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Resumo Clinica medica de pequenos animais

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Resumo Clinica medica de pequenos animais I
FLUIDOTERAPIA
O objetivo da fluidoterapia é corrugar distúrbios hidroeletrolíticos, acidobásicos, volemia e homeostase reduzindo mortalidade e danos. Pode ser utilizado em tratamentos suporte para auxiliar no tratamento primário.
Casos de Desidratação→ é indicado a fluidoterapia para corrigir os desequilíbrios eletrolíticos, melhorar a perfusão e função celular.	
Casos de Reidratação→ líquido é resposto e conduzido para os vasos, ocorrendo o equilíbrio dentro das células.
Choque→ há produção inadequada de energia celular ou baixa quantidade de oxigênio nas células, diminuindo o fluxo sanguíneo, levando a morte celular e falência de órgãos.
Perda de água→ pode ocorrer pro várias rotas em animais normais. As perdas imperceptíveis ocorrem pelo trato respiratório durante a respiração, ou perdas pelo suor, cães e gatos transpiram pouco através dos coxins plantares, então as perdas imperceptíveis ocorrem mais pelo trato respiratório. O fluido perdido pela respiração é próximo a água pura, considerando-se perda hipotônica. O aumento da temperatura corporal, hiperventilação, febre e atividade física resultam em aumento das perdas imperceptíveis. As perdas perceptíveis são aquelas que são facilmente detectadas e mensuradas, podem ocorrem através do trato urinário e gastrointestinal, essa são acompanhadas de perda de eletrólitos, sendo considerada perda isotônica, vômito, diarreia, hemorragia e poliúria resultam em aumento das perdas perceptíveis.
Desidratação→ O histórico sobre a via de perda de fluido pode sugerir o tipo de fluido que será utilizado, no exame físico é avaliado turgor cutâneo, umidade das membranas mucosas, posição do globo ocular na órbita, frequência cardíaca, característica do pulso periférico e tempo de preenchimento capilar, uma falsa impressão de desidratação também pode ser notada quando há respiração ofegante persistente, que pode secar a membrana mucosa bucal. Achados laboratoriais: hematócrito (Ht), volume globular (VG), concentração de proteína plasmática total (PPT) e densidade urinária (DU) podem auxiliar na avaliação do grau de desidratação. Deve-se obter estes valores antes de depois de começar a fluidoterapia para acompanhar a evolução do quadro clínico. O valor do VG e o teor de PPT aumentam em todos os tipos de perda de fluidos, excluindo hemorragia. Animais anêmicos e desidratados podem ter Ht falsamente normal, pois a desidratação concentra as células vermelhas do sangue, assim como, animais com doença inflamatória podem apresentar PPT elevado mesmo com hidratação normal. Doenças inflamatórias elevam os valores de globulinas, assim como a desidratação eleva os valores de albumina.
Tipos de desidratação→ Na desidratação hipotônica ocorre perdas de eletrólitos maior que a perda de líquidos. Na desidratação isotônica ocorre perdas de água e de eletrólitos na mesma proporção, a maioria dos cães e gatos que ficam desidratados sofrem perdas isotônicas. Na desidratação hipertônica a perda de água é maior que a perda de eletrólitos, é mais rara, pode ocorrer em diabetes insípidos.
Soluções empregadas na fluidoterapia → são classificados de acordo com o tamanho molecular e permeabilidade capilar, osmolaridade ou tonicidade, e função pretendida. Em relação ao tamanho molecular e permeabilidade capilar são classificados em colóides e cristalóides, a classificação de osmolaridade são hipotônicas, isotônicas ou hipertônicas. As soluções cristalóides são as mais empregadas na fluidoterapia, consistem em uma solução à base de água com moléculas pequenas às quais a membrana capilar é permeável, capazes de entrar em todos os compartimentos corpóreos. Já as soluções colóides são substâncias de alto peso molecular, com permeabilidade restrita ao plasma de pacientes com endotélio íntegro e não comprometido. Os colóides atuam principalmente no compartimento intravascular.
Tipos de fluidos Cristaloides
Solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%→ uma solução isotônica, utilizada para reposição, não é uma solução balanceada, pois contém apenas sódio, cloro e água. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com alcalose, hipoadrenocorticismo (por aumentar reposição de sódio), insuficiência renal oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio)
Ringer com lactato de sódio→ solução isotônica, com composição semelhante ao LEC (liquido extracelular), pH 6,5, utilizada para reposição. Tem características balcalinizantes, o lactato sofre biotransformação hepática em bicarbonato, sendo indicado para acidoses metabólicas por conter cálcio é contraindicada para pacientes hipercalcêmicos, assim como não é indicada para pacientes hepatopatas. Não deve ser administrada junto com hemoderivados, no mesmo cateter intravenoso, para evitar precipitação do cálcio com o anticoagulante.
