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APS 8 Perido - Carga de Vento

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UNIVERSIDADE PAULISTA - Campus Flamboyant - Goiânia 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
BENIVALDO DE MESQUITA RIPARDO 
EVANDO ONISIO DE SOUZA FILHO 
FERNANDA DE SOUZA CANDIDO 
NICOLAS PIGNATTI DE MELO 
THIAGO CLAUDINO BICALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANALISE DE CARGA DE VENTO 
EDIFICIO BELA VISTA WAY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2016 
 1 
B836HF0 - BENIVALDO DE MESQUITA RIPARDO 
B6793B7 - EVANDO ONISIO DE SOUZA FILHO 
A836799 - FERNANDA DE SOUZA CANDIDO 
B791IG2 - NICOLAS PIGNATTI DE MELO 
B7784E7 - THIAGO CLAUDINO BICALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANALISE DE CARGA DE VENTO 
EDIFICIO BELA VISTA WAY 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Atividade Pratica Supervisionado 
do Curso de Engenharia Civil apresentado à 
Universidade Paulista - UNIP, como parte dos 
requisitos do currículo acadêmico na matéria 
APS - Atividade Pratica Supervisionada. 
 
 
Professor: Arnaldo Alves de Araújo 
Engenheiro Civil 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2016 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a todos acadêmicos 
de Engenharia Civil a cada profissional da 
Indústria da Construção Civil em Especial a 
ACCE Construtora e Incorporadora. 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecemos primeiramente Deus pela fonte 
de vida, sabedoria e ciência do Universo. 
Agradeço aos colaboradores e engenheiro 
Eduardo Rodrigues de Ataides que 
proporcional esse conhecimento em pratica, 
favorecendo conhecimento extra além do 
esperado. 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Eu não posso mudar a direção do vento, mas 
eu posso ajustar as minhas velas para sempre 
alcançar o meu destino" (Jimmy Dean) 
 5 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 1: Edificação Bela Vista Way -------------------------------------------------------------- 12 
Figura 2: Visita técnica edificação Bela Vista Way ------------------------------------------- 13 
Figura 3: Modelo de Algumas residências da época. ---------------------------------------- 18 
Figura 4: Ponte Senador Feijó de 1909 ---------------------------------------------------------- 19 
Figura 5: Jockey Clube á 1926/2012 ------------------------------------------------------------ 19 
Figura 6: Edifício Burj Khalifa - Dubai nos Emirados Árabes------------------------------- 22 
Figura 7: Projeção da Torre H700 Shenzhen -------------------------------------------------- 23 
Figura 8: Edifício Millennium Palace -------------------------------------------------------------- 24 
Figure 9: Edifício Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower ------------------- 24 
Figura 10: Teste em Túnel de Vento-------------------------------------------------------------- 27 
Figura 11: Maiores Edifícios em Goiânia -------------------------------------------------------- 28 
Figura 12: Mapa de Isopletas no Brasil ---------------------------------------------------------- 31 
Figura 13: Coeficiente de Pressão externa ----------------------------------------------------- 33 
Figura 14: Coeficiente de arrasto baixa e alta turbulência ---------------------------------- 35 
Figura 15: Valores de deslocamento em elementos ----------------------------------------- 37 
Figura 16:Vista Frontal e Lateral em fase de construção do Bela Vista Way ---------- 40 
Figura 17: Vista aérea da região da edificação Bela Vista Way --------------------------- 41 
Figura 18:Planta geométrica para calculo da edificação Bela Vista Way --------------- 43 
Figura 19:Pórtico com carga pontual e deformada ------------------------------------------- 46 
Figura 20:Pórtico com carga distribuída e deformada --------------------------------------- 47 
 6 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1: Maiores edifícios do Mundo 2016 ---------------------------------------------------- 21 
Tabela 2: Maiores edifícios de Goiânia 2015 --------------------------------------------------- 29 
Tabela 3: Fator de Rugosidade - S2 -------------------------------------------------------------- 32 
Tabela 4: Fator de Estatístico - S3 ---------------------------------------------------------------- 33 
Tabela 5: Coeficiente de Pressão e de Forma externos, para plantas retangular ---- 34 
Tabela 6: Parâmetros para o cálculo de S2 ---------------------------------------------------- 42 
Tabela 7: Valores de S2, Vk e q em função da altura ---------------------------------------- 42 
Tabela 8: Ação do Vento a 0° ---------------------------------------------------------------------- 44 
Tabela 9: Ação do Vento a 90° --------------------------------------------------------------------- 45 
 7 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 
II. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 10 
2.1 Objetivo ............................................................................................................ 10 
2.2 Identificação Organizacional ............................................................................ 10 
2.2.1 Histórico - ACCE Engenharia e Incorporadora ............................................ 11 
2.3 Metodologia ..................................................................................................... 13 
III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 14 
3.1 Histórico ........................................................................................................... 15 
3.2 Concreto Armado ............................................................................................. 20 
3.3 Arranha Céu .................................................................................................... 21 
3.4 Carga nos Edifícios .......................................................................................... 29 
3.4.1 Carga devidas ao vento ................................................................................ 30 
3.4.1.1 Pressão Dinâmica ...................................................................................... 31 
3.4.1.2 Coeficiente de Pressão e Forma ............................................................... 33 
3.4.1.3 Coeficiente de Pressão Interna .................................................................. 34 
3.4.1.4 Coeficiente de arrasto ................................................................................ 35 
3.4.1.5 Força de arrasto do vento .......................................................................... 35 
3.5 Deslocamento Maximo .................................................................................... 36 
3.6 Módulo de Elasticidade ................................................................................... 37 
IV. PARTE PRATICA ................................................................................................ 39 
4.1 Memorial de Cálculo ........................................................................................ 39 
4.1.1 Cálculo do Fator S2, Vento Característico e Pressão Dinâmica ................... 40 
4.1.2 Cálculo do coeficiente e força de arrasto ...................................................... 43 
4.1.3 Apresentação da Analise Estrutural ..............................................................45 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 48 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 
LISTA DE APÊNDICE .............................................................................................. 50 
LISTA DE ANEXO .................................................................................................... 55 
 
 
 8 
INTRODUÇÃO 
 
 
Em tempo memoráveis o homem buscou construir suas edificações em vários 
lugares em rochas, conhecida como cavernas, em áreas abertas com empilhamento 
de pedras, com dimensões precisas para um maior conforto e proteção, com 
madeira, palha, enfim uma diversidade de materiais e metodologia nos mais 
diversos lugares e região do planeta. 
 
Com o tempo e avanços tecnológicos dos materiais, métodos construtivos, 
adventos do uso do concreto, aço entre muitos outros materiais/fatores, o individuo 
humano buscou-se em sua essência demonstrar o seu poder construtivos, através 
de alcançar níveis além de uma rocha "caverna" em nível terrestre e sim alcançar as 
nuvens, exercendo uma engenharia na construção de gigantescos Aranha Céu. Em 
período bíblico já havia relato de sociedade organizada com a tarefa de construir 
torres ao ponto de atingir os céus. Evidentemente não foram bem sucedidos 
decorrentes a comunicação entre os operários e administrativos, por falta de 
autorização do projeto da carga de vento para essa edificação conhecida como a 
Torre de Babel, sendo paralisada e ficando como motivo de vergonha para aqueles 
cidadãos de Ninrode. 
 
Interessante que não apenas nesse período histórico que alguns fatores 
deviam ser considerados na gestão de edificação de uma Torre, Arranha Céu, 
Edifícios de Múltiplos Pavimentos, como: solo, material, mão de obra, comunicação, 
recurso financeiro como ações invisíveis mais reais. Curioso? No mesmo contexto 
bíblico encontra-se algo revelado que destruiu muitas edificações que não foram 
observadas pelos muitos engenheiros da época, algo conhecido popularmente como 
Vento. 
 
Relata bibliograficamente nos evangelhos que houve um construtor que 
edificou a sua casa e chegando o tempo de chuva, vento e todas as intempéries da 
natureza a sua edificação que estava de acordo com as normativas de construção 
resistiu, porém outro teve grande ruína, decorrente a carga de vento. Fica 
evidenciado que o vento que nesse trabalho será considerado como uma força tem 
 9 
uma influência enorme em edificações, principalmente as maiores. 
 
