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Administrativo l Atos Administrativos

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pág. 1 
 
Faculdade Nacional de Direito – Administrativo l 
Assunto: Atos Administrativos 
 
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Atos da Administração traduz sentido amplo e indica todo e qualquer ato que se 
origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema administrativo em qualquer 
dos Poderes. O critério identificativo, portanto, reside na origem da manifestação 
de vontade. Uma vez praticado o ato, aí sim, caberá ao intérprete identifica-lo 
na categoria adequada. 
Conceitua-se como a exteriorização da vontade de agentes da Administração 
ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise 
à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público. 
Os três pontos fundamentais para caracterização de um ato administrativo: 
a) A vontade deve emanar de agente da Administração Pública ou dotado de prer-
rogativas desta; 
O agente deve estar em função pública ou, ao menos, a pretexto de exercê-la. 
Essa exteriorização volitiva difere da que o agente manifesta nos atos de sua vida 
privada em geral. Por outro lado, quando pratica ato administrativo, a vontade 
individual se subsume na vontade administrativa, ou seja, a exteriorização da von-
tade é considerada como proveniente do órgão administrativo, e não do agente 
visto com individualidade própria. 
b) Seu conteúdo há de propiciar a produção de efeitos jurídicos com fim público; 
 
c) Deve ser regida basicamente pelo Direito Público. 
Significa dizer que há regras e princípios jurídicos específicos para os atos adminis-
trativos que não incidem sobre atos privados, e isso porque aqueles se qualificam 
como atos de Poder, e, como tais, devem ser dotados de certas prerrogativas 
especiais. É o caso, para exemplificar, das normas que contemplam os requisitos 
de validade dos atos administrativos. 
 
pág. 2 
 
Desse modo, é o regime jurídico de direito público que rege basicamente os atos 
administrativos, cabendo ao direito privado fazê-lo supletivamente, ou seja, em 
caráter subsidiário e sem contrariar o regramento fundamental específico para os 
atos públicos. 
Elementos do Ato Administrativo 
 Competência; 
 Objeto; 
 Forma; 
 Motivo; 
 Finalidade. 
 
 Competência – É o círculo definido por lei dentro do qual podem os agentes exer-
cer legitimamente sua atividade. O instituto da competência funda-se na neces-
sidade de divisão do trabalho, ou seja, na necessidade de distribuir a intensa 
quantidade de tarefas decorrentes de cada uma das funções básicas (legislativa, 
administrativa e jurisdicional) entre os vários agentes do Estado. 
Sendo o Estado integrado por grande quantidade de agentes, não é difícil con-
cluir que a competência tem que decorrer de norma expressa. Enquanto no di-
reito privado a presunção milita em favor da capacidade, no direito público a 
regra se inverte: não há presunção de competência administrativa: deve decor-
rer de norma expressa. É na lei que se encontram os limites e a dimensão das 
atribuições cometidas a pessoas administrativas, órgãos e agentes públicos. 
Por ser instituto de direito público, que mantém estreita relação com o princípio 
da garantia dos indivíduos no Estado de Direito, a competência não recebe a 
incidência de figuras normalmente aceitas no campo do direito privado. Por isso, 
duas são as características que se reveste. 
A primeira é a inderrogabilidade: a competência de um órgão não transfere a 
outro por acordo entre as partes, ou por assentimento do agente da Administra-
ção. Fixada em norma expressa, deve a competência ser rigidamente obser-
vada. 
 
pág. 3 
 
A segunda é a improrrogabilidade: a incompetência não se transmuda em com-
petência, ou seja, se um órgão não tem competência para certa função, não 
poderá vir a tê-la supervenientemente, a menos que a antiga norma definidora 
seja alterada. 
A definição da competência, assim, decorre dos critérios em razão da matéria, 
da hierarquia, do lugar e do tempo. 
 Matéria: envolve a especificidade da função para sua melhor execução. Ex: Mi-
nistérios 
 Hierarquia: encerra a atribuição de funções mais complexas a agentes hierarqui-
zados 
 Lugar: inspira-se na necessidade de descentralização territorial das atividades 
 Tempo: pode a norma conferir competência por período determinado. Ex.: Em 
ocasiões de calamidade pública. 
Em algumas circunstâncias, pode a norma autorizar que um agente transfira a 
outro, normalmente de plano hierárquico inferior, funções que originariamente lhe 
são atribuídas. É o fenômeno de delegação de competência, porém, para que 
ocorra, é necessária norma expressa em lei. 
Assim sendo, a lei também pode impedir que algumas funções sejam objeto de 
delegação. São as funções indelegáveis, que, se transferidas, acarretam a invali-
dade não só do ato de transferência, mas como dos praticados em virtude da 
indevida delegação. 
 Objeto – é a alteração no mundo jurídico que o ato administrativo se propõe a 
processar. Significa, como informa o termo, o objetivo imediato da vontade exte-
riorizada pelo ato, a proposta, enfim, do agente que manifestou a vontade com 
vistas a determinado alvo. 
Pode o objeto consistir na aquisição, no resguardo, na transferência, na modifica-
ção, na extinção ou na declaração de direitos, conforme o fim a que a vontade 
se preordenar. Por exemplo: uma licença para construção tem por objeto permitir 
que o interessado possa edificar de forma legítima; o objeto de uma multa é punir 
o transgressor de norma administrativa; na nomeação, o objeto é admitir o indiví-
duo no serviço público, etc. 
 
pág. 4 
 
Para que um ato administrativo seja válido, seu objeto deve ser lícito. A licitude é, 
pois, requisito fundamental de validade. O objeto também deve ser determinado 
ou determinável e possível. 
A vontade do agente, exteriorizada pelo ato administrativo, tem que reproduzir, 
às vezes, a própria vontade do legislador. Veja, quando se trata de atividade vin-
culada, o aturo do ato deve limitar-se a fixar como objeto desde o mesmo que a 
lei previamente já estabeleceu. Aqui, pode-se dizer que se trata de objeto vincu-
lado. Ex.: exercício de uma profissão em território nacional. 
Em outras hipóteses, todavia, é permitido que o agente trace linhas que limitam 
o conteúdo de seu ato, mediante avaliação dos elementos que constituem crité-
rios administrativos. Nesse caso, estaremos diante de objeto discricionário. Ex.: a 
autorização para funcionamento de um circo em praça pública; pode o autor 
fixar o limite máximo de horário em certas circunstâncias, ainda que o interessado 
tenha formulado pedido de funcionamento em horário diferente. São circunstân-
cias como esta que o agente toma em consideração para delimitar a extensão 
do objeto. 
 Forma – é o meio qual se exterioriza a vontade. Sem sua presença, o ato (diga-se 
de passagem qualquer ato que vise a produção de efeito) sequer completa o 
ciclo de existência. 
Diversamente do que possa no direito privado, no direito público a regra é a so-
lenidade das formas. Os atos devem ser escritos, registrados e publicados (admite-
se em situações singulares a vontade seja exteriorizada via gestos – Ex.: Guarda 
de Trânsito). Os atos também devem ser considerados no que concerne ao silên-
cio como manifestação de vontade. Se a lei estabelece determinada forma 
como revestimento do ato, não pode o administrador deixar de observá-la, pena 
de invalidação por vício de legalidade (Deve-se analisar o caso concreto, pois, 
em determinadas maneiras, a forma que o vício constitui é sanável, sem afetar a 
órbita jurídica de quem quer que seja). 
 Motivo – é a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente 
quandopratica o ato administrativo. 
 
pág. 5 
 
Motivo de direito é a situação de fato eleita pela norma legal como ensejadora 
da vontade administrativa. O agente é mero executor. Diz-se, desse modo, a pro-
dução de ato vinculado, por haver escrita vinculação do agente à lei. 
Motivo de fato é a própria situação de fato ocorrida no mundo empírico, sem 
descrição na normal legal. Observa-se a conveniência e a oportunidade como 
critérios à atender a ocorrência. Desvinculando o agente de qualquer situação 
de fato prevista na lei, sua atividade reveste-se de discricionariedade, redun-
dando na prática de um ato discricionário. 
Deve-se observar a motivação das decisões. Doutrina diverge quanto a isso, di-
zendo que atos vinculados devem ser motivados, mas os atos discricionários não, 
por existir a liberdade e certo subjetivismo. 
A teoria dos fatos determinantes baseia-se no princípio de que o motivo do ato 
administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que 
gerou a manifestação da vontade. Se o motivo conceitua como própria situação 
de fato que impele a vontade do administrador, a inexistência dessa situação 
provoca a invalidação do ato. Mesmo que um ato administrativo seja discricio-
nário, não exigindo, portanto, expressa motivação, esta, se existir, passa a vincular 
o agente aos termos em que foi mencionada, Se o interessado comprovar que 
inexiste a realidade fática mencionada no ato como determinante da vontade, 
estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade. 
Exemplo: Se um servidor requer suas férias para o mês de Janeiro, pode o chefe 
da repartição indeferi-las sem deixar expresso no ato o motivo; se, todavia, inde-
fere o pedido sob a alegação de que há falta de pessoa na repartição, e o inte-
ressado prova que, ao contrário, há excesso, o ato estará viciado no motivo. Vale 
dizer, terá havido incompatibilidade entre o motivo expresso no ato e a realidade 
fática; esta não se coaduna com o motivo determinante. 
 Finalidade - é o elemento pelo qual todo ato administrativo deve estar dirigido 
ao interesse público. Realmente não pode conceber que o administrador, como 
gestor de bens e interesses da coletividade, possa estar voltado a interesses priva-
dos. A ausência de finalidade constitui abuso de poder sob forma de desvio de 
finalidade. Além disso, ofende os princípios da moralidade e impessoalidade. 
Exemplo: Um prefeito desapropria um terreno de algum desafeto. 
 
pág. 6 
 
O fim imediato resulta um prático resultado a ser alcançado pela administração. 
A finalidade, ao contrário, reflete o fim mediato, vale dizer, o interesse coletivo 
que o administrador deve prosseguir. Em razão disso, o objeto é variável conforme 
o resultado prático buscado pelo administrador. 
Exemplo: Numa autorização para estacionamento, o objeto é o de consentir que 
alguém estacione o seu veículo; numa licença de construção, o objeto é consen-
tir que alguém edifique; numa admissão, o objeto é autorizar alguém a ingressar 
em um estabelecimento público. Variável é, pois, o objeto conforme a espécie 
do ato. Entretanto, a finalidade é invariável por ser comum a todos eles: o inte-
resse público. 
 
