entra no mesmo grupo. Exmplos: aluguel, aposentadoria, pensão previdenciária/alimentícia/privada.
As alíquotas da tabela são apenas aplicados aos rendimentos de trabalho ou equiparados. 
obs1:
Obs2: observamos 2 colunas, a da base de cálculo e alíquota. 
Dedução da tabela: valor que corresponde aos montantes submetidos à tributação e que não deveriam pagar a alíquota aplicada, artifício para facilitar o cálculo do IR considerando o caráter progressivo da incidência. 
b) Exclusivo/definitivo na fonte: não aplica as alíquotas da tabela, são os casos do lucro imobiliário (15%), investimento (0,5%, 1,5%, 15%), ganho de capital (15%, 20%), prêmio (30%). 
IRPJ
Base de cálculo: existem 3 modalidades de apuração da base de cálculo do IRPJ.
Lucro real: a apuração da base de cálculo vai levar em conta tudo. É a receita menos (-) a despesa. O conjunto das receitas - despesas. É a forma mais completa, complexa e burocratizada. Poderá ser apurado de forma mensal ou trimestral. O contribuinte que escolhe se irá fazer trimestral ou mensal. Essa opção é sempre anual, ou seja, o indivíduo vai optar pelo que ele quiser no começo do ano, não pode mudar no meio do ano. Lucro real mensal é aquilo explicado até agora, a empresa irá computar a totalidade das despesas e receitas. Lucro real trimestral é diferente, também chamado por estimativa, considera-se no primeiro momento o conjunto das receitas, mas não se considera as despesas. Dentro das receitas aplica-se um dos percentuais previstos no quadro (1,6%/8%/16%/32%). Esse percentual será em razão da atividade econômica da empresa. Ex: 32% é serviço, 8% transporte de cargas etc. 
Lucro presumido: não há uma apuração das despesas, aí considera-se o conjunto das receitas e não se considera as despesas do contribuinte. Não dá para confundir lucro real e lucro presumido. Os percentuais de presunção aplicados são os mesmos que os do lucro real por estimativa. Mas no lucro real a presunção é relativa, mas aqui no presumido é definitivo. Trata-se de uma escolha do contribuinte, mas há exceções. Há situações em que o indivíduo não pode optar pelo lucro presumido. São 4 situações: 1: empresas muito grandes, que têm receitas acima de 78k ao ano, o legislador considera que essas empresas precisam demonstrar informações detalhadas sobre suas receitas. 2) as multinacionais, as empresas que remetem divisas ao exterior. 3) empresas financeiras (bancos e equiparados) têm que apurar o IRPJ pelo lucro real. 4) empresas que pretendam se utilizar de benefícios fiscais para diminuir a base de cálculo. 
Lucro arbitrado: forma excepcional da apuração de base de cálculo. A base de cálculo (imagine um cenário que não é possível avaliar por lucro presumido ou real, seja qual for o motivo – enchente, perda de documentos, extravio etc.), nesse caso, terá que se arbitrar qual é o lucro. A receita federal vai autuar o estabelecimento, e a receita irá avaliar qual será a base de cálculo do indivíduo, é um instrumento de exceção (independe de culpa ou não). Ele não pode ser um chute, e estimar do nada, ele vai ter que fundamentar e demonstrar o porquê o lucro estabelecido foi aquele. Pode-se utilizar o histórico da empresa, a comparação com outras empresas da região, consumo de água/luz etc. A receita só arbitra a receita total, aplicando os percentuais de presunção de acordo com a atividade econômica da empresa. A diferença no lucro arbitrado é que nesse percentual previsto, ainda acrescentará o de percentual de 20% ou, se for instituição financeira, 45%. 
Alíquota do IR é de 15%, vai pegar a base de cálculo e aplicar 15%, além disso, há o adicional de alíquota, que corresponde a 10%. A alíquota de 15% se aplica sobre a base de cálculo, e o adicional de 10% vai incidir sobre tudo que ultrapasse o valor de 20mil por mês. Isso significa que se uma empresa teve uma base de cálculo de 100mil, se a base de cálculo é 100mil, aplica-se 15% sobre esse valor, além disso, tem que pagar um adicional de 10%, isso vai incidir sobre o que ultrapassar de 20mil, logo, 80mil -> 8mil. Essa empresa paga 23mil (15k + 8k = 23k). 
