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Atlas de Parasitologia Clínica 2016

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Centro Universitário Uninovafapi 
Curso: Biomedicina 
Período: 4° 
Disciplina: Parasitologia Clínica 
Professora: Amanda 
Aluna: Maria Theresa Araújo Neves Neta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATLAS DE PARASITOLOGIA 
CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresina 
11/2016 
 
Sumário 
 
1. Importância da Parasitologia Clínica e estudo dos enteroparasitos e 
enteroparasitoses 
2. Enteroparasitoses causadas por parasitos 
3. Protozoários: Giardia duodenalis, Entamoeba hystolitica/dispar 
4. Nematoda: Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos spp, Strongyloides 
stercoralis, Enterobius vermiculares, Truchuris trichiura 
5. Cestoda: Taenia spp, Hymenolepis (H. nana e H. diminuta) 
6. Trematoda: Schistosoma mansoni e Fasciola hepática 
7. Técnicas de concentração para execução do exame parasitológico 
8. Formas parasitárias eliminadas nas fezes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA PARASITOLOGIA CLÍNICA 
 
 A parasitologia é a ciência que estuda os parasitos, as parasitoses humanas e 
os métodos para diagnóstico e controle das mesma, o que é de grande 
importância para que se possam ser desenvolvidas através dos profissionais 
da saúde medidas de prevenção, reabilitem pacientes e promovam a saúde 
individualmente ou coletivamente. Desastres naturais, baixas condição de 
higiene, falta de saneamento básico e crescimento desordenados das cidades 
são fatores que estão associados a doenças parasitarias. 
 Com a globalização o mundo se tornou se tornou menor, devido a rápida 
movimentação de pessoas e imigrantes de áreas endêmicas, também por esse 
motivo a parasitologia clínica recebeu uma importância renovada, uma vez que 
as doenças parasitárias são frequentes na população mundial. 
 O grau de intensidade de uma doença parasitária depende do número de 
formas infectantes presentes, da idade e do estado nutricional do hospedeiro, 
do grau de resposta imune ou inflamatória desencadeada, dos órgão atingidos 
no hospedeiro, da virulência da cepa, dentre outros. O estudo da parasitologia 
clinica é de suma importância, uma vez que, mesmo os países desenvolvidos 
estão sujeitos à doenças parasitárias apesar das boas condições sanitárias. 
 As enteroparasitoses são responsáveis pelos altos índices de morbidade e 
representam um problema de saúde pública mundial, as mesmas possuem 
elevada prevalência no Brasil, pois estão relacionadas às condições higiênico-
sanitárias, no Brasil essas enteroparasitoses atingem principalmente crianças 
em idade escolar, as mesmas apresentam imunidade em desenvolvimento e 
hábitos de higiene precários. 
 As enteroparasitoses no Brasil atingem cada vez mais pessoas de nível 
socioeconômico mais baixo, isso decorre da falta de engenharia sanitária, más 
condições de habitação e educação, benefícios podem ser atribuídos para 
minimizar esses danos causados a população através do estudo da 
parasitologia clínica e do desenvolvimento de medidas eficazes de prevenção. 
 
 ENTEROPARASITOSES CAUSADAS POR PARASITOS 
 
1.PROTOZOÁRIOS 
 
1.1 GIARDÍASE 
 
 A Giardíase é uma infecção diarréica amplamente distribuída pelo mundo, 
sendo prevalente em países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, é causada 
por um protozoário Giardia duodenlis, que é um protozoário flagelado, as 
infecções sintomáticas apresentam quadro de diarreia crônica seguido se 
cólicas abdominais, sensação de distenção, esteatorréia, consequentemente 
perda de peso e desidratação, má absorção de gordura e vitaminas 
lipossolúveis, sendo algumas infecções assintomáticas. 
 
Agente Etiológico 
 O agente etiológico é um protozoário flagelado em forma de pera, Giardia 
duodenalis, inicialmente chamado de Cercomonas intestinalis por Lambl em 
1859 e renomeado Giadia lamblia por Stiles. Em 1915, em memória do professor 
A, Giard, de Paris e Dr. F. Lambl, de Praga. 
 Classificação Taxonômica 
Domínio: Eukaria 
Reino: Protista 
Subreino: Protozoa 
Filo: Sarcomastigophora 
Subfilo: Mastigophora 
Classe: Zoomastigophora 
Ordem: Diplomonadida 
Família: Hexamitidae 
Gênero: Giardia 
Espécies: G. lamblia, G. muris e G.agilis 
Nome binominal: Giardia lamblia 
Sinônimos: G. lamblia, G. intestinalis, G. duodenalis e Giardia duodenalis 
 
Ciclo Biológico
 
 
Formas Evolutivas 
 
 Cisto 
 Mede de 8 a 14 μm de comprimento por 7 a 10 μm de largura, 
apresentando-se em formato ovoide, possui quatro núcleos e uma 
membrana externa espessa que o torna resistente ao meio ambiente 
(produtos químicos, variações de temperatura e umidade). 
 
 
 
 Trofozoíto 
 Mede de 10 a 20 μm de comprimento por 5 a 15 μm de largura, apresenta 
simetria bilateral, dois núcleos duas faces: ventral e dorsal, na face ventral 
possui uma estrutura 
denominada disco suctorial responsável pela aderência do parasito à 
mucosa intestinal, possui estruturas paralelas em forma de vírgula que 
serve para a distinção das espécies, chamadas de corpos medianos, 
possui ainda oito flagelos sendo, dois caudais, dois ventrais, dois 
posteriores, dois laterais, possui ainda axostilo. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
Pesquisa de cistos através do método de Faust e colaboradores. 
 
