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Roteiro 4 - Meios de Defesa do Devedor

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Escola de Direito
Curso de Direito – Câmpus Maringá
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	Curso: Direito 
	Data: 
	Disciplina: Tutela Executiva
	Período/Turma:
	Professor Responsável: Luciano Schwerdtner
	Semestre: 02/2013
	Coordenador: Marcus Geandré Nakano Ramiro
	4ª UNIDADE – MEIOS DE DEFESA DO DEVEDOR
Embargos à execução (ou do devedor)
Conceito, natureza jurídica, cabimento.
“Ação de conhecimento, geradora de processo incidental e autônomo, mediante a qual, com eventual suspensão da execução, o executado impugna a pretensão creditícia do exequente e a validade da relação processual executiva.”
Tem a função de preservar o direito de defesa do devedor, já que no processo de execução não é possível a discussão ampla da relação jurídica de direito material (conhecimento sumário).
Próprio das execuções de título extrajudicial (cabimento), tem como equivalente nas execuções de títulos judiciais a impugnação ao cumprimento de sentença.
Espécies:
Quanto ao momento em que devam ser propostos:
Embargos à execução (ou de primeira fase): oponíveis assim que o devedor é citado, ou seja, assim que ingressa na relação processual (v. Arts. 736, 738 e 745, CPC);
Embargos à arrematação, alienação e à adjudicação (ou de segunda fase): cabíveis apenas na execução por quantia certa, entre a expropriação dos bens penhorados e o encerramento, mediante sentença, do processo executivo (v. Art. 746, CPC)
Quanto a matéria que, diante do título executivo, possam veicular:
Embargos fundados em título judicial: aplicáveis para os casos de embargos à execução contra a Fazenda Pública, e às execuções de fazer, não fazer e entrega de coisa fundadas em sentença arbitral, transação extrajudicial homologada judicialmente, sentença estrangeira homologada pelo STJ (ausência de processo de conhecimento prévio).
Embargos fundados em título executivo extrajudicial: prestam-se a veicular qualquer das matérias descritas no art. 745, CPC.
Há, ainda, referência no CPC, a respeito dos embargos de retenção e na execução por carta, mas Eduardo Talamini e Luiz Rodrigues Wambier entendem que não são espécies de embargos, uma vez que se tratam de, no primeiro caso, matéria de defesa nos embargos à execução para entrega de coisa (art. 745, §1º e 621, CPC) e de distribuição de competência para apreciação da execução cuja citação e outros atos se dá por carta precatória (art. 658 e 747, CPC), no segundo caso.
Prazo e requisitos da petição inicial
Prazo: 15 dias contados da juntada do mandado de citação aos autos da execução (art. 738, caput, CPC), da informação nos autos da execução do cumprimento positivo da carta precatória citatória ou do vencimento do prazo do edital, no caso de citação por edital (primeira fase – Art. 738, §2º, CPC) ou 5 dias contados da expropriação (segunda fase – art. 746, CPC).
Requisitos: além dos previstos no art. 282, os elencados no art. 736 e a situação especial do art. 238 (endereço atualizado) e do art. 739-A, §5º, todos do CPC.
Condições objetivas: 
a) tempestividade (art. 739, I, CPC)
b) desnecessidade de assegurar o juízo, pela penhora (execução para pagamento de quantia certa), pelo depósito ou pela busca e apreensão do bem (execução para entrega de coisa);
c) limitação das matérias de defesa nos casos de embargos à execução de título judicial, bem como nos embargos de 2ª fase.
d) requisitos gerais para o deferimento da petição inicial (art. 739, II e 282 c/c 598, CPC)
Competência: Art. 108, CPC, ou seja, o juízo da execução, com distribuição por dependência aos autos da execução.
Peculiaridade da execução por carta: art. 658 c/c 747, CPC. Podem ser distribuídos por dependência aos autos da carta precatória ou aos autos da execução, devendo o juízo encaminhar os embargos para o juízo competente, considerando-se que o da carta é competente para os embargos de segunda fase, enquanto que o da execução para os de primeira fase.
Procedimento
Petição inicial → Preparo → Indeferimento Liminar ou Recebimento (apensamento – art. 736, parágrafo único, CPC) → Intimação/Citação do Credor por advogado → Impugnação aos embargos (art. 740, CPC → prazo de 15 dias) ou revelia → Saneamento → Audiência de conciliação (possibilidade: art. 331 c/c 125, IV, CPC) → Julgamento antecipado (art. 330, CPC) → Sentença (atacável por apelação com efeito suspensivo apenas se for pela procedência dos embargos – art. 520, V, CPC).