Nesse presente trabalho fora realizado uma dissertação da analise da carga 
de vento na edificação Bela Vista Way, situado na cidade de Goiânia em Goiás. 
Determinando o deslocamento horizontal devido à carga de vento, para tal 
realização fora utilizado a Norma 6123:1988 que verifica os parâmetros da 
velocidade básica do vento através do mapa de isopletas, e fatores topográficos, 
fatores de rugosidade do terreno e dimensões da edificação e fatores estatísticos 
para que a edificação esta fosse utilizada. 
 10 
II. DESENVOLVIMENTO 
 
 
O desenvolvimento apresenta o objetivo desta Atividade Pratica 
Supervisionada - APS, apresentação da ACCE Construtora e Incorporadora e 
Engenheiros responsáveis pela obra, metodologia para execução deste trabalho e o 
Referencial Teórico contextualizando histórico da evolução construtivo e suas 
tecnologias, para realização usou-se uma edificação para melhor assimilação do 
estudo de caso, localizada na Rua 1041 Qd. 87 Lote 10/12 no Setor Pedro Ludovico 
em Goiânia que fora feita a visita técnica pelo acadêmico de Engenharia Civil do 8° 
período da Universidade Paulista.. 
 
 
2.1 Objetivo 
 
 
O estudo tem como objetivo geral determinar o deslocamento horizontal 
devido à carga de vento no projeto em execução da edificação Bela Vista Way que 
atende os requisitos para analise, sendo um edifício de múltiplos pavimentos, os 
objetivos específicos são encontrar no mapa de isopletas o vento básico da região 
de Goiânia, os fatores característicos da região e edificação. Sendo escolhido um 
pilar para analise do deslocamento. 
 
 
2.2 Identificação Organizacional 
 
 
Nome da Empresa: ACCE - ARTE CONSTRUCAO CIVIL E ENGENHARIA LTDA 
Código e Ramo de Atividade: 41.20-4-00 - Construção de edifícios 
Endereço: Rua 24, Q. J-12, L. 13/14, Casa 02, Setor Marista, Goiânia-GO. 
CEP: 74.150-070 
Telefone: (62) 3945-2056 / (62) 3941-5777 
CNPJ: 05.151.483/0001-49 
Site: http://acce.com.br/ 
 11 
Email: eduardo@acce.com.br / aluizioacce@gmail.com 
Sócio Administrador: Aluizio Ataides de Souza Junior 
Sócio Administrador: Eduardo Rodrigues de Ataides 
 
 
2.2.1 Histórico - ACCE Engenharia e Incorporadora 
 
 
Fundada em 12/07/2002 por dois sócios no cadastro de empresas, mas já 
exercendo o oficio através das experiências de seus engenheiros atuando desde 
1993 no mercado, nasceu a ACCE especialistas em edifícios residenciais 
multifamiliar, vem nesse período construindo obras solidas como (Residencial 
Mikerinos, Smart House e Águia de Haia) e o atual Bela Vista Way gerando riquezas 
e soluções de forma responsável e criativa. 
 
De forma resuma relata informação retirada do site da instituição, seu primeiro 
edifício, o Residencial Mikerinos, com 14 pavimentos e 20 apartamentos de 3 
quartos, por sua composição arquitetônica inovadora, ganhou a confiança do corpo 
técnico dos professores da Escola de Engenharia Civil da Universidade Católica de 
Goiás. Tomaram-no como “PROJETO BASE” sobre o qual são desenvolvidos pelos 
estudantes do último ano de Engenharia Civil, os principais estudos para a 
edificação de uma obra: Projeto Estrutural, Projeto de Instalações Hidro Sanitárias, 
Instalações Elétricas e o Orçamento Global da Obra. 
 
Deste estudo inicial, 5 anos depois, estava entregue o Residencial Mikerinos. 
Além da obra física, foi entregue toda a documentação do empreendimento: Registro 
de Incorporação, Termo de Habite-se, Certidão Negativa do INSS, Escrituração e 
Averbação completas. 
 
Com frequentes treinamentos e parcerias, SENAC, SEBRAI, ONU, SENAI, 
SINDUSCON, UFG, PUC-GO e ADEMI, na busca constante de aprimoramento 
profissional, outros empreendimentos foram e estão sendo criados, conscientes da 
responsabilidade que envolve a construção de um edifício em todas as suas etapas, 
com o intuito de gerar em seus parceiros/clientes, toda a segurança de estar 
 12 
investindo e adquirindo um imóvel de qualidade. Após esse período de avanço 
tecnológico e conhecimento os empreendedores iniciaram as fundações do Edifício 
Bela Vista Way em maio de 2015 na região de Goiânia. 
 
O empreendimento compreende um prédio residencial com os seguintes 
pavimentos subsolo 02,01; térreo, mezanino garagem, pavimento lazer, 25 
pavimentos tipo e telhado, tendo uma área total de construção de 16.355,93m² - 
metro quadrado, tendo uma altura de projeto de 77,27 centímetros. 
 
Em sua ficha técnica tem as informações da construtora e incorporadora e 
endereço com nome da edificação e o corpo de técnico da edificação, sendo o 
responsável técnico pela execução o Eng. Eduardo Rodrigues de Ataides - CREA 
5323/D - GO, essa fora a edificação escolhida para analise da carga de vento. 
Segue algumas etapas da edificação: 
 
Figura 1: Edificação Bela Vista Way 
Fonte: retirada do site acce.com.br em 08/11/2016. 
 13 
2.3 Metodologia 
 
 
Para realização da APS em determinar a carga de vento na edificação 
escolhera um pilar do Bela Vista Way sendo utilizado o Ftool para determinar o 
deslocamento;aplicar os cálculos em conformidade com a Norma 6123:1988; 
encontrar S1,S2, S3 da obra visitada; utilizar a seção transversal do pilar e da viga 
adjacente ao pilar para inserção do pórtico escolhido no Ftool, Coletar os dados do 
concreto, módulo de elasticidade secante. 
 
Através dessa metodologia e auxilio do Ftool avaliará o deslocamento máximo 
em relação aos limites da NBR 6118:2014. Para embasamento teórico além das 
normas fora utilizado referência bibliográfico sobre o assunto. Para auxilio no 
referencial teórico foram adotadas as bibliografias: Edifícios de Múltiplos Andares em 
Aço que deflagra a ação do vento; Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de 
Concreto Armado que auxiliará nos termos de deslocabilidade estrutural. 
 
Fora realizada visita técnica na obra acompanha pelo Engenheiro da obra. 
Segue registro do acadêmico na construção. 
 
Figura 2: Visita técnica edificação Bela Vista Way 
Fonte: arquivo próprio acadêmico fotografado em 19/10/2016. 
 14 
III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
A revisão bibliográfica tem por finalidade a sustentação de todo o corpo da 
APS sendo como a espinha dorsal. 
 
Para Mendonça, Rocha e Nunes (2008, p.87), ”A revisão bibliográfica deve 
conter uma síntese das leituras realizadas, na qual se levanta o estado da arte, ou 
seja, o estágio atual da investigação científica a respeito da temática que se 
pretende pesquisar”. 
 
De conformidade com os autores o presente estudo traz de forma 
contextualiza e concisa o estudo sobre Carga de Vento e suas variantes nas 
edificações. Tendo como introdução a Evolução das edificações em forma das 
descobertas tecnológicas e novos materiais aplicados. De forma a entender o 
processo construtivo e sua evolução, buscara demonstrar de forma cronológica o 
uso dos materiais até as edificações, por fim as analises através de software e 
normas para edificações de múltiplos pavimentos. 
 
Desde os primórdios da raça humana e desenvolvimento da sociedade, o 
homem por necessidade de sobrevivência e de vital importância buscou o seu 
abrigo, local aonde poderia repousar e sentir seguro. Nos contextos histórico bíblico 
e atual observa-se a construção de edificações para demonstrar poder, império e 
singularidade de um povo e/ou nação, de forma ampla no decorrer dos tempos as 
construções fizeram parte da vida cotidiana. 
 
Uma história descrita no livro de Genesis narra a construção de uma Grande 
Torre, conhecida posteriormente por Torre de Babel de um povo forte e inteligente 
da cidade de Ninrode, essa construção deveria ser tão alta ao ponto de chegar ao 
céu, porém ocorrerá fato de incompatibilidade de comunicação entre Engenheiros, 
Mestre de Obra, Encarregados e todos colaboradores da área operacional. Assim de 
tal maneira a construção não obteve êxito de fundação no contexto de comunicação, 
mas fica evidenciado que tal edificação houve base adequada para então famosa 
Torre de Babel ser erguida, mesmo não utilizando o concreto conhecido e aplicação 
 15 
do aço, porém faltará a analise de carga de vento, podendo ter uma maior ruína para 
toda sociedade. 
 
