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Transfusão sanguínea

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA 
 
 
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 
 
 
Disciplina: Patologia Clínica Veterinária (GMV 024) 
Professor: Antonio Vicente Mundim 
 
 
 
Uberlândia - MG. 
 
 
 1 
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
 Embora a administração de sangue nos animais com finalidades terapêuticas date 
de 1890, a hemoterapia é uma prática relativamente nova na Medicina Veterinária. 
No passado fatores econômicos e as diferenças entre as espécies, foram os 
maiores obstáculos no uso das transfusões nos protocolos terapêuticos. 
A administração de sangue ou seus derivados pode salvar a vida de um paciente 
em estado crítico, visto que o choque causado por uma hemorragia maciça, a hipóxia 
tecidual, podem ter conseqüências catastróficas para o animal. 
Mesmo sendo a transfusão sanguínea uma conduta usada para salvar vidas, em 
algumas circunstâncias ela pode tornar-se muito mais perigosa do que a situação que se 
tenta recuperar. Devido a isto, não deve ser excluída dos protocolos terapêuticos, deve 
ser usada quando necessária, devendo a operação ser executada com grande cuidado e 
conhecimento técnico. 
Uma transfusão eficaz e segura requer um conhecimento preciso da condição a 
ser tratada, das necessidades transfusionais específicas, dos prejuízos e benefícios 
decorrentes desta terapia. 
Nas hemorragias mais severas, os sintomas de choque só aparecerão, quando 
ocorrer uma grande redução do volume sanguíneo normal. Nos primeiros estágios da 
hemorragia, o baço contrai e lança na circulação uma grande quantidade de células, além 
disto, 10 a 15% do volume sanguíneo podem ser restituído dentro de 5 minutos após a 
hemorragia, pelos movimentos dos líquidos teciduais. Quando a perda se processa de 
maneira lenta, os sintomas graves podem aparecer mais tardiamente, ou nem aparecem, 
devido aos mecanismos compensatórios e de adaptação. 
A hemoterapia pode ser realizada com a administração de sangue total, com o 
intuito de repor uma perda de sangue integral, ou com um de seus componentes, de 
acordo com as necessidades. Mas na Medicina Veterinária por conveniência e 
praticidade, a maioria das transfusões é processada com sangue total. Entretanto, a 
separação do sangue em seus componentes celulares e plasma, permite repor de 
maneira mais eficiente às necessidades do paciente, evitando riscos de sobrecarga, de 
reações transfusionais e reduzindo o número de doadores. 
 2 
O clínico deve levar em consideração os seguintes fatores, antes de optar pela 
execução de uma transfusão sanguínea: 
1. O grau de anemia, cães e gatos podem sobreviver vários dias em um estado de 
profunda anemia. 
2. A resposta da medula óssea, ou seja, se a anemia é regenerativa ou arregenerativa. 
3. As condições físicas gerais do animal. A pior das condições é a que mais carece de 
uma transfusão sanguínea. 
4. A disponibilidade de um sangue adequado, principalmente para felinos, onde as 
reações transfusionais são mais frequentes. 
5. A disponibilidade de equipamentos adequados para a colheita e administração do 
sangue. 
6. As limitações financeiras, o proprietário deve ser informado do custo da transfusão. 
 
2- GRUPOS SANGUÍNEOS E REAÇÕES CRUZADAS 
Os tipos sanguíneos são marcas genéticas encontradas na superfície dos 
eritrócitos, as quais são antigênicas e específicas para cada espécie. Os grupos 
sanguíneos são definidos pelos glicolipídeos e glicoproteínas da superfície da membrana 
das hemácias. 
Oito grupos sanguíneos foram identificados no cão (Tabela 2), sendo padronizados 
internacionalmente, recebendo a denominação coletiva de CEA (Antígenos eritrocíticos 
caninos), embora estudos mais recentes tenham revelado um aumento de 5 grupos 
sanguíneos no cão. 
Nos grandes animais, principalmente nos bovinos e equinos, tem pouco valor na 
orientação de uma transfusão sanguínea, devido ao seu grande polimorfismo (Tabela 3), 
sendo utilizado como marcas genéticas (hemotipos), na identificação dos animais, 
controle de filiação e origem nos programas de melhoramento genético. 
 
