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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU CURSO DE PSICOLOGIA BATMAN A JORNADA DO HEROI SEGUNDO A PSICANALISE Leonardo Gonçalves Wild SÃO PAULO 2016 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU CURSO DE PSICOLOGIA BATMAN A JORNADA DO HEROI SEGUNDO A PSICANALISE Trabalho apresentado como nota de avaliação continuada para a matéria de Teorias E Sistemas II: Orientador (a): Profª Lisiane Fachianetto SÃO PAULO 2016 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 4 2 - ID, EGO, SUPEREGO E MONOMITO ............................................ 5 3- PRIMEIRO ATO BATMAN BEGINS.................................................. 7 3- SEGUNDO ATO BATMAN THE DARK KNIGHT............................... 10 4- CORINGA E AS PULSOES .............................................................. 13 5- BATMAN THE DARK KNIGHT RISES............................................... 15 6- CONCLUSÃO.................................................................................... 7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRAFIA ........................ INTRODUÇÃO Somos a livre expressão do EU. Vivendo em algum lugar entre os nossos desejos mais sombrios, e nosso moralismo mais radical. Transitando suavemente entre os dois. E nada nos chama mais atenção do que a quebra do status quo; da normalidade. O presente trabalho ira retratar a trilogia do Batman (2005-2012), do diretor anglo americano Christopher Jonathan James Nolan. Se baseando nos conceitos psicanalíticos e no texto "The Hero Of a Thousand Faces" do estudioso Joseph John Campbell. Aqui sera analisado tanto a jornada do herói, quanto suas motivações mais intimas e obscuras. Porem é prudente dizer que: Desde o começo do tempos os seres humanos criam criaturas para além do real. Seres que habitam entre os deuses e os mortais; que ao enfrentarem a si mesmos e ao mundo, se tornam algo mais. Heróis E ao longo do decorrer dos tempos, a concepção de heróis foi mudando. Do menino franzino que corta a cabeça da medusa; os tres cavaleiros movidos pela honra para salvar o reino; ao homem mascarado que transgride a própria lei, para justamente encontrar a "ordem". - Por sua vez fica fácil entender que nosso Herois são sempre uma construção do período e da cultura. 2. ID, EGO, SUPEREGO E MONOMITO Joseph John Campbell, foi um estudioso americano, nascido em 1904. Que publicou inúmeros textos, porem, de toda a sua obra, o trabalho mais notável foi um livro lançado em 1949, com o titulo "The Hero Of a Thousand Faces", sendo livremente traduzido como "A Jornada Do Heroi" ou "Monomito". Monomito nos trás as supostas fases que todo herói deve passar para que sua jornada seja completa. Sendo esse livro escrito ao longo de alguns anos, e tendo como base teórica, inúmeros estudos de Jung. Porem para que seja possível falar da Jornada do herói, é necessária falar primeiramente sobre "A interpretação dos sonhos"(1990) de Sigmun Freud e "O eu e o ID" (1923) do mesmo autor. Onde "o pai da psicanalise" nos mostra que todos os seres humanos são constituídos pela ação de três forças primarias. O ID: como desde pequenos somos cheios de desejos e forças de um lugar além da consciência. Desejos que a todo custo querem ser saciados, e precisam sempre de uma contrapressão, para que não venham a tona em sua forma mais radical. - As pulsões que não medem consequências. Depois em outra instancia temos a noção de Superego: aquela vozinha em nossa cabeça, que constantemente nos indica o que não seria "certo", e frequentemente age como um punidor, nos mostrando nossas falhas e atuando como um freio para todo e qualquer impulso de prazer e desejo. Porem para dar conta dos dois (fato o qual não é tarefa fácil ) temos o Ego; o Eu. Que também dotado de conteúdo inconsciente (que não é passível á consciência; que não é possível de auto entendimento ) age como uma balança, tentando impedir que o ID destrua a si mesmo, e que o superego estagne o individuo. Entretanto como nada é perfeito, o Ego não é capaz de dar conta de tudo o tempo todo, e então se instaura o sono. E como fruto do inconsciente, temos os deslocamentos, que manifestam no sono, sob metáforas de imagens e símbolos, aquilo que mais desejamos e do qual mais temos medo. Sendo por assim segundo Campbell, todos os sonhos são manifestações de desejo; e o inconsciente que adentramos em nossos sonhos é basicamente infantil. Trazendo vida aos momentos mais mágicos e aos monstros mais terríveis. Tendo apenas nossos heróis como salvadores e protetores, em nossas longas noites de peregrinação. 