Características do Ato Administrativo 
Os atos emanam de agentes dotados de parcela de Poder Público. Basta essa 
razão para que precisem estar revestidos de certas características que os tornem 
distintos dos atos privados em geral. São eles: 
A) Imperatividade 
Os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos quantos se encontrem 
em seu círculo de incidência (ainda que o objetivo a ser ele alcançado contrarie 
interesses privados), na verdade, o único alvo da Administração deve ser o inte-
resse público. 
Decorre da imperatividade o poder que tem a Administração de exigir o cumpri-
mento do ato. Não pode, portanto, o administrado recursar-se a cumprir ordem 
contida em ato administrativo quando emanada em conformidade com a lei. A 
exigibilidade, assim, deflui da própria peculiaridade de ser o ato imperativo. 
B) Presunção de Legitimidade 
Os atos administrativos trazem em si a presunção que nasceram em conformi-
dade com as devidas normas legais. Essa característica não depende de lei ex-
pressa, mas deflui da própria natureza do ato administrativo, como ato emanado 
de agente integrante da estrutura do Estado. 
 
pág. 7 
 
Efeito de presunção de legitimidade é a autoexecutoriedade, que admite que o 
ato seja imediatamente executado. Outro efeito é o da inversão do ônus da 
prova, cabendo a quem alegar que o ato não é legítimo a comprovação devida 
de sua ilegalidade. Enquanto isso não ocorrer, contudo, o ato vai produzindo nor-
malmente os seus efeitos e sendo considerado válido, seja no revestimento formal, 
seja no seu próprio conteúdo. 
C) Autoexecutoridade 
O ato administrativo, tão logo praticado, pode ser imediatamente executado e 
seu objeto imediatamente alcançado. Tem ele, por si só, idoneidade para criar 
direitos e obrigações, submetendo a todos que se situem em sua órbita de inci-
dência. 
A autoexecutoridade tem como fundamento jurídico a necessidade de salva-
guardar com rapidez a eficiência o interesse público, o que não ocorreria se a 
cada momento tivesse que submeter suas decisões ao crivo do Judiciário. Além 
do mais, nada justificaria tal submissão, em vista da separação dos três poderes e 
de suas funções. 
A característica da autoexecutoridade é frequentemente utilizada no exercício 
do poder de polícia. Exemplos conhecidos ao uso dessa prerrogativa são os da 
destruição de bens impróprios ao consumo público e a demolição de obra que 
apresenta risco eminente de desabamento. Verificada tal situação que provoca 
a execução do ato, a autoridade administrativa de pronto o executa, ficando, 
assim, resguardado o interesse público. 
Deve-se ressaltar que, conforme disposto no art. 5º, LV, em todo processo admi-
nistrativo que tenha a presença de litigantes, ou aqueles de natureza acusatória, 
hão de ser assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos 
inerentes a tais garantias. A regra estabelece limites ao princípio da executori-
dade, impedindo uma atuação exclusiva do administrador. A restrição, no en-
tanto, não suprime o princípio, até porque, sem ele, dificilmente poderia a Admi-
nistração, em certos momentos, concluir seus projetos administrativos e alcançar 
os objetivos que colima. 
 
 
pág. 8 
 
Formação e Efeitos dos Atos Administrativos 
1) Perfeição 
A formação do ato administrativo representa um processo que vai definindo os 
elementos que o compõem. A perfeição do ato somente vai suceder quando se 
encerrar esse ciclo de formação. Ressalta-se que perfeição não significa que o 
ato não tem vícios. Seu sentido é o de consumação, conclusão. Podem ser: 
Perfeitos – quando encerrado seu ciclo de formação; 
Imperfeitos – quando ainda em curso o seu processo constitutivo. 
2) Eficácia 
A eficácia é a idoneidade que tem o ato administrativo para produzir seus efeitos. 
Significa que o ato está pronto para atingir o fim a que foi destinado. Se o ato 
completou seu ciclo de formação, podemos considera-lo eficaz, e isso ainda que 
dependa de termo ou condição futuros para ser executado. Comporta três di-
mensões: 
Temporal – que leva em consideração o período da produção de efeitos (atos 
de eficácia instantânea e atos de eficácia duradoura); 
Especial – considera o âmbito da incidência dos efeitos (ex.: ato de permissão 
originário do Município produz efeitos no ciclo territorial deste); 
Subjetiva – atinente aos indivíduos que estarão sob sujeição do ato. 
Sob essa perspectiva, os atos podem ser: 
Eficazes – com aptidão para produzirem seusefeitos; 
Ineficazes – quando não ainda dispõem dessa possibilidade. 
Contudo, o pressuposto da eficácia é a existência do ato, sem esse não há que 
se falar em ineficácia ou eficácia do ato administrativo. 
3) Exequibilidade 
Significa a ela a disponibilidade que tem a administração para dar operabilidade 
ao ato, ou seja, executá-lo em todo seu teor. Dessa maneira, um ato pode ser 
eficaz, mas não ter exequibilidade. Ex.: uma autorização dada em dezembro 
 
pág. 9 
 
para começar em janeiro do próximo ano é eficaz naquele mês, mas só se tornará 
exequível em Janeiro. 
Exequíveis – Inteiramente operantes; 
Inexequíveis – Inexiste operabilidade. 
4) Validade 
Resulta da conformidade do ato com a lei ou outro ato de grau mais elevado. Se 
o ato não se compatibiliza com a norma superior, a situação, ao contrário, é de 
invalidade. 
Válidos – praticados com adequação à lei; 
Inválidos – possuem alguma dissonância com as normas. 
Classificação dos Atos Administrativos 
Quanto aos destinatários: 
Atos Gerais > (normativos) são aqueles que regulam uma quantidade indetermi-
nada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica. Ex.: regulamento 
da universidade. 
Possuem aspectos de generalidade, impessoalidade e abstração. 
 
Atos Individuais > (concretos) são os que preordenam a regular situações concre-
tas, tem destinatários individualizados, definidos, mesmo coletivamente. Ex.: uma 
licença para construção; um decreto expropriatório. Ao contrário dos atos nor-
mativos, podem eles ser impugnados diretamente pelos interessados quanto à le-
galidade, quer na via administrativa, quer através de via judicial. 
 
Quanto da Liberdade da Ação 
Atos Vinculados > são aqueles que o agente pratica reproduzindo os elementos 
que a lei previamente estabelece. Ao agente, nesses casos, não é dada liber-
dade de apreciação da conduta, porque se limita, na verdade, a repassar para 
o ato o comando estatuído na lei. Esse tipo de ato não existe nenhum tipo de 
valoração ou subjetivismo, mas apenas a averiguação e execução conforme a 
 
pág. 10 
 
lei. Ex.: licença para exercer determinada profissão. Os elementos para o deferi-
mento já se encontram na lei, cabendo apenas averiguar se o agente se adequa 
aos requisitos exigidos. 
Atos Discricionários > são aqueles em que a lei permite que o agente proceda 
com avaliação de conduta, obviamente em conjunto com a inafastável finali-
dade do ato. A valoração incidirá sobre o motivo e o objeto do ato, de como 
que este, na atividade discricionária, resulta essencialmente da liberdade de es-
colha entre alternativas igualmente justas, traduzindo, portando, subjetivismo. 
 
Quanto as Prerrogativas 
Atos de Império > são os que caracterizam pelo poder de coerção decorrente 
do poder de império, não intervindo a vontade dos administrados para sua prá-
tica. Ex.: ato de polícia (apreender bens, embargo de obra), os decretos de regu-
lamentação, etc. 
 
Atos de Gestão > o Estado atua no mesmo plano jurídico dos particulares, vol-
tando a gestão para a coisa pública, intervindo frequentemente a vontade de 
particulares. Ex.: os negócios contratuais (aquisição ou alienação). Não tendo a 
coercibilidade dos atos de império, os atos de gestão reclamam na maioria das 
vezes soluções negociais, não dispondo o Estado da garantia da unilateralidade 
que caracteriza sua atuação. 
 
