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A síndrome do ninho vazio

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A SÍNDROME DO NINHO VAZIO: COMO RECONHECÊ-LA
WADAS, Alesandra¹
CORRÊA, Josilaine²
MALISZEWSKI, Regis³
RESUMO
Na literatura, a síndrome do ninho vazio caracteriza-se pelo período da vida em que os filhos deixam a casa dos pais, seja para estudar em outra cidade ou constituir família, o que muitas vezes coincide com a etapa da vida em que os pais estão enfrentando o envelhecimento, tendo que lidar também com a aposentadoria e nas mulheres também, a menopausa o que pode agravar os sentimentos de depressão e baixa autoestima. Nessa perspectiva, o presente artigo buscou informações sobre a síndrome afim de obter conhecimento sobre a mesma, como o que é, quais são as características, o tratamento, se há prevenção e como podemos auxiliar as pessoas que estão passando por esse período. 
PALAVRAS-CHAVE: família, sociedade, maternidade.
INTRODUÇÃO
	Ao passar do tempo, o ser humano em sua vitalidade passa por diversas fases: período de crescimento, maturidade e por fim o de declínio. Estas fases são caracterizadas por perdas biológicas e sociais e marcadas pelas transições na pirâmide familiar. Na etapa de declínio podem ser observados sinais de depressão, dependência e desestruturação familiar, sintomas associados à Síndrome do Ninho Vazio, ou seja, esses sentimentos brotam quando ocorre a perda do papel da função parental, com a saída dos filhos da casa de seus pais.. A síndrome do ninho vazio é mencionada com frequência na literatura como o período de mudanças na vida do casal após a saída dos filhos de casa, nessa fase, também são observados sintomas de depressão, dependência e desestruturação familiar, com a saída dos filhos da casa dos pais, há uma perda do papel de função parental, a qual foi exercida uma boa parte da vida. (FARIA & SEIDL, 2005; SARTORI & ZILBERMAN, 2009; MACEDO, 1994; SARTORI 2012).
	A família é uma entidade composta por alguns membros, como pai, mãe, filhos, dentre outros, sendo o primeiro ambiente em que o indivíduo vive, ou seja, é o espaço psicossocial no qual ele aprende a se conduzir nas relações com o mundo externo. Na atualidade, têm ocorrido constantes transformações nas famílias, como a diminuição de seus membros e por consequência o aumento do número de casais com apenas um filho. De acordo com existem mais de sete milhões de casais com filho único no Brasil. Assim, existe um número significativo de casais cujo filho único deixará a casa dos pais, em geral, no final da adolescência ou início da idade adulta, levando-os possivelmente a enfrentar a chamada Síndrome do Ninho Vazio. CARDOSO (2010).
DESENVOLVIMENTO
O termo ninho vazio é descrito como o período compreendido entre o momento em que o último filho deixa a casa dos pais e aquele em que ocorre a morte de um dos parceiros. Os estudos deveriam ser longitudinais, pois somente assim seria possível elucidar como se dá essa transição para os pais. Hoje dois termos distintos são aplicados: a síndrome do ninho vazio (SNV), que seria o desconforto emocional dos pais ao verem seus filhos deixando a casa, e o ninho vazio, que descreve o período emocionalmente neutro na mudança de papel dos pais. Alguns autores acreditam que ambos os termos estejam propriamente inadequados e que o melhor a ser adotado, seria pós-paternidade, o qual traduziria melhor a fase pela qual os pais estariam passando. (SARTORI 2012).