Segue o pequeno texto do Livro de Genesis: "E disseram uns aos outros: Eia, 
façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi lhes o tijolo por pedra, e o betume, por 
cal. E disseram: Eia, edificamos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos 
céus [...]. (Gn 11.3,4, grifo nosso) 
 
Fica evidenciado que o desejo humano de atingir as alturas não encontra só 
nos arranha céus nas potencias mundiais da atualidade e sim dos primórdios 
históricos. De forma geral a construção de grandes edificações foi alcançada através 
de dois insumos indispensáveis: aço e o concreto. Para basear essa informativa 
seguem de forma histórica as descobertas e utilização. 
 
 
3.1 Histórico 
 
 
Através dos séculos e ultimas décadas para concepção de enormes arranha 
céus o concreto armado ganhou características exclusivas, sendo uns dos itens da 
construção civil de suma importância em pesquisa/estudos. Os materiais concretos e 
aço foram introduzidos de forma crescente até fazer um casal perfeito na construção 
civil. Para tempos atuais apresenta de forma cronológica o avanço da arte do 
concreto e aço até o entendimento e preocupação com a carga de vento. 
 
Segundo Bellei, Pinho & Pinho (2008) as primeiras evidencias do uso do ferro 
indicam período aproximadamente 6.000 a.C nas civilizações Egípcia, Babilônica e 
na Índia. Sendo considerado um material nobre pra época utilizado principalmente 
para fins militares e elemento como adorno nas construções. Porém para utilização 
em escala industrial só ocorrera em meados do século XIX com a revolução 
industrial os países mais desenvolvidos usufruíram dessa tecnologia como 
Inglaterra, França e Alemanha. 
 
Para Bellei et al., (2008, p.18)," A primeira obra importante construída em 
 16 
ferro foi a Ponte sobre o Rio Severn em Coalbrookdale, Inglaterra em 1779. Essa 
ponte, com um vão simples de 42 m é formada por um arco de elementos de ferro 
fundido...". 
 
1770 - A primeira associação de um metal à argamassa de pozolana remonta 
à época dos romanos. No ano de 1770, em Paris, associou-se ferro com pedra para 
formar vigas como as modernas, com barras longitudinais na tração e barras 
transversais ao cortante. 
 
Segundo Carvalho; Figueiredo Filho (2014) resume de forma cronológica os 
fatos mais importantes do inicio da utilização do concreto armado com outros 
autores. 
 
1824 - A cal hidráulica e o cimento pozolânico (de origem vulcânica) já eram 
conhecidos pelos romanos como aglomerante. O cimento Portland, tal como hoje 
conhecido, foi descoberto na Inglaterra por volta do ano de 1824, e a produção 
industrial foi iniciada após 1850, para Carvalho e Figueiredo Filho (2014 p.22) "o 
frances J. Aspdin inventa o cimento Portland." 
 
1849 - Considera-se que o cimento armado surgiu na França, no ano de 
1849, com o primeiro objeto do material registrado pela História sendo um barco, do 
francês J.L. Lambot, o qual foi apresentado oficialmente em 1855. O frances barco 
foi construído 
 
1850 - Em 1850, o norte americano Hyatt fez uma série de ensaios e 
vislumbrou a verdadeira função da armadura no trabalho conjunto com o concreto. 
Porém, seus estudos não ganharam repercussão por falta de publicação. Na França, 
Hennebique foi o primeiro após Hyatt a compreender a função das armaduras no 
concreto. 
 
De acordo com Vasconcelos (1985) 
 
Percebeu a necessidade de dispor outras armaduras além da armadura reta 
de tração. Imaginou armaduras dobradas, prolongadas em diagonal e 
ancoradas na zona de compressão. "Foi o primeiro a colocar estribos com a 
 17 
finalidade de absorver tensões oriundas da força cortante e o criador das 
vigas T, levando em conta a colaboração da laje como mesa de 
compressão", (VASCONCELOS, 1985). 
 
1861 - A partir de 1861, outro francês, J. Monier, que era um paisagista, 
horticultor e comerciante de plantas ornamentais, fabricou uma enorme quantidade 
de vasos de flores de argamassa de cimento com armadura de arame, e depois 
reservatórios (25, 180 e 200 m3 ) e uma ponte com vão de 16,5 m. Foi o início do 
que hoje se conhece como “Concreto Armado”. Até cerca do ano de 1920 o concreto 
armado era chamado de “cimento armado”. Nesse mesmo período "F. Coignet, 
também francês, publica os princípios básicos para as construções em concreto 
armado." (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014, p.22) 
 
1867 - J. Monier obtém patente para seus vasos, nos anos seguintes para 
tubos, placas etc. F. Coignet apresenta, na Exposição Internacional de Paris, vigas e 
tubos de concreto armado.1873 - o americano W. E. Ward constrói uma casa em concreto armada 
existente até os dias atuais, o Ward´s Castle. (CARVALHO,2014) 
 
1888 - Dohring, de Berlim, obtém patente sobre o aumento de resistência em 
viga através da protensão, aparecendo pela primeira vez o conceito de protensão 
provocada deliberadamente. 
 
1900 - A primeira teoria realista ou consistente sobre o dimensionamento das 
peças de concreto armado surgiu com uma publicação, em 1902, de E. Mörsch, 
eminente engenheiro alemão, professor da Universidade de Stuttgart (Alemanha). 
Suas teorias resultaram de ensaios experimentais, dando origem às primeiras 
normas para o cálculo e construção em concreto armado. A treliça clássica de 
Mörsch é uma das maiores invenções em concreto armado, permanecendo ainda 
validas. 
 
As fissuras (trincas de pequena abertura, ≈ 0,05 a 0,4 mm), causadas pela 
tensão de tração no concreto, atrasaram o desenvolvimento do concreto armado 
devido à dificuldade de como tratar e resolver o problema. Como forma de contornar 
 18 
o problema da fissuração no concreto, M. Koenen propôs, em 1907, tracionar 
previamente as barras de aço, para assim originar tensões de compressão na 
seção, como forma de eliminar a tração no concreto e conseqüentemente eliminar 
as fissuras. Surgia assim o chamado “Concreto Protendido”. Porém, as experiências 
iniciais não lograram êxito. 
 
1904 - São publicadas, na Alemanha, as 'Instruções provisórias para 
preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado. 
 
Nesse mesmo período no Brasil já havia uma crescente envolvimento nas 
novas tecnologias como segue de forma ilustrativa. 
 
1904 - Já no Brasil, Em 1904 foram construídas casas e sobrados em 
Copacabana, no Rio de Janeiro. 
 
Figura 3: Modelo de Algumas residências da época. 
 
Fonte: retirada do site www.rioecultura.com.br em 03/11/2016. 
 
1909 - Em 1909 foram construídas a ponte na Rua Senador Feijó, com vão de 
5,4 m (figura 2, pagina 17). Em 1908, construção de uma ponte com 9 m de vão, 
executada no Rio de Janeiro pelo construtor Echeverria, com projeto e cálculo do 
francês François Hennebique 
 
1910 - Em São Paulo, no ano de 1910, foi construída uma ponte de concreto 
armado com 28 m de comprimento, na Av. Pereira Rebouças sobre o Ribeirão dos 
Machados. Essa ponte ainda existe em ótimo estado de conservação. 
 
1924 - O primeiro edifício em São Paulo data de 1907/1908, sendo um dos 
mais antigos do Brasil em “cimento armado”, com três pavimentos. A partir de 1924 
 19 
quase todos os cálculos estruturais passaram a serem feitos no Brasil, com 
destaque para o engenheiro estrutural Emílio Baumgart. 
 
Figura 4: Ponte Senador Feijó de 1909 
 
Fonte: retirada do site www.novomilenio.inf.br em 03/11/2016. 
 
1926 - Marquise da tribuna do Jockey Clube do Rio de Janeiro, com balanço 
de 22,4 m (recorde mundial em 1926); sendo palco de vários eventos como Festival 
de GP Brasil, recebendo reforma em sua arquitetura, porem o concreto armado 
mantém suas características mesmo como os desgaste do tempo. 
 
Figura 5: Jockey Clube á 1926/2012 
 
Fonte: retirada do site www.revistagavea.com.br em 03/11/2016. 
 
1926 - Ponte Presidente Sodré em Cabo Frio, em 1926, com arco de 67 m de 
vão (recorde na América do Sul); 
 
Houve vários avanços no mundo inteiro com os adventos do conhecimento do 
cimento, o ferro e a junção de ambos. Após o resumo de forma cronológica do uso 
do cimento e aço, explanara o concreto armado. 
 20 
3.2 Concreto Armado 
 
 
De acordo com Carvalho (2014), concreto armado é obtido por meio da 
associação entre concreto simples e armadura convenientemente colocada 
(armadura passiva), de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços 
solicitantes, ressalta que o concreto e o aço têm coeficiente de dilatação térmica 
próximos e também o concreto, ao envolver o aço, o protege satisfatoriamente, em 
condições normais, contra oxidação e altas temperaturas. 
 