Quanto a Intervenção da Vontade da Administração 
Atos Simples > emana-se da vontade de um só órgão ou agente administrativo. 
Ex.: Anatel regulando as telecomunicações. 
Atos Complexos > são aqueles cuja vontade final da Administração exige a inter-
venção de agentes ou órgãos diversos, havendo certa autonomia ou conteúdo 
próprio em cada uma das manifestações. Ex.: a investidura do Ministro do STF se 
 
pág. 11 
 
inicia pela escolha do Presidente da República; passa, após, para aferição do 
Senado e culmina com a nomeação do mesmo (art. 101, PU, CF). 
Atos Compostos > não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas. 
Há, na verdade, uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. As 
demais são meramente instrumentais, porque se limitam à verificação de legitimi-
dade do ato de conteúdo próprio. Ex.: um ato de autorização sujeito a outro ato 
confirmatório, um visto. 
O importante da análise deve ser feita da distinção entre a vontade final e as 
vontades-meio. A vontade final é que vai resultar de todas as manifestações ocor-
ridas no curso de formação do ato. É por esse motivo que o ato a que correspon-
der à vontade final da Administração só vai ter tido como perfeito e acabado 
quando todas as vontades-meio terem intervindo. Logicamente que cada von-
tade-meio vai ser retratada num determinado ato praticado por agente adminis-
trativo. Estes atos-meio deverão ser apreciados por si mesmo. Ex.: suponha-se a 
prática de um ato composto – uma autorização – que reclame duas vontades, 
uma de conteúdo autônomo (a primeira) e a outra instrumental (o visto da auto-
ridade superior). A autorização em si só é ato perfeito e acabado quando os dois 
agentes tiverem manifestado sua vontade. Isso, contudo, não impede o exame 
individual dos atos-meio, e nesse exame poder-se-á verificar cada um dos ele-
mentos componentes, como a competência, a forma, etc. Veremos que não é o 
ato que é complexo ou composto, mas a vontade-fim da Administração é que 
exige vários atos no processo de formação da vontade final. Esta é que resulta de 
processo complexo, e não o ato em si. Melhor, então, firmar a conclusão de que 
há certas vontades administrativas que somente consumam seu ciclo de forma-
ção se mais de um ato-meio for praticado em tal processo. É em relação a este, 
e só a este, que se poderá falar em complexidade ou composição. Destaca-se 
que a vontade dos órgãos colegiados se configura como ato simples coletivo. É 
que as vontades formadoras são interna corporis e se dissolvem no processo de 
formação, de modo que apenas uma é a vontade que se projeta no mundo jurí-
dico. 
 
 
 
pág. 12 
 
Quanto aos Efeitos 
Atos Constitutivos > são aqueles que alteram uma relação jurídica, criando, mo-
dificando ou extinguindo direitos. Ex.: a autorização, a sanção disciplinar, o ato 
de revogação. 
Atos Declaratórios > são os que apenas declaram situação preexistente, citando-
se como exemplo, o ato que declara que certa construção provoca riscos à inte-
gridade física dos transeuntes, ou o ato que constata irregularidade administrativa 
em órgão administrativo. 
Atos Enunciativos > indicam juízos de valor, dependendo, portando, de outros 
atos de caráter decisório. Ex.: pareceres. 
 
Quanto a Retratabilidade 
Atos Revogáveis > são os que a Administração está livre para expungir no mundo 
jurídico, fazendo cessar os seus efeitos, em decorrência de um critério meramente 
administrativo. Tais atos não chegaram a conferir direito subjetivo dos destinatá-
rios, no sentido de terem os seus efeitos mantidos. Ex.: uma autorização para es-
tacionamento de veículo no pátio de um prédio público. 
Atos Irrevogáveis > são aqueles que a Administração não mais pode retirar do 
mundo jurídico por razões administrativas ligadas a sua conveniência e oportuni-
dade. Ex.: licença para exercer profissão. 
 
Quanto a Executoriedade 
Atos Autoexecutórios > são a regra geral, vista como executoriedade obrigatória 
dos atos administrativos e que tem idoneidade jurídica de serem postos em ime-
diata execução. Não dependem, assim, de qualquer tipo de autorização prévia, 
inclusive do Judiciário. 
 
pág. 13 
 
Atos Não Executórios > a Administração só poderá executá-los por via indireta, 
recorrendo ao Poder Judiciário. É o casoda multa: depois de aplicada, só pode 
ser cobrada do transgressor por via judicial. 
Espécies de Atos Administrativos 
 
Como a Administração Pública tem a seu cargo numerosas atribuições, diversos 
são os atos administrativos que seus agentes praticam. É preciso distinguir, entre-
tanto, os aspectos formal e material de tais atos. Para alguns atos é adotada uma 
nomeação especifica que se refere ao nomen iuris externo, formal, pelo qual ele 
é conhecido no mundo jurídico. Não há de confundir-se, porém, o nome do ato 
sob esses aspectos com seu conteúdo, vale dizer, a mensagem que veicula, a 
exteriorização material, enfim, da proposta que o autor do ato pretendeu exter-
nar. 
É por essa notória distinção que, quanto às espécies, devem os atos ser agrupa-
dos sob o aspecto formal, de um lado, e sob o aspecto material (ou seu conte-
údo), de outro. 
Espécies Quanto à Forma de Exteriorização 
I. Decretos 
São os atos que provêm da manifestação de vontade privativa dos Chefes do 
Executivo, o que torna resultantes de competência administrativa específica. A 
CF alude a eles no art. 84, lV, como forma pela qual o Presidente da República 
dá curso à fiel execução das leis. De acordo com o art. 87, parágrafo único, l, da 
CF, cabe aos Ministros referendar os decretos, segundo a correlação entre o con-
teúdo dos atos e a área de competência a seu cargo. Cuida-se de atos compos-
tos, que reclamam a manifestação de ambas autoridades, fórmula oriunda do 
próprio texto constitucional. Podem ser gerais ou individuais. 
Gerais > Ex.: decreto que regulamenta uma lei. 
Individuais > Ex.: decreto de nomeação de um funcionário público. 
O decreto geral é, por sua natureza, ato de que se socorre o Chefe do Executivo 
para regulamentar leis, ou seja, para expedir normas administrativas necessárias 
 
pág. 14 
 
para que a lei possa ser executada. Trata-se, portanto, de atividade de caráter 
administrativo. Embora não possa substituir a lei, é legítimo que o legislador, após 
criar a norma básica, atribua ao decreto a função de alterar futuramente critérios 
e índices objetivos. Tem-se denominado tal processo de deslegalização. 
 
II. Regulamentos 
Considerando seu aspecto formal e orgânico são caracterizados como atos ad-
ministrativos, apesar de diversas peculiaridades. (art. 84, IV, CF). No que concerne 
à função regulamentadora, o objeto (ou conteúdo) de decretos regulamentares 
e regulamentos mostra-se idêntico, isto é, destinam-se aos mesmos fins. Observe-
se, porém, que, pela diversidade de objetos, são atos distintos o decreto regula-
mentar e o decreto que põe o regulamento em vigor: aquele visa à função regu-
lamentar, enquanto este se dedica tão somente a conferir vigência ao regula-
mento. 
Dois são os aspectos que distinguem os decretos e os regulamentos: (1) os decre-
tos tem força jurígena própria, ou seja, vigoram por si mesmos como atos inde-
pendentes, ao passo que os regulamentos são atos dependentes e, por isso, não 
têm força própria que os impulsione para a vigência (dependem de outro ato 
como instrumento para que possa vigorar); (2) os decretos podem ser normativos 
(como e o caso de decretos de execução) ou individuais; os regulamentos, ao 
contrário, só se projetam como atos normativos. 
III. Resoluções 
São atos, normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado esca-
lão administrativo, como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou Muni-
cípio, ou de algumas pessoas administrativa ligadas ao Governo. Constituem ma-
téria das resoluções todas as que se inserem na competência específica dos 
agentes ou pessoas jurídicas responsáveis por sua expedição. Tais resoluções são 
típicos atos administrativos, tendo, portanto, natureza derivada; pressupõem sem-
pre a existência de lei ou outro ato legislativo a que estejam subordinadas. 
 
 
pág. 15 
 
IV. Deliberações 
São atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos ou comis-
sões, tribunais administrativos, etc. Normalmente, representam a vontade majori-
tária de seus componentes e se caracterizam como atos simples coletivos. 
V. Regimentos 
São atos típicos de órgãos colegiados, cuja função reside em demonstrar sua or-
ganização e seu funcionamento. À semelhança do que ocorre com os regula-
mentos, tais atos ficam, em regra, subordinados a um ato de aprovação, normal-
mente emanado do agente que preside o órgão. Ex.: resolução que aprove um 
regimento. Nota-se. Contudo, que o regimento, como conjunto de regras, se ori-
gina, no mais das vezes, da vontade unânime ou da maioria dos membros do 
órgãos, ao passo que o ato de aprovação, como ensina a doutrina, tem apenas 
a função de servir de instrumento para sua formalização e entrada em vigor. 
VI. Instruções, Circulares, Portais, OS’s, Provimentos e Avisos 
Todos esses atos servem para que a Administração organize sua atividade e seus 
órgãos, e por essa razão, são denominados de ordinários. Apesar de auxiliarem a 
Administração a definir melhor sua organização interna, a verdade é que, na prá-
tica, encontramos muito deles ostentando caráter normativo, fato que provoca 
imposição de regras gerais e abstratas. É relevante entendê-los como instrumen-
tos de organização. Depois, verificar se, em cada caso, foi competente o agente 
que os praticou; se estão presentes seus requisitos de validade; e qual o propósito 
do administrador. E, sobretudo, se observam o princípio da legalidade. 
VII. Alvarás 
É o instrumento oficial expedido pela Administração, que, através dele, expressa 
aquiescência no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo particular. Seu 
conteúdo é o consentimento dado pelo Estado, e por isso se fala em alvará de 
autorização, alvará de licença, etc. 
 