Ringer simples→ características semelhantes ao ringer lactato, porém não contém lactato, é utilizada para reposição. Contém mais cloreto e mais cálcio que outras soluções, tornando-a levemente acidificantes (pH 5,5). É uma solução de emprego ideal nas alcaloses metabólicas. É uma solução isotônica.
Solução glicosada a 5%→ solução de poder acidificante de pH 4 é indicada quando é preciso que ocorra a metabolização da glicose, tendo a água como produto final. O uso da glicose 5% serve como fonte de calorias, água, diurese osmótica, hipoglicemia e como veículo na diluição de alguns medicamentos.
Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9%→ também é chamada de solução glicofisiológica, solução cristalóide utilizada para reposição. Possui composição semelhante à solução de NaCl a 0,9%. Apresenta, porém maior osmolaridade e pH 4,0.
Solução salina hipertônica→ utilizada para reanimação, Hemorragia, queimaduras, hipovolemia e choque, em casos de choque utilizar a solução salina hipertônica de NaCl 7,5%. Soluções hipertônicas levam ao aumento da frequência cardíaca, vasodilatação pulmonar e sistêmica, manutenção do fluxo sanguíneo nos órgãos vitais. Ao administrar este tipo de solução o paciente deve ser monitorado com atenção.
Soluções coloidais→ é indicado em pacientes que possuem PPT menor que 3,5 g/dL, e albumina menor que 1,5g/dl, e em casos de choque hipovolêmico. São contraindicados em pacientes com falência renal, pois a metabolização e excreção da solução se dão por via renal, em pacientes com coagulopatias, pois podem causar hemorragia, são soluções acidificantes. Os colóides sintéticos disponíveis no mercado são derivados de dextranos (Dextran 40 e 70), polímeros de gelatina (Haemacel e Polisocel), amido de hidroxietila (Hetastarch) ou fluídos carreadores de oxigênio à base de hemoglobina (Oxyglobin®, Biopure Corporation, Cambridge, MA).
Vias de administração
Via enteral→ é indicada para hidratação de pacientes estáveis, supondo que não há perda de fluído. Podem-se administrar soluções de manutenção por esta via, através de seringa ou tubo nasoesofagiano.
Via intravenosa→ é a mais comum via de administração de fluídos. Os cateteres são introduzidos as veias periféricas ou na via jugular. É necessária técnica de assepsia e realização de tricotomia local. É uma das vias de acesso mais caras, porém mais efetivas e com efeito imediato. Para estes acessos é necessário utilizar fluidoterapia estéril, e o paciente deve ser monitorado com frequência. Esta via é indicada para a administração de fluído, anestésicos, medicamentos, alimentação parenteral e derivados de sangue. Complicações comuns deste acesso são inflamação local, risco de trombose, falta de assepsia adequada, além de alguns animais não aceitarem o acesso e morderem o cateter.
Via Subcutânea→ muito utilizada, não é indicada para pacientes com desidratação moderada a grave ou para aqueles que apresentam comprometimento circulatório. A circulação cutânea está diminuída em animais com depleção de volume, resultando em absorção lenta. Em absorção deficiente ou o volume excessivo, pode ocorrer acúmulo de fluído que resulta em desconforto e redução da temperatura corporal. Soluções isotônicasde ringer lactato e solução salina a 0,9% são os fluídos de escolha para a aplicação subcutânea.
CALCULO FLUIDOTERAPIA
Volume de administração
Casos de perda continua de liquido (vomito, diarreia ou poliuria) soma-se: perdas que já ocorreram + manutenção diária+ perdas contínuas.
Reidratação= VR (ml)= DH% x P x 10, onde DH é o grau de desidratação e P o peso do animal
Manutenção= +/- 40 ml/kg/dia (cães grandes, acima de 10kg) e 60 ml/kg/dia (cães pequenos, abaixo de 10kg e gatos).
Reposição de perdas= Vômitos = 40 mL/kg/dia; Diarréia = 50 mL/kg/dia; Vômito + Diarréia = 60 mL/kg/dia.
Volume total= Reidratação + Manutenção + Reposição (se houver vomito, diarreia ou os dois).