3. Primeiro Ato – Batman Begins Sendo lançado em 2005 e se tornando a quinta maior bilheteria de filmes de super heróis de todos os tempos, Batman Begins foi sem duvida um grande sucesso para critica e bilheteria mundial. Todo o sucesso do primeiro filme é justificado já na primeira cena, onde o pequeno Bruce, ao brincar nos confins de sua enorme mansão cai dentro de um poço e em seu momento mais aterrorizante é assustado por morcegos que o rodeiam. Para que pouco tempo depois, seu pai afetuoso o tire de dentro do buraco e o traga de volta a vida, em seu colo, e com a ideia de que “caímos para aprendermos a nos levantar” Sendo aqui o primeiro estagio de Campbell, ( o chamado para a ventura ), onde o herói descobre algo para além de sua consciência. Onde o primogênito Wayne é tirado de todo seu conforto e descobre que existe medo e trevas no mundo. – Ao mesmo tempo em que o complexo Edipiano, nos mostra a saída do útero materno, pelo pai castrador e possessivo que afasta Bruce de sua mãe, e o tras a luz / a superfície / ao mundo, como um ser independente e dotado de seus próprios desejos. E logo depois “O estranho” (1919) de Freud entra em ação, quando durante uma opera, Bruce é tomado pela angustia de uma performance que o leva ao morcegos do passado, e com uma nova intervenção do pai (do controle, da segurança e da castração) ele lida com a “vergonha” de sentir medo, e eles saem do teatro. Para só então ver os pais sendo mortos na sua frente. Depois temos Bruce como adolescente, no julgamento de seus pais, e pronto para matar o assassino. Quando Rachel o confronta, e ele vai falar com o chefe do crime Carmine Faclone, que o diz que jamais entendera a mente criminosa e o verdadeiro poder do medo já este esta longe demais de toda essa realidade. E aqui temos escrita a próxima fase do heroi (A ajuda sobrenatural) onde as metáforas do superego ( Rachel e Falcone) agem como barreiras para o ID e impedem que Bruce seja capaz de fazer algo ruim para si mesmo, movido apenas pelo desejo. Com isso o filme segue, com Bruce em sua jornada pelo mundo, para adentrar o mundo da criminalidade, e entender aquilo que lhe é mais estranho, que lhe é mais familiar ( a agressividade, o medo e a violência ) Até que após uma prisão, ele é convidado pelo guru Ra’s Al Ghul para treinar nas montanhas, com seu clã das sombras. – Onde este aprende a controlar e direcionar todos os seus maiores medos, tendo que voltar, conscientemente aos morcegos, que aqui nada mais são do que a projeçãode todo o mal que dentro dele habita. Passam-se ao todo sete anos, até que Bruce retorna para Gotham. E em após seu treinamento, esse tem como principal objetivo livrar a cidade de todos os criminosos. Porem para isso ele precisa ser outra pessoa, assumir um EU que pode fazer qualquer coisa: “como Bruce Wayne sou um mortal; mas como símbolo eu posso ser eterno” E mais uma vez “O estranho” se manifesta, na escolha de um morcego como seu uniforme – Um animal que filma no mais intimo e resguardado, que ao sair causa repulsa e medo; algo que assim como ele é um ser real, mas que pode se tornar um símbolo de terror; uma caverna na qual a metáfora do útero materno o permite renascer todas as noites em forma de algo muito maior; a sublimação de suas pulsões em um destino para seus traumas e o símbolo da justiça cega, tal como o morcego. Segundo camphbell o próximo estagio “A travessia do primeiro limiar” é dada justamente no retorno á Gotham. Onde o herói adentra, o mundo obscuro que fora apresentado ( as trevas e a realidade fora do luxo, que ele conhece ao cair no poço ) – E encontra figuras