AULA 01/09/2016 – Segunda prova
ICMS: 
1. Competência: a competência é estadual, significa que apenas estados e DF poderão legislar em matéria de ICMS. De maneira ainda mais precisa, apenas os estados e o DF poderão indicar os elementos necessários para a incidência tributaria do ICMS.
A CF, no art. 155, estabelece a competência em favor dos estados. Já a lei complementar do ICMS vai regulamentar o ICMS. A CF não cria o ICMS, apenas estabelece de quem é a competência para legislar, que apesar de ser uma lei federal, estabelece apenas linhas gerais sobre quem poderá criar o ICMS. 
2. Transferência: As leis de cada estado são quem estabelecem as normas de incidência do ICMS. Apesar da lei ser estadual, nem tudo que se arrecada é destinada ao estado. Parte do que se arrecada do ICMS deverá ser transferido para os municípios do respectivo estado.
3. Municípios: A Bahia, por exemplo, deverá transferir 25% da arrecadação do ICMS entre os 417 municípios. O ICMS é o principal imposto em termos de arrecadação, nenhum outro imposto arrecada tanto no Brasil como o ICMS. Muitosmunicípios só conseguem se financiar em razão do FPM (fundo de participação dos municípios) e os 25% do ICMS. Quanto cada município recebe? Como é feito o repasse entre eles? ¾ dos 25% será distribuído pelo critério arrecadatório e ¼ pelo critério legal. O repasse será proporcional, no critério arrecadatório, pelo ICMS arrecadado em cada município. O critério legal é aquele estabelecido em lei estadual, é um critério que fica aberto em relação ao conteúdo, cada estado poderá definir um critério de acordo com sua conveniência. Tradicionalmente existem 2 critérios comumente adotados: extensão territorial (e?). o não cumprimento dos critérios de divisão constitucional possibilitaria a intervenção federal. 
ICMS verde/ambiental/ecológico: quando o estado, através de lei estadual, adota um critério que privilegia o desenvolvimento sustentável e a preocupação com o ambiente, o estado estará adotando o critério do ICMS verde. Em razão desse critério, os municípios receberiam proporcionalmente a esse critério (municípios que tem projetos ecologicamente positivos). Bahia tem projeto de lei por esse quesito, mas não há vigência atual.
4. Princípios: Legalidade e noventena.
Legalidade: ICMS é um imposto submetido aos princiípios constitucionais de uma maneira geral.
ICMS constitui exceção à legalidade em uma situação específica (princípio em que somente poderá majorar ou criar um tributo por meio de lei), o ICMS constitui exceção de forma restrita, como nos casos de reestabelecimento (restabelecimento não é aumento, mas apenas em retornar à alíquota prevista em lei) e redução da alíquota nas operações de combustíveis. 
Noventena: há uma outra exceção. Em regra, a majoração ou instituição de tributo somente poderá incidir 90 dias depois. O ICMS, nas mesmas condições da exceção à legalidade, também constitui exceção à noventena.
5. Imunidades: De uma maneira geral, o ICMS é um tributo e estará submetido aos critérios gerais de imunidade. É importante destacar duas imunidades que serão específicas ao ICMS. São elas: imunidades das exportações e imunidades nas operações interestaduais em energia e combustíveis. A primeira hipótese também se aplica ao IPI, COFINS entre outros. A segunda hipótese se refere as operações entre estados cujo objeto de circulação é energia e combustível. Se a operação ocorrer dentro do próprio estado, há o pagamento do ICMS. Mas se for a um outro estado, não paga ICMS. A razão dessa imunidade é a relevância arrecadatória dessas operações, outro motivo é que nem todos os estados são produtores de energia e combustível, há um desequilíbrio entre os estados da federação em relação ao acesso a esses bens, logo, essa imunidade evita que haja um grande desequilíbrio de arrecadação entre os estados que possuem produção de energia e os que não possuem. 