Como se fosse um casamento, fazendo um casal perfeito tendo ambos suas 
peculiaridades e diferenças esses insumos, porém de forma harmoniosa auxiliando 
um ao outro para grandes edificações, pois o concreto tem uma capacidade de 
resistência a compressão enorme e apenas 1/10 de tração, mas em contrapartida o 
aço faz o papel nos elementos estruturais para resistir as trações. 
 
Os edifícios produzidos em concreto armado muitas vezes recebem a 
denominação de edifícios convencionais ou tradicionais, isto, aqueles produzidos 
com uma estrutura de pilares, vigas e lajes de concreto armado moldados no local. A 
execução de elementos com concreto armado deve seguir um esquema básico de 
produção que possibilite a obtenção das peças previamente projetadas e com a 
qualidade especificada. 
 
Porém, considerando-se as estruturas dos edifícios comumente construídos, 
pode-se propor uma classificação fundamentada tanto na sua concepção estrutural, 
como na intensidade de seu emprego e, ainda, a partir dos materiais que constituem 
a estrutura. 
 
Com todo esse aparato tecnológico dos principais materiais para edificação 
os países desenvolvidos buscaram no inicio do século demonstrar seus poder 
financeiro e sua grandeza, utilizando do aço e concreto armado uma forma de 
edificar gigantescos prédios ao ponto de atingir acima das nuvens, porém para 
essas grandes edificações não bastará apenas conhecer o comportamentos das 
reações no concreto e aço. Mas um fator primordial para essa enorme edificação as 
 21 
cargas de vento. Em demonstração segue o quadro das maiores torres do mundo 
com suas alturas e cidades. Antes de entender o comportamento da carga de vento 
nas edificações segue um enredo das maiores edificações do mundo, Brasil, Goiás e 
Goiânia. 
 
 
3.3 Arranha Céu 
 
 
Em uma definição simples são prédios, edifícios que possuem muitos andares 
e que se destacam por serem muito altos. 
 
Tabela 1: Maiores edifícios do Mundo 2016 
Nome do Edifício Cidade Altura Pisos Concluído 
1.Burj Khalifa Dubai (AE) 828 163 2010 
2.Shanghai Tower Shanghai (CN) 632 128 2015 
3.Makkah Royal 
Clock Tower 
Mecca (SA) 601 120 2012 
4.One World Trade 
Center 
New York City (US) 541.3 94 2014 
5.Guangzhou CTF 
Finance Centre 
Guangzhou (CN) 530 111 2016 
6.TAIPEI 101 Taipei (TW) 508 101 2004 
7.Shanghai World 
Financial Center 
Shanghai (CN) 492 101 2008 
8.International 
Commerce Centre 
Hong Kong (CN) 484 108 2010 
9.Petronas Twin 
Tower 1 
Kuala Lumpur (MY) 451.9 88 1998 
9.Petronas Twin 
Tower 2 
Kuala Lumpur (MY) 451.9 88 1998 
10.Zifeng Tower Nanjing (CN) 450 66 2010 
100. Wells Fargo 
Plaza 
Houston (US) 302,4 71 1983 
Fonte:skyscrapercenter.com: acessado em 04/11/2016 
 
No site informa cem edificações espalhada pelo globo terrestre com as suas 
mais diversificadas altura e modelos arquitetônicos, em primeiro lugar o Burj Khalifa 
em Dubai nos Emirados Árabes um edifício de 828 metros e na centésima posição o 
 22 
Wells Fargo em Houston nos Estados Unidos com 302,4 metros. 
 
Para tais edificações fora analisado a carga de vento. No mundo o Edifício 
mais alto o Burj khalifa, com seus 828 metros em outros lugares informa 829.8 
metros, como demonstrado em suas imagens, com uma aerodinâmica para 
combater a carga de vento. 
 
Figura 6: Edifício Burj Khalifa - Dubai nos Emirados Árabes 
 
Fonte: retirada do site skyscrapercenter.com em 03/11/2016 
 
De acordo com o site o segundo maior edifício do mundo situado na China o 
ShanghaiTower com seus 632 metros de altura, ficando quase 200 metros atrás do 
Burj Khalifa, concluído em 2015.Tendo projeção da Torre H700 Shenzhen na China 
 23 
com 739 metros. Os cinco maiores arranha céus estão na China. Todas essas 
edificações fora realizados todos os testes possíveis inclusive em Túnel de Vento. 
 
Figura 7: Projeção da Torre H700 Shenzhen 
 
Fonte: retirada do site skyscrapercenter.com em 03/11/2016. 
 
Após uma varredura em vários continentes com aranha céus com altura 
superior de 300 metros, encontra-se no Brasil, no estado de Santa Catarina o mais 
alto edifício construído o Millennium Palace situado na cidade de Balneário 
Camboriú com 218,9 metros de altura, 56 pisos terminado as construções em 2014, 
com sua estrutura em concreto armado, sendo de uso residencial. 
 24 
Figura 8: Edifício Millennium Palace 
 
Fonte: retirada do site skyscrapercenter.com em 03/11/2016. 
 
Em contrapartida na mesma cidade iniciaram a construção de duas torres 
Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower I e II em 2014 para o termino em 
2018, tomando o status das maiores torres do Brasil, com seus 270 metros de altura 
e 75 pisos. 
 
Figure 9: Edifício Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower 
 
Fonte: retirada do site www.skyscrapercity.com em 03/11/2016. 
 
Para edificação do Yachthouse Residence Club by Peninfarina Tower houve 
 25 
uma projeção com todos os estudos inclusive das analise de carga de vento em 
2012, para iniciar as obras em 2014 com projeção do termino em 2018, essas 
edificações tanto o Millennium Palace quanto o Yachthouse Residence Club by 
Peninfarina Tower (Figura 6,p.24) estão em uma região aonde a carga de vento são 
intensa. 
 
No Brasil existe uma enorme variedade de edificações, concentradas na 
região Sudoeste do país, tendo as maiores a beira mar. Porém existe vários arranha 
céus espalho em todo o países principalmente nas capitais dos estados. Apos 
deslumbrar as construções magníficas do mundo, percorrendo pelo Brasil 
encontrasse inserido no estado de Goiás em sua capital onde realizara o trabalho da 
analise da carga de vento, em sua capital Goiânia,não fica de fora dessa disputa 
pelas alturas. Segundo o site téchne no ultimo dia 06 de julho de 2016 realizou a 
analise em túnel de vento para a projeção do maior edifício no Centro Oeste como 
segue o informativo na integra: 
 
O Centro de Metrologia Mecânica, Elétrica e Fluidos do Instituto de Pesquisas 
Tecnológicas (IPT), que abriga o túnel de vento de camada limite atmosférica, 
realizou uma série de ensaios sobre esforços de vento para o projeto do Kingdom 
Park Residence, um edifício de 175 metros de altura. O arranha-céu da Sim 
Engenharia e Empreendimentos será o mais alto da região Centro-Oeste. 
 
A edificação, localizada no bairro Nova Suíça, em Goiânia (GO), é formada 
por uma torre única de 52 pavimentos, que incluem dois subsolos, térreo, dois 
mezaninos (garagem e área de lazer), duas coberturas duplex e 45 pavimentos tipo. 
 
De acordo com Gabriel Borelli Mertins, pesquisador do IPT, a construção de 
edifícios cada vez mais altos implica em uma série de cálculos na concepção 
estrutural, como os ensaios em túnel de vento que determinam a ação do vento das 
fachadas e na cobertura das edificações. “Os ensaios na edificação foram realizados 
a fim de fornecer os coeficientes de pressão”, afirma Mertins. “Estes testes permitem 
prever o comportamento da estrutura face aos efeitos do vento de maneira mais 
próxima da realidade, levando em conta o formato do prédio, a topografia e as 
construções existentes no entorno”, continua. 
 26 
Para a execução dos ensaios, foram simuladas as características do vento no 
bairro em que o edifício será construído. A referência para os testes foi a norma 
NBR 6123, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela estipula as 
condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática e dinâmica 
do vento, para efeito de cálculo de edificações. 
 
Pela norma, a rugosidade do terreno é classificada em cinco classes e o 
terreno escolhido para a construção do conjunto residencial foi considerado como 
pertencente à categoria IV. Isso significa que é coberto por obstáculos numerosos e 
pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada. 
 