Velocidade de administração
Volume total de infusão/24h= valor de infusão por hora
Equipo Macrogotas: 20gotas = 1ml 
Equipo microgotas: 60 gotas = 1ml
Macrogotas= volume por hora x 20 = gota/segundo
 3600 segundos
Microgotas= volume por hora x 60 = gota/segundo
 3600 segundos
Casos de desidratação grave é feito dose de ataque de 30 a 50% do déficit estimado na forma de bolus e o restante nas próximas 12 a 24 horas. Bolus cães é de 90 ml por kg hora e Bolus gatos é de 55 ml por kg hora
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
A transfusão sanguínea é indicada em casos de anemias graves causadas por hemorragias, hemólise, falha na eritropoese, anemia hemolítica imunomediada, doenças inflamatórias crônicas ou infecciosas ou neoplasias.
SELEÇÃO DE DOADORES
Cães→ Os cães doadores devem ser adultos saudáveis, entre 1 a 8 anos de idade, com peso mínimo de 28kg e temperamento dócil. Vacinação e vermifugação devem estar atualizadas, e os animais devem estar livres de ectoparasitas, não tenham histórico de sopro cardíaco ou convulsões. Além do exame físico antes da doação, deve-se investigar se o cão doador está livre de possíveis doenças vinculadas pelo sangue, devem ser negativos para Ehrlichia canis, Babesia canis, Dirofilaria immitis, Borrelia burgdorferi, Brucella canis e Leishmania sp. Não podem estar recebendo medicação, não podem ter recebido transfusão sanguínea anteriormente. Evitar fêmeas gestantes e em período pós-parto, devem ser preferencialmente nulíparas e castradas. Cães podem doar aproximadamente 15 mℓ de sangue por quilo (kg) de peso corporal a cada 6 semanas.
Gatos→ Saudáveis, com idade de1 a 8 anos, peso acima 4,0 kg, devem ser calmos preconizado que os animais tenham temperamento dócil, mas independentemente do temperamento, a maioria dos gatos irá exigir algum tipo de sedação ou contenção química para a colheita do sangue; estar vacinados e vermifugados regularmente, preferencialmente sem acesso à rua. Não podem estar recebendo medicação. Não podem ter recebido transfusão sanguínea anteriormente. Os exames de triagem para doenças infecciosas em gatos incluem Leucemia Felina, Imunodeficiência Felina, Hemoplasmose, Bartonelose, Cytauxzoonose, Ehrliquiose, Anaplasmose e Ricketsiose. 
Produtos sanguíneos 
Sangue total→ O sangue total pode ser utilizado fresco, em quatro a seis horas após a colheita, ou armazenado em até 35 ou 42 dias, quando coletado em solução ACD, CPD e CP2D têm validade de 21 dias e quando coletados em CPDA-1 de 35 dias. É composto por eritrócitos, leucócitos, plaquetas, fatores de coagulação e proteínas plasmáticas, como albumina e antitrombina III, após 2 a 4 horas de refrigeração, as plaquetas não estão mais viáveis. O sangue total fresco ou estocado tem como principal indicação a hemorragia aguda, com a finalidade de repor as hemácias e restabelecer a volemia, pode ser usado em anêmicos e trombocitopênicos. Já em trombocitopênicos não anêmicos, o sangue total é contraindicado, devendo-se utilizar neste caso o concentrado de plaquetas. A administração do sangue total deve ser feita em até 4 horas para diminuir o risco de contaminação e colonização bacteriana. Nos primeiros 30 minutos deve se administrar 5ml/kg/h ou seja 2,5ml/kg nos primeiros 30 minutos, em seguida aumentar para 10 a 20ml/kg/h se não houver reações. Em pacientes hipovolêmicos utilizar 20ml/kg/h, em pacientes com doenças renais ou cardíaca é utilizado a infusão de 2 a 5ml/kg/kg para evitar sobrecarga. O cálculo é através da formula: 
Volume total (ML)= (peso x 70/90) x (HT desejado – HT Receptor)
 HT doador
Onde o fator 70 é utilizado para gatos e fator 90 para cães.
Papa de hemácias ou concentrado de hemácias→ O concentrado de hemácias ou papas de hemácias é obtido na primeira centrifugação do sangue total, deve ser mantido refrigerado (2 a 6ºC), e permanece viável por 20 dias quando mantido em CPDA-1. Está indicado para pacientes com hemorragia crônica, eritropoiese ineficiente e hemólise, ou seja, são pacientes anêmicos normovolêmicos. A transfusão de hemácias é normalmente indicada quando os valores de hemoglobinas estiverem abaixo de 7g/dL. Para diminuir a viscosidade e facilitar o fluxo sanguíneo, o concentrado de hemácias deve ser diluído com NaCl a 0,9% aquecido antes do uso, é utilizado 10ml de NaCL a 0,9% para diluir de 30 a 40ml de concentrado de hemácias, e a velocidade de administração deve ser a mesma recomendada para o sangue total. O cálculo do volume= 10ml/kg para elevar em 10% o Ht.