Tabela 1 - Grupos sanguíneos dos felinos 
Grupo Incidência% Significância na transfusão 
A 73 a 99,7 Possui poucos anticorpos naturais anti-B 
B 0,3 a 26 Possui sólida ocorrência de anticorpos anti-A 
AB 0 a 9,7 Pode ser transfundido em gatos AB 
Não apresenta anticorpos anti-A e anti-B 
Fonte: (Giger e Bucheler, 1991; Novais, 1995) 
 3 
Tabela 2 - Grupos sanguíneos do cão 
Grupo 
CEA 
Classificação 
antiga 
Incidência* 
% 
 
Significância na transfusão 
1.1 A1 42 Reação hemolítica aguda 
1.2 A2 20 Reação hemolítica aguda 
3 B 6 Reação retardada, remoção de células, sem 
hemólise 
4 C 98 Nenhuma 
5 D 23 Reação retardada, remoção de células, sem 
hemólise 
6 F 98-99 Desconhecida 
7 Tr 45 Reação retardada, remoção de células, sem 
hemólise 
8 He 40 Desconhecida 
Fonte: Hale, (1995). * na população canina. 
 
Tabela 3 - Grupos sanguíneos nos animais de médio e grande porte 
Espécie animal Grupos sanguíneos 
Equínos A, C, D, K, P, Q, U. 
Bovinos A, B, C, F, J
*
 L, M, R’, S, T, Z. 
Ovinos A, B, C, D, M, R, X
*. 
 
Caprinos A, B, C, M, J
*
 
* antígenos solúveis 
 Fonte: Smith,( 1994). 
 
A frequência dos grupos sanguíneos nos felinos apresenta uma pequena variação 
de acordo com a raça (Tabela 6). Não existe doador universal entre os gatos. Uma vez 
que os anticorpos naturais podem existir na maioria dos felinos, é aconselhável o teste de 
reação cruzada antes de todas as transfusões sanguíneas nesta espécie. 
Os anticorpos naturais são potentes hemolisinas e hemoaglutininas, que são 
responsáveis por sérias reações transfusionais e isoeritrólise neonatal. 
Em virtude da dificuldade em se fazer a tipificação do sangue, antes das 
transfusões, a melhor alternativa é o teste de compatibilidade sanguínea, através das 
reações cruzadas entre o sangue do doador e do receptor. Por vários anos, cães e gatos 
têm sido transfundidos apenas com as reações cruzadas, as reações transfusionais têm 
sido raras. 
 4 
Dois tipos de reações cruzadas são utilizados a maior e a menor. A reação cruzada 
maior usa o plasma do receptor e as hemácias do doador, determinando a existência de 
anticorpos no plasma do receptor contra os antígenos eritrocitários do doador. A reação 
cruzada menor utiliza o plasma do doador e as hemácias do receptor, detectando a 
presença de anticorpos no plasma do doador contra os antígenos eritrocitários do 
receptor. 
Os testes devem ser feitos com sangue fresco, as reações cruzadas, não excluem 
a possibilidade de sensibilização do receptor em futuras transfusões. 
A maioria das transfusões sanguíneas na Medicina Veterinária é executada com 
sangue de animais não tipificados e sem execução dos testes de compatibilidade 
sanguínea. 
 
3- CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE DOADORES 
O ideal seria selecionar um adequado par de doador-receptor, pela tipificação 
sanguínea, ou pelas provas cruzadas de compatibilidade sanguínea, embora a tipificação 
seja difícil pela falta de reativos e laboratórios especializados. Na Medicina Veterinária, 
existe um princípio, geralmente aceito, de que a primeira transfusão, possa ser feita de 
forma segura, sem levar em conta o tipo sanguíneo. Já as transfusões subsequentes, 
requerem pelo menos provas cruzadas de compatibilidade. Com as fêmeas, equínos, e 
com os felinos, é melhor efetuar as provas cruzadas ainda que na primeira transfusão. 
O doador de sangue canino deve ser magro, ter idade entre 2 a 5 anos,peso 
superior a 25 kg, estar em boas condições de saúde, devidamente imunizado contra as 
principais doenças, possuir hematócrito ≥ a 40%, teor de hemoglobina ≥ a 13 g/dL. Os 
cães dos grupos CEA 1, CEA 7 negativos e CEA 4, são considerados como doadores 
universais. Além disso, devem ser sorologicamente negativos para Brucella sp., 
Ehrlichia sp., Babesia sp., Mycoplasma haemocanis, Trypanasoma cruzi, estar livres 
de carrapatos e pulgas, não ter recebido transfusões prévias, ou ter passado por 
gestação. O doador felino deve ser adulto, pesar em torno de 5 kg, possuir hematócrito  
a 35% e hemoglobina  a 11 g/dL, sorologicamente negativo para Toxoplasma gondii, 
Mycoplasma haemofelis, vírus da peritonite felina, leucemia felina (FeLV) e 
panleucopenia felina (PLFe). Como existe maior perigo de ocorrência das reações 
transfusionais entre os felinos é aconselhável a realização da tipificação sanguínea ou 
das reações cruzadas de compatibilidade sanguínea, antes de qualquer transfusão. 
 