A cota média do topo dos obstáculos nessa categoria é de dez metros; ou 
seja, a região é composta de edificações e árvores de uma média de dez metros de 
altura, ou prédios de três andares. A partir dessa classificação, foi possível modelar 
características, como o comprimento da rugosidade, ou seja, a medida da 
rugosidade aerodinâmica da superfície sobre a qual o perfil da velocidade está 
sendo medido. 
 
Com a confirmação dos resultados da simulação, foi montada a maquete da 
torre, em escala 1:200, com 479 tomadas de pressão total. A instrumentação foi feita 
nas áreas em que serão instaladas janelas de vidro, nas fachadas e nas quinas dos 
edifícios. Isso permite uma medição mais precisa das cargas de vento. 
 
Foram realizados dois tipos de testes, no túnel de vento do IPT, para o 
edifício: o estático e o dinâmico. No primeiro, calcula-se a determinação das cargas 
do vento na caixilharia, revestimentos e momentos na fundação da edificação. 
Também são obtidas as forças aerodinâmicas médias, em modelos em escala 
reduzida. Neles, são determinados os coeficientes de arrasto e de sustentação. 
 
No ensaio de resposta dinâmica, para edificações com altura superior a 120 
metros e frequência natural de vibração menor que 0,25 Hz, são determinadas as 
amplitudes de vibração de edifício sob a ação do vento. 
 
Tal teste permite verificar as características de conforto humano em função 
 27 
das vibrações do prédio, e alcançar maior segurança no projeto estrutural. A técnica 
utilizada para o ensaio foi a Integração de Pressões em Alta Frequência (High 
Frequency Pressure Integration – HFPI). “Os ensaios dinâmicos permitem 
determinar fenômenos como o vortex induced vibration, ou vibração induzida por 
vórtices, que pode acontecer principalmente em prédios muito altos e esbeltos”, 
afirma Martins. 
 
Figura 10: Teste em Túnel de Vento 
 
Fonte: retirada do site http://techne.pini.com.br em 04/11/2016. 
 
Os resultados encontrados foram maiores valores de sobrepressão no ensaio 
estático foram obtidos a uma altura próxima de ¾ da altura do edifício, na fachada a 
barlavento. Se calculado pela norma, os valores máximos estariam localizados no 
ponto mais alto do edifício. “Além disso, os ensaios estáticos permitem a obtenção 
de carregamentos locais, que podem ser muito úteis na análise e no 
dimensionamento de caixilhos”, lembra Martins. 
 
O coeficiente de forma (Ce) encontrado no ensaio é de -1,89 em uma das 
quinas da edificação, enquanto pela norma ABNT o valor máximo seria de -1,2. “Ou 
seja, esse é um local onde a caixilharia necessitará de uma melhor análise do 
 28 
projetista, para verificar se haverá necessidade de maior dimensionamento”, afirma. 
 
Quanto à análise dinâmica, as maiores acelerações foram observadas nos 
pavimentos mais altos. Foi obtido um fator de pico de 3,17, e a média quadrática da 
aceleração foi de 0,05 m/s², para um vento com velocidade média de 25,7 m/s e um 
período de recorrência de dez anos. A norma da ABNT informa que a aceleração 
não pode exceder 0,1 m/s² para esse mesmo período de recorrência. 
 
Enquanto em Goiânia essa edificação esteja em projeto, existe no Bairro 
Jardim Goiás um complexo de três torres , executado pela TCI Construtora segundo 
o site skyscrapercenter são os maiores do Estado . Segue imagem das Torres. 
 
Figura11: Maiores Edifícios em Goiânia 
Fonte: retirada do site: tci construtora.com.br em 04/11/2016. 
 
Apresenta as informações características das três torres sendo duas 
residencial e a torre Evidence Office exclusivo para escritório. 
 29 
Tabela 2: Maiores edifícios de Goiânia 2015 
Nome do Edifício Cidade Altura Pisos Concluído 
40 Premier Vision Goiânia (GO) 148 44 2013 
51Premier Unique Goiânia (GO) 142 44 2014 
76 Evidence 
Office 
Goiânia (GO) 135 35 2009 
Fonte:retirado do site skyscrapercenter.com: acessado em 04/11/2016 
 
Relatado no projeto do maior edifício do Centro Oeste com 175 metros de 
altura, fora realizado ensaio em túnel de vento, para analisar seu comportamento, 
todos arranha céu são calculados através das cargas permanentes, variáveis entre 
outros, como será abordado na próxima seção. 
 
 
3.4 Carga nos Edifícios 
 
 
Para Bellei, Pinho e Pinho (2008,p.50) "Entende-se por cargas todas as ações 
impostas pela gravidade [...], meio ambiente (vento etc.) e as devidas ao uso da 
estrutura [...].'' 
 
A análise e o projeto de estrutura geralmente se iniciam com a determinação 
das cargas e ações atuantes na estrutura e seus elementos. A estrutura deverá 
suporta as cargas e suas combinações, mantendo as deformações elásticas 
verticais e horizontais correspondentes dentro dos limites específicos e ainda manter 
as oscilações nos pisos dentro de níveis de conforto compatíveis. 
 
De acordo com Bellei et. al (2008) as cargas existente em uma edificação, 
são permanentes, acidentais, devido ao vento e outras cargas. 
 
Para cargas permanentes (CP) inserem o peso próprio da estrutura, peso dos 
elementos suportado pela mesma, como: piso, paredes, coberturas, escadas e etc. 
Peso de instalações, acessórios e equipamentos permanentes e quaisquer outras 
ações de caráter permanente ao longo da vida da edificação. 
 30 
Para as cargas acidentais (CA) inserem sobrecargas em pisos devida ao peso 
de pessoas, objetos, materiais estocados, moveis. Cargas de equipamentos, 
empuxos de terra e pressões hidrostáticas. 
 
Para cargas devidas ao vento (CV) são as pressões e sucção de rajadas 
devidas ao vento. 
 
Para outras cargas estão variações de temperatura, cargas sísmicas, carga 
de neve, recalque de fundações e deformações impostas. 
 
Dessas cargas sobreposta nas edificações especularemos a CV que está 
baseada na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT Norma 6123/88 - 
Forças devidas aos ventos em edificações. 
 
 
3.4.1 Carga devidas ao vento 
 
 
A formação do vento depende de uma série de fenômenos meteorológicos, 
mas um fator é importante para se levar em conta no calculo estrutural: o vento tem 
caráter aleatório. Por essa razão os projetista devem levar em consideração as 
ações do vento mais desfavoráveis principalmente em estruturas esbeltas. 
 
As considerações do vento, bem como sua forma de aplicação, são 
constantes da NBR 6123 - forças devidas ao vento em edificações, que é uma 
norma bastante completa, baseada na norma inglesa e cálculo das probabilidades. 
 
A ação do vento nas estruturas é uma das mais importantes e não pode ser 
negligenciada, sob o risco de colocar a estrutura em colapso. Para a análise das 
forças devido ao vento é necessário conhecer os parâmetros, que são: pressão 
dinâmica (q); coeficiente de pressão (Cpe) e de forma (Ce) externos; coeficiente de 
pressão interna (Cpi), Coeficiente de arrasto (Ca) e força de arrasto (Fa). 
 
A carga de vento é uns dos fatores que devem ser levado em consideração 
 31 
através das combinações de ações conjunta a carga própria, carga acidentais entre 
outras para analise dos deslocamentos máximos. 
 
 
3.4.1.1 Pressão Dinâmica 
 
 
De acordo com Bellei et. al (2008) a pressão dinâmica depende da velocidade 
do vento e de fatores que a influenciam é dado pela equação da Pressão dinâmica 
do vento em Newton por metro quadrado (N/m²), conforme mostrado abaixo: 
 
 𝑞 =
𝑉𝑘
2
1,63
 sendo 𝑉𝑘 = 𝑉0 . 𝑆1. 𝑆2𝑆3 
q= Pressão dinâmica do Vento (N/m²) 
V0 - Velocidade básica do vento medida sobre 3 segundos, que pode ser 
excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 metros sobre o nível do terreno em 
lugar aberto e plano, metro por segundo (m/s). Para encontrar a velocidade básica 
utiliza o mapa de isopletas informado na figura. 
 
Figura 12: Mapa de Isopletas no Brasil 
 
Fonte:retirado do site docplayer.com.br: acessado em 05/11/2016 
 32 
S1 - Fator topográfico - são as variações do relevo do terrenos, tendo 
variações em terreno plano ou fracamente acidentado; taludes e morros; vales 
profundos, protegidos de ventos de qualquer direção. Tendo uma variação de 
0,9≤S1≥1 para cada terreno. Para os Taludes e morros S1 ≥1 (ver NBR 6123). 
 