1.2 AMEBÍASE 
 
 A amebíase é uma infecção intestinal causada causada por um parasita 
Entamoeba hystolitica/dispar , esta parasitose atinge 10% da população 
mundial, no Brasil a prevalência dos casos varia de região para região, a 
amebíase é a segunda causa de morte por parasitoses em todo o mundo, em 
casos mais graves causa diarreia sanguinolenta, é comum em países em 
desenvolvimento onde não há engenharia sanitária, más condições de higiene 
e má alimentação, o que permite que o indivíduo esteja exposto a 
contaminação fecal. 
 Existe também alguns fatores de risco para essa infecção, como por exemplo, 
alcoolismo, câncer, desnutrição, idade infantil ou avançada, gravidez, uso de 
corticoide para inibir o sistema imunitário, manter relações sexuais 
desprotegidas, os sintomas da doença costumam aparecer de 7 a 10 dias após 
a exposição ao parasita. 
 Os sintomas vão de leves a sintomas graves, as manifestações leves da 
doença se caracterizam por fadiga, perda de peso, presença de sangue 
ocasional com muco nas fezes, gases em excesso, cólicas, dor retal 
principalmente durante a evacuação, os sintomas graves se resumem em, 
febre, vômitos, presença de sangue em fezes líquidas, evacuação anormal de 
dez a vinte vezes por dia e sensibilidade abdominal, portanto é necessário 
assistência médica em caso de diarreia persistente. 
 
Agente Etiológico 
 
 O agente etiológico da amebíase é o protozoário Entamoeba hystolitica/díspar, 
este protozoário é atribuído de flagelos ou cílios, que auxiliam no seu 
deslocamento assim como os pseudópodos que possui em sua estrutura. 
 Classificação Taxonômica 
Domínio: Eukaryota 
Filo: Rhizopoda 
Classe: Entamoebidea 
Ordem: Amoebida 
Família: Entamoebidae 
Gênero: Entamoeba 
Espécie: E. hystolitica 
Nome binominal: Entamoeba hystolitica/díspar 
 
Ciclo Biológico 
 
 
Formas Evolutivas 
 Trofozoíto 
 Apresenta em seu ciclo um trofozoíto medindo de 20 a 40 micrômetros, 
constituído de um núcleo, pleomórfico, e emite pseudópodes, tem seu 
citoplasma diferenciado em ectoplasma, que é claro e hialino, e endoplasma, 
que é granuloso e tem vacúolose restos de substâncias alimentares. 
 
 Fonte:Google 
 
 Pré-cisto 
 O pré-cisto é apenas uma fase intermediária entre cisto e trofozoito, o mesmo 
apresenta forma oval, núcleo igual ao do trofozoito, em seu citoplasma apresenta 
corpos cromatóides em formato de bastonetes. 
 
 Cistos 
 São esféricos podendo se apresentar em formato oval, mede de 8 a 20 
micrômetros de diâmetro, possui um cariossoma, ainda que pequeno, no 
citoplasma possui vacúolos de glicogênio, possui entre 1 e 4 corpos 
cromatóiodes em formato de bastonetes. 
 
 
Fonte: Google 
 
 Metacisto 
 O metacisto emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisões e da 
origem ao trofozoito, é uma forma multinucleada. 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
Para fezes diarreicas: Exame a fresco 
Para fezes formadas: Método de Hoffman 
 
2. NEMATODA 
 
2.1 ASCARIDÍASE 
 
 Ascaridíase é uma verminose causada por um parasita, Ascaris lumbricoides, 
é a verminose intestinal mais difundida no mundo, popularmente conhecida 
como lombriga, as infecções causadas por Ascaris lumbricoides são 
geralmente assintomáticas, e pode desencadear sintomas de acordo com a 
carga parasitária, podendo surgir inicialmente falta de ar e febre, seguindo de 
inchaço abdominal, dor abdominal e diarreia, perda de apetite, ruído ao 
respirar, as crianças são as mais atingidas, o que pode provocar nas mesmas 
desnutrição e problemas de aprendizagem, a melhor maneira de combater a 
doença além do tratamento medicamentoso é a profilaxia, a mesma é realizada 
através de cuidados com higiene pessoal, tratamento adequado da água, 
higiene dos alimentos, saneamento básico e tratamento dos doentes. 
 Cerca de 0,8 e a 1,2 milhões de pessoas em todo mundo tem ascaridíase, as 
populações mais afetadas estão na África subsaariana, América Latina e Ásia. 
 
Agente Etiológico 
 
 O agente etiológico da ascaridíase é o Ascaris lumbricoides, uma espécie de 
nematódeo da família Ascarididae, o agente etiológico se desenvolvem no 
intestino do hospedeiro, onde macho e fêmea se reproduzem. 
 Classificação Taxonômica: 
Reino: Animalia 
Filo: Nematoda 
Classe: Secernentea 
Ordem: Ascaridida 
Família: Ascarididae 
Género: Ascaris 
Espécie: A. lumbricoides 
Nome binomial: Ascaris lumbricoides 
 
Ciclo Biológico 
 
 
 
Formas Evolutivas 
 
 Verme adulto macho 
 
O verme adulto macho mede entre 15 e 30 cm de comprimento, corpo 
cilíndrico, possui um só testículo tubular, possui cor amarelo rosado, possui 
vestíbulo bucal com três lábios, esôfago musculoso, intestino retilíneo, o macho 
apresenta um enrolamento ventral na cauda, que é uma característica sexual 
externa que possui ainda grossas espículas de quitina que funcionam como 
anexos contráteis durante a cópula. 
 
 Verme adulto fêmea 
 
 O verme adulto fêmea mede entre 25 e 40 cm de comprimento, e entre 3 a 6 
milímetro de diâmetro, apresenta dois ovários filamentosos, úteros calibrosos, 
vagina que abre na face ventral na linha mediana, e vulva, o aparelho genital 
apresenta em torno de 2 milhões de ovos e cada fêmea põe em média entre 
220 a 240 mil ovos por dia, a fêmea é pseudocelomada. 
 
 
 Ovo fértil 
 
 Possui formato oval ou quase esférico de casca espessa e célula ovo no 
interior, formada por três camadas apresentando 60µm de comprimento, a 
camada mais externa chama-se membrana mamilonada. 
 
 
 
 
 Ovo infértil 
 O ovo infértil apresenta um formato mais alongado medindo entre 80 e 90µm 
de comprimento, sua casca é mais delgada com uma camada albuminosa 
reduzida, irregular ou ausente. O interior do ovo infértil é cheio de grânulos 
refringentes, de aspecto grosseiro. 
 