 5 
 
Em geral, os princípios básicos na seleção de um doador de sangue são: 
1) O doador deve ser um animal adulto jovem, sadio e sorologicamente negativo às 
principais doenças infecciosas (virais, bacterianas e parasitárias); 
2) Evitar transfundir sangue de bovino J positivo, ovinos R positivo e equino A, C e Q 
positivos, com o objetivo de evitar choques ou destruição prematura dos eritrócitos pela 
presença de isoanticorpos naturais; 
3) Usar um doador aleatoriamente para a primeira transfusão; 
4) Sempre que possível, usar como doadores parentes do receptor como a mãe, filha, 
irmão para uma maior concordância dos tipos sanguíneos; 
5) Evitar uma segunda transfusão com o sangue do mesmo doador, sempre que possível, 
uma vez que uma segunda transfusão realizada 4 dias ou mais dias após a primeira, 
aumenta, os riscos de reações; 
6) Jamais transfundir uma fêmea gestante (principalmente equinos) a menos que seja 
absolutamente necessário; 
7) Nunca transfundir uma fêmea com o sangue de um macho que por ventura possa ser 
cruzada futuramente (equinos); 
8) Nunca remover mais que 20 a 25% do volume de sangue do doador. 
 
 
4- COLHEITA E ESTOCAGEM DE SANGUE 
O sangue para transfusão deve ser colhido assepticamente por gravidade em 
bolsas plásticas, contendo um anticoagulante. Os locais de colheita em cães e gatos 
incluem as veias cefálicas, jugulares, artérias carótidas, femorais e ventrículos cardíacos. 
O sangue e o anticoagulante devem ser suavemente misturados durante a colheita, para 
evitar a formação de coágulos. Pode-se retirar 13 a 17 mL de sangue por kg de peso 
corporal de um cão a cada 3 a 4 semanas, ou uma unidade regular (450 mL), para um 
cão com peso igual ou superior a 25 kg. Já um gato pode doar 5 mL de sangue/kg de 
peso corporal, ou 50 mL (uma unidade felina) para um gato de peso igual ou superior a 5 
kg, a cada 3 a 4 semanas. Doadores de sangue regularmente usados devem receber 
uma dieta com níveis adequados de vitaminas, minerais e proteínas. Sendo 
frequentemente suplementados com sulfato ferroso, vitamina B-12, ácido fólico e 
piridoxina. 
As seringas plásticas podem ser utilizadas para colheita de sangue em felinos e 
cães muito pequenos. 
 6 
Entre os principais anticoagulantes usados para colheita e preservação de sangue 
total, temos: 
 Ácido cítrico, citrato de sódio e dextrose (ACD), 1 mL/6 mL de sangue total, preserva o 
sangue durante 21 dias; 
 Citrato de sódio, fosfato, dextrose e adenina (CPDA 1), 1 mL/6 mL de sangue total, 
durante 35 dias, pois a adenina fornece substrato para os eritrócitos sintetizarem ATP 
durante a estocagem, aumentando a sua viabilidade; 
 Citrato de sódio, fosfato e dextrose (CPD), 1mL/6 mL de sangue total, preservação 
durante 21 dias; 
 Glicose monohidratada, cloreto de sódio adenina e D-manitol (SAG-M), 1 mL/ 7 mL de 
sangue, preserva as células vermelhas por 42 dias. 
 Citrato de sódio 3,8% pode ser usado para colheita de sangue para transfusão 
imediata (1 mL/10 mL de sangue). 
Mais detalhes sobre os anticoagulantes disponíveis no mercado para serem 
usados na colheita e estocagem do sangue podem ser observados no final do capítulo 
(Tabela 7). 
A viabilidade das hemácias é o principal determinante do tempo de estocagem do 
sangue nos diversos meios disponíveis. O sangue fresco total pode ser mantido à 
temperatura ambiente com agitações suaves, por menos de 8 horas, antes da transfusão. 
Papa de hemácias, pode ser estocada a 4°C por aproximadamente 30 dias. 
Qualquer meio de estocagem de sangue, produz hemólise mínima após 35 dias de 
estocagem, devido a danos na membrana da hemácia. A administração de sangue 
hemolisado no cão tem sido visto como tendo um efeito adverso na função renal e no 
sistema de coagulação. 
Plasma fresco congelado pode ser estocado a - 20ºC ou menos até 1 ano. Plasma 
rico em plaquetas e concentrado de plaquetas pode ser estocado à temperatura ambiente 
sob agitação suave por 48 horas. O crioprecipitado pode ser estocado a -30ºC ou menos 
por até 1 ano. 
As bolsas plásticas são as preferidas para a estocagem do sangue e seus 
derivados, por serem inquebráveis, por diminuírem o trauma mecânico às hemácias e por 
preservarem as plaquetas, uma vez que estas não aderem às suas paredes. 
 
