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TRABALHO DE PATOLOGIA E PARASITOLOGIA: Monogenéticos, Digenéticos e Saprolegniose DHAWY TAYLOR DO NASCIMENTO NUNES GABRIELA SARTÓRIO LÊNIN MACHADO LOPES MARCOS VINICIUS XAVIER PETRI ROBINSON LIMA CÉSAR 4º Ano/Aquicultura- IFES Campus Piúma INTRODUÇÃO: Monogenéticos ou Monoxenos • Ectoparasitas; • Podem ser encontrados nas narinas, brânquias e no corpo do animal; • Em pequenas quantidades, podem infectar outras partes do animal; • Alguns menores de 1mm até cerca de 3 cm; • Hermafroditas; • Possuem estruturas de fixação “haptor”; Gyrodactylidae h tt p :/ /p w t. p e n s o ft .n e t/ /s h o w fi g u re .p h p ? fi le n a m e = s in g le fi g _ 7 0 5 9 .j p g INTRODUÇÃO: Monogenéticos ou Monoxenos • Não precisam de hospedeiro intermediário; • Ciclo de vida direto; • Se alimentam de tecido das brânquias dos peixes e da pele; • Maioria ovípara, porém com exceções vivíparas; • Vetor para outros parasitas e doenças; • Taxas de mortalidade alta (43% em média). MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Infestação • ↑ da densidade; • ↓ qualidade de água; • ↑ da taxa de arraçoamento; • Comum em pós larvas e alevinos durante a reversão. MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Sinais clínicos • Ocorre no corpo, nadadeiras e brânquias; • ↑ na produção do muco; • Prurido na brânquia e no corpo; • Irritação de pele (Peixe se esfrega no fundo e nas laterais dos viveiros); • Letargia e escurecimento do corpo; MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Sinais clínicos • Infestações severas podem resultar em inflamação e destruição do epitélio e ruptura dos capilares sanguíneos nas brânquias; • Asfixia e problemas com osmorregulação. MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Diagnóstico • Raspagem das brânquias e do corpo; • Examinar material coletado no microscópico; • Identificação dos monogenéticos pode ser feito com lupa de mão; • Com prática, a movimentação do parasita pode ser identificada a olho nú. MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Controle • Ajuste de densidade e níveis de arraçoamento; • Caso já tenha infestação, monitorar e manter o nível de oxigênio adequados; • Tratamento com formalina, tricloform, permanganato de potássio ou sal; • Alguns monogenéticos podem ser tolerantes a formalina; • Monogenéticos podem adquirir resistência ao triclofom. MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Controle PRODUTOS FORMAS DE TRATAMENTO CONCENTRAÇÃO Sal comum (NaCl) Tempo indefinido. 8-12 kg/m³ (0,5 a 1%) Permanganato de potássio (KMnO4) Banhos de 20 a 30 min. 10 g/m³ Formalina (formaldeído a 38-40%) Tempo indefinido. 20-25 ml/m³ Triclorfom Tempo indefinido. 0,5 a 1 g IA/m³ Tabela 1: Uso de medicamentos para tratamento de monogenéticos MONOGENÉTICOS OU MONOXENOS: Gyrodactylus • Não apresenta mancha ocular; • Desenvolvimento de um ou mais embriões no interior do parasita adulto; • Par de ganchos longos, rodeado por 16 ganchos menores; • Pode ser encontrado no corpo, nadadeiras e brânquias. Monogenéticos ou monoxenos: Dactylogyrus • 4 manchas oculares; • Par de ganchos pequenos e 14 ganchos menores ao redor; • Não gera embriões em seu corpo, ou seja, é ovíparo; • Geralmente encontrado nas brânquias. INTRODUÇÃO: Digenéticos • Platelmintos com ciclo de vida complexo, com pelo menos cerca de 2 hospedeiros: -Intermediário (maior parte em moluscos); -Definitivos (peixe, ave ou mamíferos). • São endoparasitas (menores que 1mm); • Maioria da espécies são hermafroditas; • Sistema digestório incompleto normalmente incompleto. INTRODUÇÃO: Digenéticos • A identificação dos digenéticos baseia-se na quantidade, tamanho, forma e posição das ventosas; • Amostras de adultos podem ser coletados no trato digestório e sistema circulatório; • Os parasitas ficam presos na superfície corporal e órgãos dos peixes, na qual provocam diversas lesões; • Um exemplo são as espécies de Clinostomidae. INTRODUÇÃO: Digenéticos • Em algumas espécies, o parasita fica os olhos dos peixes, na qual provoca catarata, e por baixo do tegumento do peixe, provoca proeminências amareladas, sendo esses sintomas, a doença dos pontos amarelos. Digenéticos • Uma outra espécie é a Ascocotyle longa; • São encontrados em todos os órgãos musculares da Tainha; • Devem ser tomadas precauções se for alimentada crua ou insuficientemente cozida; • Pode trazer para o consumidor o risco de adquirir a zoonose denominada fagicolose, causada pelo