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MÉTODOS DE MILL São métodos da lógica indutiva (casos particulares > verdade geral) que são suficientes, mas não são necessários. 1) CONCORDÂNCIA - Quando casos que produzem certo fenômeno tem um antecedente isoladamente em comum, essa circunstância partilhada é a causa (ou o efeito) do dado fenômeno. . A ocorreu mais de uma vez . A é o fenômeno a ser explicado . B é o único fator que ocorreu quando A ocorreu. ∴ Provavelmente, A [ ] -> B U B [ ] -> A (A causa B ou B causa A) Exemplo: Lucas e Luiza foram os únicos alunos que passaram na prova. Eles também foram os únicos a fazer todos os exercícios sugeridos pela professora. Conclui-se que o fato de terem feito todos os exercícios é a causa de terem passado na prova. 2) DIFERENÇA - Quando casos semelhantes se diferem em apenas um elemento, em que o fenômeno se produz em um caso, mas não em outro. Esse elemento será o efeito ou a causa. . A ocorreu no primeiro caso, mas não no segundo . Os casos são idênticos, exceto por B também ter ocorrido no primeiro, mas não no segundo ∴ Provavelmente, B [ ] -> A (B causou A) Exemplo: As experiências de Pasteus. Dois fracos idênticos foram colocados nas mesmas condições, um aberto e outro fechado. No frasco X, produz-se uma fermentação, enquanto no outro não. Conclui-se que a fermentação se deve aos germes no ar. 3) VARIAÇÃO - Quando um fenômeno varia de uma maneira específica sempre que outro fenômeno varia da mesma maneira, as variações são causa ou efeito uma da outra. . A muda de uma certa forma <-> B muda da mesma forma ∴ Provavelmente, A [ ] -> B U B [ ] -> A U C [ ] -> A ^B (A causa B ou B causa A ou existe um C que causa os dois) Exemplo: Em várias amostras de água com sal e chumbo, são verificadas toxinas. Se o nível de toxicidade varia de acordo com nível de chumbo; conclui-se que a toxicidade é devida à presença do chumbo. 4) DISCORDÂNCIA . A ocorreu em algum caso . B não ocorreu no mesmo caso ∴ Provavelmente, ~A [ ] ->B Exemplo: Pessoa Risoto Torta Sorvete Passou mal? Luiza Sim Sim Sim Sim Lucas Não Sim Sim Sim Carlos Não Sim Não Não Pode-se concluir que o sorvete foi a causa da indigestão das pessoas. 5) RESÍDUOS - Quando todos os elementos de um caso são explicados, com exceção de um. E todos os fatores, exceto um, estão associados a todos os elementos. Conclui-se que o elemento remanescente pode ser atribuído ao fator remanescente. Exemplo: Uma pessoa ficou o dia inteiro sem comer e embaixo do sol. Ficou com azia e insolação. Sabe-se que a insolação foi causada por ter ficado embaixo do sol. Conclui-se que a azia foi causada por ter ficado o dia inteiro sem comer. REGRAS DE INFERÊNCIA Tem como objetivo provar a validade de um dado argumento 1) Modus Ponens (MP) P → Q P ∴Q Se o antecedente de um condicional for verdadeiro, o seu consequente necessariamente é verdadeiro. 2) Modus Tollens (MT) P → Q ~Q ∴~P Ao contradizer o consequente, somos obrigados a contradizermos também o antecedente. 3) Silogismo Hipotético (SH) P → Q Q → R ∴P → R A implicação possui a propriedade transitiva, isto é, se P implica Q e Q implica R, então P implica R através de Q. 4) Silogismo Disjuntivo (SD) P v Q ~P ∴Q Se uma disjunção é verdadeira e uma das proposições se revela falsa, então a outra proposição é necessariamente verdadeira. 5) Dilema Construtivo (DC) (P → Q) ^ (R → S) P v R ∴Q v S Dilemas são situações em que somos obrigados a aceitar uma de duas consequências. Esta regra de inferência se baseia na regra Modus Ponens. Então o dilema consiste em que, ao afirmar p ou r, somos obrigados a concluir q ou s. 6) Absorção (ABS) P → Q ∴P → (P ^ Q) Dada uma condicional, pode-se deduzir dela uma condicional que tem como antecedente o mesmo antecedente da primeira e como consequente uma conjunção as duas proposições que figuravam na primeira condicional. 7) Simplificação (SIMP) P ^ Q ∴P Em uma conjução verdadeira, pode-se concluir que cada um dos seus componentes é verdadeiro de forma independente. 8) Conjunção (CONJ) P Q ∴P ^ Q Se dois enunciados são verdadeiros independentemente, juntos formam uma conjunção verdadeira. 9) Adição (AD) P ∴P v Q Dada uma proposição verdadeira, a partir dela pode-se deduzir uma disjunção verdadeira com qualquer outro enunciado que escolhermos. Se o enunciado que escolhermos, q for falso, em nada afetará a verdade da proposição p e da disjunção por elas formada. 10) Contraposição (Cont.) A → B ∴~B → ~A TUTORIAL REGRA DE INFERÊNCIA Explicar de onde veio a conclusão a partir das premissas. (Não é para explicar as premissas). Todas as regras só podem usar no máximo duas premissas Não pode justificar uma premissa usando ela mesma (raciocínio circular) A última linha da prova tem que ser a conclusão e tem que ser justificada Exemplo: A colheita é boa, mas não há á agua o suficiente. Se houver muita chuva, ou se não houver muito sol então haverá água suficiente. Portanto, a colheita é boa e há muito sol. 1) transformar o argumento em linguagem simbólica C= colheita é boa A = há água suficiente V = há muito chuva S = há muito sol 2) listar as premissas 1 C ^ ~A 2 (V v ~S) -> A ∴ C ^ S 3) trabalhar as regras de inferência para chegar a conclusão 3 ~A 1 SIMP 4 C 1 SIMP 5 ~(V v ~S) 2,3 MT 6 S 5 SIMP 7 C ^ S 4,6 CONJ
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