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Direitos Humanos
”A Era dos Direitos” – Norberto Bobbio
- A crescente importância atribuída ao problema do reconhecimento dos direitos do homem seria um sinal positivo dos nossos tempos.
 ◦ Reforçaram-se cada vez mais os 3 processos: 1) Conversão em direito positivo; 2) Geneneralização; 3) Internalização.
- Perspectiva de filosofia da História (os D.H. são diretamente influenciados pelo contexto historico e as circunstâncias nas quais o homem está inserido).
- Transposição do aspecto individual para o da humanidade.
- D.H. como progresso moral da humanidade? -> O conceito de moral é problemático pois é muito relacionado a “ponto de vista”, e a noção de “bem” muda de cultura para cultura e de sociedade para sociedade.
- Os D.H. seriam divididos em 3 gerações:
 • 1ª: Direitos de “liberdade” (direitos civis e políticos) – Revolução Francesa 
 •2ª: Direitos de “igualdade” (direitos trabalhistas) – 1ª Revolução Industrial
 •3ª: Direitos de “solidariedade” (direitos das minorias) – Século XX
Desafios no Cenário Contemporâneo Internacional: (Flavia Piovesan)
Universalismo X Realismo Cultural
- As normas de direitos humanos podem ter um sentido universal ou são culturalmente relativas?
- Para os universalistas, os direitos humanos decorrem da dignidade humana, como valor intrínseco à condição humana. Defende-se, nesta perspectiva, o mínimo ético irredutível – ainda que possa se discutir o alcance desse “mínimo ético”.
- Para os relativistas, a noção de direitos está estritamente relacionada ao sistema político, econômico, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade. Cada cultura possui o seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de cada sociedade. Não há moral universal, já que a história do mundo é a história de uma pluralidade de culturas. Há uma pluralidade de culturas no mundo e estas culturas produzem seus próprios valores.
 ◦ Haveria diversas correntes relativistas: 1) Radical: concebe a cultura como a única fonte de validade de um direito ou regra moral; 2) Forte: acredita que a cultura é a principal fonte de validade de um direito ou regra moral; 3)Fraco: sustenta que a cultura pode ser uma importante fonte de validade de um direito ou regra moral.
↘ Visão de Boaventura de Souza Santos: - Concepção multicultural de D.H.
- Multiculturalismo Emancipatório: Através de um diálogo intercultural, seria feita uma concepção multicultural dos D.H.
 -O multiculturalismo seria uma pré-condição de uma relação equilibrada e mutuamente potenciadora entre a competência global e a legitimidade local, que constituem os dois atributos de uma política contra-hegemônica de direitos humanos no nosso tempo.
 - Como todas as culturas possuem concepções distintas de dignidade humana, mas são incompletas, haveria que se aumentar a conciência destas incompletudes culturais mútuas, como pressuposto para um diálogo intercultural.
- O autor defende a necessidade de superar o debate sobre universalismo e relativismo cultural.
Respeito à Diversidade X Intolerância
- A violação aos direitos econômicos, sociais e culturais propicia a violação aos direitos civis e políticos, eis que a vulnerabilidade econômico-social leva à vulnerabilidade dos direitos civis e políticos.
- A negação da liberdade econômica, sob a forma de pobreza extrema, torna a pessoa vulnerável à violação de outras formas de liberdade (social e política).
- A pobreza teria gênero (feminino) e cor (negra)
- Particularização dos D.H’s -> Leis direcionadas a certos indivíduos (“análize da peculiaridade de cada indivíduo para assim poder exercer uma certa proteção sobre ele”)
- “Proteção do Vulnerável”(diminuir a vunerabilidade de certos grupos) como um dos principais objetivos dos D.H’s
Laicidade Estatal X Fundamentalismos Religiosos
- A ordem jurídica em um Estado Democrático de Direito não pode-se converter na voz exclusiva da moral de qualquer religião.