 
 
 7 
Tabela 4 - Comparação entre recipientes para a colheita de sangue 
Bolsa plástica Frasco de vidro 
Colheita demorada Colheita mais rápida 
Sem vácuo Com vácuo 
Colheita por gravidade causa menos 
trauma nas hemácias 
O vácuo causa mais traumas nas hemácias 
Menor ativação plaquetária Maior ativação plaquetária 
Menor ativação do fator XII (Hageman) Ativação do fator XII (Hageman) 
Inquebrável e de menor custo Quebrável e de maior custo 
Menor espaço de estocagem Maior espaço de estocagem 
Menor potencial para contaminação 
bacteriana 
Maior potencial para contaminação 
 bacteriana 
Maior facilidade de separação dos 
componentes sanguíneos 
Maior dificuldade de separação dos 
componentes sanguíneos 
Fonte: Authement (1991). 
 
5- INDICAÇÕES PARA AS TRANSFUSÕES 
Pode ser utilizado nas transfusões, tanto o sangue total como apenas alguns de 
seus componentes, de acordo com as necessidades do animal. 
 
5.1. Sangue total 
 Indicado nos casos de hemorragias ativas, choques hemorrágicos, anemias com 
trombocitopenias, depressão da hematopoiese, anemias hemolíticas graves. O sangue 
total fornece eritrócitos, proteínas plasmáticas e se usado dentro de 8 a 12 horas após a 
colheita, fornece também fatores de coagulação e plaquetas. Geralmente é indicada a 
transfusão, quando o hematócrito atinge valor igual ou inferior a 15% nos caninos, 12% 
nos equínos, e 10% nos felinos e bovinos, podendo variar com a situação clínica do 
paciente e com a resposta da medula óssea. 
 
5.2. Concentrado de hemácias (CH) 
Preparação usada para repor massa de hemácias. As hemácias são concentradas 
por sedimentação gravitacional ou centrifugação, o que remove parte do plasma, ficando 
esta com hematócrito entre 70% a 80%. Tem como vantagem minimizar a exposição aos 
antígenos do plasma do doador e de aumentar o volume globular sem riscos de 
hipervolemia. Antes da transfusão, deve ser adicionado à bolsa 250 mL de solução 
fisiológica 0,9%, facilitando sua administração. O concentrado de hemácias pode ser 
 8 
estocado 35 dias à 4ºC. Soluções aditivas como AS-1, Adsol, AS-3, Nutricel e Optisol 
podem ser adicionadas ao concentrado de hemácias após a remoção do plasma para 
aumentar sua viabilidade. 
 
