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Intervenção do Estado na Propriedade Privada

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Intervenção do Estado na Propriedade Privada
*Princípio da função social da propriedade: trata-se de um direito relativo na medida em que o seu exercício, para ser legítimo, deve se compatibilizar com os interesses da coletividade. Cabe ao Estado, utilizando os instrumentos de intervenção na propriedade, o papel de agente fiscalizador do cumprimento da função social. O proprietário que desatende os requisitos da função social incide na prática de ato ilícito, podendo sujeitar-se à imposição de instrumentos sancionatórios de intervenção, como é o caso da desapropriação.
Alguns instrumentos de intervenção, no entanto, não tem caráter sancionatório, podendo recair sobre propriedades cumpridoras da função social.
Requisitos para cumprimento da função social: propriedade urbana_ cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
propriedade rural_ quando atende, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
- aproveitamento racional e adequado;
- utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
-observância da legislação trabalhista;
-exploração que favoreça o bem-estar de proprietários e trabalhadores.
propriedade pública_ além dos requisitos gerais exigidos para qualquer propriedade, está relacionado com atendimento da afetação específica no caso dos bens de uso especial e do uso múltiplo característico dos bens de uso comum do povo.
*É toda e qualquer atividade estatal que, amparada na lei, tenha por fim ajustá-la aos inúmeros fatores exigidos pela função social a qual está condicionada.
Modalidades:
a) Intervenção branda ou restritiva (não supressivas de domínio) → é aquela em que o Estado impõe uma série de restrições e condicionamento ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. A princípio não gera direito a indenização (porque você continua sendo dono da coisa com restrições apenas, porém se a coisa sofre dano, o Estado tem o dever de indenizar). Exemplos: poder de polícia, servidão, tombamento, requisição e ocupação temporária.
Intervenção drástica ou suspensiva (supressivas de domínio) → é aquela que o Estado, valendo-se da supremacia que possui em relação aos indivíduos, transfere coercitivamente para si a propriedade de terceiros, em virtude de algum interesse público previsto em lei. A única que existe é a desapropriação e o Estado tem em regra o dever de indenizar. Exemplos: desapropriação, confisco e pena de perdimento de bens.
→ Como regra geral, os instrumentos de intervenção do Estado têm seu uso autorizado e disciplinado pelo próprio ordenamento jurídico, mas existem casos como o do apossamento administrativo, ou desapropriação indireta, em que a intervenção estatal é realizada por meio de ato ilícito violador da ordem jurídica.
→ A autointervenção ocorre quando os mecanismos estatais de intervenção na propriedade alcançam o próprio patrimônio público. É quando o Estado define regras de autolimitação para cumprimento da função social da propriedade pública e favorecimento do interesse coletivo.
Formas de intervenção branda ou restritiva (não supressivas de domínio):
Requisição: É a modalidade de intervenção estatal através da qual o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares (sem situação de perigo: jurados, mesários são requisitados). Utilização transitória, onerosa, compulsória, pessoal, discricionária e autoexecutável de um bem privado pelo Estado em situações de iminente perigo público, podendo ser civil ou militar. É utilizado como instrumento de execução na medida em que depende da ocorrência da situação emergencial. 
Possui como fundamento a situação de perigo público iminente e é transitório (assim que cessa o perigo público iminente deve cessar também a intervenção). 
Indenização sempre posterior, só se houver prejuízo comprovado.
É instituído mediante ato administrativo vinculado.
Exemplos: escada para combater incêndio, veículo para perseguição a criminoso, barco para salvamento, terreno para socorrer vítimas de acidente.
Ocupação temporária: É a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos, mediante utilização discricionária, autoexecutável, remunerada ou gratuita e transitória, que pode ter como objeto bem móvel ou imóvel. Dispensa a caracterização de iminente perigo público, podendo ser realizada em qualquer situação de necessidade vinculada à obra ou serviço público.
De acordo com o art. 22, II, CF, apenas a União possui competência para legislar sobre a ocupação temporária, mas todos os entes federativos podem utilizá-la.
É instituída mediante ato administrativo vinculado quanto ao motivo, mediante ato formal ou simples ocupação material.
Obs.: O particular terá direito a indenização quando a ocupação for vinculada a uma futura desapropriação. Neste caso o pagamento de indenização será obrigatório (art. 36, decreto lei 3365/41). Nos demais casos a regra é da ausência de indenização, salvo se o proprietário comprovar efetivo prejuízo.