 
 
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VIII. Ofícios 
São atos formais através dos quais as autoridades administrativas se comunicam 
entre si ou com terceiros. Podem conter solicitações, imposições, recomendações 
ou meras informações. Sendo veículo de comunicação, os ofícios têm grande im-
portância, sob o aspecto formal, na via administrativa. 
IX. Pareceres 
Pareceres consubstanciam opiniões, pontos de vista de alguns agentes adminis-
trativos sobre matéria submetida à sua apreciação. Em alguns casos, a Adminis-
tração não está obrigada a formalizá-los para prática de determinado ato; diz-
se, então, que o parecer é facultativo. 
Quando é emitido “por solicitação de órgão ativo ou de controle, em virtude de 
preceito normativo que prescreve a sua solicitação, como preliminar à emana-
ção do ato que lhe é próprio”, ele será obrigatório. Nessa hipótese, o parecer 
integra o processo de formação do ato, de modo que sua ausência ofende o 
elemento formal, inquinando-o, assim, de vício de legalidade. 
Refletindo um juízo de valor, uma opinião pessoal do parecerista, o parecer não 
vincula a autoridade que tem competência decisória, ou seja, aquela a quem 
cabe praticar o ato administrativo final. Trata-se de atos diversos – o parecer e o 
ato que o aprova ou rejeita. Como tais atos tem conteúdos antagônicos, o 
agente que opina nunca poderá ser o que decide. 
A responsabilidade do parecerista pelo fato de ter sugerido mal somente lhe po-
derá ser atribuída se houver comprovação indiscutível de que agiu dolosamente, 
vale dizer, com intuito predeterminado de cometer improbidade administrativa. 
Semelhante comprovação, entretanto, não dimana do parecer que si, mas ao 
revés, constitui ônus daquele que impugna a validade do ato em função da con-
duta de seu autor. 
 
 
 
 
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X. Certidões, Atestados e Declarações 
São atos classificados como declaratórios, porque seu conteúdo expressa a exis-
tência de certo fato jurídico.Nos atestados e declarações, os agentes adminis-
trativos dão fé, por sua própria condição, da existência desse fato. É o caso, por 
exemplo, do atestado de vacina ou residência. 
As certidões também comprovam a existência de fatos, mas se distinguem dos 
primeiros pela circunstância de representarem a reprodução do que já está for-
malizado nos registros públicos. Ex.: certidões de nascimento. 
XI. Despachos 
São atos administrativos praticados no curso de um processo administrativo. 
Abrange não só as intervenções rotineiras dos agentes, mas também algumas 
manifestações de caráter decisório. 
 
Espécies Quanto ao Conteúdo 
I. Licença 
Ato vinculado por meio do qual a Administração confere ao interessado consen-
timento para o desempenho de certa atividade. Através da licença o Poder Pú-
blico exerce seu caráter de poder de polícia fiscalizatório, verificando, em cada 
caso, se existem, ou não, óbices legais ou administrativos para o desempenho da 
atividade reivindicada. Denota-se que (1) todos decorrem da anuência do Poder 
Público para desempenho de atividade; (2) nunca são conferidos ex officio: de-
pendem sempre de pedido dos interessados; (3) são sempre necessários legitimar 
a atividade a ser executada pelo interessado. 
 
II. Permissão 
É o ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração con-
sente que o particular execute serviço de utilidade pública ou utilize privativa-
mente bem público. Como regra, a permissão é ato discricionário e precário, no 
sentido de que o administrador pode sopesar critérios administrativos para expedi-
 
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la, de um lado, e de outro não será conferido ao permissionário o direito à conti-
nuidade do que foi permitido, de modo que poderá o consentimento ser posteri-
ormente revogado sem indenização ao prejudicado. 
É verdade, todavia, que no atual sistema constitucional (art. 175, CF) e na disci-
plina fixada na mencionada lei a permissão de serviços públicos há de ser prece-
dida de licitação, o que, logicamente, reduzem muito o âmbito de precariedade 
do ato. É que, se a escolha do permissionário resulta de procedimento licitatório 
formal, não pode o permitente, a seu exclusivo juízo, dar fim ao ato, salvo se hou-
ver interesse público motivado. 
III. Autorização 
É o ato pelo qual a Administração consente que o particular exerça atividade ou 
utilize o bem público no seu próprio interesse. É ato discricionário e precário, ca-
racterísticas, portando, idênticas às da permissão. 
É necessária a autorização quando a atividade solicitada pelo particular não 
pode ser exercida legitimamente sem o consentimento do Estado. No exercício 
de seu poder de polícia, porém, o Poder Público dá o seu consentimento no que 
se refere ao desempenho da atividade, quando não encontra prejuízo para o 
interesse público. Ex.: autorização para porte de arma; autorização para estacio-
nar veículo particular em terreno público; autorização para fechar uma rua para 
realização de uma festa comunitária, etc. 
IV. Admissão 
É ato administrativo que confere ao indivíduo, desde que preencha os requisitos 
legais, o direito de receber o serviço público desenvolvido em determinado esta-
belecimento oficial. É o caso da admissão em escolas, universidades ou hospitais 
públicos. 
Trata-se de ato vinculado. Preenchendo os requisitos que a lei fixa, o indivíduo faz 
jus ao serviço prestado em tais estabelecimentos, não tendo o administrador, as-
sim, qualquer liberdade na avaliação de sua conduta. 
 
 
 
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V. Aprovação, Homologação e Visto 
A aprovação é manifestação discricionária do administrador a respeito de outro 
ato. Poder ser prévia ou posterior. 
A Homologação constitui manifestação vinculada, ou seja, praticado o ato, o 
agente por ela responsável não tem qualquer margem de avaliação quanto à 
conveniência e oportunidade da conduta. Ou bem procede à homologação, se 
tiver havido legalidade, ou não o faz em caso contrário. Além do aspecto da 
vinculação do agente, a homologação traz ainda outra distinção em relação à 
aprovação: contrariamente a esta, a homologação só pode ser produzida a pos-
teriori. 
O visto é ato que se limita à verificação da legitimidade formal de outro ato. Mas 
pode também ser apenas ato de ciência em relação a outro. Seja como for, o 
visto é condição de eficácia do ato que o exige. Ex.: ato A dirigido a C tem que 
ser encaminhado para o visto de B. 
 
VI. Atos Sancionatórios 
São as punições aplicadas àqueles que transgridam normas administrativas. 
Como diversas são as áreas em que incidem, pode-se dizer que as sanções são 
agrupáveis em duas categorias: 
 
1) Internas: São aplicadas em decorrência do regime funcional do servidor público, 
e como exemplo podemos apontar as penalidades previstas nos estatutos funci-
onais. Ex.: advertência, suspensão, demissão, etc. 
Externas: Decorrem da relação Administração-administrado e incidem quando o 
indivíduo infringe uma norma administrativa. Ex.: multa de trânsito, multa tributária, 
etc. 
Cabe destaque sobre esses atos. O primeiro consiste na exigência de estarem eles 
previstos em lei. O segundo, em regra, o administrador terá o encargo de consi-
derar vários fatores para bem observar o regime de adequação da sanção à 
infração cometida, a menos que a lei previamente defina essa correlação. 
 
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Sanções decorrem de infrações que correspondem condutas que infringem as 
normas administrativas, configurando-se como condutas ilícitas. 
Comporta distinguir os atos administrativos que espelham sanções daqueles ou-
tros que configuram meras providências operacionais administrativas: enquanto 
aquelas refletem a reação jurídica pela transgressão de norma administrativa, ou 
seja, uma efetiva punição, estas últimas indicam apenas a adoção das providên-
cias que incumbem à Administração para o fim de solucionar certas situações 
singulares, como é o caso da remoção de bens e pessoas, do embargo tempo-
rário de obra, de interdição de local, etc. 
 
VII. Atos Funcionais 
Embora não sejam categorizados como espécie distintas de atos administrativos 
são atos típicos dos atos administrativos possuindo apenas a característica de se-
rem originados da relação funcional entre a Administração e seu servidor, mor-
mente a relação estatutária. Situam-se entre tais atos de nomeação, de aposen-
tadora, de transferência, de promoção, de concessão de férias e licenças e, en-
fim, todos os que têm previsão nos estatutos funcionais, inclusive os sancionatórios. 
 
Procedimento Administrativo é a sequência de atividades da Administração, in-
terligadas entre si, que visa a alcançar determinado efeito final previsto em lei. 
Trata-se, pois, de atividade contínua, não instantânea, em que os atos e opera-
ções se colocam em ordenada sucessão com a proposta de chegar-se a um fim 
predeterminado. No curso do procedimento, várias atividades são levadas a 
efeito, inclusive a prática de alguns atos administrativos intermediários. 
Quando a lei o exige, o procedimento regular é condição de eficácia e validade 
do ato final. Normalmente é constituído de fases, de modo que em cada uma 
destas pode haver a verificação da legalidade. 
 
 
 
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Extinção dos Atos Administrativos 
1) Extinção Natural – aquela que decorre do cumprimento natural dos efeitos do 
ato. Se nenhum outro efeito vai resultar do ato, se extingue naturalmente. Existe 
certo grau de previsibilidade para que ocorra. Ex.: a destruição de mercadoria 
nociva ao consumo público; o ato cumpriu seu objetivo, extinguindo-se natural-
mente; uma autorização por prazo certo para exercício de atividade. 
 
