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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EM GRUPOS

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Lorena Dias de Menezes Lima- Aluna Bolsista
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EM GRUPOS
Antes de apresentar o caso em questão e as propostas, é de suma importância relatar que o referencial que fundamentou a presente intervenção foi inspirado na teoria de Grupos Operativos de Pichon-Rivière (1907-1977). A técnica de grupos operativos pressupõe tarefa explícita (como um tratamento ou aprendizagem), implícita (a maneira como cada integrante do grupo irá vivenciar o grupo) e o enquadre que são elementos fixos, como o tempo, a duração das sessões, a frequência dos encontros, o papel exercido pelo coordenador e observador. (BASTOS, 2010).
No ano de 2005 o Ministério da Saúde, em consonância com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aderiu ao conceito de envelhecimento ativo, como uma das diretrizes para a Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (PNASPI). Esse conceito propõe ao indivíduo e a grupos populacionais uma nova forma de pensar e perceber suas potencialidades para o bem-estar físico, social e mental ao longo de sua vida, permitindo que participem da sociedade de acordo com as suas necessidades, capacidades e desejos. (BRASIL, 2006; WHO, 2005). Partindo dessa premissa o termo “ativo” direciona a uma reflexão sobre uma contínua participação do sujeito nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente refere-se à atividade econômica ou à força de trabalho. Para que o envelhecimento seja vivenciado de forma positiva, a vida deve ser subsidiada por oportunidades contínuas de saúde, segurança e participação social. (WHO, 2005).
Ainda nessa perspectiva o Pacto pela Vida, em 2006, estabeleceu a saúde do idoso como uma das seis diretrizes do Pacto pela Saúde. Foram propostas um conjunto de ações pactuado pelas três esferas de governo visando à implementação da PNSPI. Essa política traz como principais diretrizes a promoção do envelhecimento ativo e saudável e a atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa. 
É neste intuito que a presente intervenção pretende usar da técnica grupal de Pichon-Rivière como instrumento potencializador de saúde mental em pessoas idosas atendendo as diretrizes citadas acima. (BRASIL, 2006). Estimulando assim a independência dos integrantes do grupo, permitindo uma adaptação ativa e criativa à realidade. 
Realidade / Caso
Atualmente na região de Capim Dourado a equipe de Gestão da Saúde, ao realizar uma análise dos resultados dos serviços de saúde da região, constataram que 80% dos pacientes internados apresentam doenças crônicas (como hipertensão e diabetes), complicações de câncer e muitos desses estão acima de 60 (sessenta) anos. A equipe concluiu que não conseguem controlar essas doenças que chegam ao hospital com agravamento das mesmas e que muitos desses idosos ou são cuidados por outros idosos ou vivem só. Sabendo que a população com mais de 60 anos atinge o percentual de 12,6%, imagine em 2030 quando a faixa atingir 18,6% segundo dados do IBGE. O que se pretendente então é adotar medidas para um envelhecimento ativo com ações eficazes para manter a saúde do idoso.
Apresentação do Grupo
	Trata-se de uma intervenção que será desenvolvida ao longo de 12 (doze) meses, no período de novembro de 2016 a novembro de 2017. Ocorrerá semanalmente às quintas-feiras com duração de uma hora e trinta minutos, das 14 às 15h 30min, será realizado em uma unidade de saúde da região Capim Dourado por uma equipe multiprofissional constituída por enfermeiro, psicólogos, médico, nutricionista, educador físico, onde dois psicólogos coordenaram o grupo e os demais profissionais serviram como uma equipe de apoio para as diversas demandas e dúvidas que poderiam surgir nos encontros.
	Foram cadastrados 44 idosos que foram divididos em quatro grupos fechados, formado por 11 idosos cada, sendo um encontro mensal para cada grupo. Os grupos foram heterogêneos quanto ao sexo e patologias. Os objetivos e estratégias irão sendo construídos no decorrer do processo grupal, ou seja, o coordenador planejaria a temática dos próximos encontros secundo as dúvidas e necessidades surgidas a cada momento, de forma que elencasse todas as demandas dos demais grupos afim de planejar estratégias para operacionalizar ações, usando assim dos demais profissionais envolvidos no processo.
Objetivo da intervenção
	O objetivo dos grupos é conscientizar seus integrantes da importância de serem ativos mesmo em decorrência de suas limitações físicas, mentais ou emocionais. Então os temas discutidos serão relacionados a como os mesmos serão capazes que construir a cada dia um cotidiano com qualidade de vida, trabalhando assim com a prevenção de um agravamento de seu quadro clínico, o autocuidado e autonomia. Ou seja, a tarefa explicita do grupo será produzir uma mudança de hábitos dos idosos como melhoria da alimentação, a pratica de atividade física, controlar e organizar as medicações e acima de tudo mostrar e facilitar meios para que cheguem a esses novos hábitos.
Metodologia 
No primeiro encontro terá como objetivo trabalhar a integração e expectativas dos integrantes relacionados ao grupo, identificar cada integrante com crachás com os nomes dos participantes para facilitar o conhecimento de todos os membros. Depois foi estabelecido o enquadre do grupo, onde foi passado as informações sobre duração, objetivos e termino do grupo, funções do coordenador e dos participantes. Por fim terá um momento para que os participantes se apresentem, falem sobre seu diagnóstico e suas expectativas com o grupo.
A partir do que for surgindo então as atividades irão sendo propostas, para que o grupo flua segundo seu tempo e necessidades. E para finalizar o último encontro (12º) será realizado uma avaliação final onde cada integrante do grupo irá falar como foi o seu primeiro dia no grupo e como suas expectativas foram atingidas. Se o seu quadro clínico melhorou ou houve agravo, se houve mudanças de habito significativas, se as ações promovidas pela equipe multiprofissional foram proveitosas e então promoverem novas discussões. 
REFERÊNCIAS
______. Ministério da saúde. Portaria Nº 2.528. Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. 2006. Disponível em:. Acesso em: 15.11.2016. 
BRASIL. Comissão Diretora do Senado Federal. Estatuto do Idoso, 2003. Disponível em:. Acesso em 15.11. 2016.
CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Departamento de Saúde. Protocolo de Atenção Integral à Pessoa Idosa, 2005. Disponível em: . Acesso em 15.11.2016.
CAMPOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicólogo inFormação, ano 14, n. 14, jan./dez. 2010.
(WHO) WORLD HEALTH ORGANIZATION. Envelhecimento ativo:uma política de saúde/World Health Organization; tradução Suzana Gontijo, Brasília, Organização PanAmericana da Saúde, 2005.Disponível em: http://www.atencaoprimaria.to.gov.br/. Acesso em: 15.11.2016.

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