Limitações administrativas: São determinações de caráter geral, através das quais o Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações positivas, negativas ou permissivas, para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento das funções sociais. São definitivas, e podem ser instituídas por lei ou ato administrativo geral.
Ausência de indenização, porque são sempre gerais e não específicas a uma única pessoa.
Tombamento: É a forma de intervenção estatal na propriedade pela qual o Poder Público para proteger e preservar o patrimônio histórico, cultural, arqueológico, artístico, turístico ou paisagístico brasileiro de bens móveis e imóveis. O tombamento não transforma a coisa tombada em bem público, apenas visa a conservação e preservação da própria coisa, podendo também ser realizado pelo próprio proprietário, que deverá conferir direito de preferência à União, ao Estado e ao Município.
O tombamento instituído mediante ato administrativo vinculado, pois o único motivo que o Poder Público pode apresentar para instituí-lo é a necessidade de preservação histórica, cultural, que o bem possui.
As espécies de tombamento são voluntário, em que o proprietário do bem não se opõe ao tombamento ou pede para que o seu bem seja tombado ou compulsório, que ocorre apesar da resistência e inconformismo do proprietário.
Provisório, que ocorre enquanto estiver em curso o processo administrativo instaurado com a notificação do proprietário, e definitivo, que ocorre quando após concluir o processo, o bem tombado é inscrito pelo Poder Público no livro tombo.
É possível ocorrer o destombamento. 
Efeitos do tombamento: - Inscrição no Registro de Imóvel (para dar publicidade ao ato);
- O proprietário tem o dever de conservar e mantê-lo dentro de suas características culturais;
- Qualquer reforma no bem exige prévia autorização do poder público; 
- Dever de conferir direito de preferência a União, ao Estado e ao Município caso resolva alienar o bem. 
Servidão administrativa: É o direito real público (porque todos são obrigados a respeitar) sobre propriedade alheia, restringindo seu uso em favor do interesse público, decorrente da supremacia do interesse público sobre o privado. Não altera a propriedade do bem, mas apenas cria restrições na sua utilização, transferindo a outrem o uso e gozo.
A servidão atinge bens determinados, podendo gerar direito a indenização desde que exista significativo prejuízo.
Exemplos: placa com nome da rua na fachada do imóvel, passagem de fios e cabos pelo imóvel, instalação de torres de transmissão de energia em terreno privado, tombamento.
A instituição da servidão pode ocorrer por diversas formas. A forma mais comum é por meio de acordo entre o proprietário e o poder público, acordo este precedido por um decreto do Chefe do Executivo. Se o particular não concordar com o acordo, o único meio da sua instituição será por sentença. Também, há possibilidade,de ser instituída através de lei específica.
Poder de polícia: Consiste em restrições gerais impostas pelo Estado sobre liberdade e propriedade privadas, em benefício do interesse público. É o único que atinge as propriedades em geral na medida em que cria limitações aplicáveis simultaneamente a um conjunto indeterminado de bens móveis ou imóveis.
Exemplos: regras municipais sobre o direito de construir, leis de zoneamento, plano diretor, fiscalização de obras e construções, etc.
Limitar, fiscalizar e sancionar particulares.
Intervenções drásticas ou suspensivas (supressivas de domínio)
Desapropriação*
Confisco: Supressão punitiva de propriedade privada pelo Estado sem pagamento de indenização, em duas hipóteses, que podem recair sobre propriedades urbanas ou rurais: culturas ilegais de psicotrópicos (drogas) e exploração de trabalho escravo. 
Os bens imóveis serão destinados à reforma agrária e a programas de habitação popular, e os móveis reverterão a fundo especial com destinação específica.
Perdimento: Modalidade interventiva que implica a supressão compulsória de propriedade privada pelo Estado como consequência pela prática de crime.
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA ou apossamento administrativo: É uma desapropriação fática sem observância do devido processo legal, que gera indenização posterior, justa e por precatório e alcança quaisquer bens e direitos. Esbulho possessório praticado pelo Estado, quando invade área privada sem contraditório ou pagamento de indenização.
Desapropriação 
É a forma mais agressiva de intervenção na propriedade privada. Consiste no procedimento excepcional de transformação compulsória de bens privados em públicos, mediante pagamento de indenização, com fundamento na necessidade pública, utilidade pública ou interesse social.