S2 - Fator de rugosidade - combinação da rugosidade do terreno, da variação 
da velocidade do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da 
edificação. A rugosidade do terreno é classificado em cinco categorias e para as 
edificações em classes A,B,C. 
 
Para analise dos coeficientes das categorias em virtudes das classes 
desenvolvera uma tabela pra os valores relativos com a altura do terreno, conjunto a 
sua categoria e classe. 
 
Os valores de S2 para as diversas categorias de rugosidade do terreno e 
classes, em função da altura Z sobre o terreno são apresentado na Tabela 1 
 
Tabela 3: Fator de Rugosidade - S2 
Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em 
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 55. 
 
Sendo para o uso do fatores de rugosidade encontra se na Tabela 1 da ABNT 
NBR 6123:1988 os parâmetros meteorológicos de acordo com a categoria do 
 33 
terreno e a classe da edificação em suma apos encontrar os parâmetros utiliza a 
equação seguinte: 
𝑆2 = 𝑏𝐹𝑟 𝑧 10 
𝑝 
 
S3 - Fator Estatístico - O fator estatístico é baseado em conceitos estatísticos 
e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. Os valores 
mínimos do fator S3 apresentados na tabela seguinte. 
 
Tabela 4: Fator de Estatístico - S3 
 
Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em 
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 55. 
 
 
3.4.1.2 Coeficiente de Pressão e Forma 
 
 
Os valores dos coeficientes de pressão e de forma externa para edificações 
de planta retangular e para as direções críticas do vento são dados na Tabela 5. 
Para Bellai (2008) superfícies em que ocorram variações consideráveis de pressão 
foram subdivididas e os coeficientes são dados para cada uma das partes. 
 
Figura 13: Coeficiente de Pressão externa 
 
Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em 
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 56, retirado do site:. www.ebah.com.bracesso em 07/11/2016. 
 34 
Tabela 5: Coeficiente de Pressão e de Forma externos, para plantas retangular 
Fonte: BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de múltiplos andares em 
aço. São Paulo: Pini, 2008, p. 56, retirado do site:. www.ebah.com.br acessado em 07/11/2016. 
 
Esse coeficiente tem por finalidade demonstrar a força do vento em cada 
direção na construção, sendo que ao passar pelo lado maior ou menor as forças da 
carga vão diminuindo tanto nas laterais quanto na parte inferior, como ilustrado na 
figura 11. 
 
 
3.4.1.3 Coeficiente de Pressão Interna 
 
 
O coeficiente de pressão interna tem por finalidade a permeabilidade de ar na 
edificação, de acordo com Bellei et. al (2008) a edificação totalmente impermeável 
ao ar,a pressão no interior da mesma será invariável no tempo e independente da 
corrente de ar externa. Para edificações com os quatro faces igualmente 
permeáveis, considerar o mais nocivo dos valores: Cpi = -0,3 ou 0. Para outros tipos 
ver NBR 6123. 
 35 
3.4.1.4 Coeficiente de arrasto 
 
 
Para Carvalho e Pinho (2013, p.213) o coeficiente de arrasto " É [...] usado na 
avaliação da força global na estrutura, sendo determinado conforme [...] 
NBR6123:1988 e pode variar de 0,7 a 2,2, dependendo da edificação. 
 
De acordo com a norma existem dois gráficos para o coeficiente de arrasto 
que são definido para edificação retangular sendo de baixa e alta turbulência. 
 
Figura 14: Coeficiente de arrasto baixa e alta turbulência 
 
Fonte:retirado do site blogeberick.altoqi.com.br acessado em 05/11/2016 (figura 4,NBR 6123:1988) 
 
Os coeficientes de arrasto são dados em função das relações ℎ 𝑙1 e 𝑙1 𝑙2 em 
que h é a altura, L1 é a largura da edificação perpendicular à direção do vento e L2 é 
profundidade da edificação, sendo na direção do vento. 
 
 
3.4.1.5 Força de arrasto do vento 
 
 
Segundo Carvalho e Pinho (2013, p.216) "A força do vento que atua em uma 
superfície de uma edificação é considerada sempre perpendicular a esta. A força 
 36 
global da ação do Vento Fg é a soma de todas as forças incidentes nas diversas 
partes [..] que compõem o edifício". 
 
A componente da força global do vento é a força de arrasto Fa, obtida por: 
 
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 . 𝑞. 𝐴𝑒 
 
Relembrando que q é a pressão dinâmica, Ae é a área frontal efetiva, ou seja, 
área da projeção ortogonal da edificação, estrutura ou elemento estrutural, sobre um 
plano perpendicular à direção do vento e Ca é o coeficiente de arrasto encontrado no 
gráfico. 
 
 
3.5 Deslocamento Maximo 
 
 
Segundo a NBR 6118:2003, na composição estrutural muitas vezes é 
interessante arranjar os elementos estruturais de modo a proporcionarem aumento 
de rigidez em direções criticas a estes conjuntos. 
 
Os deslocamentos de apoio só devem ser considerados quando gerarem 
esforços significativos em relação ao conjunto das outras ações, isto é, quando a 
estrutura for hiperestática e muito rígida. 
 
O deslocamento de cada apoio deve ser avaliado em função das 
características físicas do correspondente material de fundação. Como 
representativos desses deslocamentos, devem ser considerados os valores 
característicos superiores, δksup, calculados com avaliação pessimista da rigidez do 
material de fundação, correspondente, em princípio, ao quantil 5% da respectiva 
distribuição de probabilidade. Os valores característicos inferiores podem ser 
considerados nulos. O conjunto desses deslocamentos constitui-se numa única 
ação, admitindo-se que todos eles sejam majorados pelo mesmo coeficiente de 
ponderação. 
 
 37 
Deslocamentos são valores práticos utilizados para verificação em serviço do 
estado limite de deformações excessivas da estrutura os efeitos desta Norma são 
classificados nos quatro grupos básicos a seguir relacionados e devem obedecer 
aos limites estabelecidos na tabela 13.2 da NBR 6118:2003 de estado limite de 
deslocamento. 
 
Figura 15: Valores de deslocamento em elementos 
 Fonte:retirado do site: faq.altoqi.com.br acessado em 10/11/2016 (tabela 13.2,NBR 6118:2003) 
 
 
3.6 Módulo de Elasticidade 
 
O módulo de elasticidade deve ser obtido segundo ensaio descrito na ABNT 
NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o módulo de deformação tangente 
 38 
inicial cordal a 30% fc, ou outra tensão especificada em projeto. Quando não forem 
feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto usado na idade 
de 28 d, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade usando a expressão: 
 
𝐸𝑐𝑖 = 5600. 𝑓𝑐𝑘
1 2 
 
 
onde: Eci e fck são dados em megapascal 
 
O módulo de elasticidade numa idade j ≥ 7 d pode também ser avaliado 
através dessa expressão,substituindo-se fck por fckj. 
 
Quando for o caso, é esse o módulo de elasticidade a ser especificado em 
projeto e controlado na obra. 
 
O módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises elásticas de 
projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificação de 
estados limites de serviço, deve ser calculado pela expressão: 
 
𝐸𝑐𝑠 = 0,85. 𝐸𝑐𝑖 
 
Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção 
transversal pode ser adotado um módulo de elasticidade único, à tração e à 
compressão, igual ao módulo de elasticidade secante (Ecs). 
 
Na avaliação do comportamento global da estrutura e para o cálculo das 
perdas de protensão, pode ser utilizado em projeto o módulo de deformação 
tangente inicial (Eci). 
 39 
IV. PARTE PRATICA 
 
 
Nessa fase são apresentada os objetivos específicos de forma ilustrativa, 
textualizado e numérica. Para analise dos cálculos foram levado em consideração as 
referencias bibliográficas que adéqua à situação da edificação. 
 
 4.1 Memorial de Cálculo 
 
 
Para realização do cálculo utilizou se o pilar extremo da edificação (28x70) e 
as vigas adjacente do Bela Vista Way (15x40), com auxilio do programa Ftool 
desenhou um pórtico com a medida do pilar com a carga de vento agindo segundo 
as medidas do prédio. Através da região de implantação do prédio determinou se os 
coeficientes S1,S2,S3 e Vk para calcular a carga de vento, para encontrar os 
coeficiente e a força de arrasto, fora feito os quociente da altura, largura e 
comprimento para baixa turbulência. 
 