Efeito suspensivo provocado
Em decorrência do art. 739-A, CPC, os embargos só terão efeito suspensivo se provocado pelo devedor (com sua devida comprovação) e conferido pelo juízo.
Assim, somente nos casos de relevância dos argumentos do devedor e risco de grave dano de difícil ou incerta reparação é que será concedida, podendo ser modificada a qualquer momento, contanto que comprovada a alteração da situação fática.
A suspensão poderá ser parcial ou total e não impedirá a penhora e a avaliação dos bens do devedor.
Embargos de 2ª fase (art. 746, CPC)
Conceito, natureza jurídica, cabimento: vide acima.
Prazo e requisitos: 5 dias contados da intimação do ato que enseja o embargo (arrematação, alienação ou adjudicação).
Procedimento: a mesma dinâmica dos embargos do devedor com a adaptação dos prazos para oposição e defesa, ou seja, 5 dias em vez de 15 dias.
Demais particularidades
Possibilidade de suspensão do processo de execução.
Matérias veiculáveis: discussão de aspectos processuais e de mérito surgidos depois de exaurida a faculdade de interposição de embargos de primeira fase (art. 746 e 694, CPC)
Objeção à Execução, Objeção de Pré-executividade ou Exceção de Pré-Executividade
Conceito e natureza jurídica
Meio de defesa, veiculado pelo devedor no bojo da própria execução, independentemente de embargos ou impugnação ao cumprimento da sentença, em que se ataca matéria cognoscível ex officio.
Tem natureza de objeção (meio de defesa), pela característica de ser arguível em qualquer momento e pelo fato da matéria objetada poder ser conhecida de plano pelo próprio juízo.
Hipóteses de cabimento
Defesas destinadas assegurar a devida observância do princípio do menor sacrifício do devedor: Ex.: impugnação ao valor incorreto da avaliação quando já opostos os embargos à execução.
Defesas atinentes a matérias que o juiz poderia até conhecer de ofício (admissibilidade da própria execução) → pressupostos processuais executivos e condições da ação executiva), leia-se: art. 267, IV, V e VI e §3º; art. 301 e seu §4º; art. 580, 586, 618, todos do CPC.
Defesas relativas a nulidades absolutas (ausência de intimação do cônjuge ou do credor de garantia real da ocorrência da penhora, nulidade do título, falta de executoriedade do título etc.).
Procedimento e dinâmica processual
Desnecessidade de ajuizamento, autuação em apartado ou apensamento à execução, por não se tratar de ação autônoma.
Por se tratar de objeção, não há citação, mas o objetado (credor) deverá ser intimado para responder ao procedimento, em virtude do contraditório.
A possibilidade de instrução probatória é exceção, ocorrendo para casos pontuais, como a necessidade de prova, por testemunhas ou documentos, da impenhorabilidade de certos bens.
Se a objeção for procedente, levará à extinção da execução, por sentença, apelável. Se for improcedente ou não levar à extinção da execução, a decisão terá natureza interlocutória, recorrível por agravo de instrumento.
Há precedentes que indicam a possibilidade de condenação em honorários advocatícios, em virtude da atuação dos causídicos na objeção.
Não há previsão legal para a suspensão da execução por meio da objeção de pré-executividade. Se o interessado necessitar do efeito, poderá requerer por meio de procedimento cautelar autônomo, ou, segundo Eduardo Talamini e Sérgio Arenhardt, no próprio processo de execução, com base no art. 615, III, CPC e no princípios da isonomia.
As matérias da objeção não possuem limite temporal (preclusão) e nãolevam à coisa julgada material, vez que a sentença não julgará o mérito, mas questão processual.
Campo de atuação
Apesar de não ser mais requisito para a oposição de embargos à execução a garantia do juízo pela penhora de bens (na execução por quantia certa contra devedor solvente), ainda há essa premissa no cumprimento de sentença, na execução fiscal, ou para os casos em que o prazo para os embargos já fluiu.
Daí se concluir que, a mudança da sistemática da execução por quantia certa contra devedor solvente (oposição de embargos sem penhora) não levará à extinção da objeção na execução.
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