enganadoras e confusões advindas do inconsciente; aqui manifestadas pela verdadeira forma de Ra’s Al Ghul e ao veneno da pelo espantalho. – Tudo cominando para a morte de seu mentor (pai) e a sua reafirmação no mundo, dizendo a Rachel sua identidade. E por fim do primeiro filme temos “O ventre da Baleia” onde o herói é engolido pelo inconsciente, adentra mais uma vez na caverna e começa a desligar-se do ego para se reinventar. – Fato do qual vemos no telhado, onde o Batman assume um lugar para alem da justiça, da ordem e da lei. Promete ajudar e pula do prédio (sumindo no vazio) – Como se esse não fosse mais necessário 3. SEGUNDO ATO - BATMAN THE DARK KNIGHT O Segundo filme da trilogia, “o cavaleiro das trevas” chegou aos cinemas em 2008, e se tornou a segunda maior bilheteria de filmes do gênero de herói de todos o stempos, tendo conquistador o fato até então inédito de ganhar um óscar de melhor ator para filmes de heróis. Aqui o consagrado Heath Ledger ganhando menções, após sua morte. E assim como o primeiro filme, o segundo vem com força na questão da qualidade técnica e pratica, sendo bem avalido tanto pela critica quanto pelos fãs de quadrinhos. E esse filme nos levara ao um Batman ainda mais sombrio e disposto ao que for preciso para trazer justiça. Nesse segundo ato temos o Batman que retorna mais sombrio e sem limites, para que se valendo de qualquer meio, seja possível impedir aquilo que é mais devastador para ele: a criminalidade (lembrando aqui, que para impedir aquilo que mais lhe é estranho e familiar, ele se torna se próprio inimigo) – E escorado no trauma da culpa dos pais mortos, o sintomas obsessivos compulsivos são direcionados para seu próprio Eu, fazendo com que se sinta melhor do que qualquer um. Na questão do enredo em si, logo no começo nos deparamos com o Coringa ( que será analisado separadamente no próximo capitulo ), que a grosso modo pode ser compreendido como a livre expressão do ID. E não menos importante, Harvey dente, um politico que luta por justiça e igualdade, ao mesmo passo que sai com o amor da vida de Wayne, Rachel. Do qual esse foi obrigado a esquecer, visando assim a justiça (seu objeto libidinal) – Sendo na visão de Campbell outro estagio “Encontro com deusa” ( no caso o objeto de escolha sendo a justiça) De modo geral o inicio do filme é marcado pelo que Campbell chamaria de “a estrada de desafios”. A apresentação do caos na personificação de alguém (Coringa), os avisos e presságios da personificação do superego (Alfred) e por fim a a virada completa na historia, que se inicia no presidio. Na sala de investigação Batman confronta o coringa, enquanto esse ri de suas tentativas de conte-lo. A ambivalência de sentimentos dentro do herói é intensificada. O homem que ao parar de fugir (viajar por sete anos), e perde sua neurose (conflito que o interditava sempre no mesmo desejo de matar o homem que matou seus pais) canaliza toda sua raiva para se tornar um símbolo de justiça, se encontra com o seu mais estranho e intimo personagem. Tanto que na cena da prisão, o coringa nos fala que não existe sem o Batman. Porem a real virada desse filme acontece com quando Batman é obrigado a escolher se salvara Harvey Dente, ou o amor de sua vida; Rachel. E ao salvar o símbolo da justiça e deixar sua maior representação de amor morrer, ele é tomado por outra crise. – A castração cai sobre o homem que não pode salvar aquela que ama, assim como a repetição nos mostra algo que já havia ocorrido e o estranho, se encarrega de sobrecarregar o superego e fazer a culpa se instaurar em Wayne. Logo, do ponto de vista do Batman, ele é tomado pelo conflito moral da ambivalência, que agora mais do que nunca. Não sabe se continuara seguindo as regras, ou se realmente abandonara as leis e passara a matar aqueles que forem contra ele. – Entretando, em outro núcleo da historia, temos Harvey Dent, que após a morte de sua amada, se ve perdido dentro de seus conceitos morais, e diferentemente do Batman, decide ser o a lei e juiz. Não apenas julgando (ao acaso) o destino de alguém, mas o sentenciando. Ainda do ponto de vista do Batman, nós