Relembrando Características da edificação: 
 
o Local da implantação: zona urbana na cidade de Goiânia/GO 
o Utilização: estrutura residencial habitacional 
o Comprimento em planta: 24,80 Frontal; 23,65 Fachada Posterior 
o Largura em planta: Simétricas 18,30 as laterais 
o altura dos pilares: 77,27 metros 
o altura total da edificação : são acrescentados caixa d'água, barrilete e 
casa de maquina. 
o cobertura : em platibanda 
o fechamento lateral: vedação em alvenaria e janelas nas laterais e 
frontal, com área de varanda na fachada principal 
o Fck (40 e 30MPa) e Brita 2, não informado o material da Brita. 
 
Para realização dos cálculos utilizou o software Ftool para demonstrar as 
partes ilustrativas e numéricas. A facilitar o cálculo as áreas da edificação fora 
 40 
projetada nas seguintes proporções. Comprimento, Largura e Altura: 25m x 18,5m x 
77,27m. Essa edificação existe uma peculiaridade, em seu projeto estrutural até o 
décimo andar a resistência do concreto é de 40MPa e após dessa altura de 30MPa, 
influenciando bastante no modulo de elasticidade. 
 
Figura 16:Vista Frontal e Lateral em fase de construção do Bela Vista Way 
 
Fonte: arquivo próprio acadêmico fotografado em 19/10/2016. 
 
 
4.1.1 Cálculo do Fator S2, Vento Característico e Pressão Dinâmica 
 
 
Para velocidade básica do vento utilizou-se a velocidade de V0=35m/s do 
mapa de isopletas, V0 é a máxima velocidade média sobre 3 segundos, que pode 
ser estendida em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em 
lugar aberto e plano. 
 
Para o fator topográfico determinou S1=1,0 (terreno plano ou fracamente 
acidentado - item 5.2 da ABNT NBR 6123:1988). 
 
No fator estatístico S3=1,0 (segundo a norma edificações para hotéis e 
residências. Edificações para comércio e indústria com alto fator de ocupação o 
coeficiente - tabela 3 da ABNT NBR 6123:1988) 
 
No fator de rugosidade do terreno e dimensões da edificação obteve-se 
 41 
S2=1,05 para 77,27, porém esse valor sofre uma variação conforme a cota da 
edificação,onde utilizou se a categoria IV Terrenos cobertos por obstáculos 
numerosos e pouco espaçados em zona florestal, industrial ou urbanizados. A cota 
média do topo dos obstáculos é considerada igual a 10m, sendo classe C, pois sua 
maior dimensão tem mais que cinquenta metros. Exemplos de categoria IV: zonas 
de parques e bosques com muitas árvores; cidades pequenas e seus arredores; 
subúrbios densamente construídos de grandes cidades; áreas industriais plena ou 
parcialmente desenvolvidas. 
 
Como ilustrado na imagem retirada do site em vista aérea e projeção da 
planta na região. 
 
Figura 17: Vista aérea da região da edificação Bela Vista Way 
 
Fonte: retirada do site acce.com.br em 08/11/2016. 
 42 
No fator rugosidade do terreno e dimensões da edificação na tabela 1 da 
ABNT NBR 6123:1988 são mostrados os parâmetros meteorológico de acordo a 
categoria do terreno e a classe da edificação. Para o edifício em estudo os 
parâmetros aplicáveis são apresentados na seguinte tabela. 
 
Tabela 6: Parâmetros para o cálculo de S2 
Categoria Zg Parâmetros Classe C 
IV 420 
b 0,84 
Fr 0,95 
p 0,135 
Fonte: acadêmico em 2016. 
 
Com uso deste parâmetro, calcula-se S2 através da equação: 
 
𝑆2 = 𝑏𝐹𝑟 𝑧 10 
𝑝 
 
Para o edifício, o valor de S2 será calculado para faixas de variação de altura 
de 5,44m nos pavimentos tipo. Os resultados são mostrados na Tabela 7. Assim 
para velocidade característica e pressão dinâmica do vento são variáveis em função 
da altura. Na tabela fora omitidos os valores no intervalo de 25 a 50 metros. 
 
Tabela 7: Valores de S2, Vk e q em função da altura 
z(m) S2 Vk(m/s) q(KN/m²) 
3,06 0,680 23,80 0,347 
6,21 0,748 26,18 0,420 
9,27 0,789 27,62 0,467 
14,71 0,840 29,40 0,530 
20,15 0,877 30,69 0,577 
 
58,23 1,012 35,42 0,769 
63,67 1,025 35,87 0,788 
69,11 1,036 36,26 0,806 
74,55 1,047 36,65 0,823 
77,27 1.052 36,82 0,831 
Fonte: acadêmico em Novembro de 2016. 
 43 
4.1.2 Cálculo do coeficiente e força de arrasto 
 
 
O coeficiente de arrasto para a situação de vento com baixa turbulência é 
obtido na (Figura 14 p.35) em função das relações h l1 e l1 l2 em que h =77,27m é 
altura da edificação acima do terreno, l1=25m é a dimensão da edificação 
perpendicular à direção do vento e l2=18,5m é a dimensão na direção do vento, 
será analisado em duas direções à 0° e 90° na edificação. 
 
Figura 18:Planta geométrica para calculo da edificação Bela Vista Way 
Fonte: Ftool desenhado pelo acadêmico em 10/11/2016 
 
 h l1 = 77,27 18,50 = 4,17
l1 l2 = 18,5 25 = 0,74 
  figura 14  𝐶𝑎 = 1,26 vento a 0° no prédio 
 
 h l1 = 77,27 25 = 3,09
l1 l2 = 25 18,5 = 1,35 
  figura 14  𝐶𝑎 = 1,35 vento soprando a 90° na 
maior direção da edificação. 
 
Com os valores obtidos dos coeficientes, calcula se as forças devidas ao 
vento na edificação, ou força de arrasto, com a seguinte expressão: Fa= Ca.q.Ae, 
para força de arrasto os valores fora realizado para as duas direções como segue na 
 44 
tabela 8 e 9. Sendo que a área efetiva (Ae) é o produto do comprimento (𝑙1) de ação 
da carga do vento pela altura (ℎ𝑎). 
 
Tabela 8: Ação do Vento a 0° 
z(m) q(KN/m²) Ca Ae (m²) Fa= Ca.q.Ae 
3,06 0,347 
1,26 
0,857 0,375 
6,21 0,420 0,882 0,467 
9,27 0,467 0,857 0,504 
14,71 0,530 1,523 1,017 
20,15 0,577 1,523 1,107 
25,59 0,616 1,523 1,182 
31,03 0,649 1,523 1,245 
36,47 0,678 1,523 1,301 
41,91 0,704 1,523 1,351 
47,35 0,727 1,523 1,395 
52,79 0,749 1,523 1,437 
58,23 0,769 1,523 1,476 
63,67 0,788 1,523 1,512 
69,11 0,806 1,523 1,547 
74,55 0,823 1,523 1,579 
77,27 0,831 0,762 0,798 
Fonte: acadêmico em 2016. 
 
Esses valores encontrado foram lançados no programa Ftool para analise do 
deslocamento do pilar, essas forças estão inserida sobre menor parte da seção do 
pilar de 28x70cm, tendo uma força de arrasto menor que do com ação de vento a 0°. 
 
O comprimento de 70cm do pilar (Tabela 9 p.45), fora calculado à ação do 
vento a 90°, para esse parâmetros houve um acréscimo no valor das força de 
arrasto decorrente a ponderação do coeficiente de arrasto (1,35) com incremento da 
área do pilar recebendo uma carga de vento. 
 
Para realização do Pórtico no Ftool fora colocada as informações da 
edificação, feito um esqueleto da estrutura inserindo pilar central da edificação, para 
buscar maior precisão da analise estrutural. 
 45 
O projeto apresenta uma característica peculiar, apresentando duas 
resistência Fck do concreto de 40MPa e 30Mpa, para cada fora utilizado a equação 
𝐸𝑐𝑖 = 5600. 𝑓𝑐𝑘
1 2 
 e 𝐸𝑐𝑠 = 0,85. 𝐸𝑐𝑖 para os valores mencionado. Temos pra 30MPa 
𝐸30 = 30672𝑀𝑃𝑎 e 40MPa 𝐸40 = 35417𝑀𝑃𝑎, esses valores foram inserido no 
programa Ftool. 
 