Fundamentos Jurídicos – Políticos:
- Domínio eminente que o Estado exerce sobre todos os bens que estão no seu território;
- Supremacia do interesse público sobre o privado;
- Função social da propriedade: para saber se determinada propriedade cumpre ou não sua função social, é preciso identificar se a propriedade é urbana ou rural. No Direito Administrativo, o critério utilizado para diferenciação é o da destinação do bem. Assim, imóvel urbano é aquele destinado para fins de moradia, comércio, indústria e serviços. Já o imóvel rural é aquele destinado para utilização agrária. O imóvel urbano atende a sua função social quando atende as exigências previstas no plano diretor (art. 186§ 1º, CF), a propriedade rural atende a função social quando cumpre todos os requisitos previstos no art. 186 CF. 
Fundamentos normativos
Necessidade pública: Ocorre quando a desapropriação é a única medida para alcançar o interesse público, envolvendo situações de emergência, que exigem a transferência urgente e imprescindível de bens particulares para o domínio público, permitindo a utilização imediata do bem (segurança nacional, defesa do Estado e socorro público em caso de calamidade).
Ex.: O município tem que abrir uma rua e esta passa pela minha propriedade, o único meio de se construir a rua é desapropriando meu imóvel.
Utilidade Pública: É aquele onde a desapropriação configura-se como sendo a melhor medida para se alcançar o interesse público; caracteriza-se quando a desapropriação é mais conveniente e oportuna para o interesse público, mas não imprescindível. Enquanto na necessidade pública a desapropriação é a única solução, na utilidade pública é a melhor solução.
“Art. 5o  Consideram-se casos de utilidade pública:
a) a segurança nacional;
b) a defesa do Estado;
c) o socorro público em caso de calamidade;
d) a salubridade pública;
e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saude, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;
h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais; 
j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
k) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela natureza; 
l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico; 
m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;
n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;
p) os demais casos previstos por leis especiais.”
Interesse Social: É aquela que se destina a solucionar problemas sociais, promovendo a justa distribuição da propriedade ou condicionando seu uso ao bem-estar social, sendo sempre uma desapropriação de caráter sancionatório como forma de punição ao particular que descumpre a função social da propriedade.
*Política urbana e reforma agrária, cuja indenização é paga em títulos públicos.
Os bens desapropriados são destinados à coletividade ou a determinados destinatários legalmente definidos.
Bens passíveis de desapropriação
Qualquer bem passível de valoração econômica: móveis, imóveis, semoventes (animais), ações de empresa, cadáver, etc. além de posse, usufruto, domínio útil, subsolo, espaço aéreo, águas, ações de determinadas empresas e bens públicos.
*Não podem ser desapropriados: Dinheiro, direitos personalíssimos, a pessoa humana e a pessoa jurídica, órgãos humanos, bens móveis livremente encontrados no mercado, desapropriação para reforma agrária sobre bens móveis e imóveis urbanos ou imóveis rurais improdutivos, e pequenas e médias propriedades rurais, desapropriação para política urbana sobre bens móveis e imóveis rurais.
*Bens públicos podem ser desapropriados? Pode haver desde que se respeite a prevalência de interesses. A União pode desapropriar bens dos Estados e Municípios, o Estado pode desapropriar bens do Município, mas, Município não pode desapropriar bem público. 
Requisitos da Indenização
Justa: engloba o valor real do bem (ponto mais atacado no processo de desapropriação). Faz parte da indenização justa: juros compensatórios, juros moratórios, honorários advocatícios.
Prévia: antes do particular perder o direito de propriedade.
Em dinheiro, além de correção monetária e juros moratórios: 
Exceções: desapropriação para fim de reforma agrária, desapropriação sanção.
Procedimento
a) Fase Declaratória: 	Nesta fase, o poder público declara a utilidade pública, a necessidade pública ou o interesse social do bem para fins de desapropriação. A declaração expropriatória pode ser feita tanto pelo poder executivo (por meio de decreto), como pelo poder legislativo (por meio de lei).
Quando a desapropriação recair sobre bens públicos, será necessária uma autorização legislativa.
O ato declaratório que dá início ao procedimento da desapropriação, seja lei ou decreto, deve indicar o sujeito passivo da desapropriação, a descrição do bem, a destinação específica a ser dada ao bem, o fundamento legal e os recursos orçamentários destinados ao pagamento da indenização.
Efeitos da desapropriação expropriatória: 1 – As autoridades expropriantes ficam autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração.
