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Resumo Cerebelo Guyton

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Matheus Vinícius UniRV	Campus Goianésia
Cerebelo
O cerebelo contribui para a coordenação fina da atividade motora. Com uma intensa aferência sensorial, o cerebelo rapidamente dá informações inconscientes sobre posicionamento corporal e estabelece reajustes da atividade motora já iniciada. Contribui na predição dos movimentos dos objetos, seleção de grupos musculares ou articulares a serem movidos, estabelece a distinção entre palavras similares e intensidade sonora, além do planejamento e organização de tarefas.
Nos movimentos voluntários, corrige irregularidades motoras, controla movimentos balísticos, compara a “intenção” motora central com a “performance” periférica. Na postura e equilíbrio é responsável pela coordenação com a medula, córtex e aparelho vestibular.
Perda do cerebelo não causa paralisia muscular.
Núcleos Centrais e Corpo Medular do Cerebelo
Núcleo Denteado
Núcleo interpósito > Núcleo emboliforme e núcleo globoso
Núcleo fastigial 
Núcleo fastigial localiza-se próximo ao plano mediano, enquanto o núcleo denteado, maior deles, localiza-se mais lateralmente. Entre eles, localizam-se os núcleos globoso e emboliforme, bastante semelhante em estrutura e função.
O corpo medular do cerebelo é constituído de substância branca e é formado por fibras mielínicas.
Anatomicamente, o cerebelo se divide em três lobos por duas fissuras profundas, como mostrado na Figura: (1) o lobo anterior, (2) o lobo posterior e (3) o lobo floculonodular. O lobo floculonodular é a mais antiga de todas as partes do cerebelo; desenvolveu-se junto com (e funciona com) o sistema vestibular, no controle do equilíbrio do corpo.
Do ponto de vista funcional, os lobos anterior e posterior são organizados não por lobos, mas ao longo do eixo longitudinal.
A estreita faixa chamada verme, separada do restante do cerebelo por sulcos rasos. Nessa área, fica localizada a maior parte das funções de controle cerebelar, para os movimentos musculares do corpo axial, pescoço, ombros e quadris.
A cada lado do vermis, existe grande hemisfério cerebelar, fazendo protrusão lateral, e cada um desses hemisférios se divide em zona intermediária e zona lateral.
A zona intermediária do hemisfério relaciona-se ao controle das contrações musculares, nas partes distais das extremidades superiores e inferiores, especialmente as mãos e os dedos e os pés e artelhos.
A zona lateral do hemisfério opera em nível muito mais remoto porque essa área se une ao córtex cerebral, no planejamento global de movimentos motores sequenciais.
As partes axiais do corpo se situam na parte vermiana do cerebelo, enquanto as extremidades e as regiões faciais se situam nas zonas intermediárias. Estas representações topográficas recebem sinais neurais aferentes de todas as respectivas partes do corpo, bem como de áreas motoras topograficamente correspondentes do córtex cerebral e do tronco encefálico. As grandes partes laterais dos hemisférios cerebelares não têm representações topográficas do corpo. Essas áreas do cerebelo recebem seus sinais aferentes , quase exclusivamente, do córtex cerebral. Acredita-se que essa associação neuroanatômica com o córtex cerebral permita às porções laterais dos hemisférios cerebelares desempenhar importantes papéis no planejamento e na coordenação das atividades musculares sequenciais rápidas do corpo.
Vias aferentes para o cerebelo
Via aferente extensa e importante é a via corticopontocerebelar que se origina nos córtices motor e pré-motor cerebrais e, também, no córtex somatossensorial cerebral. Essa via passa, por meio dos núcleos pontinos e tratos pontocerebelares, em sua maior parte para as divisões laterais dos hemisférios cerebelares contralaterais, relativamente às áreas cerebrais.