Concentrado de plaquetas→ O concentrado de plaquetas é obtido através da centrifugação do plasma rico em plaquetas. A bolsa de concentrado de plaquetas contém volume de 50 a 70ml, tem duração de 5 dias e deve ser mantida em temperatura ambiente e em constante agitação. A indicação primária do concentrado de plaquetas é para pacientes trombocitopênicos. Se a perda ou disfunção plaquetária está provocando sangramento contínuo indica-se transfusão de concentrado de plaquetas. A transfusão de plaquetas pode ser terapêutica, quando há sangramento e a contagem de plaquetas for inferior a 50.000/ µL, e profilática para prevenir o sangramento, principalmente quando o animal for passar por algum procedimento cirúrgico. A dose recomendada é 1 concentrado de plaquetas para cada 10kg.
Plasma fresco congelado→ O PFC é obtido após a centrifugação e separação do sangue total e congelado em até seis horas, o que previne a degradação dos fatores de coagulação. Pode ser mantido congelado por até um ano entre -18°C e -4°C. Em até um ano de armazenamento, o PFC contém fator de Von Willebrand (vWF) e os fatores II, VII, VIII, IX e X de coagulação. As indicações do uso PFC incluem deficiência congênita ou adquirida de fatores de coagulação, principalmente deficiência do vWF (fator de Von Willebrand) em cães, tratamento de coagulopatias (como falência hepática, intoxicação por warfarínicos e coagulação intravascular disseminada), para aumentar os níveis de enzimas protetoras, como α1-antitripsina e α2-macroglobulinas, além de aumentar a pressão coloidosmótica intravascular. O congelamento permite a preservação dos fatores da coagulação, fibrinogênio e complemento, além de albumina, imunoglobulinas, outras proteínas e sais minerais, e mantém constantes suas propriedades. É utilizado de 10 a 30ml/kg, a dose recomendada é de 10ml/kg.
Plasma Congelado→ É considerado PC, ou plasma de 24 horas, aquele congelado entre seis e 24 horas da colheita do sangue total ou o PFC estocado há mais de um ano. A principal diferença é que o PC perde a ação dos fatores V, VIII e vWF da coagulação e as proteínas plasmáticas, porém ainda contém os fatores dependentes da vitamina K, os fatores II, VII, IX e X da coagulação. A indicação de uso do PC é a deficiência dos fatores não-lábeis da coagulação, como na intoxicação por rodenticidas. É utilizado de 10 a 30ml/kg, a dose recomendada é de 10ml/kg.
Crioprecipitado→ O crioprecipitado é composto por aproximadamente 20% de fibrinogênio, 50% de fator VII da coagulação e 30% de fatores VIII, XIII e vWF. É obtido a partir da centrifugação do plasma em temperatura controlada. A dose recomendada é 12-20mL/Kg a cada dez ou 12 horas, até que ahemorragia seja controlada. As principais indicações são deficiência de vWF, hemofilia A e hipofibrinogenemia.
 
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
As reações transfusionais são caracterizadas como imunológicas ou não imunológicas, sendo posteriormente divididas como de ocorrência aguda ou tardia. Uma reação aguda ocorre mais comumente imediatamente ou horas após a transfusão, porém, em alguns casos podem ser manifestada após 48 horas. São reações transfusionais imunológicas agudas (Reação Transfusional Hemolítica Aguda; Reação Transfusional Hemolítica Tardia; Reação de Hipersensibilidade Aguda; Injúria Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão (TRALI); Reações de Sensibilidade Leucocitária/Plaquetária) e Reação imunológica tardia (Púrpura pós-transfusional, Isoeritrolise neonatal).