6. Aspecto Material: qual o fato gerador do ICMS? 
5.1. Operações: incide sobre operações de mercadoria e serviço. Operação em direito tributário é um conceito que se restringe a 3 possibilidades: operação de venda, importação e aquisição em leilão de mercadorias. Operação de venda é a mais comum, vai constituir grande parte da origem e incidência do ICMS. Ao contrário do que imaginamos, o fato gerador do ICMS não é a compra/aquisição de mercadoria, é a venda, é aquele que promove a saída do produto do estabelecimento comercial. O executado por dever ICMS é o vendedor, não o comprador (consumidor final). É o mais comum em sua incidência. 
Importação de mercadorias: quando se compra um produto de outros países. O fato gerador nesse caso é a aquisição, é o adquirente.
Arrematação e leilão: constitui também uma operação que satisfaz o fato gerador do ICMS
Operação de circulação: tem que ser uma circulação física, jurídica e mercantil. Circulação para satisfazer o fato gerador do ICMS e haver incidência do imposto, deve ser uma circulação física, jurídica e mercantil. Se faltar um desses tipos de circulação, não há incidência do ICMS. 
-Física: é a ideia mais rudimentar de circulação, é o deslocamento da coisa. 
-Jurídica: mudança de titularidade sobre a coisa: era de um indivíduo X e foi para o Y. Temos uma circulação jurídica.
é possível que uma circulação seja meramente física e não seja jurídica (ou o inverso)? Sim, o leasing não paga ICMS, a rigor, se você adquire uma mercadoria em regime de leasing não há pagamento de ICMS, mas o financiamento gera a incidência do ICMS. Qual a diferença entre ambos? economicamente dá no mesmo, mas são juridicamente diferentes. No leasing não há uma circulação física da mercadoria, logo, não incide ICMS (pesquisar isso em casa). 
Encomenda: todos nós conhecemos o contrato de encomenda, onde o sujeito paga antes de receber a mercadoria. Nesse caso, o ICMS não incide no momento da formação do contrato, pois houve apenas uma circulação jurídica, mas como a mercadoria ainda nem existe, não há circulação física, logo, não há fato gerador. Deslocamento entre estabelecimentos: hipótese em que a empresa transfere o produto entre seus estabelecimentos, nesse caso não há ICMS, apesar de haver circulação física, não houve circulação jurídica. Consignação: representantes e vendedores de comércio (avon, natura etc.), quando eles recebem o estoque de produtos pra vender o produto, não há uma mudança de titularidade (circulação jurídica). Draw Back: quando uma mercadoria estrangeira apenas transita no território nacional (caso de exposição de veículos importados em feira de exposição) ou quando uma matéria-prima passa pelo país (uma empresa manda a matéria-prima para o Brasil para que haja a fabricação e retorno) – olhar melhor isso em casa. 
-Mercantil: A mercadoria também precisa circular no ponto de vista mercantil. Quando pessoa física vende algo usado, por que não paga ICMS? Porque não circulamos no ponto de vista mercantil, que é o caso do empresário que comercializa produtos. Circulação mercantil é aquela na qual a aquisição do produto é realizada com o intuito de venda. Uma televisão pode ser um bem de consumo (está na casa do consumidor) ou mercadoria (está na loja), quando é mercadoria deve incidir ICMS. Um produto pode ser um bem de consumo e depois virar mercadoria (loja especializada em venda de carros usados). 
Mercadoria: coisa móvel destinada ao comércio. 
Coisa: para fins tributários, coisa é um bem tangível. A mercadoria é tradicionalmente conhecido como uma coisa, algo tangível. A exceção a esse conceito de coisa é a energia elétrica. Entretanto, mais recentemente, com a digitalização de bens, houve uma nova relativização do conceito de coisas. Ex: livro em pdf, software etc.
Móvel: não faz sentido a incidência do ICMS em imóvel (incide ITBI). 
Destinada ao comércio: a ideia de circulação.
Serviço: prestação de serviço, em regra, é a incidência do ISS. Há dois grupos de serviço em que há incidência do ICMS, quais sejam:
Transporte: em relação ao transporte, para que haja incidência do ICMS, ele deve ocorrer entre 2 municípios do mesmo estado da federação. Não interessa o objeto de transporte (pessoas, bens, valores) e o meio do transporte. Saiu de SSA e foi para FSA, incide ICMS. 
A única exceção a essa regra ocorre nos casos em que o transporte seja intermunicipal, porém na mesma região metropolitana (ex: SSA > LFA), deveria ocorrer a incidêncai do ICMS, mas irá incidir o ISS municipal.