Além disso, tratos aferentes importantes se originam a cada lado do tronco encefálico; eles incluem:
trato olivocerebelar importante que, originado na oliva inferior, dirige-se para todas as partes do cerebelo, que é ativado, em sua origem na oliva inferior, por fibras do córtex motor cerebral, dos gânglios da base, de várias regiões da formação reticular e da medula espinhal
fibras vestibulocerebelares, algumas das quais se originam, diretamente, no próprio aparelho vestibular e outras são originadas nos núcleos vestibulares do tronco encefálico — quase todas elas terminam no lobo floculonodular e no núcleo fastígio do cerebelo;
fibras reticulocerebelares que se originam em diferentes porções da formação reticular do tronco encefálico e terminam nas áreas medianas cerebelares (principalmente, no verme).
Vias aferentes da Periferia – dois tratos dorsais e dois ventrais
Os mais importantes são o trato espinocerebelar dorsal e o trato espinocerebelar ventral
O trato dorsal chega ao cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior e termina no verme e na zona intermediária do cerebelo, no mesmo lado de origem.
O trato ventral entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior e termina em ambos os lados do cerebelo.
Os sinais transmitidos, pelos tratos espinocerebelares dorsais, vêm principalmente dos fusos musculares e, em menor grau, de outros receptores somáticos, em todo o corpo, como os órgãos tendinosos de Golgi, grandes receptores táteis da pele e receptores articulares. Todos esses sinais notificam o cerebelo sobre as condições momentâneas: (1) da contração muscular, (2) do grau de tensão sobre os tendões musculares, (3) das posições e velocidades de movimento das diferentes partes do corpo e (4) das forças que agem sobre a superfície do corpo.
Os tratos espinocerebelares ventrais recebem muito menos informações dos receptores periféricos. Em vez disso, eles são excitados, principalmente, por sinais motores que chegam aos cornos anteriores da medula espinhal vindos (1) do encéfalo pelos tratos corticoespinhal e rubroespinhal e (2) dos geradores de padrão motor interno, na própria medula. Essa via ventral é chamada de cópia de eferência.
Núcleos cerebelares profundos e Vias Eferentes
Os três núcleos cerebelares profundos: denteado, interpósito e o fastígio; recebem sinais de duas fontes: do córtex cerebelar e dos tratos sensoriais mais profundos aferentes para o cerebelo.
A via que se origina nas estruturas medianas do cerebelo (o verme), passa pelos núcleos fastígios dirige-se para as regiões bulbares e pontinas do tronco encefálico. Esse circuito controla o equilibro, em associação com o tronco encefálico, e as atitudes posturais do corpo.
A via que se origina na zona intermediária do hemisfério cerebelar > núcleo interpósito > núcleos ventrolateral e ventroanterior do tálamo > córtex cerebral > várias estruturas da linha média do tálamo > núcleos da base > núcleo rubro e formação reticular da parte alta do tronco encefálico. Esse circuito coordena as contrações recíprocas de músculos agonistas e antagonistas, nas partes periféricas das extremidades, especialmente, nas mãos, dedos e polegares.
A via que começa no córtex cerebelar, da zona lateral do hemisfério cerebelar e, então, passa para o núcleo denteado, a seguir para os núcelos ventrolateral e ventroanterior do tálamo e, finalmente, para o córtex cerebral. Desempenha papel de ajudar a coordenar atividades motoras sequenciais, iniciadas pelo córtex cerebral.
As fibras aferentes são do tipo trepadeiras (se originam nas olivas inferiores do bulbo) e musgosas (originadas de várias fontes – prosencefálicas, do tronco cerebral e da medula espinhal).
Função do Cerebelo no Controle Motor Global
O sistema nervoso usa o cerebelo para coordenar as funções de controle motor em três níveis, que são os seguintes:
Vestibulocerebelo – Consiste nos pequenis lobo floculonodulares que se situam sob o cerebelo posterior e nas porções adjacentes do verme. Proporciona circuitos neurais para a maioria dos movimentos associados ao equilíbrio do corpo.
Em pessoas com disfunção vestibulocerebelar, o equilíbrio é muito mais perturbado, durante o desempenho de movimentos rápidos, do que durante a estase, especialmente quando esses movimentosenvolvem alterações da direção do movimento e estimulam os canais semicirculares. Isso sugere que o vestibulocerebelo seja importante para controlar o balanço, entre contrações musculares de agonistas e antagonistas da coluna, quadris e ombros, durante alterações rápidas das posições corporais, como exigido pelo sistema vestibular.