Reações Transfusionais Imunológicas Agudas
Reação Transfusional Hemolítica Aguda→ As manifestações clínicas associados com a hemólise aguda transfusional podem ser muito variáveis. Os animais podem apresentar durante ou após a transfusão: pirexia, com aumento de 1º C, taquicardia, salivação, tremores, fraqueza, êmese, dispnéia, colapso agudo, hipotensão, convulsões e taquicardia/bradicardia, nenhum destes sinais é patognomônico de hemólise aguda, porém, a observação de possível falência renal com diminuição do débito urinário, hemoglobinemia e hemoglobinúria podem ser indícios mais fortes, mas podem não ser diagnosticados com pequeno volume transfundido. O complexo antígeno-anticorpo formado entre as hemácias transfundidas e os anticorpos do receptor estimula a ativação de vários sistemas. Além do complemento, antígeno-anticorpo, ativa o fator XII, que ativa o sistema de coagulação intrínseco, contribuindo para que substâncias trombóticas sejam liberadas de leucócitos e plaquetas. Os fosfolípides liberados da degradação da membrana eritrocitária possuem atividade pro coagulante, favorecendo a ocorrência de CID. A transfusão de sangue incompatível pode levar a formação de micro trombos em rins, pulmões e capilares intestinais, frequentemente pode ser observada diarreia sanguinolenta secundária a trombose intestinal. Substâncias vasoativas causam dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar, levando a hipotensão. Catecolaminas, como a norepinefrina, são produzidas pelo sistema nervoso simpático e liberados pela medula adrenal, em resposta a hipotensão. Estas catecolaminas acarretam em vasoconstrição renal, intestinal, pulmonar e cutânea. A formação de trombos pela CID, somada a vasoconstrição agrava os danos aos tecidos, resultando em falência aos órgãos vitais.
Reação Transfusional Hemolítica Tardia→ Reação de hemólise tardia resulta da opsonização das hemácias transfundidas por anticorpos IgG presentes no doador, com consequente destruição destas células pelo sistema monocítico fagocitário no fígado e no baço. Este tipo de hemólise, é caracterizada como hemólise extravascular, em cães a hemólise tardia pode ser observada entre 3-5 dias após a transfusão. A hipertermia é um dos sinais clínicos mais observados, mas a anorexia e icterícia também podem ser notadas. Deve ser realizado o teste de compatibilidade sempre anteriormente ao procedimento, desde a primeira transfusão para cães e gatos, pois os grupos antigênicos não estão totalmente esclarecidos e os anticorpos formam se em cerca de 4-10 dias após a sensibilização. Baixos títulos de anticorpos podem não ser detectados no teste de compatibilidade, um teste compatível significa apenas que não foram encontrados anticorpos direcionados aos antígenos eritrocitários nas hemácias dos animais doadores.
Reação de Hipersensibilidade Aguda→ Os sinais clínicos da reação de hipersensibilidade aguda podem variar de discretas alterações na pele, até graves manifestações cardiopulmonares. A reação pode se manifestar nos primeiros minutos da transfusão ou em até 24 horas. A urticária é o sinal clássico em cães, mas prurido, eritema, angioedema, emese, dispnéia, broncoconstrição e choque também ocorrem. Se houver manifestação de qualquer sinal clínico é realizado a interrupção temporária da transfusão e a observação do animal. Reações como urticária, eritema, angioedema e prurido podem ser tratadas com a administração intravenosa ou subcutânea de dexametasona (0,5-1,0 mg/kg) ou difenidramina (2mg/kg/IM). Se os sinais cessarem após o tratamento a transfusão poderá ser continuada cuidadosamente. Na ocorrência de sinais graves como choque, dispnéia e broncoconstrição severa, a administração de dexametasona em doses elevadas (4-6mg/kg/IV) e de epinefrina (0,01mg/kg/IV) também pode ser usada, e a interrupção da transfusão deve ser mantida.
Injúria Pulmonar Aguda Relacionada à Transfusão (TRALI)→ Raramente a interação antígeno-anticorpo pode levar também ao acúmulo de leucócitos nos pulmões, resultando em sinais respiratórios graves e choque. Este tipo de injúria pulmonar, mais conhecido como TRALI (Transfusion Reaction Lung Injury). Esta reação é caracterizada por insuficiência respiratória aguda, edema pulmonar bilateral e severa hipoxemia, sem comprometimento cardíaco, ocorrendo durante ou dentro de 6 h após a transfusão. a TRALI é considerada uma séria complicação relacionada à transfusão de hemocomponentes que contêm plasma.
Reações de Sensibilidade Leucocitária/Plaquetária→ As reações de sensibilidade aos leucócitos e plaquetas são também chamadas de reações não hemolíticas febris (RNHF). As reações de sensibilidade plaquetária podem ocorrer durante a transfusão de sangue total e concentrado de plaquetas, já a sensibilidade leucocitária ocorre mais comumente com a transfusão de sangue total e plasma. Mais raramente o concentrado de hemácias pode levar a sensibilidade leucocitária, pois este hemocomponente apresenta quantidades ínfimas de plasma e reduzidas de leucócitos. O aumento de 1º C na temperatura corpórea do animal quando nenhum outro motivo de hipertermia é encontrado, é um dos sinais mais frequentes da ocorrência deste tipo de reação. A febre ocorre usualmente nos primeiros 30 minutos de transfusão, podendo aumentar após 08 horas após transfusão, perdurando por até 12 horas. A emese e tremores corpóreos também pode ocorrer.