 
Fonte: Google 
 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
Exame macroscópico de fezes: pesquisa de proglotes e de vermes adultos. 
Exame microscópico de fezes: Método de Hoffman 
 
2.2 ANCILOSTOMÍASE 
 
 É popularmente conhecida como amarelão, ocorre principalmente em climas 
tropicais e subtropicais, o agente etiológico, Ancilostomídeos spp, parasita o 
intestino do indivíduo, causando portanto diarreia moderada e dor abdominal, Os 
vermes parasitas causadores da doença são Ancylostoma duodenale e Necator 
americanos, pessoas saudáveis e com alimentação rica em ferro podem não 
perceber os sintomas da doença. 
 No local onde as larvas penetram é possível sentir a sensação de uma picada, 
consequentemente a pele se torna e vermelha e ocorre o inchaço, que pode 
causar reação alérgica com coceira por dias, os sintomas mais comuns são, 
perda de apetite, febre, náuseas, cólica, diarreia ou constipação, nos casos mais 
graves observa-se anemia ferropriva causada por desnutrição, daí o nome 
amarelão em referência a palidez decorrente do quadro anêmico, déficit físico e 
mental permanente e dor de barriga alérgica persistente. 
 
Agente Etiológico 
 
 São responsáveis por infectar o homem o Ancylostoma duodenale que é 
encontrado na zonado Mediterrâneo, Índia, China e Japão, o Necator 
americanos encontrado nas zonas tropicais da África, Ásia e América, e 
Ancylostoma braziliense encontrado na América do Sul e conhecido como 
bicho-geografico, o Ancylostoma tubaeforme que infectam além do homem, 
felinos, o Ancylostoma caninum infecta canídeos e humanos e o Stenocephala 
uncinaria infecta tanto cães quanto gatos. 
 Classificação Taxonômica 
Filo Nematoda; 
Família: Ancylostomidae 
Espécies: Ancylostoma duodenale e Necator Americanus 
 
Ciclo Biológico 
 
 
 
Formas Evolutivas 
 
 Verme adulto: Ancylostoma duodenale 
Possui um par de dentes cortantes, corpo cilíndrico medindo entre 0,8 a 1,3 cm 
de comprimento, possui dimorfismo sexual, o macho possui uma bolsa 
copuladora e a fêmea possui vulva. 
 
 
 Verme adulto: Necator americanus 
Possui corpo cilíndrico, aspecto avermelhado, capsula bucal com duas placas 
cortantes, medindo entre 0,8 e 1,3 mm, o macho mede entre 5 e 9 mm e a 
fêmea entre 9 e 11 mm, ambos possuem uma bolsa copuladora. 
 
 
 
 Ovos 
Possuem uma casca transparente e fina, são liberados no ambiente e tornam-
se larvados, apresentam de 4 a 8 blastômeros. 
 
 
DIAGNOSTICO LABORATORIAL 
 
Kato Katz 
 
 
2.3 ESTRONGILOIDÍASE 
 
 A Estrongiloidíase ou Estrongiloidose é uma doença causada pelo parasita 
Strongyloides stercoralis e possui maior prevalência em regiões quentes (com 
temperatura entre 25 a 30º C) e com bastante umidade. Os nematódeos são 
encontrados em solo arenoso e podem viver indefinidamente no solo como 
formas livres. A forma parasita deste verme possui corpo cilíndrico, filiforme, 
esbranquiçada, com as extremidades afiladas. Na porção anterior encontramos 
a boca com três pequenos lábios. Possui esôfago estreito e cilíndrico 
(filarióide), e mede de 2 a 3 mm de comprimento. 
 
Agente Etiológico 
 
Strongyloides stercoralis 
Nomenclatura e Taxonomia: Reino – Animalia 
 Filo – Nematoda 
 Classe – Secernentea 
 Ordem – Rhabditida 
 Família – Strongyloididae 
 Espécie – Strongyloides stercoralis 
 
Ciclo Biológico 
 
 
 
 
 
Ciclo (Monoxênico) 
• DIRETO 
– Fêmeas realizam a ovipostura e, ainda no intestino ocorre a eclosão, com 
liberação de larvas rabditóides; 
– Larvas rabditóides podem se desenvolver de duas maneiras: 
 » Transformarem-seem machos e fêmeas de vida livre no solo (CICLO 
INDIRETO); 
» Transformarem-se em larvas filarióides (infectantes) no hospedeiro ou no 
solo; 
– As larvas filarióides desenvolvem ciclo pulmonar e as fêmeas adultas 
completam o desenvolvimento mergulhadas na mucosa de jejuno ou íleo; 
 – A ovipostura ocorre por partenogênese. 
– Ciclo (Monoxênico) 
• INDIRETO 
– Fêmeas realizam a ovipostura e, ainda no intestino ocorre a eclosão, com 
liberação de larvas rabditóides; 
 – Larvas rabditóides são eliminadas pelas fezes e transformam-se em machos 
e fêmeas de vida livre (solo); 
– Da ovipostura, originam-se larvas rabditóides que, após alguns dias, passam 
a filarióides; 
– As larvas filarióides continuam seu desenvolvimento somente após 
penetração cutânea e ciclo pulmonar; 
 – O desenvolvimento completa-se na mucosa do intestino delgado. 
 
 
Formas Evolutivas 
 
 Larva Filarióide 
 O esôfago(es), que é do tipo filarióide, dá origem ao nome das larvas. Este 
é longo, correspondendo à metade do comprimento da larva. Cutícula fina e 
hialina. Medem de 0,35mm a 0,50mm de comprimento por 0,01mm a 
0,03mm de largura. Apresentam vestíbulo bucal(vb) curto e intestino 
terminado em ânus, um pouco distante da extremidade posterior. A porção 
anterior é ligeiramente afilada e a posterior afina-se gradualmente, 
terminando em duas pontas, conhecida como cauda entalhada(ca), que a 
diferencia das larvas filarióides de ancilostomídeos, que é pontiaguda. Essa 
é a forma infectante do parasito, capaz, portanto, de penetrar pela pele ou 
pelas mucosas; alem de serem vistos no meio ambiente, também podem 
evoluir no interior do hospedeiro, ocasionando os casos de auto-infecção 
interna. 
 