5.3 . Plasma fresco congelado (PFC) 
 É o plasma congelado a -20ºC ou a –70ºC, dentro de seishoras após colheita, 
neste caso fornecerá, todos os fatores de coagulação por até um ano. Se congelado após 
6 horas, ele passa a ser plasma comum congelado, perdendo assim os fatores lábeis V, 
VIII e von Willebrand e plaquetas, porém mantém viáveis os fatores dependentes da 
vitamina K (II, VII, IX e X). Este é usado para repor volume plasmático e quando se 
deseja repor também fatores de coagulação. A indicação mais comum é para repor 
fatores de coagulação em casos de CID, podendo ser também usado como fonte de 
albumina nas queimaduras e hipoproteinemias, na reposição de anticorpos em neonatos 
imunodeficientes. 
 A administração de plasma é aconselhada quando as proteínas totais estiverem < 
que 3 g/dL ou quando a albumina estiver < que 1,5 g/dL, visando com isto restaurar a 
pressão oncótica, principalmente se edemas estiverem ocorrendo. Nestas situações pode 
também optar por expansores de plasma. 
 Pode ser mantido 1 ano congelado, mantendo todos os fatores de coagulação. 
 
5.4. Crioprecipitado (CP) 
 É a porção insolúvel que permanece após o descongelamento parcial do plasma 
fresco congelado. Ele é rico nos fatores VIII e von Willebrand, fibrinectina e fibrinogênio. 
É indicado especialmente no tratamento das hemofilias A e doença de von Willebrand. 
Pode ser estocado 1 ano congelado (-20ºC). 
 
5.5. Plasma rico em plaquetas (PRP) 
 Indicado nos casos de trombocitopenias com ativo sangramento e nos casos de 
disfunção plaquetária. Quando estocados de forma ideal, o concentrado de plaquetas 
mantém sua eficácia hemostática até cinco dias, entretanto confia-se mais quando 
estocados durante menos de 24 horas. Além disto, por ser estocado à temperatura 
ambiente, o risco de contaminação bacteriana aumenta à medida que o tempo de 
estocagem aumenta. Sua única vantagem é a redução do volume necessário, o qual 
pode ser fator limitante em pacientes neonatos. 
 9 
6- ADMINISTRAÇÃO DO SANGUE 
O sangue e seus derivados devem ser administrados através de um sistema de 
filtro, para reduzir a infusão de microagregados de plaquetas, leucócitos, gorduras e 
êmbolos. 
Antes de administrar sangue ou qualquer um de seus componentes armazenados 
sob refrigeração ou congelamento, estes devem ser aquecidos a 37°C por 
aproximadamente 30 minutos antes da transfusão, para evitar hipotermia. O calor 
excessivo deve ser evitado para não ocorrer hemólise e precipitação do fibrinogênio e 
outras proteínas. Após o aquecimento, o sangue não deve retornar à refrigeração devido 
à possibilidade de proliferação bacteriana Uma boa prática para evitar reações 
transfusionais imediatas, é a administração de um pequeno volume por um período de 5 
minutos. 
A administração deve ser feita através das veias cefálica ou jugular. Nos animais 
recém-nascidos, pode ser feita a infusão através da cavidade medular do fêmur ou 
úmero, a qual permite que 95% das células penetrem na circulação em 5 minutos. 
Administração intraperitoneal é uma via que pode ser usada em cães e gatos jovens, 
quando a punção da veia é difícil ou impossível. Só que a absorção das células é de 
aproximadamente 50% com 24 horas e 70% com 48 a 72 horas. 
 
7- CÁLCULO DO VOLUME A SER ADMINISTRADO 
 O volume de sangue total, concentrado de hamácias ou plasma pode ser 
determinado pelo cálculo através do eritron (volume globular, teor de hemoglobina) ou do 
deficit de proteínas, podendo ser calculado com base em uma das seguintes equações: 
 
 
A) Peso do receptor x  desejado de hemoglobina x volemia 
 
 (Kirb, 1995) 
 
B) Volume de = peso corporal X volemia X (VG desejado - VG do receptor) 
 sangue (mL) (kg) (VG do doador c/ anticoagulante) 
 
 (Davis, 1984) 
 
 
 
Hemoglobina do doador 
Volume de 
sangue 
necessário (mL) 
= 
 10 
 Outra alternativa é a infusão de 1 a 2 mL de sangue/kg de peso, elevando o 
hematócrito em 1%, isto se o hematócrito do doador for de 40% ou mais. 
Se for utilizada papa de hemácias, deve administrar-se a metade do volume, pois o 
hematócrito da papa de hemácias está entre 70 a 80%. 
Como a função principal da transfusão é aumentar o hematócrito de forma 
suficiente para aliviar a condição crítica do paciente, sem impedir a eritropoiese, 
dependendo da causa da anemia, a reposição de 25 a 50% da deficiência já é o 
suficiente, desde que a hematopoiese não esteja deprimida. Além disto, quando um 
grande volume de hemácias é abruptamente introduzido na circulação, pode ocorrer uma 
supressão da eritropoese. 
 
