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Fenilcetonúria Tratamento e Acompanhamento Nutricional Serviço Especial de Genética Ambulatório de Fenilcetonúria - HC Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico - NUPAD Faculdade de Medicina / UFMG Nutricionistas: Michelle Rosa de Andrade Alves Rosângelis Del Lama Soares Viviane de Cássia Kanufre ▪ Doença genética autossômica recessiva; ▪ Resultante de mais de 500 mutações genéticas; ▪ Doença genética mais frequente. Fenilcetonúria (PKU) Erro inato do metabolismo de aminoácidos ▪ É caracterizada pela deficiência de uma enzima sintetizada pelo fígado, a fenilalanina hidroxilase (PAH). Incidência Mundial - 1:10.000 a 1:20.000 Em Minas Gerais - 1:21.800 Fenilcetonúria (PKU) Classificação ▪ Transitória; ▪ Permanente; ▪ Fenilcetonúria: leve e clássica; ▪ Deficiência de BH4. Hiperfenilalaninemias Transitória prematuridade, erro alimentar, desnutrição intra útero níveis de phe no sangue normais até 6 meses de idade. Permanente atividade enzimática superior a 5%, maior tolerância ao aminoácido Alta aos 6 anos. Hiperfenilalaninemias Fenilcetonúria Por quê uma criança nasce com fenilcetonúria? Triagem neonatal (Teste do Pezinho ) Suspeita diagnóstica Níveis séricos de phe ≥ 240 μmol/L Teste no 5º dia de vida ▪ Criança deve estar alimentada por 48 horas exames falsos negativos; ▪ Permite o início do tratamento precoce. A criança afetada é normal ao nascer. (o fígado materno protege o feto) Quando detectada e tratada precocemente evita o retardo mental. Ocorrem dos 3 aos 6 meses de vida ▪ Vômitos; ▪ Eczema - Odor característico; ▪ Microcefalia - Convulsões; ▪ Hipertonia - Hiperatividade; ▪ Retardo do desenvolvimento ; ▪ Retardo do crescimento. Manifestações clínicas Fenilalanina metabolismo normal Enzima Fenilalanina-Hidroxilase BH4 Fenilalanina No fígado Tirosina Fenilalanina PAH Tirosina Lesão do S.N.C. Ac. Fenilpirúvico Ac. Fenilacético Outras vias metabólicas BH4 L-DOPA Dopamina Melanina TRIPTOFANO Serotonina Fenilalanina metabolismo alterado Idade: Ideal até os 21 dias Níveis sanguíneos: > 600 μmol/L Mantém níveis sanguíneos de phe adequados Evita lesões ao Sistema Nervoso Central phe em excesso e seus catabólitos, produzem efeito tóxico nas funções somáticas e do SNC, levando à perda de capacidade intelectual. Tratamento precoce Tratamento O tratamento é dietético Características ▪ Restrição severa de fenilalanina (phe) proteínas naturais; As proteínas alimentares são muito ricas em phe ▪ Utilização de um substituto protéico para completar o aporte de proteínas. Objetivos do tratamento ▪ Manter os níveis sangüíneos de fenilalanina de acordo com o recomendado para fenilcetonúricos; ▪ Evitar as manifestações clínicas da doença; ▪ Oferecer quantidades adequadas de fenilalanina, proteínas calorias e micronutrientes; ▪ Promover o crescimento e desenvolvimento adequados. Oferta protéica Fórmula especial: substituto protéico (mistura de aminoácidos): ▪ Produto importado; ▪ Alto custo; ▪ Uso contínuo; ▪ Fracionamento; ▪ Modo de ingestão. Suplementado com tirosina, selênio, vitaminas e minerais. Tratamento Depende: ▪ Retornos frequentes; ▪ Dosagens sanguíneas mensais; ▪ Dieta monitorada na frequência adequada; ▪ Apoio do município, das escolas, da família e amigos (inclusão social). Consultas nutricionais e dosagens de phe no sangue De 0 a 6 meses De 6 meses a 1 ano De 1 a 2 anos >2 anos Semanal Quinzenal Mensal A cada 2 meses Fenilcetonúria 1,81 m – 17 anos Atendimento aos pacientes com diagnóstico tardio ▪ Instituído a qualquer momento que a família desejar; ▪ Melhora da qualidade de vida; ▪ Comunicação ao NUPAD; ▪ Realização de coletas sanguíneas venosas. Atendimento ambulatorial Avaliação antropométrica peso estatura Fenilcetonúria Alimentos com alto teor em fenilalanina Carne (todos os tipos), leite e derivados, ovo, embutidos, farinhas de trigo, grãos, soja e aspartame. Alimentos com médio teor em fenilalanina Legumes, vegetais e frutas Alimentos com baixo teor em fenilalanina Frutas: acerola, limão jabuticaba Farinhas: polvilho, mandioca Doces: açúcar,geléia de frutas, mel, sagú, cremogema Outros: refrigerantes, picolé, balas, pirulito Elevação dos níveis de fenilalanina no sangue relacionados à dieta ↑ phe dietética → qualidade, quantidade ↓ ingestão de calorias e ↓ proteínas → catabolismo Início do tratamento 1. Leite materno como fonte de phe + fórmula especial ou 2. Fórmula láctea infantil (fonte de phe) + fórmula especial Fórmula especial: mistura de aminoácido, amido de milho, açúcar e óleo Leite materno Introdução de alimentos de acordo com a faixa etária Período Introdução de alimentos 1º mês Fórmula especial 2º mês Suco de frutas rico em vitamina C 3º mês Papa de frutas 4º mês Papa de legumes 6º mês Teste de Sobrecarga 7º mês Segunda refeição de sal (jantar) Tabelas utilizadas Equivalentes Alimento Medida caseira Peso (g) Medida caseira Peso (g) Arroz cozido 3 colheres de sopa 45 1 e 1/2 colheres de sopa 22 Batata cozida 3 colheres de sopa 90 1 e 1/2 colher de sopa 45 Batata frita 1 e 1/2 colher de sopa 37 1/2 colher de sopa 18 50 mg de Phe 25 mg de Phe Avaliação dietética Recordatório 72 horas Análise de macronutrientes Auxílio na alimentação diária ▪ Farinha de Trigo Rilla®; ▪ Macarrão Rilla®; ▪ Substituto do ovo; ▪ Derivados a partir destes produtos. Alimentos especiais No Brasil existem alguns alimentos especiais com baixo teor de Phe. São de alto custo e produzidos em pequena escala: Teor de phe em 100 g de alimento Tipo de alimento Phe (mg) Especial Comum 72 170 19,5 600 45 640 Macarrão cozido Farinha de trigo Substituto do ovo Ovo Adesão à dieta ▪ Estabilidade emocional da criança e familiares; ▪ Criança menos agitada; ▪ Crescimento e desenvolvimento geral adequados. A partir do 1º ano de vida No 1º ano de vida ▪ Socialização das crianças; ▪ Menor tensão dos pais; ▪ Maior autonomia infantil; ▪ Envolvimento de parentes; ▪ Poucas opções de alimentos especiais no Brasil. Características especiais nas diferentes faixas etárias ▪ Pré escolar: início das transgressões; ▪ Escolar: orientação para as escolas; ▪ Adolescentes: avaliar necessidade de cálcio, reforçar o uso da mistura de aminoácidos, características da idade; ▪ Gestantes: controle rígido dos níveis de phe no sangue. Principais dificuldades 1. Frequentes transgressões; Quantidade: apetite aumentado Qualidade: alimentos proibidos ▪ Autonomia do fenilcetonúrico, interferência de familiares; ▪ Manifestações clínicas sutis; ▪ Características em diferentes faixas etárias. 2. Controle da dieta próximo ao dia do exame; 3. Obesidade; ▪ Característica da dieta: dificuldades na restrição de carboidratos simples e gorduras. 4. Produtos especiais; ▪ Dificuldade na aquisição, alto custo, poucos produtos, preparaçõesespeciais (difícil preparo). 5. Nível sócio econômico; 6. Nível cultural. Principais dificuldades Equipe multidisciplinar Nível sócio- econômico e cultural Familiares Faixa etária Hábitos alimentares Aspectos psicológicos Adesão a dieta Datas comemorativas CEAPS- Centro de Educação e Apoio Social Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG Belo Horizonte (MG) Michelle Rosa de Andrade Alves michelle@nupad.medicina.ufmg.br Rosângelis Del Lama Soares rodls@terra.com.br Viviane de Cássia Kanufre vikanufre@gmail.com Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Teste no 5º dia de vida Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 �Tratamento� �Objetivos do tratamento� Oferta protéica ��Tratamento�� Consultas nutricionais e dosagens de �phe no sangue Slide Number 19 ����Atendimento aos pacientes com�diagnóstico tardio���� Atendimento ambulatorial Avaliação antropométrica Slide Number 23 Slide Number 24 Alimentos com alto teor em fenilalanina Alimentos com médio teor em fenilalanina Alimentos com baixo �teor em fenilalanina Elevação dos níveis de fenilalanina �no sangue relacionados à dieta Início do tratamento Leite materno Slide Number 31 Tabelas utilizadas Avaliação dietética Auxílio na alimentação diária Slide Number 35 Slide Number 36 Slide Number 37 �Características especiais nas �diferentes faixas etárias� Principais dificuldades Principais dificuldades Slide Number 41 Slide Number 42 CEAPS- Centro de Educação e Apoio Social Slide Number 44
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