nos encaminhamos para o final do filme, onde esse captura o coringa, mas se nega mata-lo justamente para não se tornar aquilo que ele tanto luta contra, e aqui podemos ver a ação do superego, ainda direcionando as condutas do herói. E nos últimos minutos do filme temos a “Apoetose” de campbell, onde o Batman quase morre tentando salvar o filho do chefe de policia (a representação da ordem ao qual ele tenta proteger). E a morte do Duas caras, sendo o símbolo vivido de transitoriedade e mudança de energia libidinal. E por final temos o “A Ultima Benção” onde Batman escolhe ser caçado por um crime que não cometeu. Sendo motivado pelo narcisismo, que é alimentado nas ultimas cenas quando Gordon o coloca como divindade, e o próprio herói se encontra a si mesmo e ve maneiras e ferramentas, com as quais é possível de cumprir suas tarefas. E ali mais do que em qualquer momento da trilogia, Batman assume um lugar acima de qualquer pessoa, de qualquer desejo e da própria lei e ordem. Ele esta movido pelo seu código de conduta intimo e singular, vivendo em uma realidade paralela – Muito além dos conceitos de herói ou vilão, ele é o que Ghotham precisar. “- Porque ele está correndo, papai? / -Porque temos que caçá-lo. - Ele não fez nada de errado. -Porque ele é o herói que Gotham merece, mas não é o que ela precisa agora. Então vamos caça-lo. Porque ele aguenta. Porque ele não é um herói. Ele é um guardião silencioso, um protetor cuidadoso, um cavaleiro das trevas." 4. CORINGA E AS PULSOES Como mencionado no capitulo anterior, um dos personagens mais importantes do segundo filme da trilogia “Cavaleira Das Trevas” é o Coringa. Porem se torna quase injusto analisar ele em um filme, quanto sua complexidade é tão ou até mais do que a do próprio Batman. O coringa assim como o Batman o ocupa um lugar para alem da realidade, para alem do ser humano e da existência. Ele não é verdadeiro nem falso. – Temos isso claro na própria analise de suas Roupas. O Batman usa uma mascara, teoricamente para proteger sua identidade e aqueles que ama. E por mais que em vários momentos ao longo da trilogia, se torne difícil identificar se o Batman é o objetodo Wayne ou se o Wayne se tornou o objeto da própria mascara; ainda existe algo que deseja ser preservado. – Por outro lado temos o Coringa, um sujeito sem nome, e sem rastros que não esconde sua verdadeira aparecia, já que não existe aqui algo que deva ser protegido guardado, o coringa se mostra como em sua totalidade a maquiagem e a roupa que nunca saem do homem, o constituindo enquanto um ser único, sem absolutamente nada a temer. Durante o filme todo vemos um ser movido apenas pelo desejo, ele deixa claro isso quando mata os parceiros no banco, quando queima uma filha de dinheiro, quando coloca uma explosivos em duas balsas e deixa que as pessoas escolham quem vao matar. – “Algumas pessoas apenas querem ver o circo pegar fogo” – Ele é a personificação da pulsão de morte e do ID O coringa é o próprio ato, não existe uma reflexão (um retorno) do assunto e nem um questionamento, apenas puro desejo. E o que mais choca em seu percurso e falta de justificativa em seus atos, onde justifica todos os atos de violência com a cicatriz que teoricamente seu pai fez nele. – Diferentemente de Ra’s Al Ghul, que no primeiro ato se mostra um sujeito violento, porem direcionado a um proposito (seja ele qual for). – Um dos aspectos que mais fascina é ausência de planos do Coringa, e o simples agir dele, mas se torna fácil de entender a medida que fazer planos significaria conter a energia. E durante todo o filme o coringa transita silenciosamente pela cidade, em busca de algo para aplcar seu desejo, da compulsão a repetição e da agressividade destrutiva. Porem é valido aqui chamar atenção para a ambivalência de sentimentos que se instaura entre o Batman e o Coringa. – Ambos tem momentos dos quais seria possível aniquilar um ao outro. Porem ambos não o fazem. – Ao passo de que o coringa internaliza isso no “Voce me completa. O que eu faria sem você?”