Reações Imunológicas Tardias
Púrpura Pós-Transfusional→ A PPT é uma reação que leva ao quadro de trombocitopenia (<10.000/l) em cerca de 1 semana após a transfusão. A fisiopatologia da PPT está relacionada com a formação de anticorpos anti-plaquetários que se direcionam tanto as plaquetas do doador quanto às do receptor, podendo a trombocitopenia persistir entre 10 dias a dois meses. Tendo como sinais clínicos petéquias e hemorragias.
Isoeritrólise Neonatal→ A doença hemolítica do recém-nascido ocorre como resultado da sensibilização das fêmeas prenhes aos antígenos presentes na membrana eritrocitária dos filhotes, que possuem grupos sanguíneos incompatíveis com as mães. Nos cães, fêmeas prenhes DEA1 negativas desenvolvem anticorpos contra os antígenos eritrocitários pertencentes a este grupo sanguíneo após o nascimento de filhotes DEA1 positivos. Desta forma, em uma segunda gestação, filhotes DEA1 nascidos desta mesma fêmea poderão adquirir os anticorpos anti-DEA1 em grande quantidade ao consumirem o colostro nas primeiras 24 horas de vida. Estes anticorpos possuem a capacidade de causar hemólise severa nestes filhotes.
Reações Transfusionais Não Imunológicas Agudas
Sobrecarga Circulatória→ A sobrecarga circulatória é o estado de hipervolemia induzida pela administração de grandes volumes sanguíneos ou por infusão rápida em pacientes normovolêmicos. A terapia transfusional pode levar a edema pulmonar agudo por sobrecarga de volume. O rápido aumento de volume é pouco tolerado por pacientes com comprometimento das funções cardíaca, renal, pulmonar e em pacientes com anemia crônica. Os pacientes em sobrecarga circulatória apresentam sinais cardiovasculares como taquicardia, taquipnéia, dispnéia, ortopnéia, cianose, hipertensão e tosse. Em casos graves pode ocorer edema pulmonar e insuficiência cardíaca congestiva. Emese é pode ocorrer devido ainfusão rápida de componentes sanguíneos. O uso apropriado da terapia transfusional e a velocidade adequada a cada paciente são as melhores formas de prevenir uma sobrecarga circulatória. Na manifestação de sinais clínicos de sobrecarga circulatória a transfusão deve ser interrompida e os sinais manifestados devem ser tratados. A furosemida na dose de 2-8ml/kg IV pode ser utilizada para aliviar o edema pulmonar. Em pacientes gravemente dispnéicos a suplementação com oxigênio deve ser realizada. O uso de antieméticos está indicado para pacientes que apresentem vômito. 
Hemólise na Bolsa de Sangue→ A hemólise pode ocorrer por alterações osmóticas, de temperatura ou contaminação bacteriana. A hemólise osmótica na bolsa de sangue ou no equipo de infusão pode resultar da adição de drogas ou soluções hipotônicas, como água destilada e dextrose 5%. As hemácias podem ser submetidas a hemólise mecânica se as unidades são expostas a temperaturas impróprias durante o transporte, armazenamento, estocagem e manuseio. Os componentes refrigerados em temperatura de 4º C não devem manter contato com temperaturas inferiores, não devendo, portanto, ser armazenados em freezer ou transportados em contato direto com gelo. O choque térmico e choque mecânico também influenciam na hemólise. O aquecimento destes produtos em banho-maria deve ser evitado, pois o controle da temperatura é por vezes de pouca confiabilidade.
Contaminação bacteriana→ O sangue é um ótimo substrato para o crescimento bacteriano. A contaminação dos hemocomponentes pode ocorrer devido a vários fatores. A falha na antissepsia da pele durante a venopunção dos doadores, a entrada de ar contaminado durante a coleta de sangue, a existência de bacteremia subclínica no doador e o armazenamento do sangue em local inadequado são fatores comuns para contaminação bacteriana. O reaproveitamento da bolsa de sangue, o tempo prolongado superior a 4 horas de transfusão e a utilização de banhos-maria para aquecimento das bolsas frequentemente acarretam em contaminação do sangue. A multiplicação bacteriana é mais acentuada em componentes armazenados em temperatura ambiente sendo bactérias gram-positivas (Staphylococcus e Streptococcus) mais encontradas nesses componentes. Em componentes refrigerados são encontradas bactérias gram-negativas (Pseudomonas, Yersinia, Citrobacter e coliformes). A multiplicação bacteriana na bolsa leva ao consumo de oxigênio, resulatndo em desnaturação da hemoglobina e lise eritrocitária, ocasionando mudança de coloração na bolsa, formação de coágulos e hemólise. Os cuidados durante a coleta, transporte, armazenamento e transfusão são as melhores medidas preventivas para evitar o choque séptico. Caso o animal apresente sinais compatíveis com contaminação bacteriana deve-se instituir o diagnóstico diferencial com a reação hemolítica aguda. O teste de compatibilidade e a tipagem sanguínea ajudam a excluir a hemólise por incompatibilidade sanguínea. Amostras do receptor e da bolsa de sangue devem ser coletadas imediatamente e enviadas para cultura bacteriana, mas na possibilidade de sepse, cuidados de suporte e antibioticoterapia de amplo espectro devem ser instituídas.