Espinocerebelo – Consiste na maior parte do verme do cerebelo posterior e anterior mais as zonas intermediárias adjacentes em ambos os lados do verme. Circuitos responsáveis, principalmente, pela coordenação dos movimentos das partes distais das extremidades, especialmente as mãos e os dedos.
Essa parte do sistema de controle motor cerebelar proporciona movimentos coordenados e homogêneos dos músculos agonistas e antagonistas das extremidades distais para realizar movimentos padronizados agudos com finalidade. O cerebelo parece comparar as “intenções” dos níveis mais altos do sistema de controle motor, transmitidas à zona cerebelar intermediária pelo trato corticopontocerebelar, com o “desempenho” pelas partes respectivas do corpo, como transmitido de volta ao cerebelo da periferia.
Função de impedir movimentos com ultrapassagem do alvo e para amortecer movimentos
Controle de movimentos balísticos.
Cerebrocerebelo – Formado pelas grandes zonas laterais dos hemisférios cerebelares, situadas laterais às zonas intermediarias. Responsável por planejar movimentos voluntários sequenciais do corpo e das extremidades, planejamento esse que ocorre décimos de segundo antes dos movimentos reais. Isso é chamado de “imagens motoras” dos movimentos a serem realizados.
A destruição das zonas laterais dos hemisférios cerebelares, junto com seus núcleos profundos, os núcleos denteados, pode levar à falha extrema de coordenação dos movimentos complexos intencionais das mãos, dedos e pés e do aparelho fonador. Isso tem sido difícil de compreender, devido à falta de comunicação direta entre essa parte do cerebelo e o córtex motor primário. No entanto, estudos experimentais sugerem que essas partes do cerebelo se relacionem a dois outros aspectos importantes, mas indiretos do controle motor: (1) o planejamento dos movimentos sequenciais e (2) a “temporização” dos movimentos sequenciais.
Anormalidades Clínicas do Cerebelo 
Para causar disfunção grave e contínua do cerebelo, a lesão cerebelar, em geral, precisará envolver um ou mais dos núcleos cerebelares profundos – o denteado, o interpósito ou o fastígio. 
Dismetria e Ataxia. Na ausência do cerebelo, o sistema de controle motor subconsciente não consegue predizer até onde os movimentos irão. Portanto, os movimentos, usualmente, passam da marca pretendida; depois, a parte consciente do cérebro compensa, de modo excessivo na direção oposta para o movimento compensatório que se sucede. Esse efeito é chamado dismetria, e resulta em movimentos sem coordenação, chamados ataxia.
Passar do Ponto. Passar do ponto significa que, na ausência do cerebelo, a pessoa, comumente, movimenta a mão ou outra parte móvel do corpo consideravelmente além do ponto intencionado.
Disdiadococinesia. Incapacidade de Realizar Movimentos Rápidos Alternados. Quando o sistema de controle motor deixa de predizer onde as diferentes partes do corpo estarão em dado momento, “perde-se” a percepção das partes durante os movimentos rápidos. Como resultado, o movimento que se sucede pode começar cedo demais ou tarde demais, assim não ocorre e a “progressão do movimento” de forma organizada.
Disartria. Falha de Progressão ao Falar. Outro exemplo em que ocorre falha de progressão é ao falar, porque a formação de palavras depende da sucessão rápida e organizada de movimentos musculares individuais na laringe, na boca e no sistema respiratório.
Nistagmo Cerebelar. Tremor do Globo Ocular. O nistagmo cerebelar é o tremor do globo ocular que ocorre geralmente quando se tenta fixar os olhos numa cena em um dos lados do campo visual.
Hipotonia. Diminuição do Tônus da Musculatura. A perda dos núcleos cerebelares profundos, particularmente dos núcleos denteado e interpósito, causa diminuição do tônus da musculatura corporal periférica no mesmo lado da lesão cerebelar.

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