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ABNT ISO IEC GUIA 61 - Requisitos gerais para avaliação e credenciamento de organismos de certificação-registro

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GUIA 61
Requisitos gerais para avaliação e
credenciamento de organismos de
certificação/registro
Primeira edição 1997
Elaborado no âmbito do CB-25 - Comitê Brasileiro da Qualidade.
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar - CEP 20003-900
Rio de Janeiro - RJ – Brasil
Telex: (55-021) 34333 – Fax: (55-021) 240-8249
Telefone: (55-021) 210-3122
Caixa postal: 1680
International Organization for Standardization
Case postale 56 • CH-1211 GENEVA 20 • Switzerland
International Electrotechnical Commission
Case postale 131 • CH-1211 GENEVA 20 • Switzerland
Origem: No. ISO/IEC GUIDE 61:1997
ICS 03.120.20
Descritores: Garantia da qualidade, Sistemas de garantia da
qualidade, Organismos sem fins lucrativos, Certificação,
Organismos de certificação.
Descriptors: Quality assurance, Quality assurance systems, Non-
profit-making bodies, Certification, Certification bodies.
10 páginas
Sumário
Página
Seção 1: Generalidades
1.1 Objetivo .............................................................................................................................................................1
1.2 Referências .......................................................................................................................................................1
1.3 Definições ......................................................................................................................................................... 2
Seção 2: Requisitos para organismos de credenciamento
2.1 Organismos de credenciamento ...................................................................................................................... 2
2.1.1 Disposições gerais ...........................................................................................................................................2
2.1.2 Organização ..................................................................................................................................................... 2
2.1.3 Subcontratação .................................................................................................................................................3
2.1.4 Sistema da qualidade ....................................................................................................................................... 3
2.1.5 Condições para concessão, manutenção, extensão, redução, suspensão e cancelamento do
credenciamento ................................................................................................................................................ 4
2.1.6 Auditorias internas e análises críticas pela administração .............................................................................. 5
2.1.7 Documentação ..................................................................................................................................................5
2.1.8 Registros ........................................................................................................................................................... 5
2.1.9 Confidencialidade ............................................................................................................................................5
2.2 Pessoal do organismo de credenciamento ..................................................................................................... 6
2.2.1 Generalidades ..................................................................................................................................................6
2.2.2 Critérios de qualificação para auditores e técnicos especialistas ...................................................................6
2.2.3 Procedimento para seleção ............................................................................................................................. 6
2.2.4 Contratação do pessoal de avaliação ..............................................................................................................6
2.2.5 Registros do pessoal de avaliação .................................................................................................................. 7
2.2.6 Procedimentos para equipes de avaliação ..................................................................................................... 7
2.3 Decisão sobre o credenciamento ....................................................................................................................7
2.4 Referências à situação de credenciamento ..................................................................................................... 7
2.5 Alterações nos requisitos para credenciamento .............................................................................................. 7
2.6 Apelações, reclamações e disputas ................................................................................................................. 8
2.7 Acesso aos registros de apelações, reclamações e disputas .........................................................................8
Seção 3: Requisitos para avaliação
3.1 Solicitação de credenciamento ........................................................................................................................ 8
3.1.1 Informações sobre o procedimento .................................................................................................................. 8
3.1.2 A solicitação ...................................................................................................................................................... 8
3.2 Preparação para avaliação .............................................................................................................................. 9
3.3 Avaliação .......................................................................................................................................................... 9
3.4 Relatório de avaliação ......................................................................................................................................9
3.5 Procedimentos de acompanhamento e reavaliação .....................................................................................10
1
ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
Requisitos gerais para avaliação e credenciamento de organismos de certificação/registro
Seção 1: Generalidades
Introdução
Os requisitos contidos neste Guia são redigidos, acima de
tudo, para serem considerados requisitos gerais para
organismos operando sistemas de credenciamento. Este
Guia, entretanto, está dividido em três seções, e de tal
forma que, se aplicado por outras organizações que não
sejam os organismos credenciadores, envolvidos com o
reconhecimento da competência, as seções 1 e 3 são apli-
cáveis e os usuários precisam simplesmente substituir
“credenciamento” por “reconhecimento”.
1.1 Objetivo
Este Guia especifica os requisitos gerais para que um or-
ganismo seja reconhecido em nível nacional ou interna-
cional como competente e confiável na avaliação e subse-
qüente credenciamento de organismos de certificação ou
registro. A conformidade com os requisitos deste Guia irá
promover a equivalência dos sistemas nacionais e facili-
tar acordos de reconhecimento mútuo de credenciamen-
to entre tais organismos.
O objetivo principal deste Guia é descrever o credencia-
mento como fornecendo, por meio da avaliação e subse-
qüente acompanhamento, uma garantia de que o merca-
do pode confiar nos certificados emitidos pelos organis-
mos credenciados. Entretanto, outras organizações que
não os organismos de credenciamento, envolvidos no re-
conhecimento da competência, podem também utilizá-lo,
substituindo “credenciamento” por “reconhecimento”.
Em alguns países, os organismos que verificam a confor-
midade dos produtos, processos, serviços ou sistemas
com normas específicas são chamados “organismos de
certificação”, emoutros países “organismos de registro” e
ainda em outros “organismos avaliadores”. Para facilitar o
entendimento, este Guia sempre se refere a tais organis-
mos como “organismos”. Recomenda-se que isto não seja
interpretado como uma limitação, pois este Guia pode ser
aplicável também à avaliação e ao credenciamento de
organismos de avaliação da conformidade que não sejam
organismos de certificação, tais como organismos de ins-
peção.