Comunicação: comunicação não se confunde com informação. Serviço de comunicação submete-se à incidência do ICMS. Serviço de informação é ISS. Comunicação caracteriza-se pela interatividade, há uma interação entre o emitente e o receptor da mensagem. Telefonia há incidência de ICMS. Já rádio, TV, jornal são informação. Na internet, temos comunicação e informação, a depender da atividade realizada. 
 
AULA 06/09
Aspecto Espacial: A operação poderá ser interna ou interestadual ou de importação (não se inclui a operação de exportação, existe uma imunidades de exportações em matéria de ICMS, então fica de fora a análise sobre a exportação.).
Operação interna: é o que o nome indica, se refere ao territóriode competência, dentro de determinado Estado. Operação interna é a que o comprador e o vendedor estão no Estado da Bahia. Operação interna ocorre nos limites territoriais do Estado considerado. O que ocorre com a operação interna, nesse caso? Vai se aplicar a alíquota do Estado cujo território tenha ocorrido a compra e venda da mercadoria. 
Operação Interestadual: exemplo em que a mercadoria saiu de SP e foi para a Bahia, saiu de Bahia para MG etc. Para o ICMS, temos que observar o destinatário da operação, existem duas categorias de destinatário, quais sejam: se o destinatário é contribuinte ou não contribuinte (não contribuinte é o consumidor final, aquele que adquire o produto para usar, não para revender, já o contribuinte do ICMS é quem comercializa). Na operação interestadual para não contribuinte do imposto, aplica-se o ICMS do Estado de origem, é uma operação que se equipara a uma operação interna ao estado de origem, é como se sequer fosse uma operação interestadual, olha-se como uma operação interna do Estado de origem. Já a operação interestadual para o contribuinte do ICMS, é aquele que compra o produto em SP e que não é o destinatário final (consumidor), mas sim uma empresa, como a Insinuante. Nesse caso, haverá uma divisão da carga tributária, uma parte do ICMS ficará na origem e outra parte ficará no destino. Quanto fica na origem e no destino? Na origem ficará o equivalente àquilo que a legislação chama de alíquota interestadual e, quanto ao destino, ficará o “DIFAL”, que é a diferençal de alíquota interestadual. Quanto vale cada uma dessas parcelas? A alíquota interestadual é de 12%, em regra, e, excepcionalmente, 7%. Esses 7% de exceção é quando o produto saiu de um dos estados do Sul e Sudeste, e foi enviada para um dos estados na região norte, nordeste, centro-oeste e o estado de espírito santo. Qualquer outro movimento interestadual terá a alíquota de 12%. 
*DIFAL: corresponde à diferença entre a alíquota interna do estado de destino e a alíquota interestadual em favor da origem. 
A alíquota é sempre a do local de origem do produto, em que o vendedor está localizado.
Operação de Importação: o ICMS será recolhido em favor do estado em que se encontra localizado o importador. Considera-se realizando o fato gerador no estado em que se encontra localizado o importador. Como foi dito, será aplicada a alíquota no estado em que se encontra o importador. É importante ressaltar que não é o estado por meio do qual entrou a mercadoria, mas o estado em que se encontra o importador.
Aspecto temporal: Qual o momento em que ocorre o fato gerador? Depende de qual seja o tipo da operação. Pode ser operação de venda/importação/leilão. Se a operação é de venda, segundo a lei complementar 87/96, o momento exato em que se considera ocorrida o fato gerador é o momento da saída da mercadoria do estabelecimento comercial. No caso do contrato de encomenda, por exemplo, com a rede de supermercados, não haverá a incidência imediata com a celebração do contrato, mas com a saída da mercadoria. Se estivermos em uma operação de importação, o momento é o desembaraço aduaneiro (procedimento administrativo de liberação da mercadoria dos recintos alfandegários -porto, aeroporto, fronteira etc.). No leilão, a incidência se dá com a arrematação, é o momento em que há a arrematação. 