2 – Fixa o estado de conservação do bem para o pagamento da futura indenização, de sorte que as benfeitorias posteriores a essa declaração somente serão indenizadas se forem necessárias e as úteis se tiverem sido previamente autorizadas pelo ente expropriante.3 – Inicia-se a contagem para a caducidade da declaração, que ocorre após 5 anos nas hipóteses de necessidade e utilidades públicas e 2 anos na hipótese de interesse social. Se o ato declaratório caducar, só após um ano é que a administração pública poderá emitir uma nova declaração sobre o mesmo bem. (prazo para concluir a indenização).
b) Fase Executória: A fase executória se desenvolve em duas vias: via administrativa e via judicial.
Na via administrativa há um acordo entre o Poder Público e o particular, devendo ser formalizado mediante escritura pública. Não havendo acordo entre o proprietário e o Poder Público, será necessário a propositura da AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO (na maioria das vezes pelo Poder Público ofertar um valor muito abaixo do que a propriedade vale para indenizar sobre a desapropriação).
Ação de Desapropriação
Partes: AUTOR: sempre o Poder Público – União, Estados, DF, Municípios, Autarquias, Fundação Pública de Direito Público, Concessionários de serviços públicos (desde que no contrato de concessão haja tal previsão).
RÉU: o proprietário do bem
Modalidade de respostas do réu: contestação, conversão e exceção. 
*A contestação na ação da desapropriação é limitada, podendo o réu apenas atacar vícios (ex.: falta de uma condição da ação; desvio de finalidade) no processo e o valor da indenização.
*Imissão provisória na posse (urgência e necessidade rápida da desapropriação): Se o expropriante alegar urgência e depositar a quantia estabelecida pelo juiz de acordo com as regas do CPC, o juiz decretará a imissão provisória na posse. Trata-se de um direito subjetivo do poder público, que não poderá saber. (sempre em via judicial)
*Na ação de desapropriação a sentença tem como objetivo fixar o valor da justa indenização que poderá ser levantada pelo expropriado. As dívidas fiscais serão deduzidas dos valores depositados. 
Efeitos da sentença de desapropriação: 1 – Permite a imissão definitiva do poder público na posse do bem; 2 – Constituí título capaz de viabilizar o registro de transferência de propriedade. 
Direito de Extensão: É o direito que o expropriado possui de exigir que a desapropriação e a indenização alcancem a totalidade do bem, quando o remanescente ficar esvaziado de utilidade e de conteúdo econômico. 
 Retrocessão: 	É o dever que se impõe ao poder público de oferecer ao expropriado o bem objeto da desapropriação, quando a administração pública desistir de dar uma destinação pública ao bem. 
Tredestinação: É o desvio de finalidade na desapropriação, será lícita quando a administração pública conferir finalidade pública diversa daquela prevista na declaração expropriatória, será ilícita quando a Administração deixar de conferir finalidade pública ao bem desapropriado.
Desistência da desapropriação: A Administração Pública só pode desistir da desapropriação até o momento da incorporação do bem ao patrimônio público, que ocorre no momento do trânsito em julgado da sentença ou do acordo firmado entre a Administração e o proprietário. Se o particular comprovar prejuízos com a desistência da desapropriação, terá direito a indenização.
Espécies de Desapropriação
Desapropriação por zona: É aquela onde o poder público desapropria a área próxima ao local onde vai ser realizada uma obra pública, que sofrerá valorização extraordinária em razão da obra. Posteriormente, a área valorizada é vendida e o lucro revertido ao pagamento da obra. Há entendimento minoritário de que a desapropriação por zona não foi recepcionada pela CF/88, que prevê a possibilidade da cobrança da contribuição de melhoria (espécie de tributo) em decorrência de obra pública. 
Desapropriação indireta ou apossamento*
Desapropriação para reforma agrária: De competência exclusiva da União, tem natureza sancionatória, servindo de punição para o imóvel que desatender a função social da propriedade rural, cuja indenização é paga a títulos da dívida agrária, e as benfeitorias úteis e necessárias são pagas em dinheiro.
Desapropriação para política urbana: Desapropriação por interesse social de competência exclusiva dos Municípios e natureza sancionatória, uma vez que recai sobre imóveis urbanos que desatendem sua função social (qualidade de vida, justiça social e desenvolvimento de atividades econômicas). Indenização em títulos da dívida pública.
Desapropriação dos bens públicos*
Desapropriação ordinária (comum) e extraordinária (de natureza sancionatória)*
Desapropriação confiscatória: Ocorre em qualquer região onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas, sem indenização.

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