Cerveny e Berthoud (2008, apud SARTORI, 2012), descrevem essa como a fase de maior dificuldade para o casal, pois este tem duas ou mais gerações para cuidar: por um lado, seus pais, que estão envelhecendo, e, por outro, seus filhos, que estão criando uma nova família e necessitam de ajuda. Alguns pais constroem um projeto familiar baseado em uma ilusão de felicidade e completude, e esses, ressentiram-se ao ver a saída dos filhos de casa, pois vivem essa partida como a falência dos seus empreendimentos pessoais. De acordo com Stern (2016) os pais ressentem-se pelos filhos terem preferência por outras pessoas, outros objetivos e interesses para além do seu círculo parental, e muitas vezes, ressentem-se pelo fato de o filho ter constituído uma nova família. Lewis et al (1979, apud SARTORI, 2012) realizaram um estudo longitudinal das transições da família durante o ciclo de vida, utilizando metodologia cuidadosa. Os autores coletaram dados aleatoriamente, incluindo fatores demográficos e socioeconômicos, além de outros indicadores sociais relevantes. Foram investigados 118 casais estáveis, visto que um quarto das pessoas relatou infelicidade no período que se seguia à saída dos filhos de casa. Essa infelicidade estava associada ao menor número de filhos, à maior necessidade de assistência e à menor qualidade de vida, isto é, sofriam mais aqueles casais que tinham mais a perder com a saída dos filhos.
SARTORI(2012) ressalta que:
A depressão em mulheres maduras e a Síndrome do Ninho Vazio estejam relacionadas. Utilizando a terapia racional emotiva com seis mulheres, a autora concluiu que não se podem implicar todas as depressões em mulheres nessa fase na Síndrome do Ninho Vazio, e que mais estudos seriam necessários para esclarecer a natureza dessa associação. Para ela, o problema maior não seria o ninho vazio, e sim o vazio existencial das mulheres nesse período. Oliver (1977).
SARTORI e ZILBERMAN(2008) trouxeram o seguinte pensamento:
Borland (1982) em sua revisão sobre Síndrome do Ninho Vazio, concluiu que os papéis deixados de lado pelas mães podem voltar a ser construídos depois que os filhos deixam as casas, e que o subgrupo de mulheres brancas de classe média é particularmente afetado quando seu único papel social é a criação dos filhos. Conforme podemos observar, a Síndrome do Ninho vazio ocorre com a saída dos filhos da casa dos pais, isto causa danos, ou gera sofrimento aos genitores, os quais ocuparam-se por boa parte da vida a dar atenção aos seus filhos. 
Podemos observar que, principalmente nas mulheres, as quais não trabalham fora e viviam suas vidas em função do filho, o sofrimento tende a ser intenso. Com a partida dos mesmos, há uma confusão, um sentimento de perda e até, pode-se dizer que alguns pais, tornam-se dependentes de seus filhos, ficando perdidos com a saída dos mesmos de casa. SARTORI e ZILBERMAN(2008).
A sociedade vive em crise de valores e ideologias constantemente, proporcionando uma instabilidade presente no nosso cotidiano, o reflexo dessas mudanças é observável em diversas instituições, a família é uma delas. Vem se constatando que o ciclo evolutivo da família está sofrendo alterações, aonde cada vez mais cedo os filhos vão à busca da sua independência financeira, ou, em busca de uma relação conjugal precocemente, deixando assim um vazio dentro do lar de convívio com os pais. De acordo com Oliveira (2007), quando o último filho sai de casa ou ocorre à morte de um dos parceiros conjugais, este período pode ser susceptível para o surgimento da Síndrome do ninho vazio. (BAUGMART & SANTOS, 2009).
Mulheres que se dedicaram a maior parte da sua vida à criação dos seus filhos de modo exclusivo sofrem ao vê-lo partindo, gerando para si um autoconceito “impotência”, refletindo assim em uma auto-estima baixa, favorecendo um quadro depressivo e até mesmo a reclusão do convívio social. Então segundo este autor, podemos observar que geralmente quem mais sofre com a partida dos filhos são mulheres as quais dedicaram-se a vida toda na criação e cuidado dos mesmos, um exemplo seria aquelas mulheres que não trabalham fora, que passaram a maior parte da vida dos filhos junto a eles. Quando os filhos saem de casa, tanto quando casam, ou quando estão partindo para fazer faculdade, trabalhar em outra cidade, por exemplo, isso causa nesse perfil de mãe um grande sofrimento e sentimento de perda e angústia.(WEBBER & DELVIN).