Aspecto Subjetivo: quem pode exigir o ICMS? O sujeito ativo é o estado ou DF. Vai exercer a capacidade ativa através do órgão competente (SEFAZ) e judicial na procuradoria fiscal. Sujeito passivo: contribuinte e responsável. Contribuinte é aquele que realiza o fato gerador, temos que recorrer aos tipos de operação em que há a ocorrência do fato gerador. Na operação de venda o contribuinte do ICMS não é quem compra, mas sim quem vende, mais precisamente é aquele que promove a saída da mercadoria do estabelecimento comercial ou equiparado. Na operação de importação o contribuinte é o importador, aquele que contratou a aquisição do bem importado. No leilão, o contribuinte é o arrematante, aquele que dá a ordem vencedora. Com relação ao responsável, há que se destacar três categorias de responsáveis, são eles: responsáveis por substituição, o transportador, o possuidor. Responsável conceitualmente é sempre aquele que não realizou o fato gerador, mas a legislação determina que seja o devedor da obrigação tributária (é mais fácil exigir do responsável que do contribuinte). Nesse sentido, é importante destacar 3 categorias: responsável por substituição, transportador e possuidor. Em relação ao substituto é quando em princípio o devedor seria o contribuinte, mas em alguns casos, a lei determina que seja outro sujeito da cadeia mercadológica. O que seria mais fácil para a fazenda pública? Sair arrecadando ICMS de cada operação comercial em cada estabelecimento ou incidir o ICMS em cada um delas, mas só cobrar em determinado momento da cadeia mercadológica?. O substituto então sub-rogasse no lugar do contribuinte para fins de pagamento do ICMS. 
Outro regime de responsabilidade é o da figura do transportador: transportador de mercadoria desacompanhada do documentário fiscal (da nota fiscal) é responsável pelo pagamento do ICMS respectivo. É o caminhão que é parado no posto de fiscalização, e que pede-se documento da mercadoria, mas ele não tem, ele não é contribuinte da operação, mas poderá ser responsabilizado. 
Possuidor de mercadoria desacompanhada de comprovação do recolhimento do ICMS é a última hipótese, a lei diz que nesse caso específico deve ser considerada a circunstância em que foi encontrada a mercadoria (pois todo indivíduo é possuidor de mercadoria), então vai depender da quantidade de mercadoria encontrada, não há um critério objetivo sobre a quantidade, deve-se avaliar o caso concreto.
Aspecto Quantitativo: base de cálculo e alíquota. Base de cálculo: em regra o valor para fins de base de cálculo é o valor cobrado na operação (seja qual for a operação). No caso da venda é o valor consignado na nota fiscal. A regra geral é o preço da operação. Uma observação importante é que as fazendas públicas e os estados em vez de considerar o preço praticado, elas poderão considerar um valor fruto de um levantamento que elas mesmos fizeram (pauta fiscal ou tabela price). Essa pauta fiscal ou tabela price é muito utilizada nas operações de importação, nos casos em que não há similar nacional, até por uma questão de fiscalização. Outra observação é a margem de valor agregado, é quando a FP arbitra um valor estimado na revenda de produtos de uma indústria a uma série de cadeia de vendas finais (exemplo da indústria que distribui para as farmácias). Isso ocorre nas indústrias de uma maneira geral, exemplo: carro tem o recolhimento do tributo na indústria, e não nas concessionárias. 
Ultima observação: um dos grandes problemas do ICMS é quando o empresário do ramo de cosmético, por exemplo, onde se tem um catálogo grande de produtos com mais de 300 itens, deve-se saber o MVA (margem de valor agregado) de todos os 300 produtos, essa indústria, se ainda tiver uma amplitude nacional, deverá saber o MVA em cada estado da federação. Esse é um grande problema do ICMS. 
A questão do Desconto: o desconto que foi concedido impactará ou não na base de cálculo, se o bem que valia 5mil e foi vendido por 800 reais, qual a base de cálculo utilizada? É necessário considerar se o desconto é condicionado ou não condicionado. O desconto condicionado é o que recebe apenas se cumprir uma condição, algo que deveria ser feito para receber o desconto, é o caso do celular que custa 2mil, mas se tiver conta telefônica com a operadora comprará por 500 reais, nesse caso o desconto não é considerado para fins de base de cálculo, utiliza-se o valor de 2mil. Desconto incondicionado é por exclusão, é sem qualquer condição anterior, nesse caso considera-se a base de cálculo do desconto. 