 Larva Rabditóide: 
 O esôfago(es), que é do tipo rabditóide, dá origem ao nomes das larvas. As 
originárias das fêmeas parasitas são praticamente indistinguíveis das 
originadas das fêmeas de vida livre. Apresentam cutícula fina e hialina. 
Medem 0,02 a 0,03mm de comprimento por 0,015mm de largura. 
Apresentam vestíbulo bucal(vb) curto, cuja profundidade é igual ao diâmetro 
da larva, características que a diferenciam das larvas rabditóides de 
ancilostomídeos, em que o vestíbulo bucal é alongado e sua profundidade é 
igual ao diâmetro do corpo (10µm). O intestino termina em ânus afastado da 
extremidade posterior. Apresentam primórdio genital(pg) nítido formando 
um conjunto de células localizadas um pouco abaixo do meio do corpo. 
Esse caráter também auxilia na diferenciação das larvas de 
ancilostomídeos, que apresentam somente vestígio da de primórdio genital. 
Terminam em cauda pontiaguda. Visualizada a fresco, as larvas se 
mostram muito ágeis com movimentos ondulatórios. Nas formas 
disseminadas são encontradas na bile, no escarro, na urina, nos líquidos 
duodenal, pleural e cefalorraquidiano. 
 
 
 Ovos 
 São elípticos, de parede final e transparente, praticamente idênticos aos do 
ancilostomíeos. Originários da fêmea parasitam medem 0,05mm de 
comprimento por 0,03mm de largura e os da fêmea de vida livre são 
maiores, medindo 0,07mm de comprimento por 0,04 de largura. 
 
 
. 
 
 Fêmea de Vida Livre 
 Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e 
posterior afiada. Mede de 0,8 a 1,2mm de comprimento po 0,05 a 0,07 de 
largura. Apresenta cutícula fina e transparente, com finas estriações. 
Aparelho digestivo simples, com boca(bo) contendo três lábios; esôfago(es), 
que é curto, tem aspecto rabditóide, pois apresenta três porções, sendo 
uma anterior, cilíndrica e alongada (corpo), uma intermediaria estreitada 
(istmo) e uma posterior globulosa (bulbo); o anel nervoso contorna a parte 
estreitada um pouco adiante do bulbo; o intestino é simples e de difícil 
observação, devido à presença dos órgão genitais; terminando no ânus. 
Aparelho genital anfidelfo, contendo ovários, ovidutos, vulva(vu) situada 
próxima ao meio do corpo e útero(ut) divergente, contendo até 28 ovos em 
diferentes graus de evolução. Apresenta receptáculo seminal. 
 
 
 Macho de vida Livre 
 Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior 
recurvada ventral mente. Mede 0,7mm de comprimento por 0,04mm de largura. 
Boca(bo) com três lábios, esôfago(es) tipo rabditóide seguido de intestino(in) 
terminando em cloaca(cl). Aparelho genital contendo testículos, vesícula 
seminal, canal deferente e canal ejaculador, que se abre na cloaca. Apresenta 
dois pequenos espículos, auxiliares na cópula, que se deslocam sustentados 
por uma estrutura quitinizada denominada gubernáculo. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
Método de Baerman-Moraes 
 
 
2.4 ENTEROBÍASE 
 
 A Enterobiose, Enterobíase, Oxiurose ou ainda Oxiuríase tem como agente 
etiológico o Enterobius vermiculares, a doença possui maior prevalência nas 
regiões temperadas, apesar de sua distribuição ser mundial, os sintomas mais 
comuns da doença são, diarreia com muco, cólicas abdominais, náuseas, 
vômitos, prurido anal intenso principalmente nos horários da noite, esse é o 
sintoma marcante da doença, além de inflamação da região anal, podendo 
causar vaginite em pacientes do sexo feminino, atinge mais crianças na idade 
escolar, é de extrema importância profilática, a lavagem das mãos, manter o 
corpo asseado, uso de roupas limpas, de corpo e de cama, o tratamento 
medicamentoso apresenta índices de cura satisfatórios, para tanto os métodos 
de profilaxia ainda são a melhor maneira de prevenir a doença. 
 
Agente Etiológico 
 
O causador da Enterobíase é o nematódeo Oxyurus vermicularis ou Enterobius 
vermicularis. 
Classificação Taxonômica 
Reino: Animalia 
Filo: Nematoda 
Classe: Secernentea 
Subclasse: Spiruria 
Ordem: Oxyurida 
Família: Oxyuridae 
Género: Enterobius 
 
 
 
 
Ciclo Biológico 
 
 
 Formas Evolutivas 
 Verme adulto macho 
 Este possui asas encefálicas, mede entre 2 e 5 mm, diferentemente da fêmea 
possui a parte posterior enrolada terminando em ponta romba. 
 
 
 
 
 
 Verme adulto fêmea 
As fêmeas se apresentam maiores que os machos, medindo entre 8 e 12 mm, 
possui a região posterior do corpo retilínea ou ligeiramente encurvada. 
 
 
 Ovo 
O ovo é assimétrico, medindo de 50 x 60 mm de comprimento e de 25 x 30 mm 
de largura, é convexo, possui casca dupla transparente, o que permite observar 
em seu interior o embrião formado. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
MÉTODO DE GRAHAM (FITA ADESIVA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 . TRICURÍASE 
 
 A tricuríase é uma parasitose muito comum em países subdesenvolvidos, 
onde as condições de saneamento básico são precárias. O Trichuris trichiura é 
um parasito que não se adapta bem a locais áridos ou muito frios, por isso, as 
regiões tropicais, onde o clima é úmido e quente, são as que apresentam maior 
número de casos desta verminose. Em todo mundo, estima-se que mais de 1 
bilhão de pessoas estejam infectadas com esse parasito, a maioria delas sem 
apresentar qualquer tipo de sintoma. Devido ao fato do Trichuris trichiura viver 
em ambientes com características semelhantes aos do parasito Ascaris 
lumbricoides, é muito comum a co-infecção por ambos nematódeos. O 
Trichuris trichiura é um verme morfologicamente parecido com o Ascaris 
lumbricoides, porém, ele é bem menor, medindo, em média, cerca de 4 cm 
contra os habituais 30 cm do áscaris. 
 