. Agora se pararmos para analisar mais a fundo, fica mais fácil entender o conceito de ambivalência em entre os dois personagens. Já que o Batman se mostra como um homem da lei (que canaliza toda a sua destruição a direciona para o mal – Expressao do Superego na sociedade) enquanto o Coringa tem justamente o papel oposto, de agente do caos. E por mais estranho que pareça um mostra ao outro o lado que ambos tentam mais esquecer, e que hora ou outra vem da latência ao real. Entretanto até agora só foi exposto o lado da disjunção social, onde o Coringa assume o papel de criador do caos. Entretanto sua pulsão de morte se encontra também em um lugar para alem do caos; criação. Do vazio nasce o novo, e aqui o personagem age justamente como um conflito as regras morais e ao statuos qou, agindo como o porta voz da criação. Independente de gostar o ou não do coringa, é provável que leeh lhe chame atenção. E essa atenção vem da estranhesa, do nosso desedo latente de quebrar as regras, de desafiar a logica sistemática com a qual nossa própria psique age ante o mundo. E o coringa assim como Batman nos mostram algo para alem do certo e do errado. “Ou você morre herói ou vivo o bastante para se tornar o vilão “ 5. BATMAN THE DARK KNIGHT RISES O final da trilogia o cavaleiro das trevas, chegou aos cinemas em meados de 2012. Não superando as expectativas do publico e da critica, que havia sido comido com o segundo filme. Porem, ainda assim é um dos melhores finais de heróis, atingindo todas as fases propostas por Campbell O filme começa oito anos depois do ultimo, com um Bruce recluso, depressivo, tentando lidar com todas as consequências que seus atos causaram no destino do Coringa, Rachel e do duas caras. – Sendo assolado pela culpa e por sua vez fixado sempre ao mesmo momento. E tendo assim como válvula para descarga libidinal a sintomatização (uma vez que esse arruma um meio de melhorar quando é realmente preciso). Para Campbell temos “recusa do retorno” justamente nesse Eu que se martiriza por coisas que nem mesmo ele poderia ter evitado. E por assim hesita em voltar para seu lugar. – Ao passo que somos apresentados a mulher gato, que dentro do universo de personagens Batman é a mais “normal”, movida sempre pela motivação de uma nova vida e um novo começo. Mas que aqui assume um lugar de aviso ao dançar com Bruce e avisa-lo sobre tudo que estaria por vir. Depois encontraremos “O võo magico” onde o heroi assume mais uma vez sua identidade, tenta por sua vez controlar a situação e é finalmente confrontado com o clímax da historia como um todo. – Sendo aqui reperesnados pelo Bane, que bsuca uma “ordem” da mninoria, um anarquismo e ve o Batman como inimido de seus objetivos. Projetando nele toda a sociedade que o abandonou e todo o poder que ele mesmo tem. E dentro do “voo” temos a ultima grande virada na historia. Onde a cidade é tomada pelo anarquismo e o Batman, enquanto simbulo e pessoa são quebrados e jogados dentro de uma prisão no fundo de um poço. Agora temos o momento do “resgate” no uqal, segundo campbell, o heroi precisara de algo (seja um objeto ou ma pessoa) para ajudar a sair da situação com a qual se encontra – E aqui temos a aparição de um idoso que graças ao estranho; assim como Alfred, assume a figura do “pai”,e age como um guia de sabedoria para Bruce. Que é tocado com a frase “escale com medo, pois ai sim você terá condições parar superar obstáculos” – Aqui indo completamente contra as ideias impulsivas de personagens como o Coringa e assumindo a ideia de algo para alem do real Depois temos a consagração – “ a passagem do limiar para o retorno” no qual Bruce retorno ao real, como o poço de lazaro. Ele volta como alguém pronto para sanvar a cidade; mais forte; e para muito mais longe do que a própria existência humana. Assumindo mais uma vez o lugar de símbolo. – E assim como o poço que abre a trilogia, esse age da mesma forma; sendo o renascimentod o heroi (que também foi ajudado por um pai) O penúltimo estagio de Campbell nos leva a “mestre de dois mundos” onde o heroi pode andar livremente entre o inconsite e o conciente – Ele pode escolher quem ele quer ser. E aqui temos como exemplo disso a mulher gato o chamando