AULA 13/09
O ICMS não tem uma regulamentação ou lei complementar ou qualquer norma nacional que, de alguma maneira, uniformize ou indique em linhas gerais o regime de alíquotasdo ICMS. Em outras palavras, o estabelecimento da alíquota é livre para cada estado. 
Os Estados estabelecem as alíquotas em 2 critérios: geral (a alíquota que vai ser aplicada se não houver uma norma específica tratando em sentido contrário), essa alíquota geral varia entre 17% e 18%. Existem, também, as chamadas alíquotas especiais/excepcionais, elas serão aplicadas para outras mercadorias que a legislação especifica, ex: na Bahia a alíquota de energia elétrica é de 28%. 
Esses regimes de alíquotas, essa distinção entre geral e especial, são feitas em base na seletividade, princípio que estabelece a alíquota em razão da relevância do tributo no mercado (os mais essenciais tendem a ter alíquota menor). No caso de ICMS, a seletividade, ao contrário do que ocorre com o IPI, é facultativa. A CF, quando se refere à alíquota do IPI, obriga que a alíquota seja seletiva. Em todo caso, a seletividade serve como fundamento para a variação dessas alíquotas do ICMS. 
As alíquotas de 12% e 7% das interestaduais, por incidirem em mais de um estado da federação, tem regulação nacional por resolução do senado.
IPI:
1. Competência: trata-se de imposto de competência federal, apenas a União pode legislar em matéria de IPI. Em que pese se tratar de imposto federal, nem tudo que se arrecada a título de IPI é destinado à União. 
2. Transferência: Parte da arrecadação de IPI é transferido. A CF se remete a 2 grupos de transferências, 1: o equivalente ao grupo de 49% (24,5% para o FPM, 22,5% ao FPE e 3% para a região norte/nordeste/centro-oeste). 2: equivalente a 10% da arrecadação do IPI serão destinados ao fundo de compensação das exportações, esse fundo serve para a União participar nas perdas (…), ele será distribuído de maneira proporcional às respectivas exportações, ex: Bahia exporta o equivalente a 8% das exportações do país inteiro, logo, ela terá 8% desse fundo de compensação. 
3. Princípios: o normal, a regra geral, é que o IPI seja submetido aos princípios constitucionais tributários. Observações: exceção à legalidade e anterioridade. O IPI constitui exceção à legalidade de forma restrita, apenas em relação à alíquota. Se a União quiser aumentar ou diminuir a alíquota do IPI ela poderá fazer através de decreto, mas se quiser extinguir um regime de isenção ou alterar a base de cálculo, por exemplo, não haverá exceção, terá de ser por meio de lei. Princípio da anterioridade: ele é exceção à anterioridade, mas não à noventena.
4. Imunidade: tem uma imunidade relacionada ao IPI referente as exportações, os produtos industrializados para exportação tem imunidade de IPI, como também do ICMS. 
5. Aspecto Material: Operações; Produtos Industrializados
5.1. Operações: muito do que se refere ao ICMS conceitualmente também se aplica ao IPI. Operações para IPI é a mesma coisa do ICMS. 
a)Venda: é a principal forma. O que gera não é a compra, mas sim a venda do produto industrializado. É verdade que quem vende embute o valor na mercadoria para quem compra, mas quem realiza o fato gerador é quem vende.
b) Importação: nesse caso, quem realiza é quem compra o produto industrializado.
c) Leilão: leilão decorrente das apreensões de mercadoria, também ocorre com o arremate, com quem compra.
5.2. Produtos Industrializados: 
-Processo de Industrialização: na definição do que venha a ser processo de industrialização, o legislador tentou ser o mais amplo possível. Segundo a legislação, processo de industrialização é todo aquele procedimento que modifique ou altere a forma ou a essência do bem, da coisa, ou o aperfeiçoe para consumo. Essa definição é extremamente ampla, qualquer coisa que altere o bem é processo de industrialização. Embora a definição seja ampla, é necessário observar características essenciais para que haja realmente o processo de industrialização. Para se caracterizar enquanto processo de industrialização, devem estar presente duas características fundamentais: 1: a impessoalidade do processo, 2: processo seja realizado em série. O processo de industrialização deve ser impessoal, não há que se falar em envolvimento entre aquele que realiza o processo e aquele que produz a coisa e a coisa produzida. Outra característica relevante é a possibilidade de replicação do produto diversas vezes aplicando o mesmo processo de industrialização (isso exclui as obras de arte). 
