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Vias de administração de medicamentos Farmacologia Veterinária Prof. Dr. Alvaro Galdos farmacologiaufmt@gmail.com Como vou administrar o medicamento??? Figura 1 – Administração do medicamentos em animais. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Droga Via enteral Via oral Via retal Via sublingualVia intrauterina Via inalatória Via tópica Dérmica Transdérmica Tópica Ocular Intra-aural Via intratecal Via intramamária Via intravaginal Via parenteral Intravenosa Subcutânea Intramuscular Intraarterial A d m in is tr a d a Gráfico 1 – Classificação de VA. VIA PARENTERAL Par (fora) Enteral (Intestino) Fora do intestino Injeções IV evitam barreiras de absorção de drogas, a concentração em sangue é fácil de titulada (acurada e imediata). Intravenosa Subcutânea Intramuscular Intra-arterial • VANTAGENS: permite a administração de grandes quantidades de uma vez, bem como de irritantes tissulares. • Injeções IV evitam barreiras de absorção de drogas, a concentração em sangue é fácil de titulada (acurada e imediata). • DESVANTAGENS: o ↑ níveis séricos e tissulares da droga esta associada ao maior risco de seus efeitos adversos. • O problema de estabelecer o acesso venoso e uso de técnicas de assepsia. VIA INTRAVENOSA Figura 2 – Locais de admin istração da via intravenosa: veia cefálica e jugular em PET Equinos Bovinos e Ovinos Figura 2 – Locais de administração da via intravenosa: jugular em grandes animais Cuidados: Risco de embolia (substâncias gasosas ou oleosas); Sobrecarga de volume; Cuidado com a velocidade e isotonia das soluções Leito Vascular Não há absorção Efeito imediato Administração de grandes volumes • Dependem da vascularização tecidual e solubilidade da droga. • Estas são dissolvidas no líquidos intersticial e entram no endotélio do vaso. • Drogas lipossolúveis difundem-se rapidamente. • Drogas de ↑PM (>10kD) não atravessam os poros endoteliais e chegam na circulação via ductos linfáticos. • Injeção IM, SC: • Pode ser lenta pelas propriedades físico-químicas da droga. • Dissolução em base não aquosa. • Incorporação de ésteres não graxos. VIA INTRAMUSCULAR OU SUBCUTÂNEA IM SC Figura 3 - Escolher uma agulha com base no peso do animal. Figura 4 - Aplica diferentes injeções em diferentes lugares. Figura 5 - Escolher a longitude da agulha com base no tipo de injeção que deva ser administrada e a área de aplicação. Locais caudais do membro pélvico EQUINOS - Intramuscular - Parte cranial (pescoço) - Parte caudal (traseiro) Figura 6 – Local de aplicação de medicamentos em equinos (IM). m. glúteo Figura 6 – Local de aplicação de medicamentos em PET e Bovinos(IM). • A principal DESVANTAGEM da via IM ou SC é que a absorção da droga não pode ser interrompida. • Outra é que não pode ser administrado ↑ quantidades de medicamento (IM > 5cm3). • Tem o local de administração pode ser infeccionado e apresentar dor e hemorragias. • Nas injeções IM ↑ concentrações séricas de enzimas de dano muscular. VIA INTRAMUSCULAR OU SUBCUTÂNEA Cuidados: Líquidos anisotônicos e irritantes devem ser evitados; Aplicação – risco de lesar nervos e atingir vasos; Procedimento invasivo Músculo Altamente irrigado Absorção rápida Áreas distensíveis (Tecido adiposo) Maiores volumes Menor risco de complicações Útil para medicamentos que têm de ser absorvidos lentamente Via Subcutânea Via Intramuscular • Padrão de absorção mais variado. • Mais lipossolúvel atravessa melhor o TGI • Mais segura, eficaz e econômica. • DESVANTAGENS: • Fatores mecânicos podem interferir na absorção. • Irritar a mucosa vômito. • Destruídos ou inativados ácido gástrico, enzimas e microflora. • Alterações na motilidade gastrointestinal. • Presença de comida no estômago. VIA ORAL Presença de comida no estômago • Formação de uma barreira diluidora/física que impede a droga de alcançar a superfície absortiva da mucosa • Atraso no esvaziamento gástrico, o que leva à perda de 30% do fármaco que se absorve no duodeno. • Ligação da droga aos componentes da ingesta. Quando já absorvidas pelo epitélio G.I. Vai Circulação portal Vai Fígado Circulação sistêmica • Algumas drogas sofrem uma intensa metabolização na 1ª passagem Figura 7 - O medicamento deve ser aplicado via oral, sobre a língua e no fundo da boca, que deve estar sem alimento (http://www.ourofinosaudeanimal.com/). . Figura 8 – Em A e B o medicamento deve ser aplicado via oral (comprimido), sobre a língua e no fundo da boca, que deve estar sem alimento. E em C e D (http://www.ourofinosaudeanimal.com/). . A B C D Figura 9 – Aplicação de medicamento via oral, utilizando sonda. Cuidado para não utilizar garrafa. Figura 10 - Alguns suplementos de administração via oral, podem ser administrados diretamente no cocho (http://www.ourofinosaudeanimal.com/). • Utilizada em pacientes vomitando ou inconscientes. • O medicamento administrado permanece na porção terminal do reto. • 50% da droga não passa pela circulação hepática. • O efeito da 1ª passagem é evitado. • A absorção desta via é muito variável. • Causam irritação da mucosa retal. VIA RETAL • Utilizada em problemas de gado leiteiro, mastite e mamite. • Higienização do local importante. • As vantagens da via IMM são a maior concentração do medicamento no quarto e a menor quantidade utilizada, em relação ao uso IM. • Quando é feita a administração IMM, há risco de contaminação durante a aplicação e também maior dificuldade de distribuição do antibiótico pela glândula mamária. • Limpeza: Iodopolivinilpirrolidona ou Iodo-nonoxinol, clorexidina ou hipoclorito de sódio. VIA INTRAMAMARIA (IMM) Ducto da papila mamária Tratamentos de mastites Importância veterinária • Os agentes farmacológicos que podem ser vaporizados ou dispersados em aerossóis de gotículas aquosas podem ser administrados pela via intranasal: • Gases anestésicos, terapia para asma, antibióticos e mucolíticos (tto de doenças respiratórias). • Apresenta pouca capacidade em regular a dose administrada. VIA INALATÓRIA DROGA INALAÇÕES Epitélio pulmonar e mucosas do TR ↑Absorção ↑Superfície de contato VIA DE ADMINISTRAÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS Via oral (boca) Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão. Via sublingual (debaixo da lingua) Comprimidos sublinguais Via parenteral (injetável) Soluções e suspensões injetáveis Via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos. Via nasal (nariz) Spray e gotas nasais Via oftálmica (olhos) Colírios e pomadas oftálmicas Via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares Via pulmonar (respiração/aspiração) Aerossol (bombinha) Via vaginal (vagina) Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos. Via retal (ânus) Supositórios e enemas Drágea: são cobertas com açucares REFERÊNCIAS WEBSTER, C. R. L. Farmacologia Clínica em Medicina Veterinária. São Paulo: ROCA, 2005, 155p. MADDISON, J. E.; PAGE, S. W.; CHURCH, D. B. FARMACOLOGIA CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS. 2 Ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2010, 582p.