Toxicidade pelo Citrato→ É o anticoagulante mais utilizado nas bolsas de sangue. O citrato na bolsa de sangue possui a capacidade de quelar o cálcio sérico do receptor, levando a uma diminuição do cálcio ionizado circulante, com adequado funcionamento hepático o citrato é rapidamente convertido em bicarbonato, porém, em pacientes com disfunção hepática ou na infusão rápida de grande volume de sangue o paciente poderá desenvolver hipocalcemia, os componentes como o sangue total e plasma fresco congelado possuem maior concentração de citrato. Tremores, arritmia cardíaca e emese são os sinais clínicos mais relacionados a hipocalcemia. O cálcio ionizado pode ser utilizado para confirmação. A hipocalcemia é transitória e rapidamente reversível. A velocidade de infusão deve ser diminuída e o eletrocardiograma deve ser utilizado para acompanhamento do animal, principalmente nos casos em que é necessário o tratamento com gluconato de cálcio 10% (50-150mg/kg). O gluconato de cálcio não deve ser utilizado na mesma via de acesso da transfusão sanguínea, para evitar o contato do citrato com o cálcio e a consequente formação de coágulo. 
Coagulopatias→ A transfusão de grandes volumes de sangue estocado, deficientes em plaquetas, fatores de coagulação (V, VIII e XI) e fibrinogênio podem resultar em coagulopatia dilucional, pacientes no transoperatório, que recebem fluidoterapia agressiva e transfusão sanguínea a coagulopatia dilucional pode ser fator agravante do sangramento. Durante a anestesia a baixa temperatura corpórea prejudica a atuação dos fatores de coagulação, e a fluidoterapia associada à transfusão de grandes volumes sanguíneos colabora para instituição do sangramento. Nestes casos a transfusão de plaquetas e de plasma fresco congelado tem efeito benéfico para controle do sangramento.
Hiperamonemia→ No sangue estocado os níveis de amônia se elevam e eventualmente podem ser tóxicos para o paciente. Esta complicação é rara, sendo mais significante em animais com falência hepática, no qual o fígado não metaboliza e excreta a amônia de forma adequada. Quando se transfundem pacientes com doenças hepáticas, deve-se optar por sangue estocado por curto período de tempo.
Hipotermia→ A infusão de hemocomponentes em baixas temperaturas (<4ºC) pode acarretar em significante hipotermia em filhotes e animais de pequeno porte. Em animais adultos a hipotermia acontece geralmente na transfusão massiva de hemocomponentes refrigerados. A hipotermia severa pode resultar em arritmias cardíacas e morte súbita, caso a infusão seja realizada em rápida velocidade. Entretanto, o aquecimento do animal geralmente é suficiente para manutenção da temperatura. Em transfusões de emergência o aquecimento da bolsa de sangue também pode ser realizado, desde que seja efetuado o controle preciso da temperatura (37º C) e que se tomem os cuidados para evitar o contato da bolsa com água.
Reações Transfusionais Não Imunológicas tardias
Hemossiderose→ O excesso de ferro para os pacientes transfundidos é uma complicação rara na veterinária, já que ocorre como consequência de múltiplas transfusões. Cada unidade de concentrado de hemácias possui em média 200mg de ferro, em pacientes transfundidos cronicamente ocorre o saturamento do ferro no sistema retículo endotelial, passando o ferro a depositar-se nas células parenquimatosas. Depósitos de ferro levam a destruição do tecido normal, substituindo-o por tecido fibrótico, ocasionando lesões funcionais em órgãos como coração, fígado e glândulas endócrinas. O uso do sangue total para correção de trombocitopenia e coagulopatias em pacientes não anêmicos é um dos fatores de risco para a hemossiderose.