a) Definição: segundo a legislação, é aquele submetido ao processo de industrialização. O produto para ser considerado industrializado é necessário que ele tenha acabado de sair de um processo de industrialização, ex: uma televisão que está a venda na insinuante não terá incidência do IPI, pois ela não acabou de sair da industrialização, é aquele que tenha acabado de sair de um processo de industrialização. 
b) Características Essenciais: existem algumas características quem podem parecer ser próprias do processo de industrialização, mas que não são necessariamente fatores indicativos de um processo de industrialização: a técnica utilizada, ferramentas, tecnologia aplicada, quantidade produzida, estrutura do local de produção, localização de onde se produziu etc. 
c) Aspectos Irrelevantes: condicionamento e recondicionamento. 
d) Modalidades: Transformação: a ideia de transformação do bem é aquilo que falamos do processo de industrialização, pode ser uma transformação na estrutura, essência, composição química etc. Quando vamos para a TIPI (tabela do IPI) veremos que a lista de produtos industrializados é imensa, então existem diversas formas de transformação. Montagem: o próprio nome indica, é a conjugação de partes para formar um todo. Beneficiamento: é a agregação de valor, é o enriquecimento de uma coisa, de um produto (limpar grãos, enriquecer nutricionalmente um alimento etc.). Acondicionamento ou Reacondicionamento: Acondicionamento é o processo de embalar, ele, em regra, é um processo de industrialização. Condicionamento: é a adaptação da coisa para uma utilização específica, ex: indústria ou empresa responsável por comprar pneu e aumentar a resistência para determinados locais etc. Recondicionamento: recauchutagem de pneus, reaproveitamento de motores etc. 
e) Exceções:
-Embalagem para consumidor: embalagem para presente ao consumidor final, ex: a empresa que embala para presente um produto ao consumidor em larga escala e fornece a uma loja. 
-Acondicionamento para Transporte: empresa contrata uma transportadora para enviar produto industrializado a algum lugar. A empresa de transporte não participa do ciclo de industrialização. 
-Conserto: pode entrar em alguma das modalidades anteriormente elencada, mas o conserto pode ser uma prestação de serviço e nesse caso não incide IPI.
-Farmácia de manipulação: a rigor faria um processo de industrialização, mas há uma exceção específica. 
-Tintas: em vez de ir na loja comprar o galão de tinta, existe uma máquina que produz o galão para o cliente, mas é uma exceção à lei.
-Preparação de alimentos para consumidor: se você pedir um prato de comida em um lugar entraria na logica de transformação e seria um processo de industrialização, mas essa preparação de comida está expressamente excepcionada. 
Aula 27/09
ITCMD/ITD: Na Bahia é chamado de ITD.
1. Competência (art. 155, I, CF): cabe instituir esse imposto aos Estados, cada estado vai instituir seu imposto de transmissão causa mortis e doações. 
2. Limitações: esses dois impostos não tem as exceções do IPTU, IR etc. Em relação à alíquota, base de cálculo etc. Ambos os impostos respeitam os princípios tributários.
3. Aspecto Material: fato gerador do imposto é a transmissão causa mortis e a doação, ou seja, o sujeito falece e vai surgir a obrigação de pagar o tributo na medida em que esse imposto surge através da morte ou por conta de uma doação. A doação é aquela em que por liberalidade transfere-se parcela de seu patrimônio para outrem. (cabe em doação onerosa?)
4. Aspecto Temporal: 
4.1. Causa Mortis: momento de ocorrência do fato gerador é a abertura da sucessão. Abertura da sucessão é diferente de abertura do inventário.Abertura da sucessão acontece com o óbito, e inventário tem um procedimento prévio. 
4.2. Doação: depende do bem.
4.2.1. Imóveis: quando for bem imóvel o momento do fato gerador é o registro de transferência do doador ao donatário 
4.2.2. Móveis: transferência de titularidade dos bens móveis, ocorre através da tradição.
5. Aspecto Espacial: diferença entre os bens móveis e imóveis.
5.1. Bens Imóveis: competente o estado em que o bem está localizado. 
5.2. Bens Móveis: 
5.2.1. Por Herança: onde ocorre o inventário ou arrolamento. 
5.2.2. Por Doação: domicílio do doador. 
5.3. LC (lei complementar): as questões referentes do doador localizado no exterior serão reguladas por lei complementar. Contudo, essa lei complementar ainda não existe, cabendo a cada estado regular.