 Tabela 5- Valores médios da volemia nos animais domésticos 
 
Espécie animal 
% do peso 
corpóreo 
Volume de sangue /kg /peso 
corpóreo (mL) 
Bezerro recém nascido 10,5 105 
Bezerro 7,5 75 
Bovino adulto 6,5 65 
Ovino 6,5 65 
Caprino 6,5 65 
 Suíno 5,5 55 
Canino 8,5 85 
Cavalo tipo sanguíneo 10,5 105 
Cavalo tipo linfático 6,5 65 
Gato 6,5 65 
 Fonte: Garcia-Navarro e Pachaly (1994) 
 
O volume de plasma sugerido é de 6 a 10 mL/kg de peso nas hipoproteinemias, já 
para repor fatores de coagulação, é de 6 a 10 mL/kg de peso, 2 a 3 vezes ao dia, durante 
3 a 5 dias, numa velocidade que não ultrapasse a 6 mL/minuto. O crioprecipitado deve 
ser administrado na dose de 12 a 20 mL/kg de peso ou 1 bolsa para cada 10 kg de peso 
corporal. 
 
 
 
 11 
8- VELOCIDADE DE ADMINISTRAÇÃO 
A velocidade na qual o sangue deve ser administrado depende da situação clínica. 
Nas hemorragias maciças agudas, a velocidade deve ser relativamente alta, 20 
mL/kg/hora em animais adultos, já em pacientes de pequeno porte ou com insuficiência 
cardíaca, 4 mL/kg/hora, em potros e bezerros jovens até 40 mL/kg/hora. Exceto nestes 
casos, aconselha-se uma velocidade inicial de 0,25 mL/kg durante 30 minutos, enquanto 
o paciente é cuidadosamente monitorado, para verificar a possibilidade de reações 
transfusionais. Após este período, a velocidade pode aumentar para 4 a 5 mL/kg/hora. O 
tempo máximo de infusão deve ser de 4 horas, para evitar crescimento bacteriano, no 
caso de contaminação. A velocidade de administração do plasma é de 20 mL/kg/hora, já 
nos casos de hipoproteinemias administrar 5 mL/kg/hora, para evitar prováveis 
sobrecargas. As soluções cristalóides podem ser administradas simultaneamente com o 
sangue total, papa de hemácias ou plasma, para auxiliar na correção da hipovolemia e 
restaurar o débito cardíaco. Somente as soluções salinas ou soluções balanceadas sem 
cálcio, devem ser administradas através do mesmo cateter, devido à possibilidade de 
coagular o sangue. Já as soluções de dextrose podem causar hemoaglutinação, hemólise 
ou ambos. 
 
