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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS COLÉGIO AGRÍCOLA “VIDAL DE NEGREIRO” TÉCNICO EM AQUICULTURA ESTRESSE E AGENTES ESTRESSORES EM ORGANISMOS AQUÁTICOS Bananeiras – PB 2019 INTRODUÇÃO O que é estresse e estressor? O estresse é definido como “um conjunto de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para adaptação”, e estressor “é todo agente ou demanda que evoca reação de estresse, seja de natureza física, mental ou emocional” (SEGANTIN; MAIA, 2007). O conceito de estresse representa uma condição em que o animal é incapaz de manter um estagio fisiológico normal devido a fatores chamados estressantes. INTRODUÇÃO Meio aquático é local onde vivem os organismos aquáticos, seres vivos; Os dois principais ecossistemas aquáticos são o marinho e o de água doce; Os ecossistemas aquáticos representam a interação entre organismos com os corpos d’água; Ecossistema aquático Sendo o maior dos ecossistemas existentes, compondo pouco mais de 70% da superfície da terra, onde apenas 1% é potável. ESTRESSE EM ANIMAIS AQUÁTICOS O estresse representa uma condição que o animal é incapaz de manter um estado fisiológico normal devido a fatores estressantes. Agentes estressores: Natureza física: transporte, confinamento, manuseio; Natureza química: contaminantes, desequilíbrio do meio aquático (falta de oxigênio, pH, alcalinidade); Predadores e competidores ESTRESSE EM ANIMAIS AQUÁTICOS Os agentes estressores podem ser classificados: Curta duração: a exposição moderada a estes agentes podem produzir uma resposta adaptativa, que restitui o equilíbrio ao organismo. Longa duração: estão sujeitos a agentes de estresse intenso ou prolongados, a resposta pode trona-se mal adaptativa, com consequência negativa para o seu estado de saúde. segundo conte (2004), o estresse é um dos principais fatores responsáveis pelas doenças e altas mortalidades na aquicultura. ESTRESSE EM ANIMAIS AQUÁTICOS A respostas comportamental a agentes estressantes em peixes a é similar aos outros grupos de vertebrados; As alterações comportamentais constituem mecanismos adaptativos que visam reduzir ou eliminar a exposição a agentes estressantes ; Comportamento em momento de estresse: fuga ou imobilização; Se o ambiente não permite a fuga, nota-se alterações no comportamento animal: mudanças de ritmo e padrão natatório, redução do comportamento antipredatório, falta de apetite, procura por abrigo. PROCESSO DE ESTRESSE O estresse fisiológico passa por três fases distintas, denominada de Síndrome Geral da Adaptação. A resposta fisiológica a agente estressante em peixes tem sido descrita a três níveis: Nível primário ou reação de alarme: são as reações hormonais, caracterizada por uma rápida resposta fisiológica, seguida de uma segundo estágio de resistência. Nível secundário: são mudanças nos parâmetros físico-químicos e bioquímicos, o organismo se adapta ao distúrbio com o objetivo de recuperar a homeostase. Nível terciário: são comprometidos o desempenho, comportamento e aumento da ocorrência de doenças, o organismo entra em exaustão, por um estresse prolongado. PROCESSO DE ESTRESSE A resposta ao estresse envolve a ativação de dois eixos neuroendócrinos: O eixo hipotálamo, sistema nervoso simpático - células cromafins (HSC), que libera catecolaminas (adrenalina, noradrenalina) como produtos finais, O eixo hipotálamo-hipófise-interrenal (HHI), que libera os corticosteroides (cortisol e cortisona). PROCESSO DE ESTRESSE RESPOSTA PRIMÁRIA OU REAÇÃO DE ALARME Mudanças neuroendócrinas – os estímulos adversos são detectados por órgãos sensoriais que chegam ao hipotálamo. O hipotálamo - estimula a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) das células croafins, ocorrendo um aumento dessas substancias no plasma O hipotálamo- estimula a liberação do fator liberador de corticotropina, que provoca a liberação no sangue, estimulando a liberação de corticosteroides (cortisol), ocorrendo o aumento dessas substancias no palmas. PROCESSO DE ESTRESSE RESPOSTA PRIMÁRIA OU REAÇÃO DE ALARME As catecolaminas e os hormônios corticosteroides estimularão a ocorrência de alterações bioquímicas e fisiológicas, estimulando a quebra das reservas de glicogênio no fígado, aumentando os batimentos cardíacos, marcando o inicio da resposta secundaria. PROCESSO DE ESTRESSE RESPOSTA SECUNDÁRIA A resposta segundaria é classificada como uma fase de resistência e tentativa de adaptação, que é resultado dos níveis de catecolaminas e cortisol em circulação (carneiro, 2001). Resposta secundária inclui uma serie de alterações, exemplos: Alteração das taxas de circulação de outros hormônios (pituitária e tireoide); Alteração da taxa de reconversão de neurotransmissores cerebrais; Aumento da taxa cardio-respiratória; Mobilização de energia. PROCESSO DE ESTRESSE RESPOSTA SECUNDÁRIA As catecolaminas causam aumento dos níveis de glicose no plasma, pela mobilização das reservas de glicogênio hepático. Os corticosteroides mantem a hiperglicemia estimulando o catabolismo proteico e a gliconeogênese. A hipersecreção de catecolaminas e os corticosteroides – induz mudanças hematológicas. Muitos autores comentam que o estresse causa hemodiluição ou hemoconcentração em muitas espécies de peixes teleósteos, alterando os valores de hematócritos e outros paramentos hematológicos. PROCESSO DE ESTRESSE RESPOSTA SECUNDÁRIA Em condições de estresse agudo: Ocorre distúrbios osmorregulatórios, o qual desordena o balanço aquoso e mineral. Os distúrbios osmóticos e iônicos levam ao decréscimo da osmolaridade em peixes de água doce. A elevação dos níveis de adrenalina induz o aumento da permeabilidade do epitélio branquial á passagem da agua, levando a mudanças nos níveis de eletrólitos sanguíneos em ambientes hiper ou hipotônicos. PROCESSO DE ESTRESSE RESPOSTA TERCIÁRIA A fase é de exaustão do organismo: quando a exposição aos agentes estressores se torna crônica e inclui alterações na função imune e da resistência as doenças e aos agentes infecciosos. Os mecanismos de defesa podem torna-se comprometidos devido ao decréscimo de células vermelhas. Ocorrem mudanças na taxa de crescimento e na reprodução. A resposta terciária já excedeu a capacidade de adaptação do organismo. Quando o fator estressante é severo, pode levar o ser vivo a perda da capacidade de realização de adaptação, chegando a um estado de exaustão, muitas vezes conduzido a morte. MONITORAMENTO DO ESTRESSE Acompanhamento das condições fisiológicas dos animais; O cortisol (corticosteroide) é um indicador para avaliação de estresse primário. A glicose do sangue ou plasma. O lactato, indica o acúmulo de acido lático decorrente do aumento físico a medida que os animais são expostos a agentes estressores. O emprego de apenas um indicador, analisado isoladamente, pode não ser suficiente para avaliar o estresse em uma espécie. FATORES ESTRESSANTES EM PEIXES Falta de oxigênio; Inflamações e infecções; transporte; Jejum alimentar no transporte; Qualidade da água; Problemas da amônia no transporte; Fatores ambientais; Manejo; Intensidade de luz; AMENIZAR O ESTRESSE NOS ORGANISMOS AQUÁTICOS Uso de sal comum e anestésico no transporte: sozinhos ou combinados , tem sido recomendado para reduzir o estresse nos animais. O ácido ascórbico (vitamina C) tem ação positiva no tratamento de doenças e na resistência ao estresse. Os anestésicos são muito utilizados na piscicultura intensiva para diminuir a mortalidade dos peixes e facilitar o manejo, algumas substancias químicas como a benzocaina (ethyil-paminobenzoato), extratos de plantas, como o óleo de cravo e o mentol, também podem ser utilizados como anestésicos em peixes. CONCLUSÃO Em vista dos argumentos apresentados, concluímos que o estresse é uma condição, na qual o organismo é perturbado por agentes estressores, afim de desestabilizar o ser vivo que foi exposto, como consequência, superara situação que lhe é imposta, seja ela de natureza física, natureza química ou danos causados por predadores e competidores. Consequentemente o estresse prejudica o desenvolvimento do animal, trazendo várias consequências prejudiciais ao seu bem estar. Prevenir a causa do estresse é a melhor maneira de manter um ambiente saudável para o animal. REFERENCIAS CARNEIRO. P.C.F. Estresse provocada pelo transporte e respostas fidiologicas do matrinxã, bricon cephalus, Jaboticabal, UNESP, p 136, 2011. CONTE, F. S. Stress and wefare of cultured fish. App. Animal Beh. Science, v. 86, p 205-223, 2004 DINIZ, N. M.; HONORATO, C. A. Algumas alternativas para diminuir os efeitos do estresse em peixes de cultivo - revisão. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama, v. 15, n. 2, p. 149-154, jul./dez. 2012. SEGANTIN, O. G.; MAIA, L. F. M. Estresse vivenciado pelos profissionais que trabalham na saúde. 2007. 49 f. Monografia (Especialização) - Instituto de Ensino Superior de Londrina, Londrina, 2007. SILVEIRA, U. S. DA; LOGATO, P. V. R.; PONTES, E. DA C. Fatores estressantes em peixes, Rev. Ele. Nut., v 6, p. 1001-1017, 2009 Obrigada pela atenção! Contato: carolinecosta1617@gmail.com edileuzabezerra@gmail.com eduardamary458@gmail.com
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