Agente Etiológico 
 
 O agente etiológico da Tricuríase é o Trichuris trichiura 
Classificação Taxonômica 
Reino – Animalia 
 Filo – Nematoda 
Classe – Adenophorea 
Subclasse – EnopliaOrdem – Trichurida 
Família – Trichuridae 
Gênero: Trichuris 
 
Ciclo Biológico 
 
 
Formas Evolutivas 
 
 Verme Adulto 
 Os vermes adultos apresentam uma forma típica semelhante a um 
chicote, devido ao afilamento da região esofagiana, que compreende 
cerca de 2/3 do comprimento total do corpo e do alargamento posterior, 
na região do intestino e órgãos genitais, que corresponde a 1/3 do 
comprimento total do corpo. No final do intestino encontra-se o ânus. A 
forma adulta possui um nítido dimorfismo sexual: tem o macho e a 
fêmea. Eles possuem: abertura bucal desprovida de lábios, localizado 
na extremidade anterior do parasito; Esôfago delgado com musculatura 
pouco desenvolvida e na porção posterior é circundado por células 
glandulares (ESTICÓCITOS). Os vermes adultos medem cerca de 3 a 5 
cm de comprimento, sendo o macho menor que a fêmea. 
 
 
 Ovo 
 Comprimento:50 – 55 µm / Largura: 22 µm, ocupam o cólon distal reto 
e poção distal do íleo. É considerado um parasita tissular: pois toda a 
região esofagiana do parasito penetra na camada epitelial da mucosa 
intestinal do hospedeiro, a porção posterior fica exposta na luz intestina. 
Alimentam-se de enterócitos e sangue (segundos alguns autores) 
 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
Método de Kato Katz 
 
 
3.0 CESTODA 
 
3.1TENÍASE 
 
 A Teníase é uma parasitose causada pela forma adulta das tênias: 
Taenia solium(do porco) e Taenia saginata (do boi) que parasitam o 
intestino delgado do homem, seu parasita hospedeiro, originando 
sintomas como enjoo, náuseas, diarreia, dor abdominal,dor de cabeça, 
falta ou aumento do apetite, irritação, cansaço, insônia, a transmissão 
se dá pela ingestão de carne crua ou mal cozida de boi ou de porco 
contaminada com o parasita. A teníase geralmente não provoca 
sintomas, no entanto na presença destes sintomas, o indivíduo deve 
consultar o médico para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento. 
 
 
Agente Etiológico 
O agente etiológico é a Taenia sollium e Taenia saginata. 
 
Reino: Animalia 
Filo: Platelmintos 
Classe: Cestodas 
Subclasse: Eucestoda 
Ordem: Cyclophyllidea 
Família: Taeniidae 
Género: Taenia 
Espécies: Taenia solium e Taenia saginata 
 
 
 
 
Ciclo Biológico 
 
Formas Evolutivas 
 
 Proglote de Taenia solium 
A proglote gravídica de Taenia solium é quadrangular e apresenta 12 
ramificações uterinas, dentríticas. 
 
 Proglote de Taenia saginata 
É retangular, possui útero com ramificações dicotômicas, e carrega cerca de 
160 mil ovos. 
 
 Cisticerco de Taenia solium 
O cisticerco pode medir entre 1 e 4 metros, possui escólex com 4 ventosas 
rosto armado com dupla hélice de acúleos, ramificações uterinas pouco 
numerosas proglotes são eliminados de forma passiva 
 
 
 Cisticerco de taenia saginata 
 Pode medir entre 4 e 10 metros, possui escólex com 4 ventosas, ramificações 
uterinas numerosas, seus proglotes são eliminados de forma ativa 
 
DIAGNOSTICO 
Método de tamização e Graham 
 
 
 
 
3.2 HIMENOLEPÍASE 
 Himenolepíase é uma verminose causada pelo Hymenolepis nana, que é um 
parasita cosmopolita, mais frequente em regiões de clima quente. A densidade 
populacional e o hábito de viver em ambientes fechados são dois fatores muito 
importantes na determinação da incidência dessa verminose. A resistência de 
até 10 dias dos ovos do parasita em meio externo, os maus hábitos higiênicos, 
a ingestão acidental de alimentos e bebidas contaminados são formas bastante 
comuns de se contrair a himenolepíase. 
Agente Etiológico 
Hymenolepis nana 
Classificação Taxonomica 
Reino – Animalia 
 Filo – Platyhelminthes 
 Classe – Cestoda 
 Ordem – Cyclophyllidea 
 Família – Hymenolepididae 
 Gênero – Hymenolepis 
 Espécie – Hymenolepis Nana e Hymenolepis Diminuta 
 
Ciclo Biológico 
 
 
A) Heteroxênico (Não cria imunidade): 
Inseto ingere ovo → inseto contaminado → forma larva no inseto → homem 
ingere inseto → não entra nas vilosidades 
 Hiperinfecção: Quando paciente ingere o HI contaminado não há estimulação 
do sistema imune (não entra nas vilosidades); sem resposta imunológica ao 
parasita acarretará a hiperinfecção 
 
B) Monoxênico ou Direto (Cria imunidade): 
 Ovo ingerido → vilosidades intestinais → forma larva cisticercóide com 
proglotes e escólex → verme adulto 
 
C) CICLO HETEROXÊNICO : Parasito de ratos, acidentalmente o homem 
Formas Evolutivas 
 Verme Adulto (H. nana): O corpo dos vermes adultos estão divididos em 
três partes: 
 Cabeça ou escólex: Apresenta 4 ventosas e um rosto-retrátil armado 
de ganchos 
 Colo: Longo e sem segmentação 
 Estróbilo: Constituído de cerca de 100 a 200 proglotes bastante 
estreitos. Cada um destes possui genitália masculina e feminina. Os 
anéis grávidos apresentam-se repletos de ovos e quando se 
desprendem do estróbilo se rompem liberando os ovos. 
 