Chudacoff e Hareven (1979, apud SARTORI, 2012) ao estudar o modo como homens e mulheres experimentaram as transições da idade adulta para a velhice, incluindo mudanças no trabalho, na situação familiar e na organização da família, através de dados do censo de RhodeIsland de 1865, 1880 e 1900, concluíram que o processo de transição da Síndrome do Ninho Vazio, foi muito mais complexo no início do século 19 do que é hoje. Eles acrescentaram que, atualmente, o casal vive por duas ou mais décadas sem os filhos e que -+-estes têm voltado com maior frequência para casa dos pais depois de separação ou divórcio, bem como após a faculdade, e continuam precisando de ajuda financeira, mesmo quando deixam a casa. Concluíram, também, que a velhice, antes marcada pela saída de casa do último filho, hoje seria marcada mais fortemente pela aposentadoria.
A transição que todos os pais sofrem com a saída dos filhos apesar de haver inevitáveis sentimentos de perda, também é enfrentada com ansiedade, stress e alegria. Não da pra saber se os pais vão celebrar a nova liberdade ou se vão chorar pela temida solidão que enfrentarão com a partida dos filhos. Esses pais podem se sentir alegres ou tristes, confiantes ou medrosos, otimistas ou cheios de preocupações, e tudo isso pode acontecer no mesmo dia, mas é considerado normal os pais sentirem essas mudanças repentinas nos compormentos. E é normal também os pais sentirem alguma nostalgia com essa saída, porém podem aparecer sintomas mais graves depois de três meses da saída, como dor de cabeça crónica, hipertensão, cansaço crónico, discurso viciado em torno dos filhos, e/ou choro constante, que pode ser um motivo de maior preocupação. (POLICARPO, 2012; BORGES, 2014)
Toda essa tristeza que surge com a partida do filho é totalmente compreensível, pois os pais vão vivenciar uma nova rotina, antes eles se sentiam uteis e tendo uma função apesar de todo conflito que surgiam com o contato direto com o filho, mas eles tinham a certeza que o filho sempre iria precisar deles para alguma coisa. Essas mudanças que os pais sofrem podem causar uma sensação de impotência e perda, e essa ocorrência da síndrome do ninho vazio também dependem de fatores psicológicos, como por exemplo, a ansiedade e uma grande tendência a dramatizar de maneira geral situações e fatos da vida. Alguns pais dramatizam o momento da saída exercendo pressão ao transmitir seus medos aos filhos, mas na realidade o verdadeiro motivo desse medo é de perdê-los. (BRITTO, 2015; BORGES, 2014) Esse medo pode ser vivenciado pela mãe por ela ter abdicado da própria carreira ou trabalho para ter tempo cuidando exclusivamente dos filhos, e de uma hora para a outra surge à percepção de que os filhos já não dependem dela, o que pode gerar uma profunda tristeza e sensação de menos-valia, provocando ressentimentos e pensamentos de que o filho é ingrato. (BRITTO, 2015) 
A Síndrome do Ninho Vazio pode se manifestar pela presença de sentimentos de melancolia, tristeza e solidão, e surge quando os filhos abandonam núcleo familiar logo que decidem seguir seus próprios projetos e sonhos. Ela é marcada por um sentimento de completo vazio e até mesmo de inutilidade, e a síndrome pode desencadear também outros sintomas por causa do estresse que causa, como sintomas somáticos, dentre eles, alergia, dermatite, distúrbio intestinal, dificuldade respiratório ou febre sem algum motivo aparente, pode causar a depressão por causa da saudade que os pais sentem dos filhos, e também crises de ansiedade, angústia, problemas psicossomáticos que anteriormente não aconteciam. Todo esse sentimento e emoção são geradores de uma profunda dor, as pessoas transferem a tensão do estresse para o músculo, nas costas, e por isso a dor acontece, por mais que o estresse seja um fator psicológico, também engloba os sintomas do corpo (FONSECA, 2013; CARVALHO, 2012)