2) Extinção Subjetiva– ocorre com o desaparecimento do sujeito que se benefi-
ciou do ato. É o caso de uma permissão. Sendo o ato de regra intransferível, a 
morte do permissionário extingue o ato por falta do elemento subjetivo. Essa mo-
dalidade de extinção caracteriza-se pela circunstância de que a relação jurí-
dica, no caso, se qualifica como intuitu personae, sendo assim, o ato é intransfe-
rível, não se transmitindo a terceiros. 
 
3) Extinção Objetiva – o objeto dos atos é um de seus elementos essenciais. Desse 
modo, se depois de praticado o ato desaparece seu objeto, ocorre a extinção 
objetiva. Ex.: a interdição de estabelecimento; se o estabelecimento vem a de-
saparecer ou ser definitivamente desativado, o objeto se extingue e, com ele, o 
próprio ato. 
 
4) Caducidade – ocorre “quando a retirada funda-se no advento de nova legisla-
ção que impede a permanência da situação anteriormente consentida”. A ca-
ducidade aqui significa a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica 
superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. O ato, que 
passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se. Ex.: uma permis-
são para uso de um bem público; se supervenientemente, é editada lei que pro-
íbe tal uso privativo por particulares, o ato anterior, de natureza precária, sofre 
caducidade, extinguindo-se. 
 
5) Desfazimento Volitivo – as formas anteriores ocorrem independentemente de ma-
nifestação de vontade. No entanto, os atos podem extinguir-se pela edição de 
 
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outros atos, razão por que, nessas hipóteses, a extinção decorrerá da manifesta-
ção de vontade do administrador. São três as formas de desfazimento volitivo do 
ato: 
 
a) Cassação – é a forma extintiva que se aplica quando o beneficiário de determi-
nado ato descumpre condições que permitem a manutenção do ato e de seus 
efeitos. Duas são suas características: (1) reside no fato de que se trata de ato 
vinculado, já que o agente só pode cassar o ato anterior nas hipóteses previa-
mente fixadas em lei; (2) diz respeito a natureza jurídica, trata-se de ato sancio-
natório, que pune aquele que deixou de cumprir as condições para subsistência 
do ato. Ex.: cassação de licença para exercer certa profissão; ocorrido um dos 
fatos que a lei considera gerador de cassação, pode ser editado o respectivo 
ato. 
 
Diz o estatuto do desarmamento (lei 10.826/2003) “perderá automaticamente 
sua eficácia” se o portador for detido ou abordado em estado de embriaguez 
ou sob efeito de substâncias químicas. Nota-se o caráter, após requisitos fáticos, 
à cassação do ato de autorização, dada a sua evidente natureza punitiva. Da 
cassação, isto sim, é que resultará a perda automática da eficácia da autoriza-
ção. 
 
b) Invalidação – forma de desfazimento do ato administrativo em virtude da existên-
cia de vício de legalidade. Descoberto o vício de legalidade, pode ele ser invali-
dado pelo Judiciário ou pela própria Administração. Cabe ressaltar que em res-
peito ao princípio da separação de Poderes, o Legislativo não pode desconstituir 
atos do Poder Executivo, quando estes tenham sido praticados dentro das com-
petências constitucionalmente reservadas ao Chefe desse poder. 
 
Abaixo tipos de vícios de legalidade do ato administrativo. 
O vício no elemento competência decorre da inadequação entre conduta e atri-
buições do agente. É o caso em que o agente pratica ato que refoge ao círculo 
de suas atribuições, como excesso de poder. 
 
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O vício na finalidade consiste na prática de ato direcionado a interesses privados, 
e não ao interesse público, como quando o administrador favorece grupo espe-
cífico, violando o princípio da impessoalidade. 
O vício de forma provém do ato que inobserva ou omite o meio de exteriorização 
exigido para o ato, ou que não atende ao procedimento previsto em lei como 
necessário, como, por exemplo, imagine que a lei exija justificativa para ato X e o 
agente a omite quando de sua prática. 
O vício de motivo pode ocorrer de modos distintos; (1) inexistência de funda-
mento para o ato; (2) fundamento falso, vale dizer, incompatível com a verdade 
real; (3) fundamento desconexo com o objetivo pretendido pela Administração. 
O vício de objeto consiste, basicamente, na prática de ato dotado de conteúdo 
diverso do que a lei autoriza ou determina. Há vicio se o objeto é ilícito, impossível 
ou indeterminável, como, cite-se a hipótese em que o ato permite que o indivíduo 
exerça atividade proibida, como a autorização para menores em local vedado 
à sua presença. Em sede punitiva, há vicio de objeto quando o agente, diante 
de fato previsto na lei aplica ao indivíduo sanção mais grave que a adequada 
para tal fato. 
Deve ser observado, apesar do dever da Administração de anular ato inválido, 
que quando houver limitações ao dever de invalidação dos atos podem se apre-
sentar situações complexas, tais (1) decurso do tempo; (2) consolidação dos efei-
tos produzidos. O decurso do tempo estabiliza certas situações fáticas, transfor-
mando-as em situações jurídicas. Aparecem aqui a hipóteses da prescrição e da 
decadência para resguardar o princípio da estabilidade das relações jurídicas. 
Desse modo, o ato é inválido e se torna ultrapassado o prazo adequado para 
invalidá-lo, ocorre a decadência, permanecendo o ato como estava. 
Haverá limitação, ainda, quando as consequências jurídicas do ato gerarem tal 
consolidação fática que a manutenção do ato atenderá mais ao interesse pú-
blico do que a invalidação. Essas singulares situações é que constituem o que 
alguns autores denominam de “teoria do fato consumado”. Deve-se observar 
que o dever de invalidar provocaria agravos maiores ao Direito do que aceitar a 
subsistência do ato e de seus efeitos na ordem jurídica, além do mais, o direito 
 
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administrativo preconiza nesses casos a aplicação do princípio da segurança ju-
rídica, em ordem a impedir que situações jurídicas permaneçam em grau de ins-
tabilidade, gerando temores e incertezas para pessoas e para o próprio Estado. 
Logo, quando se tratar de invalidação de ato inválido observar princípio da lega-
lidade + princípio da segurança jurídica + princípio do fato consumado e analisar 
o fato concreto, explicitando o dever de invalidar também. 
A invalidação opera ex tunc. A decretação da invalidação de um ato adminis-
trativo vai alcançar o momento mesmo de sua edição. Isso significa o desfazi-
mento de todas as relações jurídicas que se originaram do ato inválido, com o 
que as partes que nelas figuraram hão de retornar ao status quo ante. É preciso 
lembrar que ato nulo, por ter vicio insanável, não pode redundar na criação de 
qualquer direito. 
Quanto a prescrição, considera grande parte da doutrina que ela incide em re-
lação aos atos administrativos inválidos. Entende-se que o interesse público que 
decorre do princípio da instabilidade das relações jurídicas é tão relevante 
quanto a necessidade de restabelecimento da legalidade dos atos administrati-
vos, de forma que deve o ato permanecer seja qual for o vício de que esteja 
inquinado. 
A convalidação (aperfeiçoamento) é o processo de que se vale a Administração 
para aproveitar atos administrativos com vícios superáveis, de forma a confirma-
los no todo ou em parte. Só é admissível o instituto da convalidação para a dou-
trina dualista, que aceita possam os atos administrativos ser nulos ou anuláveis. 
 
Há três formas de convalidação: 
I. Ratificação – é o ato pelo qual o órgão competente decide sanar um ato inválido 
anteriormente praticado, suprindo a ilegalidade que o vicia. Ex.: um ato com vicio 
de forma pode ser posteriormente ratificado com a adoção da formalegal. 
 
II. Reforma – admite que novo ato suprima a parte inválida do ato anterior. Ex.: ato 
anterior concedia licença e férias a um servidor; se verifica depois que não tinha 
direito à licença, pratica-se novo ato retirando essa parte do ato anterior e ratifica 
 
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a parte relativa às férias. 
 
III. Conversão – se assemelha à Reforma. Por meio da Administração, depois de reti-
rar a parte inválida do ato anterior, processa a sua substituição por uma nova 
parte, de modo que o novo ato passa a conter a parte válida anterior e uma 
nova parte, nascida esta com o ato de aproveitamento. Ex.: um ato promoveu A 
e B por merecimento e antiguidade, respectivamente; verificando-se após que 
não deveria ser B mas C o promovido por antiguidade, pratica novo ato man-
tendo a promoção de A (que não teve vício) e insere a de C, tirando a de B, por 
esta ser inválida. 
Nem todos os vícios do ato permitem seja este convalidado. Os vícios insanáveis 
impedem o aproveitamento do ato, ao passo que os vícios sanáveis possibilitam 
a convalidação. São convalidáveis os atos que tenham vício de competência e 
de forma, nesta incluindo-se os aspectos formais dos procedimentos administrati-
vos. Também é possível convalidar atos com vício no objeto, ou no conteúdo, mas 
apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo, ou seja, quando a vontade admi-
nistrativa se preordenar a mais de uma providência administrativa no mesmo ato: 
aqui será viável suprimir ou alterar alguma providência e aproveitar o ato quanto 
às demais providências, não atingidas por qualquer vício. Vícios insanáveis tonam 
os atos inconvalidáveis. Assim, será inviável a convalidação de atos com vício no 
motivo, no objeto (quando único), na finalidade e na falta de congruência entre 
o motivo e o resultado. 
A mesma limitação que ocorre na invalidação também pode ocorrer ao poder 
de convalidar, ainda quando sanáveis os vícios do ato. 
c) Revogação – é o instrumento jurídico através do qual a Administração Pública 
promove a retirada de um ato administrativo por razões de conveniência e opor-
tunidade. Trata-se de um poder inerente à Administração. Ao mesmo tempo em 
que lhe cabe sopesar os elementos de conveniência e oportunidade para a prá-
tica de certos atos, caber-lhe-á também fazer a mesma avaliação para retirá-los 
do mundo jurídico. 
 