 
 Ovos (H. nana) 
 Os ovos de Hymenolepis nana possuem forma elíptica. A casca é 
formada por duas membranas separadas por largo espaço claro, são 
finas e transparentes deixando ver em seu interior o embrião hexacanto 
ou oncosfera com seus seis ganchos. Possuem ainda duas pequenas 
saliências polares chamadas mamelões, das quais partem filamentos. 
 
 
 
 Larva Cisticercóide (H. nana) 
 As larvas são pequenas, formadas por um escólex invaginado e 
envolvido por uma membrana. Contém pequena quantidade de líquido. 
 
 
 Ovo (H. diminuta) 
São maiores que H. nana e sem filamentos polares. 
 
DIAGNOSTTICO LABORATORIAL 
Método de Kato Katz 
4.0 TREMATODA 
4.1 Esquistossomose 
 A infecção ocorre quando a pele entra em contato com a água doce 
contaminada com o parasita do tipo Schistosoma mansoni, segundo a 
Organização Mundial de Saúde, a esquistossomose afeta quase 240 milhões 
de pessoas no mundo, e mais de 700 milhões de pessoas vivem em áreas 
endêmicas. A infecção é prevalente em áreas tropicais e subtropicais, em 
comunidades carentes sem acesso a água potável e saneamento adequado. 
Vários milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de patologia grave em 
consequência da esquistossomose. 
 A esquistossomose é prevalente em áreas tropicais e subtropicais, 
especialmente em comunidades carentes sem acesso a água potável e 
saneamento adequado. Estima-se que pelo menos 90% das pessoas com 
necessidade de tratamento para a esquistossomose vive na África. A doença 
afeta principalmente comunidades pobres e rurais, o hábito de fazer tarefas 
domésticas em águas infestadas também aumenta o risco. Higiene inadequada 
e contato com a água infectada tornam as crianças especialmente vulneráveis 
à esta infecção. 
Agente Etiológico 
 O Schistosoma mansoni é uma espécie de helminto, da família 
Schistosomatidae. Das cinco espécies que parasitam o homem, apenas esta é 
encontrada na América. 
Classificação Taxonômica 
Classificação científica 
Reino: Animalia 
Filo: Platyhelminthes 
Classe: Trematoda 
Subclasse: Digenea 
Ordem: Strigeiformes 
Família: Schistosomatidae 
Género: Schistosoma 
 
 
 
 
 
Ciclo Biológico 
 
 
Formas morfológicas 
 Ovo 
O ovo é caracterizado ela presença de um espinho lateral, se apresenta e 
forma elipsoíde irregular com duas membranas envoltórias, mede 115 mm de 
comprimento e 65 mm de largura. 
 
 
 
 Miracídeo 
Mede aproximadamente o tamanho do ovo, possuem cilias responsáveis por 
sua motilidade, possui duas glândulas adesivas, e uma glândula adesiva e uma 
glândula de penetração na região anteriordo corpo. 
 
 
 Cercária 
São delgadas, medem aproximadamente entre 2 e 4 mm, possuem 
termotropismo positivo, penetração ativa pela pele, são subdivididas em 
cabeça, corpo e cauda, sendo a cauda bifurcada, esta é a forma infectante, 
possui ainda duas ventosas. 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Método de Kato Katz 
 
 
4.2 FASCIOLA HEPÁTICA 
 A Fasciola hepatica é um parasito dos canais e vesículas biliares de ovinos, 
bovinos, caprinos, suínos, vários mamíferos silvestres e pode parasitar o 
humano. Este helminto é conhecido popularmente como “baratinha do fígado”. 
É de ampla distribuição mundial, principalmente nas áreas úmidas, alagadiças 
ou sujeitas a inundações periódicas. A Fasciola hepática teve sua primeira 
incidência no Brasil em 1918 em bovinos e ovinos, no estado do Rio Grande do 
Sul. Em humanos, o primeiro relato foi no estado do Mato Grosso em 1958. 
Agente Etiológico 
Classificação Taxonomica 
Reino – Animalia 
Filo – Platyhelminthes 
Classe – Trematoda 
Subclasse – Digenea 
Ordem – Echinostomida 
 Família – Fasciolidae 
 Gênero – Fasciola 
 Espécie – F. hepática 
Ciclo Biológico 
 
O parasita, no homem, vive em geral nas vias biliares, alvéolos pulmonares e 
demais localizações, sendo que apresenta um ciclo evolutivo do tipo 
heteroxênico (mais de um hospedeiro de espécie diferente para completar seu 
ciclo de vida), seguindo a seguinte ordem: 
1. Os ovos são lançados à bile e eliminados pelas fezes 
2. Após, originam miracídeos em condições favoráveis (principalmente 
temperatura e iluminação) e estes são atraidos até o caramujo 
3. Cada miracídeo forma um esporocisto, que por sua vez origina em torno 
de 8 rédias 
4. As rédeas podem originar novas cercárias ou se multiplicarem 
novamente 
5. As cercárias formadas nadam até o solo ou superficie da água e perdem 
a cauda, encistando-se logo em seguida (metacercária) 
6. A metacercária infecta o hospedeiro quando este bebe água 
contaminada ou come alimentos contaminados 
7. Desencista no Intestino Delgado, perfura sua parede e migra pelo 
parênquima hepático 
8. A metacercária chega aos ductos biliares após dois meses 
9. No fígado, a metacercária completa a maturação. 
 
Formas Evolutivas 
 
 Ovo 
 Mede 150 mm de comprimento e 90 mm de largura,apresenta forma 
elipsóide, presença de opérculo, miracídio não desenvolvido. 
 