	Existem formas de diferenciar a síndrome de uma depressão, alguns sintomas podem até ser parecidos, mas o que vai auxiliar a diferenciação será o contexto desses sentimentos e o tempo de recuperação. Porém a síndrome do ninho vazio pode virar numa depressão quando esses sentimentos se estendem por mais de um ano e o individuo não consegue retornar a sua rotina. O mais difícil para diferenciar a depressão é que elas podem ocorrer em um período mais delicado da vida onde é ocorre uma dificuldade maior para adaptação, que são a fase da menopausa e o início da velhice. (FONSECA, 2013) A menopausa contribui como agravante por representar um ciclo biológico e ser representado como sinal de envelhecimento. Muitos dos filhos acabam preferindo sair de casa logo que os pais envelhecem, o que acarreta um duplo luto para aqueles pais que estão sendo deixados, o luto pela perda do filho e o luto pela sua juventude que acabou. É importante entender que as perdas, limitações ou frustrações vão ocorrer por toda a vida, o que vai estimular o amadurecimento e desenvolvimento emocional, um luto pode libertar o individuo de um passado, aumentar sua criatividade, enriquecer sua experiência e impulsionar uma atividade nova, o que leva a uma vibrante e rica vida interna para o indivíduo. (STERN, 2016;	BRITTO, 2015).
	Muitos problemas surgem a partir da saída dos filhos de casa, inclusive na relação entre os casais, problemas estes que antes estavam ocultos, mas que surgem pelo fato dos dois estarem mais expostos um para o outro. O stress e a ansiedade podem tornar os indivíduos mais irritados, deprimidos e autocentrados, podendo muitas vezes levar a brigas com o companheiro e até ao fim do relacionamento. É importante o casal ter a noção que estão juntos nessa fase de adaptação e que vai ser difícil, mas precisam se ajudar para conseguirem um melhor êxito. Ambos precisam procurar também se sentir bem consigo mesmo e saber reconhecer o seu próprio valor, para depois conseguirem lutar pelo relacionamento. A melhor a ser feito nessa situação é o que um pode fazer pelo outro, como por exemplo, saber ouvir o outro, dar o ombro para o companheiro se encostar e ser tolerante e apoiar em quaisquer circunstâncias. (POLICARPO, 2012; QUINTANIHA, 2016).
	A melhor prevenção a ser feita para que não ocorra o Ninho Vazio é a preparação dos pais para a chegada dessa nova realidade, separando a própria vida da vida dos filhos, mães e pais que vivem somente para os filhos tem dificuldade para a adaptação e sofrem mais do que aqueles pais que já estão preparados para a partida desde cedo. A preparação dos pais pode ocorrer de várias maneiras, eles podem estar procurando apoio de quem já enfrentou a mesma situação, se relacionando com pessoas diferentes, ou podem estar se matriculando em cursos de ajuda para essa nova fase. (BASILIO, 2010).
	O diagnóstico acerca do Ninho Vazio é realizado por um psicoterapeuta ou um psiquiatra que vão conferir se o paciente apresenta os mesmos sintomas que ocorre no Ninho Vazio e se a duração ou o tempo desses sintomas se prolongam. Caso isso ocorra o tratamento mais adequado se dará através de psicoterapia e tratamento psicológico, onde o indivíduo vai conseguir resgatar seus próprios caminhos, reestruturar e ressignificar algumas crenças de sua vida e também vai perceber o surgimento de muitas outras possibilidades a partir da saída dos filhos de casa, que outros papéis da vida vão sendo desenvolvidos não apenas o de pais; e também se necessário através de medicamentos associada à terapia para trazer alivio dos sintomas, como por exemplo, os antidepressivos, ansiolíticos ou remédios naturais, mas somente com indicação de um médico. (FONSECA, 2013; FERREIRA, 2015; CARVALHO, 2012).