Ascocotyle. Digenéticos: Controle • Qualidade de água e temperatura constantemente monitorada; • Verificação do pH, fluxo da água e a densidade populacional; • Deve-se ainda ter cuidados para o transporte desses animais, para evitar lesões e estresse, pois é a porta de entrada dos parasitas. INTRODUÇÃO: Fungos • Heterotróficos; • Unicelulares ou pluricelulares; • Liberam esporos na reprodução; • Vivem em ambientes terrestres ou aquáticos (MAIA; CARVALHO JUNIOR, 2013). https://djalmasantos.wordpress.com/2012/08/31/testes-sobre- fungos/ Saprolegniose: Introdução • Fungo da família Saprolegniaceae; • Vivem na maior parte dos ambientes aquáticos; • Peixes manuseados grosseiramente aumenta a proliferação do fungo; • Maior proliferação no Sul e • no Sudeste; • Inverno e primavera. Saprolegniose: infecção • Os fungos agem como agentes secundários; • Os esporos se desenvolvem como hifas; • As hifas secretam enzimas que digerem as paredes das células vizinhas; • A parte terminal das hifas pode se diferenciar em esporângios; • Crescimento do micélio branco ou cinza claro. Saprolegniose: Risco de infecção • Temperaturas baixas; • Variação brusca da temperatura; • Má nutrição; • Manejo grosseiro; • Água com muita matéria orgânica; • Estresse. SAPROLEGNIOSE: Sinais clínicos • O peixe fica com alguns “tufos algodão”; • Despigmentação; • Pode ser vetor para outras doenças, como: Aeromonas, Pseudomonas e Flavobacterium columnare • Pode ser identificada fazendo a raspagem da pele do animal (KUBITZA, 2013). h tt p s :/ /a tr iu m .l ib .u o g u e lp h .c a /x m lu i/ h a n d le /1 0 2 1 4 /7 0 6 4 h tt p s :/ /w w w .f w s .g o v /p a c if ic /f is h e ri e s /F i s h H e a lt h /F is h _ H e a lt h _ U n d e rs ta n d D is e a s e D ia g n o s is .h tm l Segundo Kubitza (2013): • Antes de iniciar o tratamento, deve-se analisar o que causou a infecção; • Tratamento pode ser feito com sal comum, formalina, permanganato de potássio, peróxido de hidrogênio; • Há uma grande dificuldade para aplicar medicamento nos peixes criados em tanque-rede. SAPROLEGNIOSE: Tratamento SAPROLEGNIOSE: Tratamento PRODUTOS FORMAS DE TRATAMENTO CONCENTRAÇÃO Sal comum (NaCl) Banhos de 1 horas 20 kg/m³ Permanganato de potássio (KMnO4) banhos de 30 a 40 minutos 5 a 8 g/m³ Formalina (formaldeído a 38-40%) Banhos de 30 a 60 minutos 150 a 250 ml/m³ Peróxido de hidrogênio (H2O2) Banhos de 10 a 15 minutos 350 ml/m³ Tabela 2: Uso de medicamentos para tratamento da Saprolegniose (KUBITZA. 2013) Saprolegniose: Tratamento • Formalina e KMnO4 são mais eficientes no tratamento da Saprolegniose; • Formalina é mais utilizada; • CH2O > que 10 ml/m³ inibe crescimento de hifas; • Já foi registrado o uso de 530 ml/m³ sem causar danos no Peixe-rei (Odontesthes bonariensis) (CORRÊA, 2013). https://www.flickr.com/photos/62193051@N05/5929070157 Saprolegniose: Tratamento Segundo Corrêa (2013): • Há variação na utilização do KMnO4 dependendo da espécie; • Ovos de Truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) foram tratados usando uma concentração de 50 a 100 ml/m³; • Tratamento não foi eficaz e atrasou a eclosão dos ovos. h tt p s :/ /w w w .g e o c a c h in g .c o m /g e o c a c h e /G C 4 9 X M R _ a -t ru ta -a rc o - ir is ? g u id = 9 c d 2 3 e 4 a -7 1 e f- 4 5 9 6 -b b b 9 -6 3 0 d 6 7 fb b e f7 BIBLIOGRAFIA CORRÊA, Bruna Ferraz et al. Efeito in vitro de químicos no crescimento micelial de Saprolegnia spp. Ciência Rural, Santa Maria, v. 43, n. 6, p.1-4, jun. 2013. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84782013000600012>. Acesso em: 30 nov. 2016; EIRAS, Jorge C.; TAKEMOTO, Ricardo M.; PAVANELLI, Gilberto C.. Métodos de estudo e técnicas laboratoriais em parasitologia de peixes. 2. ed. Maringá: Uem, 2006. 199 p. MAIA, Leonor C.; CARVALHO JUNIOR, Anibal A. de. Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. 876 p. Disponível em: <http://static.scielo.org/scielobooks/z3529/pdf/forzza-9788560035083.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2016 BIBLIOGRAFIA KUBITZA, Fernando; KUBITZA, Ludmilla M. M.. Saúde e manejo sanitário na criação de tilápias em tanques-rede. Jundiaí: Kubitza, 2013; KUBITZA, Fernando. Tilápia: Tecnologia e planejamento na produção comercial. 2. ed. Jundiaí: Fernando Kubitza, 2011. 316 p; SAPROLEGNIA. Direção de Gustavo Olivares. [s.i.], 2007. (1 min.), son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1K1pBkYSXG8>. Acesso em: 10 dez. 2016.
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