- Em um Estado laico, marcado pela separação entre Estado e religião, todas as religiões mereçem igual consideração e profundo respeito, inexistindo, contudo, qualquer religião oficial, que se transforme na única concepção estatal, a abolir a dinâmica de uma sociedade aberta, livre, diversa e plural.
- Há o dever do Estado em garantir as condições de igual liberdade religiosa e moral, em um contexto desafiador em que, se de um lado o Estado contemporâneo busca separar-se da religião, esta, por sua vez, busca adentrar nos domínios do Estado (ex: bancadas religiosas no Legislativo)
 ◦ Destacam-se, aqui, duas estratégias: 
Reforçar o princípio da laicidade estatal, com ênfase à Declaração sobre a Eliminação de todas as formas de discriminação com base em Intolerância Religiosa.
Fortalecer leituras e interpretações progressistas no campo religioso, de modo a respeitar os Direitos Humanos.
Direito ao Desenvolvimento X Assimetrias Globais:
-Em 1986, foi adotada pela ONU a Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento por 146 Estados (com um voto contrário – EUA – e 8 abstenções)
- O direito ao desenvolvimento se compreende em três dimensões:
A importância da participação, com realce ao componente democrático a orientar a formulação de políticas públicas. A sociedade civil clama por maior transparência, democratização e accountability na gestão do orçamento público e na construção e implementação de políticas públicas;
A proteção às necessidades básicas de justiça mundial, enunciando a Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento que: “A pessoa humana é o sujeito central de desenvolvimento e deve ser ativa participante e beneficiária do direito ao desenvolvimento”.
A necessidade de adoção de programas e políticas nacionais, como de cooperação internacional – já que a efetiva cooperação internacional é essencial para prover aos países em desenvolvimento meios que encorajem o direito ao desenvolvimento. Os Estados tem o dever de adotar medidas, individualmente ou coletivamente, voltadas a formular políticas de desenvolvimento internacional, com vistas a facilitar a plena realização de direitos; acrescentando que a efetiva cooperação internacional é essencial para prover aos países em desenvolvimento meios que encorajem o direito ao desenvolvimento.
Proteção dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais X Desafios da Globalização Econômica:
- Este desafio relaciona-se com o anterior, e destaca à temerária flexibilização dos direitos sociais.
- A globalização econômica tem agravado ainda mais as desigualdades sociais, aprofundando-se as marcas da pobreza absoluta e da exclusão social.
- Há que se reforçar a responsabilidade do Estado no tocante à implementação dos direitos econômicos, sociais e culturais.
- Asborn Eide: ‘Caminhos podem e devem ser encontrados para que o Estado assegure o respeito e a proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais, de forma a preservar condições para uma economia de mercado relativamente livre. A açaõ governamental deve promover a igualdade social, enfrentar as desigualdades sociais, compensar os desequilíbrios criados pelos mercados e assegurar um desenvolvimento humano sustentável. A relação entre governos e mercados deve ser complementar”.
- Mercados livres teriam como consequência o mínimo de respeito econômico em relação as classes mais baixas.
Combate ao Terror X Preservação de Direitos e Liberdades Públicas:
- No cenário Pós 11 de setembro o risco é que a luta contra o terror comprometa o aparato civilizatório de direitos, liberdades e garantias, sob o clamor de segurança máxima.
 ◦ Basta se atentar a doutrina de segurança adotada nos EUA pautada: a) no unilateralismo; b) nos ataques preventivos; c) na hegemonia do poderio militar norte-americano – Ao observar-se essa doutrina percebe-se que com esse “ataques preventivos” baseados no unilateralismo acaba demonstrando características semelhantes com o “estado de natureza” Hobbesiano, além de demonstrar grande negligência do Direito Internacional.- Após a instituição desse “Império do Mal”/”Mal do Império”/”Cultura do Medo”, muitos países “regrediram” em relação aos D.H. instituindo penas de morte, maior duração de penas criminais, justificação da tortura no combate ao “terror”, atropelamento de processos jurídicos, entre outros.
- “Como preservar a Era dos Direitos em tempos de terror?”

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