 Verme Adulto 
 Mede cerca de 3 cm de comprimento e 1,3 de largura, forma cônica, possuem 
cone anterior, ventosa oral e ventral. Possui útero adjacente a ventosa ventral e 
testículos ocupando a região central do parasito. 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Elisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE CONCENTRAÇÃO PARA EXECUÇÃO DO EXAME 
PARASITOLÓGICO 
 Introdução: O exame parasitológico de fezes (EFP) tem como objetivo 
diagnosticar os parasitos intestinais, por meio da pesquisa das diferentes 
formas parasitárias que são eliminadas nas fezes. 
Método de Kato Katz: 
 Fundamento – Técnica qualitativa e semi-quantitativa, para pesquisas de ovos 
de Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides, Necator americanus, 
Schistosoma mansoni, Trichuris trichura, Taenia sp, Enterobios vermiculares e 
Strongyloides stercoralis. Não é possível visualizar cistos de protozoários. 
OBS: Não é possível realização do teste em fezes diarreicas. 
Materiais: 
• Lamina/ lamínula de celofane 
• Folha absorvente dobrada 
• Placa perfurada 
• Tela 
• Bastão de vidro 
• Placa de petri 
• Solução diafanizadora (azul de metileno ou verde malaquita) 
• Pinça 
Método: 
1- Preparou-se a solução diafanizadora 
2- Cortou-se papel celofane em tamanho de lamínula e mergulhou-se na 
solução diafanizadora por 24 horas 
3- Colocou-se uma amostra de fezes sobre o papel absorvente 
4- Comprimiu-se as fezes em tela, para passagem de ovos de helmintos e 
detritos menores do que os ovos 
5- Transferiu-se as fezes peneiradas para a placa perfurada 
6- Em seguida encheu-se e retirou-se a placa sobre a lamina 
7- Com o auxílio de uma pinça, pegou-se o papel celofane e cobriu-se as fezes, 
inverteu-se a lamina no papel e pressionou-se 
8- Aguardou-se duas horas e examinou-se ao microscópio contando todos os 
ovos presentes na preparação 
9- O número contado x 23= Quantidade de ovos por grama de fezes 
Método de Faust (centrífugo-flutuação) 
Fundamento: Pesquisa de ovos leves 
 Objetivo: Realização do Método de Faust, em uma amostra de fezes, com 
objetivo de familiarização com ele, aplicando os procedimentos referentes ao 
método, com o intuito de preparar uma amostra para posterior observação 
microscópica de uma pequena alíquota retirada desta. 
Materiais: 
▪ Luvas descartáveis 
▪ 2 gramas de fezes frescas 
▪ Béquer 
▪ Palheta de madeira 
▪ Água 
▪ Tubo de ensaio 
▪ Funil 
▪ Filtro de gaze 
▪ Centrífuga 
▪ Pipeta pasteur 
▪ Sulfato de Zinco 33% com densidade 1,18 g/mL 
▪ Alça de platina 
▪ Lâmina 
▪ Lâmínula 
▪ Microscópio óptico 
▪ Lugol 
Método: 
 Utilizando o jaleco, óculos de proteção e luvas descartáveis pegou-se cerca de 
2 gramas de fezes frescas e colocou-se em um béquer com o auxilio de uma 
palheta de madeira, homogeneizou-se com cerca de 10 mL de água da bica e 
após a ausência ou quantidade desprezível de resíduos sólidos verteu-se a 
solução para um tubo de ensaio específico para centrifugar, utilizando um funil 
forrado com uma gaze para filtrar a solução. Centrifugou-se por 2 minutos a 
2500 rpm descartou-se o sobrenadante, essa etapa foi repetida até ser 
observada pouca coloração no sobrenadante. Desprezou-se então o 
sobrenadante e adicionou-se 5mL de uma solução de sulfato de zinco, com o 
auxílio de uma pipeta Pasteur, e centrifugou-se novamente por 2 minutos a 
2500 rpm. Com o auxílio de uma alça de platina, retirou-se três pequenas 
alíquotas da superfície do material e colocou-se na lâmina seguido de uma 
gota de lugol, cobriu-se então a região com a lamínula e observou-se em um 
microscópio. 
Conclusão: 
Muito embora não tenha sido possível a observação de parasitas na amostra, o 
objetivo da prática pode ser concluído, pois ele se foca no aprendizado do 
método pela qual a amostra foi preparada, de maneira à evitar possíveis erros. 
Pode-se afirmar com maior certeza de que a ausência de parasitas na análise 
microscópica não foi um erro de manipulação por conta dos resultados 
semelhantes de outros grupos em laboratório. 
 
 
 
 
Método de Willis (Flutuação) 
Fundamento: 
Concentração e flutuação de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos 
em solução saturada de cloreto de sódio ou açúcar. 
Objetivo: 
 Realização e familiarização com o método parasitológico de flutuação em 
solução saturada de cloreto de sódio, ou método de Willis, para a obtenção de 
uma amostra com possíveis ovos de ancilostomídeos, aproveitando-se de seu 
tigmotropismo. Esta amostra poderá ser usada para observação no 
microscópio, embora não seja o objetivo da prática. 
 
Materiais: 
 
- Amostra biológica; 
 
- Água destilada; 
 
- Borrel; 
 
- Bastão de vidro; 
 
- Gaze cirúrgica dobrada em quatro partes; 
 
- Tubo de hemólise (120 x 12); 
 
- Solução saturada de Cloreto de sódio (1,2g/mL); 
 
- Lâminas para citologia e lamínulas 24x32mm; 
 
- Microscópio Óptico. 
 