	Para o tratamento da Síndrome do Ninho Vazio ser mais efetivo é necessário saber reconhecer e aceitar toda a situação que está sendo vivenciada e através dessa reflexão surge uma nova visão acerca do que realmente dá prazer, do que vale a pena ser vivenciado. É o momento que os pais têm de tomar conta de si mesmos, para enriquecer suas vidas, redescobrir as formas que lhes fazem se sentir bem, ter mais liberdades, como ir ao ginásio, aprender uma nova pintura ou língua estrangeira, relacionar-se com amigos mais antigos que perderam contato com o passar dos anos, ou até mesmo fazer novos amigos ampliando assim a rede social, dançar vários ritmos diferentes, ler livros, fazer viagense passeios ao redor do mundo ou para aquele lugar que sempre sonhou em ir, costurar, voltar a trabalhar, fazer trabalhos voluntários, aprender a usar a Internet, fazer atividades físicas, retornar a fazer tudo o que antes dava prazer, mas com a chegada do filho deixou de ser realizado. Nada vai poder substituir a saída dos filhos da casa dos pais, por mais que seja doloroso os pais precisam entender que a fase da vida mudou e que eles precisam buscar novas fontes de prazer, pois se isso não acontecer é possível o desenvolvimento de um amplo somatórios de doenças. Os pais precisam aceitar a dor gerada pela saída do filho, aceitar e se adaptar as novas mudanças para conseguir dar um novo sentido para a própria vida. (CARVALHO, 2012; POLICARPO, 2012; QUINTANIHA, 2016).
	É importante os pais buscarem a realização pessoal e profissional no trabalho, na sociedade e na vida familiar, criar uma estruturar familiar na qual o filho se sinta acolhido por mais que saia de casa, e que no futuro caso ele queira ou precise voltar, que ele encontre espaço. Eles devem aproveitar a fase e idade atual, e não ficar pensando no que não tem mais, como os filhos em casa. Não podem esquecer-se de ouvir as necessidades trazidas pelo filho, o que ele precisa e o que não precisa, tentar compreender o surgimento dessa nova relação logo após a partida, precisam apoia-los e encorajá-los, fazer com que eles saibam que apesar de ser uma nova fase da vida deles, eles podem ser bem sucedidos. É importante também que os pais tentam relacionar-se com eles de um modo adulto. (FONSECA, 2013; QUINTANIHA, 2016; POLICARPO, 2012) A saída dos filhos é uma evolução que é necessária a todo ser humano e indica que os pais cumpriram com a missão de prepara-los para se tornarem adultos responsáveis que contribuirá com a sociedade e dará seguimento escrevendo uma nova história de sua família, essa saída do lar deve ser simbolizada com alegria, como uma nova fase na vida dos pais. (BRITTO, 2015).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Conforme podemos observar, a Síndrome do ninho vazio aparentemente está ligada também à cultura, observando algumas pesquisas de certos autores, as pessoas estão acostumadas e preparadas para separarem-se dos filhos, a síndrome não trará grandes mudanças ou conflitos. Já em culturas onde as pessoas, geralmente mulheres, se dedicam exclusivamente aos filhos, observa-se que existem sofrimento e sentimento de solidão. Foi interessante a ideia do artigo de trazer um entendimento sobre esta síndrome, pois pouco há se falado nisso e acreditamos que, ocorre frequentemente na vida das pessoas. É interessante ter o conhecimento sobre as relações familiares, as quais muitas vezes causam essa síndrome, como comentado no texto, até mães que trabalham fora de casa não estão invulneráveis contra a síndrome, pois seu aparecimento depende da relação estabelecida com os filhos e sua realização como mãe e profissional.
	A Síndrome do Ninho Vazio, conforme o estudado, é um período difícil da vida do ser humano, onde pode vir a corromper esse ser causando depressão, baixa autoestima e afins. São coisas que nós não tínhamos conhecimentos anteiormente a escrever este artigo. Como futuros profissionais de psicologia, isso foi de importância para a nossa formação, pois serão pessoas com esse perfil dentre muitos outros, que visitarão o nosso consultório ou instituição a qual estaremos inseridos e, para conseguirmos auxiliar o individuo naquilo que lhe aflige, devemos ao mínimo ter conhecimento sobre o assunto.