→ Doador – Domicílio no exterior 
→ De Cujus – Bens/Inventário no exterior.
6. Aspecto Pessoal: 
6.1. Sujeito Ativo: Estado competente no aspecto temporal.
6.2. Sujeito Passivo: Existe um conflito entre o CTN e a legislação que rege a Bahia. Na Bahia, o contribuinte é o donatário, mas existem casos em que, caso o donatário não pague, a responsabilidade vai ao doador.
6.2.1. Doação: CTN x Bahia
6.2.2. Causa Mortis: Herdeiro/legatário:
7. Aspecto Quantitativo:
7.1. Base de Cálculo: valor da transmissão. 
7.2. Alíquota: a legislação estadual que estabelece a alíquota aplicável na doação ou causa mortis. Existem uma limitação realizada pelo Senado Federal quanto à alíquota máxima.
7.2.1. Máxima – Resolução Senado Federal (Res. nº 9/92): A alíquota máxima hoje é de 8% (quase todos os estados cobram isso).
7.2.2. Proposta Confaz: proposta para aumento de 8% para 20% pela confaz. 
7.2.3. Bahia: 
7.2.3.1. Doação – 3,5%.
7.2.3.2. CM – 4% a 8%.
ITBIA/ITIV
1. Competência (art. 156, II, CF): competência do município. 
2. Limitações Constitucionais: são praticamente todas respeitadas, não há exceção. 
3. Imunidade Específica: existe, entretanto, uma imunidade específica (art. 156, §2º, II): faz referência à integralização de capital do imóvel. 
3.1. Integralização de capital com imóvel (art. 156, §2º, II): é a hipótese do sujeito que ingressa na realização de uma sociedade com um patrimônio de bem imóvel. Nesse caso, ao integralizar esse bem, não há incidência do ITBI, mesmo que ocorrendo uma transmissão onerosa do bem. Existe uma limitação quanto a essa imunidade, é a hipótese da constituição de uma sociedade apenas com o intuito de transferir o imóvel, nesse caso não há imunidade, seria uma hipótese de simulação.
3.2. Exceção: Na integralização de capital com bem imóvel tem a exceção dos casos em que o fim da empresa societária é a compra e venda de imóveis. 
4. Aspecto Material: não é apenas a transferência de bens imóveis, mas também os direitos de aquisição.
4.1. Bens imóveis
4.2. Direitos Reais
4.3. Direitos de Aquisição: faz referência à promessa de compra e venda. 
Obs.: registro (art. 1227, CC):
5. Aspecto Temporal:
5.1. FG instantâneo: ocorre no momento da transferência, ela só ocorre através do registro. Nesses casos, esse registro só pode ser efetuado quando já está pago o imposto. 
6. Aspecto Espacial: o imóvel está presente no município de Salvador, então cabe a Salvador instituir esse tributo. No caso de imóveis localizado em divisa, onde tem 2 municípios discutindo a cobrança do imposto. O contribuinte deverá observar em que local o bem está matriculado, caso haja 2 matrículas, o contribuinte deverá ajuizar uma consignação em pagamento.
7. Aspecto Pessoal:
7.1. Sujeito ativo: Salvador.
7.2. Sujeito Passivo: em Salvador é o adquirente, mas isso varia em cada município. 
8. Aspecto Quantitativo:
8.1. Base de cálculo: a base de cálculo é o valor venal do imóvel transferido. O valor não é necessariamente o valor da tabela do IPTU, geralmente a tabela do IPTU está abaixo do mercado. O fisco deverá respeitar o valor do mercado. 
8.2. Alíquota: Segue a mesma lógica do outro imposto, o ente competente para instituir o tributo vai estabelecer a alíquota. Aqui não tem uma alíquota máxima nacional, mas dificilmente ultrapassa o valor de 5%.
8.2.1. Lei Municipal: 
8.2.2. Súmula 656/STF (progressividade): é possível pagar alíquotas diferentes de acordo com o valor do imóvel? Stf entende que não, por ser um imposto real.
8.3. Lançamento: é por declaração.