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A revogação vem exatamente ao encontro da necessidade que tem a Adminis-
tração de ajustar os atos administrativos às realidades que vão surgindo em de-
corrência da alteração das relações sociais. 
O pressuposto da revogação é o interesse público. Ex.: um ato de autorização 
para extrair areia de rio foi praticado quando reinavam condições fáticas que 
não violavam o interesse público, Suponha-se, porém, que, posteriormente, a ati-
vidade consentida venha a criar malefícios para natureza. Nesse caso, os novos 
critérios administrativos certamente vão conduzir a revogação daquela autoriza-
ção. Esses novos critérios de conveniência e oportunidade é que representam o 
interesse público justificador da revogação, ou seja, o seu pressuposto. 
É o poder discricionário da Administração que constitui o fundamento do instituto 
da revogação. A respeito, é de anotar-se que a Administração dispõe de tal po-
der para “rever a sua atividade interna e encaminhá-la adequadamente à reali-
zação de seus fins específicos”. Como regra, são suscetíveis de revogação os atos 
discricionários. Simples é a razão: como estes foram praticados à luz de certas 
condições de fato, pertinentes à conveniência e à oportunidade, alteradas tais 
condições, pode ser revogado o ato. 
A revogação só pode ser realizada pela Administração e isso porque é vedado 
ao Judiciário apreciar os critérios de conveniência e oportunidade administrati-
vas. 
A revogação só possui incidência para os atos válidos. Se o ato revogado tinha 
validade, o ato de revogação só pode produzir efeitos ex nunc, ou seja, a partir 
de sua vigência, de modo que os efeitos produzidos pelo ato revogado devem 
ser inteiramente respeitados. Atua para o futuro, “mantendo intangidos os efeitos 
passados e produzidos pelo ato revogado”. Nesse ponto destaca-se que o ato 
revogado, apesar de não mais se situar na espera de interesse da Administração, 
era desprovido de vícios, ou seja, tratava-se de ato legal. Ora, o ato jurídico per-
feito não pode ser atingido pela lei nova, garantido que esta pelo princípio da 
irretroatividade das leis. Conclui-se que os efeitos do ato revogado não podem 
ser atingidos pelo ato revogador. 
 
 
 
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São insuscetíveis de revogação: 
I. Os atos que exauriram seus efeitos (ex.: um ato que definiu férias ao servidor; se 
este já gozou as férias, o ato de deferimento já exauriu os seus efeitos); 
 
II. Os atos vinculados (ex.: licença para exercer uma profissão); 
 
III. Os atos que geram direitos adquiridos, garantidos pelo art.5º (ex.: aposentadoria 
concedida a servidor); 
 
IV. Os atos integrativos de um procedimento administrativo, pela simples razão de 
que se opera a preclusão do ato anterior prática do ato sucessivo (ex.: não 
pode ser revogado o ato de adjudicação na licitação quando já celebrado o 
respectivo contrato); 
 
V. Os denominados meros atos administrativos, como pareceres, certidões e ates-
tados. 
 
O ato da revogação é ato definitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
21ª Região/2003) - Na matéria sobre os elementos 
do ato administrativo, pode-se dizer que 
(A) as competências são derrogáveis e não podem 
ser objeto de avocação. 
(B) basta apenas sua capacidade, seja o sujeito 
agente político ou pessoa pública. 
(C) a competência decorre sempre da lei, mas no 
âmbito federal pode ser definida por decreto. 
(D) o objeto será sempre lícito e moral, mas cabí-
vel ou não, certo ou incerto. 
(E) a finalidade é o efeito jurídico imediato que o 
ato produz, o objeto é o efeito mediato. 
2. (Analista Jud. – Área Administrativa – TRT 21ª 
Reg.-2003) - Considere os seguintes atos adminis-
trativos: 
 I.O Secretário de Estado aprova o procedimento li-
citatório. 
 II. O Senado Federal decide a respeito da destitui-
ção do Procurador Geral da República. 
 III. A Administração Municipal faculta a proprietá-
rio de terreno a construção de edifício. Esses atos 
referem-se, respectivamente, à 
 
(A) aprovação, homologação e concessão. 
(B) homologação, aprovação e licença. 
(C) admissão, dispensa e permissão. 
(D) dispensa, homologação e autorização. 
(E) licença, dispensa e aprovação. 
 3. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
21ª Região/2003) - No que tange à anulação e à re-
vogação dos atos administrativos, considere o que 
segue: 
I. A incompetência relativa do agente ou a incapa-
cidade relativa do contratante são causas de anu-
lação. 
II. O recurso ex officio interposto pela autoridade 
que houver praticado o ato pode resultar na revo-
gação. 
III. Os vícios resultantes de erro, dolo, simulação 
ou fraude sãocausas de revogação. 
IV. O pedido de reconsideração feito pela parte 
pode resultar na revogação. 
V. O recurso voluntário, interposto pela parte a 
quem tiver prejudicado o ato, e a avocação, são 
causas de anulação. 
 
Está correto APENAS o que se afirma em 
(A) I, II e IV. 
(B) I, II e V. 
(C) I, III e V. 
(D) II, III e IV. 
(E) III, IV e V. 
4. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
24ª Região/2003) - O motivo, um dos requisitos do 
ato administrativo, pode ser conceituado como o 
 
(A) fim público último ao qual se subordina o ato 
da Administração, que é nulo na sua ausência. 
(B) objeto do ato, que deve coincidir sempre com a 
vontade da lei. 
(C) conteúdo intransferível e improrrogável que 
torna possível a ação do Administrador. 
(D) pressuposto de fato e de direito em virtude do 
qual a Administração age. 
(E) revestimento imprescindível ao ato, visto que 
deixa visível sua finalidade para ser aferida pelos 
administrados. 
5. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
24ª Região/2003) -O Prefeito Totonho Filho, cum-
prindo todas as formalidades, desapropriou um 
imóvel para construir uma escola no local. Esse ato 
 
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administrativo pode ser classificado como ato 
(A) de expediente. 
(B) vinculado. 
(C) de gestão. 
(D) complexo. 
(E) de império. 
6. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
24ª Região/2003) - Uma resolução é um ato admi-
nistrativo que pode ser classificado como 
 
(A) permissivo, podendo ser interno ou externo, 
quanto aos efeitos. 
(B) ordinatório e seus efeitos são internos à Admi-
nistração. 
(C) normativo, podendo ser interno ou externo, 
quanto aos efeitos. 
(D) enunciativo, podendo ser vinculado ou não, 
conforme a extensão de sua eficácia. 
(E) punitivo e seus efeitos podem ser a interdição 
de atividade ou a imposição de multa. 
 7. (Analista Jud. – Área Adm. – TRF 1ª Região) - No 
que tange a invalidação do ato administrativo é 
certo que 
(A)) à Administração cabe revogar ou anular o ato, 
e ao Judiciário somente anulá-lo. 
(B) ao Judiciário cabe revogar ou anular o ato, e à 
Administração somente anulá-lo. 
(C) cabe tanto à Administração como ao Judiciário 
revogar ou anular o ato. 
(D) à Administração cabe somente a revogação do 
ato, enquanto que ao Judiciário apenas sua anula-
ção. 
(E) ao Judiciário cabe somente a revogação do ato, 
enquanto à Administração apenas sua anulação. 
8. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
20ª Região/2005) - No Direito brasileiro, a anula-
ção, pelo Poder Judiciário, de um ato administra-
tivo discricionário praticado pelo Poder Executivo 
 
(A) apenas é possível com a concordância da Admi-
nistração. 
(B) é possível, independentemente de quem a pro-
voque ou da concordância da Administração. 
(C) não é possível. 
(D) apenas é possível por provocação da Adminis-
tração. 
(E) apenas é possível por provocação do destinatá-
rio do ato. 
9. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
20ª Região/2005) - A motivação dos atos adminis-
trativos é apontada pela doutrina como elemento 
fundamental para o controle de sua legalidade. A 
Constituição Federal, por sua vez, previu expressa-
mente a motivação 
(A)como necessária em todas as decisões adminis-
trativas dos Tribunais. 
(B) como necessária em todas as decisões políticas 
do Congresso Nacional. 
(C) entre os princípios arrolados para toda a Admi-
nistração Pública. 
(D) entre os princípios arrolados para toda a Admi-
nistração Pública Direta, não se referindo à Indi-
reta. (E) entre os princípios arrolados para toda a 
Administração Pública Indireta, não se referindo à 
Direta. 
10. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 
20ª Região/2005) - A imposição, de modo unilate-
ral pela Administração, de um ato administrativo a 
terceiros, independentemente da concordância 
destes, em tese 
 