	 
REFERÊNCIAS
BASILIO, A. Apego exagerado ao filho pode desencadear síndrome do ninho vazio. 2010. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/familia/materias/11151-apego-exagerado-ao-filho-pode-desencadear-sindrome-do-ninho-vazio> Acesso em: 29 de Outubro de 2016.
BORGES, C. I. Superar a síndrome do ‘ninho vazio’ através de hipnose clínica. 2014. Disponível em: <http://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?codigo=AOP0363> Acesso em: 05 de Novembro de 2016.
BRITTO, M. C. R. Como superar a Síndrome do Ninho Vazio. 2015. Disponível em: <http://www.contioutra.com/como-superar-a-sindrome-do-ninho-vazio/> Acesso em: 19 de Novembro de 2016.
CARIDADE, C. A Síndrome do Ninho Vazio: E quando os filhos saem de casa? Disponível em: <http://enapratica.pt/data/documents/2H-O-Sindrome-do-Ninho-Vazio.pdf> Acesso em: 09 de novembro de 2016.
CARVALHO, K. R. Síndrome do Ninho Vazio. Campo Grande: Portal Educação, 2012. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/22399/sindrome-do-ninho-vazio> Acesso em: 19 de Novembro de 2016.
FARIA, J. B.; SEIDL, E. M. F. Religiosidade e enfrentamento em contexto de saúde e doença: revisão da literatura. Psicologia: reflexão e crítica. 18(3), p. 381-389, 2005.
FERREIRA, M. G. A síndrome do ninho vazio. 2015. Disponível em: <https://www.eusemfronteiras.com.br/a-sindrome-do-ninho-vazio/> Acesso em: 28 de Outubro de 2016.
FONSECA, F. A Síndrome do Ninho Vazio – SNV. 2013. Disponível em: <http://www.franciscogomesdasilva.com.br/a-sindrome-do-ninho-vazio-snv/> Acesso em: 20 de Novembro de 2016.
McCullough PG, Rutenberg SK. Lançando os filhos e seguindo em frente. In: Carter B, McGoldrick M. As mudanças no ciclo de vida familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
OLIVEIRA, A. Adolescência prolongada: Um olhar sobre a nova geração. Colloquium Humanarum. São Paulo, v. 4, n. 1, p. 31-45, jun. 2007. 
POLICARPO, I. O ninho vazio: quando os filhos saem de casa. 2012. Disponível em: <http://oficinadepsicologia.blogs.sapo.pt/150553.html> Acesso em: 17 de Novembro de 2016.
QUINTANIHA, S. Síndrome do Ninho Vazio. Disponível em: <https://www.aterceiraidade.com/diversos/sindrome-do-ninho-vazio/> Acesso em: 01 de Novembro de 2016.
SARTORI, A. C. R. Jogo Patológico, a Influência do Ninho Vazio. São Paulo: 2012. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-19032012-082958/publico/AdrianaCastroRuoccoSartori.pdf > Acesso em: 09 de novembro de 2016.
SARTORI, A. C. R; ZILBERMAN, M. L. Revisando o conceito de síndrome do ninho vazio. Rev. psiquiatr. clín.,  São Paulo ,  v. 36, n. 3, p. 112-121,    2009 .  
STERN, L. C. A Síndrome do Ninho Vazio e o Cronômetro da Vida. Disponível em: <http://www.clinicastern.com.br/artigos/A_Sindrome_do_Ninho_Vazio.pdf> Acesso em: 20 de Novembro de 2016.
VIRGOLINO, F. S. S. et al. A Mudança no Ciclo Familiar diante da Síndrome do Ninho Vazio: Uma Revisão. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/5033044.pdf> Acesso em: 09 de novembro de 2016.
¹ Acadêmica do curso de Psicologia do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz de Cascavel, Paraná. E-mail: aalessandra.wadas@gmail.com
² Acadêmica do curso de Psicologia do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz de Cascavel, Paraná. E-mail: jslncrb@gmail.com
³ Docente do curso de Psicologia do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz de Cascavel, Paraná.

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