9- COMPLICAÇÕES TRANSFUSIONAIS 
As transfusões de sangue e de hemoderivados podem acarretar severos efeitos 
adversos, seja pela preparação, estocagem ou administração inadequada. A maioria 
destes efeitos é inerente a incompatibilidade entre o sangue do doador e do receptor. 
As reações transfusionais podem ser classificadas em imunologicamente e não 
imunologicamente mediadas. 
 As reações transfusionais imunomediadas, consistem de reações hemolíticas 
agudas ou retardadas, reações adversas de leucócitos, de plaquetas, de proteínas e 
isoeritrólise neonatal. Já as reações transfusionaisnão imunomediadas, consistem de 
sobrecarga circulatória, coagulopatias, microembolismo pulmonar, intoxicação por citrato, 
hipotermia e transmissão de doenças, etc. 
 As reações mais graves são as hemolíticas imunomediadas agudas, as quais 
podem iniciar dentro de segundos a minutos, podendo ocorrer até 48 horas pós-
transfusão. As reações transfusionais são facilmente reconhecidas no animal consciente. 
Nos eqüinos o primeiro sinal frequentemente observado é o flexionamento dos membros 
posteriores ao andar, aumento da frequência respiratória, a cabeça mantém-se baixa, sua 
 12 
inspiração torna-se ruidosa, podendo ficar várias vezes com a boca aberta. A respiração 
torna-se superficial, nas reações severas o animal tende mantê-la em inspiração, 
incontinência urinária e fecal nas reações severas. 
Nas demais espécies os sintomas frequentemente observados são: dispnéia, 
taquicardia, urticária, tremores, salivação, hemoglobinemia, hemoglobinúria, incontinência 
urinária e fecal, febre transitória, prostração, dispnéia, convulsões, CID e choque. 
Geralmente não são fatais, eles aparecem 5 a 15 minutos após o inicio da transfusão e 
regridem espontaneamente o mais tardar uma hora após cessada a transfusão. Toda 
hipertermia e/ou taquipnéia é sinal de hemólise e convidativo a não prosseguir com a 
transfusão. 
As reações hemolíticas retardadas são as mais comuns, ocorrendo sete a dez 
dias pós transfusão, à medida que anticorpos são produzidos em pacientes 
sensibilizados. Manifesta-se por uma inexplicável queda no hematócrito, possível 
icterícia, devido à lise extravascular. 
As reações pós transfusionais nos equinos em consequência de alo imunização 
anti-eritrocitária são raras, enquanto que as reações ligadas à imunização do receptor 
contra os antígenos leucocitários, plaquetários ou das proteínas plasmáticas do doador 
não tem sido se quer citadas. Nos bovinos elas têm uma débil incidência, podendo 
ocorrer somente quando múltiplas transfusões são efetuadas num prazo de 4 a 7 dias, 
são relativamente benignas, devido às particularidades dos mediadores fisiológicos da 
inflamação. Nos ovinos as crises hemolíticas são raras, sendo mesmo de difícil indução 
experimental. 
Uma febre imunomediada pode ocorrer devido à destruição de granulócitos do 
doador, seguida pela liberação de pirógenos na circulação do receptor. 
Coagulopatias em pacientes que receberam grande volume de sangue estocado, o 
qual é deficiente em plaquetas, fibrinogênio e fatores de coagulação. 
Hipotermia em animais jovens de pequeno porte, podendo causar arritmias 
cardíacas e morte súbita. Para minimizar tal possibilidade o sangue deve ser aquecido a 
30ºC, antes da transfusão. 
Intoxicação por citrato é uma complicação menos comum, ocorrendo quando seu 
volume for grande, ou a administração for rápida, se o paciente tiver insuficiência 
hepática, reduzindo a metabolização do citrato para bicarbonato. 
 13 
Hipocalcemia pode ocorrer devido à quelação do cálcio com o citrato, reduzindo o 
cálcio ionizado circulante. Isto pode ser evitado reduzindo a velocidade de infusão ou 
administrando gluconato de cálcio via endovenosa. 
Microembolia pulmonar pode ser observada nas transfusões maciças, sendo 
devido à formação de microagregados de plaquetas, leucócitos e fibrina no sangue 
estocado. 
Hiperamoniemia pode ocorrer com a administração de sangue estocado, esta 
complicação é rara, ocorrendo apenas em pacientes com insuficiência hepática grave. 
Acidose metabólica devida o metabolismo da glicose pelas células sanguíneas, 
produzindo ácido láctico e ácido pirúvico. 
Contaminação bacteriana pode ocorrer, visto ser o sangue excelente meio de 
crescimento de bactérias. Algumas bactérias são capazes de utilizar o citrato como fonte 
de carbono e tem habilidade de crescer em baixas temperaturas. 
Inúmeros agentes infecciosos podem ser transmitidos através de uma transfusão 
de sangue. Isoeritrólise neonatal em filhotes, filhos de mães sensibilizadas devido a 
transfusões incompatíveis. A hemoglobina livre circulante resultante da estocagem do 
sangue pode interferir na coagulação sanguínea e na função renal. 
Hemossiderose pode ocorrer em pacientes que receberam múltiplas transfusões, o 
excesso de ferro é estocado no fígado. 
As transfusões de sangue de tipos diferentes, mesmo quando não ocorrem 
reações hemolíticas transfusionais, ocorrerá uma redução na vida média das hemácias. 
Deve ser lembrado que as transfusões são capazes de deprimir a hematopoiese, além de 
que quando repetidas podem produzir hipoplasia da medula óssea. 
Em casos de acidentes transfusionais, suspender a transfusão, manter o acesso 
ao vaso e lutar contra o choque administrado: 
 * Epinefrina 1/1000  4 a 5 mL/ 450 kg de peso. 
 * Solução de manitol a 10% 1 a 2 mL/kg pv lentamente. 
 * Dexametasona  4 a 6 mg/kg EV. 
 * Dexametasona  0,5 a 1,0 mg/kg pv IM (preventivo). 
Para prevenir a CID, heparina 40 a 80 UI/kg via E.V., depois de duas horas, 
administrar 40 UI/Kg por via SC, repetir a cada 8 ou 12 horas. 
 