pág. 40 
 
(A) é compatível com o Direito Administrativo bra-
sileiro, correspondendo ao atributo dos atos admi-
nistrativos que a doutrina usa chamar autoexecu-
toriedade. 
(B) é compatível com o Direito Administrativo bra-
sileiro, correspondendo ao atributo dos atos admi-
nistrativos que a doutrina usa chamar autotutela. 
(C) não é compatível com o Direito Administrativo 
brasileiro, configurando exercício arbitrário das 
próprias razões. 
(D) não é compatível com o Direito Administrativo 
brasileiro, configurando abuso de autoridade. 
(E)) é compatível com o Direito Administrativo bra-
sileiro, correspondendo ao atributo dos atos admi-
nistrativos que a doutrina usa chamar imperativi-
dade. 
11. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE 
PI/2002) - É INCORRETO afirmar que a anulação do 
ato administrativo 
A) produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos. 
B) está relacionada a critérios de conveniência e 
oportunidade 
C) é de competência tanto do Judiciário como da 
Administração Pública. 
D) é cabível em relação aos beneficiários do ato ou 
terceiros, se ambos de boa-fé. 
E) pressupõe que ele (ato) seja ilegal e eficaz, de 
natureza abstrata ou concreta. 
12. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE 
PI/2002) - A circunstância de fato ou de direito que 
autoriza ou impõe ao agente público a prática do 
ato administrativo se refere ao 
(A) conceito do objeto. 
(B) tipo da forma. 
(C) elemento da finalidade. 
(D) requisito do motivo. 
(E) atributo do sujeito. 
 13. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 
TRT/19ª Região) - A anulação de um ato adminis-
trativo diferencia-se de sua revogação porque 
(A) conduz à perda da eficácia do ato anulado 
desde o momento da anulação, ao passo que o ato 
revogado perde seus efeitos desde a origem. 
(B) diz respeito apenas a atos vinculados, ao passo 
que a revogação diz respeito apenas a atos discrici-
onários. 
(C) é providência que pode ser tomada facultativa-
mente pela Administração, enquanto a revogação 
é obrigatória. 
(D) diz respeito a razões de legalidade do ato admi-
nistrativo, ao passo que a revogação é efetuada 
por motivos de conveniência e oportunidade. 
(E) pode ser efetuada a qualquer tempo, ao con-
trário da revogação, que somente pode ser reali-
zada no prazo prescricional de 5 (cinco) anos a 
contar da edição do ato. 
14. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 
TRF 1ª Região/2006) - A qualidade do ato adminis-
trativo que impele o destinatário à obediência das 
obrigações por ele impostas, sem necessidade de 
qualquer apoio judicial, refere-se ao atributo da 
(A) tipicidade. 
(B) auto-executoriedade. 
(C) imperatividade. 
(D) exigibilidade. 
(E) razoabilidade. 
15. (Analista Jud. – Execução de Mandados – TRF 
4ª região/2004) - Considere as proposições que se 
seguem: 
I. O Poder Judiciário ao escolher um advogado ou 
membro de Ministério Público para compor o 
 
pág. 41 
 
quinto constitucional pratica um simples ato admi-
nistrativo. 
II. O Poder Legislativo ao elaborar o regimento in-
terno disciplinando o funcionamento do Plenário 
pratica um ato interna corporis. 
III. O Poder Executivo ao vetar um projeto de lei 
pratica um ato político. 
Conclui-se que APENAS 
(A) II e III são corretas. 
(B) I e II são corretas. 
(C) III é correta. 
(D) II é correta. 
(E) I é correta. 
16. (An. Jud.–Exec. de Mandados –TRF 4ª Reg.-
2004) -No que tange ao ato discricionário, pode-se 
afirmar que 
A) discricionários são os meios e modos de admi-
nistrar, assim como os fins a atingir. 
B)a discricionariedade é sempre relativa ou par-
cial, porque quanto à finalidade do ato, por exem-
plo, a autoridade está subordinada ao que a lei dis-
põe. 
C) o ato resultante de poder discricionário da Ad-
ministração pode prescindir dos requisitos da 
forma e da competência. 
D) ele é prescindível ao normal desempenho das 
funções administrativas, diante da peculiaridade 
inerente à sua essência 
E) as imposições legais absorvem, quase que por 
completo, a liberdade do administrador, porque a 
ação deste está adstrita à norma legal. 
17. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 
TRF 4ª região/2004) - É INCORRETO afirmar que o 
conceito de ilegalidade ou ilegitimidade, para fins 
de invalidação do ato administrativo, 
(A) compreende à relegação dos princípios gerais 
de direito. 
(B) abrange o abuso por excesso de poder. 
(C) se estende ao abuso por desvio de poder. 
(D) se restringe somente à violação frontal da lei. 
(E) envolve o abuso de poder e respectivas espé-
cies. 
18. (Analista Jud.– Execução de Mandados - TRF 5ª 
Região/2003) - NÃO é consequência do poder hie-
rárquico de uma autoridade administrativa federal, 
o poder de 
 
(A) dar ordens aos seus subordinados. 
(B) rever atos praticados por seus subordinados. 
(C) resolver conflitos de competências entre seus 
subordinados 
(D) delegar competência para seus subordinados 
editarem atos de caráter normativo. 
(E) aplicar penalidades aos seus subordinados, ob-
servadas as garantias processuais. 
19. (An. Jud. – Exec. Mandados - TRF 5ª Reg.2003) 
- Se um agente público praticar um ato visando a 
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicita-
mente, na regra de competência, tal ato estará 
maculado pelo vício de 
 
(A) incompetência do agente. 
(B) forma. 
(C) ilegalidade do objeto. 
(D) inexistência de motivos. 
(E) desvio de finalidade. 
20. (An. Jud. – Exec. Mandados - TRF 5ª Reg.2003) 
- Segundo ensinamento doutrinário, no Brasil, a re-
vogação, pelo Poder Judiciário, de ato administra-
tivo discricionário praticado por autoridade do Po-
der Executivo 
 
pág. 42 
 
 
(A) é amplamente possível. 
(B) é possível desde que o Judiciário venha a se 
manifestar por provocação da própria administra-
ção. (C) é possível desde que se trate de ato moti-
vado. 
(D) não é possível. 
(E) é possível desde que não se trate de ato prati-
cado no exercício de competência exclusiva. 
21. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 
TRT 21ª Região/2003) - Para definir o ato adminis-
trativo é necessário considerar, dentre outros da-
dos, que 
(A) é sempre passível de controle privado. 
(B) é manifestação exclusiva do Poder Executivo. 
(C) produz efeitos administrativos mediatos, asse-
melhando- se à lei. 
(D) produz efeitos jurídicos imediatos. 
(E) sujeita-se de regra, ao regime jurídico civil. 
22. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 
TRT 21ª Região/2003) - Um dos efeitos decorrente 
da presunção de veracidade do ato administrativo 
é o de que 
(A) haverá imposição a terceiros em determinados 
atos, independentemente de sua concordância ou 
aquiescência. 
(B) não há a inversão absoluta ou relativa do ônus 
da prova, cabendo à Administração Pública de-
monstrar sua legitimidade 
(C) o Judiciário poderá apreciar ex officio a vali-
dade do ato, tendo em vista o interesse público re-
levante. 
(D)ele (ato) produzirá efeitos da mesma forma que 
o ato válido, enquanto não decretada sua invali-
dade pela própria Administração ou pelo Judiciá-
rio. 
(E) o destinatário será impelido à obediência das 
obrigações por ele (ato) impostas, sem necessi-
dade de qualquer outro apoio. 
23. (Analista Jud. –Exec. Mandados – TRT 21ª Re-
gião/2003) - Considere as espécies de ato adminis-
trativo: 
I. O Prefeito Municipal confere licença ou autoriza-
ção para construção de um prédio comercial. 
II. O Secretário de Segurança Pública edita ato pro-
ibindo a venda de bebida alcoólica durante as elei-
ções para mandatos políticos. 
III. O presidente do Banco Central expede orienta-
ção sobre o programa de desenvolvimento de 
áreas integradas do Nordeste. 
Esses atos referem-se, respectivamente, 
(A) ao alvará, à resolução e à circular. 
(B) à resolução, à circular e à instrução. 
(C) ao alvará, à instrução e ao aviso. 
(D) à ordem de serviço, à portaria e à resolução. 
(E) ao alvará, ao aviso e à portaria. 
24. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 
TRT 21ª Região/2003) - Em relação ao ato adminis-
trativo, 
I. sua revogação funda-se na ilegalidade do ato e 
pode ser total ou parcial. 
II. a anulação funda-se em razões de oportunidade 
e conveniência e decorre do processo judicial. 
III. sua revogação é ato da própria Administração. 
IV. a anulação pode ser ato da própria Administra-
ção ou deriva de decisão judicial. 
V. a revogação gera efeito ex nunc, enquanto que 
anulação produz efeito ex tunc. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
(A) I, II e III. 
(B) I, IV e V. 
 