Transmissão de Doenças Infecciosas→ A intercorrência mais frequente na transfusão sanguínea é a transmissão de doenças infecciosas, pela não realização de exames laboratoriais de seus doadores previamente a doação de sangue. Os agentes infecciosos podem possuir um longo tempo de incubação, não manifestar sinais em seus hospedeiros e podem permanecer estáveis no sangue estocado. Os doadores devem ser negativos para os testes de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue. Os cães devem ser testados para Ehrlichiose, Brucelose, Leishmaniose, Dirofilariose, Lyme, Babesiose e Ricketsioses. Todos doadores devem possuir as vacinações anuais atualizadas e os parâmetros hematológicos devem estar dentro dos valores de referência. Alterações no hemograma podem sugerir possíveis doenças infecciosas sem que os animais manifestem algum sintoma.
IMUNOPROFILAXIA DE CÃES E GATOS
Imunoprofilaxia de cães
As doenças infecciosas são bastante importantes na Medicina Veterinária e responsáveis por um alto número de animais atendidos em hospitais e clínicas, são transmitidas geralmente por vetores ou por contato direto com secreções e aerossóis expelidos pelos animais doentes. Seus agentes causadoressão, na maioria dos casos, vírus ou bactérias. As principais doenças infecciosas, como a parvovirose, leptospirose, entre outras podem ser evitadas com vacinação.
A imunoprofilaxia, ou vacinação, pode ser definida como o processo de estimulação de uma resposta imune específica contra um patógeno, de modo preventivo, com o objetivo de proteger o indivíduo contra doenças. A vacinação é o melhor método para controle de doenças infecciosas. O processo de imunização pode ser realizado de maneira ativa, utilizando vacinas que contenham microrganismos inteiros, seus componentes, subprodutos metabólicos ou passiva. A imunidade pode ser transferida passivamente com a administração de elementos humorais ou celulares obtidos de um indivíduo previamente imunizado. Na prática clínica, a imunização passiva é realizada pela administração do colostro materno aos filhotes durante as primeiras 24 h de vida.
Imunidade materna e imunização passiva→ A quantidade de anticorpos que os filhotes receberão durante as primeiras horas de vida, pelo colostro, está diretamente relacionada com a quantidade de anticorpos da mãe e seu status imunológico, o colostro é rico em imunoglobulinas tipo IgG e células, produzida durante o terço final da gestação por influência hormonal (estrógeno e progesterona), durante o aleitamento, por meio de receptores de membrana presentes no duodeno e no jejuno, ocorre a absorção direta das imunoglobulinas para a circulação sanguínea do neonato O processo de transferência de anticorpos maternos para os filhotes tem curta duração (em geral, até 24 h após o nascimento), ainda pode ocorrer durante todo o período de amamentação, mas sem importância significativa para a imunização dos filhotes. Dois aspectos são de importância fundamental para o processo de imunização passiva dos filhotes: a imunidade materna e a duração dos anticorpos maternos nos filhotes. 
Sabe-se que 95 a 97% da transferência de imunidade da mãe para os filhotes ocorre pelo colostro e que o estado imunológico da mãe afetará a quantidade de anticorpos que serão transmitidos aos filhotes, esses anticorpos e células obtidos precocemente serão fundamentais para a proteção dos filhotes durante as primeiras semanas de vida. Existe relação direta entre o título de anticorpos da mãe e o de sua progênie, o título de anticorpos contra cinomose de um filhote que mamou o colostro corresponde a 77% do título de anticorpos da mãe. Filhotes que adquiriram maior quantidade de anticorpos pelo colostro têm maior probabilidade de permanecer protegidos por mais tempo. O título absoluto de anticorpos maternos em neonatos depende da quantidade de imunoglobulinas recebida durante a amamentação e do título absoluto dos anticorpos na mãe, sendo ainda inversamente proporcional ao tamanho da ninhada. Os títulos de anticorpos maternos podem aumentar quando se realiza a vacinação das fêmeas imediatamente antes da gestação, após ter ocorrido a adequada transferência das imunoglobulinas e células T pelo colostro, os filhotes se tornam protegidos contra agentes patogênicos durante certo período de tempo. Os anticorpos maternos interferem na resposta imunológica do filhote, por neutralizarem os antígenos vacinais, o que pode prejudicar, ou até mesmo inibir temporariamente, o desenvolvimento de resposta imune adequada, essa interferência pode persistir por meses, sendo dependente da quantidade de anticorpos maternos presentes no filhote e da meia-vida deles. Os anticorpos. maternos contra cinomose dura de 9 a 12 semanas, e contra parvovirose dura de 10 a 14 semanas.
Primovacinação→

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