para deixar tudo, pois ele não deve mais nada a ninguém , ele já teria dado tudo. E esse se recusa para que possa terminar antes de ir. – Sendo movido pelo narcisismo (como já dexcrito antes) esse ainda se ve acima da lei, e finalmente destrói Bane e a bomba. O ultimo estagio é a liberdade para viver. – Aqui ele sendo marcado pela bomba, onde a representação simbólica da bomba, simboliza a morte não do símbolo, mas o nascimento do homem Brune Wayne. No qual ele Abandona não somente toda a gothan , mas quase todos do qual ele conhece. – Como se todo seu trauma tivesse sido resolvido e esse agora fosse livre para realmente decidir o que deseja fazer de sua própria vida. E essa liberdade descrita por campbell seria justamente o poder de operar livremente em sua prorpia mente, a ciência de suas priproas escolhas, impulsos e pulsões. O direcionamento da energia diante de escolhas concientes. A morte do trauma e do simbulo traumático, com o qual o individuo fora atormentado por toda a jornada. E somente ao passo que essa morte existe que Wayne se torna singular. Porem é valido aqui notar que o final da Trilogia se da justamente com o sucessor do batmam descobrindo a caverna. E isso para a psique dos espectadores, é um reforço do convite ao fantástico; colocando em cheque nosso próprio narcisismo e ideia de poder mudar o mundo e as coisas ao nosso poder.6. CONCLUSÃO Batman é uma ficção que nos leva para além do que já é conhecido. Para muito distante do normal, e do estranho. Projeta em nós mesmo aquilo que temos latente em nosso inconsciente, de que podemos fazer tudo, que estamos a cima da lei, mesmo quando tentamos fazer com que ela seja cumprida. A nova trilogia Batman o cavaleiro das trevas, é sobre justiça, para o herói e para sua psique, que incessantemente é atormentado pela sua existência ambivalente. E Christopher Jonathan James Nolan nos apresenta um universo do Batman muito mais real, e sombrio. Onde toda justiça pode ser corrompida e nada é apenas bom ou mal, e sim manifestações do período e de seus desejos e impulsos. Enquanto mergulhamos na profundidade e complexidade de personagens complexos, que transitam em lugares onde nem mesmo a ordem psíquica existe. Sendo quase todos movidos por seus próprios desejos. Buscando incessantemente apaziguar aquilo que mais querem. E nós enquanto seres humanos, nos fascinamos e assustamos com tamanha familiaridade e estranheza que esse personagem nos trás. E como Freud nos mostra em “Mal-estar na civilização” (1930/72), todo sujeito tende a fugir da realidade, seja em maior ou menor grau, para que seja possível encontrar a felicidade. Sendo assim, a ficção nos tira por um momento do real e nos coloca em um lugar de maior poder e significado, enquanto criaturas como o Batman, que rompem com a ordem, se tornam nossas válvulas de liberação para nossas pulsões. Podendo por assim sendo deixar o sujeito aliviado de seus próprios impulsos homicidas, se projetando no ser das trevas, que como o próprio terceiro filme nos mostra... Pode ser qualquer um. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRAFIA O coringa como personificação de morte na cultura – Matéria Online (1919). O Estranho, v. XVII (1920). Além do Princípio do Prazer, v. XVIII (1923 )O Eu e o Id. I- Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Vol. III, (1930) O Mal Estar na Civilização O estranho Mundo de Batman – Manifestaçoes UNheimlich do deenvolvimento de um personagem – Tiago Alves De Moraes SAREMNTO – Universidade federal de juiz de fora MG – 30 06 2012 Batman NO Diva – 18.02.2009-Analise do filme Batman o cavaleiro das trevas e a dimensão simbólica do homem duplo A jornada do cavaleiro das trevas – Freud, campbell e o Homem – Morcego – Tiago Alves de Moraes SARMENTO – Universidade federeal de Juiz De Fora MG 2013 As representações sociais no discurso dos super-herois: o caso Batman, o cavaleiro das trevas Pulsao de morte: MOrtificaçao ou combate? – Profesora Maria Regina Prata – Professora do mestrado em educação da Universidade estacio de Sá psicalanista do espaço brasileiro de estudos psicanalíticos jan/jun 2000