 
 
 14 
10. CÁLCULO DO VOLUME DE PLASMA NECESSÁRIO 
 
 Considerando que 5% do peso corpóreo ou 60% do volume sanguíneo de um 
equino adulto e que 65% do volume sanguíneo nos bovinos adultos equivale ao plasma, 
calculamos o volume de plasma a ser administrado da seguinte maneira: 
 
Volume de plasma = peso corporal x volemia x 65% bovinos 
 60% equinos 
 
Volume do plasma = 400 kg x 65 mL/kg x 65% (bovinos) 
Volume do plasma = 400 kg x 65mL/kg x 65% 
Volume do plasma = 16,9 litros (bovino) 
 Teor de proteínas plasmáticas normais= 7 g/dL ou 70 g/L 
 Teor de proteínas plasmáticas do receptor = 3 g/dL ou 30 g/dL 
 Diferença (ou déficit) = 4 g/dL ou 40 g/L 
 
Quantidade de proteínas plasmáticas a ser reposta: 
No bovino: 
16,9 litros de plasma x 40 g/litro = 676 g de proteínas. 
No equino: 
15,6 litros de plasma x 40 g/litro = 624 g de proteínas 
 
Se em 1 litro de plasma tem 70 g de proteínas 
 X litros de plasma tem 676 g de proteínas. 
 X= 676 ÷ 70  X = 9,65 litros de plasma para repor 100% no bovino. 
 
 X = 624 ÷ 70  X = 8,91 litros de plasma para repor 100% no equIno. 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
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 17 
 Tabela 6. Prevalência dos tipos sanguíneos em gatos domésticos de raça em diferentes 
países 
 
 Fonte: Lacerda et al. (2008).
Tabela 7 - SOLUÇÕES DISPONÍVEIS PARA COLETA E ESTOCAGEM DE SANGUE 
 
 
Solução
1 
 
Função 
Período
2
 
estocagem 
 
Concentrações aditivas 
(por 100 mL) 
 
Desempenho 
 
 
CPD 
 
 
Anticoagulante 
 
 
21 dias 
 Citrato de sódio (dihidratado) 2,63 g 
 Ácido cítrico (monohidratado) 0,327g 
 Glicose (monohidratada) 2,55 g 
 Fosfato de sódio dihidrogenado 0,251g 
 
 Previne a coagulação sangue 
 Ajuste do pH 
 Fonte de nutrição p/ as hemácias 
  Ajuda na produção de ATP 
 
 
 
CPDA-1 
 
Anticoagulante 
e 
Preservação 
 do sangue 
 
 
 
35 dias 
 Citrato de sódio (dihidratado) 2,63 g 
 Ácido cítrico (monohidratado) 0,327g 
 Glicose (monohidratada) 3,10 g 
 Fosfato de sódio dihidrogenado 0,251g 
 Adenina 0,0275 g 
 Previne a coagulação sangue 
 Ajuste do pH 
  Fonte de nutrição p/ as hemácias 
  Ajuda na produção de ATP 
 Ajuda manter os níveis de ATP nas 
hemácias 
 
 
SAG-M 
 
 
Preservação 
das hemácias 
 
 
 
42 dias 
 Glicose (monohidratada) 0,900 g 
 Cloreto de sódio 0,877 g 
 Adenina 0,0169 g 
 
 D-Manitol 0,525 g 
 Fonte de nutrição p/ as hemácias 
 Ajusta a pressão osmótica 
 Ajuda manter os níveis de ATP nas 
hemácias 
 Ajuda manter a integridade da 
membrana das hemácias (evita 
hemólise) 
 1 - Outras soluções podem ser desenvolvidas Fonte: MED-E-MED – Produtos Técnicos Medicinais S/A 
 2 - Sangue total ou concentrado de hemácias 
 Proporção ideal: 1 mL anticoagulante/ 7 mL de sangue 
 
x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx.x.x.x.x.x avm 2014

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