Segue apresentação da tabela referente a Força de Arrasto do pilar com ação 
do vento a 90°, 
 
Tabela 9: Ação do Vento a 90° 
z(m) q(KN/m²) Ca Ae ( m²) Fa= Ca.q.Ae 
3,06 0,347 
1,35 
2,142 1,003 
6,21 0,420 2,205 1,250 
9,27 0,467 2,142 1,350 
14,71 0,530 3,808 2,725 
20,15 0,577 3,808 2,966 
25,59 0,616 3,808 3,167 
31,03 0,649 3,808 3,336 
36,47 0,678 3,808 3,485 
41,91 0,704 3,808 3,620 
47,35 0,727 3,808 3,737 
52,79 0,749 3,808 3,850 
58,23 0,769 3,808 3,953 
63,67 0,788 3,808 4,051 
69,11 0,806 3,808 4,143 
74,55 0,823 3,808 4,230 
77,27 0,831 1,904 2,136 
Fonte: acadêmico em 2016. 
 
 
4.1.3 Apresentação da Analise Estrutural 
 
 
Após a realização de todos os cálculos escolhera na seção do pilar (70x28) 
 46 
seu lado de maior influência, sendo que nesse sentido o valor do coeficiente de 
arrasto (1,35) e sua largura (70cm), aumentaram a Força de Arrasto no pórtico. 
 
Para projeção da estrutura fora realizado de acordo com Anexo B, onde 
demonstra a altura e as medidas dos pavimentos. Na tabela (Tab.9 p.45) as Força 
de Arrasto na direção de 90º segue apresentação no pórtico. Para realização dos 
cálculos no programa Ftool, inseriu o modulo de elasticidade secante nas seções 
dos pilares do pavimento tipo até o décima laje, com o fck de 40 megapascal e no 
restante de fck de 30 MPa, de acordo com Anexo F (p.60) 
 
Figura 19:Pórtico com carga pontual e deformada 
 
 
 
Fonte: Ftool desenhado pelo acadêmico em 10 de Novembro de 2016 
 
Para verificar o deslocamento do pórtico utilizou a tabela 13.2 - Limites para 
deslocamento da NBR 6118, inserida no item de efeitos em elementos não 
 47 
estrutural,provocada pela ação do vento. 
Sendo o limite de H/1700 para essa edificação o limite de deslocamento é de 
4,55 centímetros. Valor maior que esse acabam prejudicando as paredes da 
edificação aparecendo fissuras nas mesmas. 
 
Figura 20:Pórtico com carga distribuída e deformada 
 
Fonte: Ftool desenhado pelo acadêmico em 10 de Novembro de 2016 
 
A avaliação do deslocamento máximo em relação aos limites da Norma 6118 
adquirida no programa Ftool houve um valor acima que o permitido, deslocabilidade 
de 11 centímetros no ponto máximo da edificação em seu topo na altura de 77,27 
metros, sendo o limite de 4,55 centímetros de acordo com norma. 
 
Em analise verifica se a necessidade de aumentar a inércia do pilar, porém 
em contra partida quanto maior a área do pilar maior será a força de arrasto, outra 
opção usar os pilares intermediário no pórtico que não foram inserido no programa 
 
 48 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Desde muitos tempos o homem buscou as alturas em sua caminhada, 
construindo suas edificações em rochas o empilhamento de pedras com uso de 
betume como massa ligante. Através dos séculos os equipamentose novos modelos 
de fabricar e construir surgiu, evidenciando a fantástica arte da engenharia. 
 
Considera que nesses período o aprimoramento através das medições e 
varias analise laboratoriais a engenharia se tornou competente com as suas 
pesquisas em campo, com isso. favorecendo as analises construtivas e suas ações 
existentes externa e interna. De igual modo analisando as forças e cargas 
permanentes e variáveis. 
 
A pesquisa da Atividade Pratica Supervisionada favoreceu o 
conhecimento e ganhos incalculáveis na vida acadêmica e futuramente profissionais 
dos alunos. Conhecendo os fatores de topografia para cada local da edificação, os 
fatores estatístico para finalidade, sendo o fator de rugosidade precisa de 
parâmetros para encontrar esse coeficiente. Considera se que a perspectiva dos 
acadêmicas a cada vez que verificar as mais simples edificação terá um olhar 
analítico em relação ao vento. 
 
Em resumo das considerações em relação aos valores encontrado todos 
foram executado de forma precisa, porém para o deslocamento horizontal 
encontrada para edificação ficara acima do índice permitido, possa ter ocorrida pela 
falta de inserção dos pilares intermediário no pórtico.e de pratica de uso do 
programa Ftool. 
 
Em analise final os valores limites de 4,55 centímetros de deslocamento 
segundo a Norma 6118 estará menor que o encontrado de 11 centímetros, essa 
valor favorecera as aparições de fissuras nas paredes do edifício Bela Vista Way. 
 
 
 
 49 
REFERÊNCIAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de 
estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devidas 
ao vento em edificações – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014. 
 
 
BELLEI, Ildony H; PINHO, Fernando O; PINHO, Mauro O. Edifícios de Múltiplos 
Andares em Aço: segundo a NBR 8800:2008.2.ed. rev. e amp. São Paulo: PINI, 
2008. 
 
 
BÍBLIA de ESTUDO PENTECOSTAL: Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: 
Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995. 
 
 
CARVALHO, Roberto Chust; PINHEIRO, Miranda Pinheiro. Cálculo e Detalhamento 
de Estruturas Usuais de Concreto Armado: 2.ed. São Paulo:PINI,2014, Volume 2 
 
 
CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo e 
Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado: segundo a NBR 
6118:2014. 4.ed. São Paulo:EduFSCar,2014. 
 
 
CHAMBERLAIN, Zacarias; FICANHA, Ricardo; FABEANE Ricardo. Projeto e Cálculo 
de Estruturas de Aço: Edifício Industrial Detalhado. Rio de Janeiro:Elsevier,2013. 
 
 
DESCONHECIDO. Portal de Concreto: Ensaios. 2015. Disponível em: 
<http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/ensaios.html>. Acesso em: 
03 de novembro de 2016 
 
 
MENDONÇA, Alzino Furtado de; ROCHA, Cláudia Regina Ribeiro; NUNES, Heliane 
Prudente. Trabalhos acadêmicos: planejamento, execução e avaliação. Goiânia: 
Faculdade Alves Faria, 2008. 
 
 
VASCONCELOS, A.C. O concreto no Brasil: Recordes, Realizações, História. São 
Paulo, Edição Patrocinada por Camargo Corrêa S.A. 1985 
 
http://www.tetraconind.com.br/ 
 
http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/aco/index.asp 
 50 
LISTA DE APÊNDICE 
 
 
APÊNDICE 1 - Registro de Visita a Obra ------------------------------------------------------- 51 
APÊNDICE 2 - Bela Vista Way visão 10° pavimento ----------------------------------------- 52 
APÊNDICE 3 - Construção do Bela Vista Way visão externa ----------------------------- 53 
APÊNDICE 4 - Integrantes da APS do 8° período de Engenharia Civil - UNIP ------- 54 
 51 
APÊNDICE 1 - Registro de Visita a Obra 
 
 
 
Fonte: fotografado pelo acadêmico em 19 de Novembro 2016 
 52 
APÊNDICE 2 - Bela Vista Way visão 10° pavimento 
 
 53 
APÊNDICE 3 - Construção do Bela Vista Way visão externa 
 
 
 54 
APÊNDICE 4 - Integrantes da APS do 8° período de Engenharia Civil - UNIP 
 
Evando Onisio de Souza Filho; Thiago Claudino Bicalho; Fernanda de Souza Candido e Nicolas 
Pignatti de Melo. 
 
 Thiago Bicalho; Nicolas Pignatti; Benivaldo de Mesquita Ripardo 
 55 
 
LISTA DE ANEXO 
 
 
 
ANEXO A - Projeção do Bela Vista Way -------------------------------------------------------- 56 
ANEXO B - Planta frontal do Bela Vista Way -------------------------------------------------- 57 
ANEXO C - Planta de Situação -------------------------------------------------------------------- 58 
ANEXO D - Planta Arquitetônica de lazer do Bela Vista Way ----------------------------- 59 
ANEXO E - Ficha Técnica e Planta Pavimento Tipo do Bela Vista Way---------------- 60 
ANEXO F - Ficha Técnica de Especificação do Concreto ---------------------------------- 61 
 56 
ANEXO A - Projeção do Bela Vista Way 
 
 57 
ANEXO B - Planta frontal do Bela Vista Way 
 
 58 
ANEXO C - Planta de Situação 
 
 
 59 
ANEXO D - Planta Arquitetônica de lazer do Bela Vista Way 
 
 
 60 
ANEXO E - Ficha Técnica e Planta Pavimento Tipo do Bela Vista Way 
 
 
 
 61 
ANEXO F - Ficha Técnica de Especificação do Concreto

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