Método: 
 
Transferiu-se do béquer de 25mL um pouco de solução de cloreto de sódio 
saturada, para um pote âmbar, até que alcançasse aproximadamente 0,5cm da 
base. Em seguida, com o auxílio de uma palheta de madeira, homogeneizou-secerca de 2 gramas de fezes formadas nesta solução. Quando foi obtida a 
solução homogênea, completou-se o volume do pote com mais solução de 
cloreto de sódio até bem próximo a sua abertura. Posicionou-se uma lâmina de 
microscópio sobre o pote, com o devido espaço para poder completá-lo, o que 
foi feito com uma pipeta pasteur, até que a solução encostasse inteiramente na 
face inferior da lâmina, sem a formação de bolhas. Deslizou-se com cuidado 
esta lâmina para tampar completamente o pote, e esperou-se por volta de 10 
min, embora o protocolo padrão indique que o tempo ideal varia de 30 à 45 
minutos. Após o tempo indicado retirou-se a lâmina, invertendo rapidamente a 
face antes encostada na solução para cima, para que não haja perda do 
pequeno volume de líquido sobre a lâmina por conta dos efeitos da tensão 
superficial. Adicionou-se uma gota de lugol a lâmina, e cobriu-se com a 
lamínula. Em seguida pode-se realizar uma análise microscópica da lâmina, 
porém este procedimento não foi realizado nesta prática. 
Conclusão: 
 Se considerar-se o objetivo apenas o aprendizado da técnica e sua 
reprodução em laboratório podemos afirmar que ele foi alcançado, todavia se 
considerar-se a eficácia do ensaio, ela é questionável, uma vez que houve uma 
adaptação do tempo para fixação dos ovos na lâmina, o que pode torná-la 
ineficaz. Independente disto pôde-se discutir a respeito das etapas do método, 
ressaltando as possíveis interferências na observação de ancilostomídeos, que 
são o enfoque da prática. 
 
 
 
 
 
 
Método de Hoffman (sedimentação espontânea) 
Fundamento: Teste qualitativo para a detecção de ovos e larvas de helmintos. 
Objetivo: Detectar ovos pesados. 
Materiais: 
• Béquer, espátula de madeira, gaze, peneira, taça de sedimentação, pipeta 
Pasteur, lâmina, lamínula, lugol, microscópio, fezes frescas. 
Método: 
Dissolveu-se 2 a 5 g de fezes no béquer com um pouco de água. Coou-se a 
suspensão em gaze, em uma taça de sedimentação, com auxilio de uma pipeta 
de Pasteur, coletou-se do fundo cônico da taça um poço do sedimento. 
Passou-se o material para uma lâmina de vidro, adicionou-se 1 ou 2 gotas de 
lugol, cobriu-se com lamínula e realizou-se leitura em microscópio ótico. 
Conclusão: 
Obteve-se como resultado a visualização de cistos. 
 
 
 
 
Método de Baermann Moraes 
Fundamento: 
Baseia-se no hidro e termotropismo das larvas e na tendência destas de 
sedimentar, 
espontaneamente, quando se encontram na água. 
 
Objetivo: 
 
Realização e familiarização com o método cropológico de Baermann-Moraes, 
para a obtenção de uma amostra com possíveis larvas vivas de Strongyloides 
stercoralis, por conta de suas características de termohidrotropismo positivo. 
Esta amostra poderá ser usada para observação na lupa, embora não seja o 
objetivo da prática. 
 
Materiais: 
 
▪ Fezes formadas 
▪ Palheta de madeira 
▪ Filtro de gaze 
▪ Béquer de 100mL 
▪ Água 
▪ Suporte de madeira 
▪ Funil 
▪ Peneira 
▪ Mangueira de látex 
▪ Pinça de Mohr 
▪ Vidro de Relógio 
▪ Banho-Maria 
Método: 
 
O sistema para a realização do método montou-se, acoplando a mangueira de 
látex no funil, que colocou-se sobre o suporte de madeira. Utilizou-se uma 
pinça de mohr para fechar a mangueira, não permitindo que houvesse perda de 
água durante o método. Para confirmar se não havia vazamento colocou-se um 
pouco de água da bica no funil, esta água foi posteriormente descartada. 
Simultaneamente, aqueceu-se mais água no banho-maria à 42°C, e com o 
auxílio de um béquer de 100mL transferiu-se para o funil, enchendo-o 
parcialmente para que o nível de água não atingisse o fundo da peneira que foi 
colocada posteriormente no sistema. Em um filtro de gaze, com uma palheta de 
madeira, espalhou-se um pouco de fezes formadas, com cuidado para que 
fragmentos não ultrapassassem o filtro. Em seguida, este filtro foi fixado em 
uma peneira, e o funil preparado foi completado com água até que ela 
encostasse no fundo da peneira, sem que as fezes fiquem submersas. Após 
aproximadamente 15 minutos uma alíquota de água coletou-se em um vidro de 
relógio, embora o procedimento padrão indique que o tempo desejável para 
este método esteja entre 1h e 1:30h. 
Conclusão: 
Devido à falta de tempo, não foi possível fazer a análise da amostra, porém o 
objetivo descrito no relatório pôde ser alcançado, tendo em vista que os 
técnicos tiveram a possibilidade de se familiarizar com o método, de forma a 
poderem reproduzi-lo em possíveis futuras análises, e pôde-se compreender e 
discutir a respeito das etapas e eficiência do método realizado. 
 
 
 
 
 
Método Direto 
Fundamento: 
O método direto é específico para a pesquisa de trofozoítos nas fezes (forma 
adulta dos protozoários). 
Obs: É imprescindível para amostra de urgência e é importante realizar mais de 
uma lâmina por paciente. 
Objetivo: Observar as formas trofozoíticas vivas dos protozoários. 
Método: 
Aplicou-se diretamente na lâmina de vidro pequena quantidade de fezes 
frescas fazendo misturar com algumas gotas de solução salina fisiológica, 
homogeneizou-se suavemente. Cobriu-se com lamínula e observou-se 
imediatamente ao microscópio. 
OBS: método de baixa sensibilidade. 
 
FORMAS PARASITÁRIAS ELIMINADAS NAS FEZES 
 
 
Entamoeba Histolytica /DISPAR (ovo) 
 
 
Entamoeba Hidtolytica/ DISPAR (Trofozoíto) 
 
 
Giardia duodenalis/ Trofozoíto 
 
Giardia duodenalis (cistos) 
 
 
Ascaris lumbricoides (ovo) 
 
 
Trichuris Trichiura (ovo) 
 
 
 
Taenia sp. (ovo) 
 
 
Enterobius vermiculares (ovo) 
 
 
Ancilostomideos (ovo) 
 
 
Schistossoma mansoni (ovo) 
 
 
Fasciola hepática (ovo) 
 
 
Hymenolepis nana (ovo) 
 
 
 
Hymenolepis diminuta (ovo)

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