pág. 43 
 
(C) II, III e IV. 
(D) II, III e V. 
(E) III, IV e V. 
25. (Analista Judiciário –Execução de Mandados – 
TRT 24ª Região/2003) - Considere as afirmativas 
abaixo: 
I. Quando dizemos que a Administração, tomando 
conhecimento de ilícito administrativo, está obri-
gada a apurá-lo, sob pena de condescendência cri-
minosa, estamos nos referindo à atuação vincu-
lada. II.Só pode praticar um ato aquele a quem a 
lei atribuiu competência para essa prática. 
III. O Prefeito pode sancionar ou vetar o projeto de 
lei aprovado pela Câmara Municipal, se o fizer den-
tro do prazo legal para tanto. 
A vinculação está presente APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) I e III. 
26. (Analista Jud.–Execuçao Mandados – TRT 24ª 
Região/2003) - Um dos atributos do ato adminis-
trativo é a 
(A) exigibilidade, segundo a qual a Administração 
executa unilateralmente suas determinações, que 
são válidas, desde que dentro da legalidade. 
(B) imperatividade, segundo a qual a Administra-
ção faz cumprir suas determinações, até com o uso 
da força, se necessário 
(C) presunção de legitimidade, segundo a qual, até 
que se faça prova em contrário, é legítimo, con-
forme à lei, o ato da Administração. 
(D) auto-executoriedade, segundo a qual a Admi-
nistração impõe suas determinações, com imedia-
tidade. 
(E) presunção de veracidade, segundo a qual o fato 
alegado pela Administração é considerado absolu-
tamente verdadeiro. 
27. (Analista Judiciário –Execução de Mandados – 
TRT 24ª Região/2003) - A assessoria jurídica, cha-
mada a opinar, informou ao Prefeito Totonho Filho 
que ele poderia praticar certo ato com integral li-
berdade de atuação, conforme a conveniência e 
oportunidade, devendo apenas observar os limites 
traçados pela legalidade. Dentre as alternativas 
possíveis, o Prefeito escolheu a solução que mais 
lhe agradou e praticou o ato. Pelas indicações da-
das, sabe-se, com certeza, que se tratava de um 
ato 
(A) de império. 
(B) discricionário. 
(C) enunciativo. 
(D) de mero expediente. 
(E) homologatório. 
28. (An. Jud.– Exec.Mandados – TRT 5ª Reg.-2003) 
- Ao analisar a validade de um ato administrativo 
discricionário, um juiz percebe que seus requisitos 
legais estão presentes. Contudo, verifica que a me-
dida tomada pelo Administrador viola o princípio 
da proporcionalidade e que o mesmo efeito po-
derá ser obtido mediante medida menos gravosa 
para o particular. Nessa hipótese, o juiz 
(A) não poderá anular, mas poderárevogar o ato 
administrativo, por ser discricionário. 
(B) poderá anular o ato administrativo, em razão 
de vício de forma. 
(C) poderá revogar o ato administrativo, por dis-
 
pág. 44 
 
cordar dos motivos de conveniência e oportuni-
dade invocados pelo Administrador. 
(D) poderá anular o ato administrativo, ou as medi-
das excessivas desproporcionais. 
(E) não poderá anular nem revogar o ato adminis-
trativo, pois não cabe ao Judiciário analisar ato dis-
cricionário. 
29. (An. Jud. –Área Jud. –TRE Acre-2003) - Quanto 
aos elementos do ato administrativo, pode-se afir-
mar que 
(A) "sujeito é aquele a quem o ato se destina ou 
sobre quem ele versa". 
(B) "motivo é o pressuposto de fato e de direito 
que serve de fundamento ao ato". 
(C) "objeto é a finalidade a ser alcançada pelo ato". 
(D) "fim é o efeito jurídico imediato que o ato pro-
duz". 
(E) "competência é o modo pelo qual o ato se exte-
rioriza ou deve ser feito". 
30. (Analista Jud. – Área Judiciária –TRE BA/2003) - 
A competência para a revogação do ato adminis-
trativo é 
(A) de seu autor e do Poder Judiciário, ante a ina-
fastabilidade da jurisdição. 
(B) do superior hierárquico e do Poder Judiciário, 
ante a inafastabilidade da jurisdição. 
(C) do superior hierárquico, somente mediante re-
curso, pois lhe é vedado agir de ofício. 
(D) de seu autor ou de quem tenha poderes para 
conhecer de ofício ou por recurso. 
(E) de seu autor, apenas na hipótese de ato vincu-
lado, desde que agindo de ofício. 
31. (Analista Jud. – Área Jud. –TRE BA/2003) - Da 
apreciação da conveniência e oportunidade do ato 
administrativo pode resultar a 
(A) revogação. 
(B) nulidade. 
(C) anulação. 
(D) invalidação. 
(E) repristinação. 
32. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª 
Região/2003) - No que diz respeito à discricionarie-
dade, é INCORRETO afirmar que 
(A) não há um ato inteiramente discricionário, 
dado que todo ato administrativo está vinculado à 
lei, pelo menos no que respeite ao fim e à compe-
tência. 
(B) está presente o juízo subjetivo do administra-
dor quando da escolha da conveniência e da opor-
tunidade. 
(C) a oportunidade e a conveniência do ato admi-
nistrativo compõem o binômio denominado pela 
doutrina de mérito. 
(D) mérito é a indagação da oportunidade e da 
conveniência do ato administrativo, representando 
a sede de poder discricionário. 
(E) o Poder Judiciário pode examinar o ato discrici-
onário, inclusive apreciando os aspectos de conve-
niência e oportunidade. 
33. Igual a questão 22 
34. (Analista Jud. – Área Judiciária – TRT 21ª 
Reg./2003) - Considere as espécies de ato adminis-
trativo: I. O Prefeito Municipal confere licença ou 
autorização para construção de um prédio comer-
cial. 
II. O Secretário de Segurança Pública edita ato pro-
ibindo a venda de bebida alcoólica durante as elei-
ções para mandatos políticos. 
III. O presidente do Banco Central expede orienta-
ção sobre o programa de desenvolvimento de 
 
pág. 45 
 
áreas integradas do Nordeste Esses atos referem-
se, respectivamente, 
(A) ao alvará, à resolução e à circular. 
(B) à resolução, à circular e à instrução. 
(C) ao alvará, à instrução e ao aviso. 
(D) à ordem de serviço, à portaria e à resolução. 
(E) ao alvará, ao aviso e à portaria. 
35. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª 
Região/2003) - Em relação ao ato administrativo, I. 
sua revogação funda-se na ilegalidade do ato e 
pode ser total ou parcial. 
II. a anulação funda-se em razões de oportunidade 
e conveniência e decorre do processo judicial. 
III. sua revogação é ato da própria Administração. 
IV. a anulação pode ser ato da própria Administra-
ção ou deriva de decisão judicial. 
V. a revogação gera efeito ex nunc, enquanto que 
anulação produz efeito ex tunc. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
(A) I, II e III. 
(B) I, IV e V. 
(C) II, III e IV. 
(D) II, III e V. 
(E) III, IV e V. 
36. (Analista Jud.–Área Jud.– TRT 21ª Região/2003) 
- No que tange à vinculação, é correto afirmar que 
(A) o ato vinculado, por ser decorrente do poder, 
não está sujeito a qualquer controle. 
(B) a Administração pode negar o benefício, ainda 
que implementada a condição legal. 
(C) o particular, preenchidos os requisitos, tem o 
direito subjetivo de exigir a edição do ato. 
(D) é prerrogativa do Poder Executivo e seus ór-
gãos, não tendo aplicabilidade aos demais pode-
res. 
(E) ela se confunde com a discricionariedade do 
ato administrativo, sendo irrelevante a distinção. 
37. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª 
Região/2003) - "X", Secretário Municipal de Habi-
tação, adotou as providências necessárias para a 
venda de lotes no Município, adquirindo um deles, 
contíguo ao seu, na mesma oportunidade, benefi-
ciando-se da valorização decorrente da agregação 
de área. O ato foi justificado com a singela menção 
de um dispositivo legal e a expressão "notória ur-
gência". Nesse caso, 
(A) o interesse público sobrepõe-se ao particular 
em razão da valorização da área e a motivação é 
suficiente. 
(B) o interesse particular sobrepõe-se ao interesse 
público e apresenta falta de motivação, ocorrendo 
desvio de finalidade. 
(C) o Secretário Municipal não agiu com desvio de 
finalidade ou de poder, porque era competente 
para a prática do ato. 
(D) o interesse particular confunde-se com o inte-
resse público em razão da "notória urgência" para 
o interesse municipal. 
(E) o ato é legal porque o Secretário era compe-
tente, estava presente a adequação do ato ao seu 
fim legal e o objeto era possível. 
38. Igual a questão 25. 
39.(Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE 
/2004) - Caso se detecte, após dois anos de sua 
edição, uma ilegalidade em um ato administrativo 
discricionário, praticado privativamente pelo Presi-
dente da República, sua anulação pelo Poder Judi-
ciário 
(A) não é possível em face do tempo decorrido 
desde sua edição. 
 
pág. 46 
 
(B) não é possível, sendo sim caso de revogação. 
(C) é possível, em tese. 
(D) não é possível por se tratar de ato privativo do 
Presidente da República. 
(E) não é possível por se tratar de ato discricioná-
rio. 
40. (Analista Judiciário –Área Judiciária – TRF 5ª 
Região/2003) - Se um agente público praticar um 
ato visando a fim diverso daquele previsto, explí-
cita ou implicitamente, na regra de competência, 
tal ato estará maculado pelo vício de 
(A) incompetência do agente. 
(B) forma. 
(C) ilegalidade do objeto. 
(D) inexistência de motivos. 
(E) desvio de finalidade. 
41. (Analista Jud.–Área Jud.–TRF 5ª Região/2003) - 
Segundo ensinamento doutrinário, no Brasil, a re-
vogação, pelo Poder Judiciário, de um ato adminis-
trativo discricionário praticado por autoridade do 
Poder Executivo 
(A) é amplamente possível. 
(B) é possível desde que o Judiciário venha a se 
manifestar por provocação da própria administra-
ção. (C) é possível desde que se trate de ato moti-
vado. 
(D) não é possível. 
(E) é possível desde que não se trate de ato prati-
cado no exercício de competência exclusiva. 
42. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 19ª 
Região/2003) - É matéria que se encontra excluída 
da regra geral de autoexecutoriedade dos atos ad-
ministrativos a 
A) aplicação de multas pelo descumprimento de 
posturas edilícias. 
B) demissão de servidor público estável. 
C) aplicação de sanções pela inexecução de contra-
tos administrativos. 
D) cobrança da dívida ativa da União, Estados ou

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