NOTA 1 Admite-se que os acordos de reconhecimento mútuo de
credenciamento, objetivando a remoção de barreiras para o
comércio interfronteiras, possam ter que abranger outros as-
pectos não especificados explicitamente nestes requisitos ge-
rais, tais como o intercâmbio de pessoal ou programas de
treinamento. Em particular, com vistas a criar confiança e harmo-
nizar a interpretação e implementação das normas, recomenda-
se que cada organismo de credenciamento estimule a coopera-
ção técnica e a troca de experiência entre os organismos por ele
credenciados. Recomenda-se também que ele esteja prepara-
do para trocar informações sobre procedimentos e práticas de
credenciamento com outros organismos de credenciamento. As
normas de organismos de certificação e certificação/registro
freqüentemente contêm requisitos não específicos, tais como “o
pessoal deve ser competente”. O reconhecimento mútuo de
credenciamento requer a harmonização da interpretação de tais
requisitos.
1.2 Referências
ISO/IEC Guide 2:1996 1), General terms and their
definitions concerning standardization and related
activities.
ABNT ISO/IEC Guia 25:1993, Requisitos gerais para
a capacitação de laboratórios de calibração e de en-
saios.
ABNT ISO/IEC Guia 27:1993, Diretrizes para ações
corretivas a serem adotadas por um organismo de
certificação no caso de uso indevido de sua marca de
conformidade.
ABNT ISO/IEC Guia 28:1993, Regras gerais para um
modelo de sistema de certificação de produtos por
terceira parte.
ABNT ISO/IEC Guia 40:1993, Requisitos gerais para
aceitação de organismos de certificação.
ABNT ISO/IEC Guia 62:1997, Requisitos gerais para
organismos que operam avaliação e certificação/re-
gistro de sistemas da qualidade.
1)
 A ser traduzido pela ABNT.
2
ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
NBR ISO 8402:1994, Gestão da qualidade e garantia
da qualidade - Terminologia.
NBR ISO 10011-1:1993, Diretrizes para auditoria de
sistemas da qualidade - Parte 1: Auditoria.
NBR ISO 10011-2:1993, Diretrizes para auditoria de
sistemas da qualidade - Parte 2: Critérios para quali-
ficação de auditores de sistema da qualidade.
1.3 Definições
Para os efeitos deste Guia, as definições pertinentes con-
tidas no ISO/IEC Guide 2 e na NBR ISO 8402 são aplicá-
veis.
Seção 2: Requisitos para organismos de
credenciamento
2.1 Organismo de credenciamento
2.1.1 Disposições gerais
2.1.1.1 As políticas e os procedimentos sob os quais o or-
ganismo de credenciamento opera devem ser não-discri-
minatórios, bem como ser administrados de forma não-
discriminatória. Não devem ser usados procedimentos
para impedir ou inibir o acesso dos organismos solicitan-
tes, além daqueles especificados neste Guia.
2.1.1.2 O organismo de credenciamento deve manter os
seus serviços acessíveis a todos os solicitantes cujas ati-
vidades se enquadram na sua área declarada de opera-
ção. Não deve haver condições impróprias, financeiras ou
outras. O acesso não deve ser condicionado ao tamanho
do organismo solicitante ou de sua filiação em qualquer
associação ou grupo, nem deve o credenciamento ser
condicionado ao número de organismos já credenciados.
2.1.1.3 Os critérios de credenciamento de acordo com os
quais é avaliada a competência de um organismo solici-
tante devem ser aqueles previstos nos ABNT ISO/IEC Guia 65
e ABNT ISO/IEC Guia 62 ou outros documentos norma-
tivos pertinentes para a função desempenhada. Se for ne-
cessário um esclarecimento quanto à aplicação destes
documentos a um programa específico de credenciamento,
este deve ser formulado por comitês ou pessoas imparci-
ais, possuindo a necessária competência técnica, e publi-
cado pelo organismo de credenciamento.
2.1.1.4 O organismo de credenciamento deve limitar os
seus requisitos, avaliação e decisões sobre o credencia-
mento àquelas matérias especificamente relacionadas ao
escopo do credenciamento que estiver sendo considera-
do.
2.1.2 Organização
A estrutura do organismo de credenciamento deve ser tal
que proporcione confiança aos seus credenciamentos.
Em particular, o organismo de credenciamento deve
a) ser imparcial;
b) ser responsável pelas suas decisões relativas à
concessão, manutenção, extensão, redução, sus-
pensão e cancelamento do credenciamento;
c) identificar o gerenciamento (comitê, grupo ou pes-
soa), que deve ter completa responsabilidade por
cada uma das seguintes atividades:
1) execução da avaliação e credenciamento, con-
forme definido neste Guia;
2) formulação de políticas relativas à operação do
organismo de credenciamento;
3) decisões sobre o credenciamento;
4) supervisão da implementação das suas políti-
cas;
5) supervisão das finanças do organismo de cre-
denciamento;
6) delegação de autoridade a comitês ou pessoas,
conforme necessário, para executar atividades
definidas em seu nome;
d) ter documentos que comprovem ser uma entidade
legalmente constituída;
e) ter uma estrutura documentada que salvaguarde
a sua imparcialidade, incluindo disposições para
assegurar a imparcialidade das operações do or-
ganismo de credenciamento; esta estrutura deve
permitir a participação de todas as partes com inte-
resse significativo no desenvolvimento de políticas
e princípios relativos ao conteúdo e ao funciona-
mento do sistema de credenciamento;
f) assegurar que cada decisão sobre credenciamen-
to seja tomada por pessoa ou pessoas diferentes
daquelas que executam avaliação;
g) ter direitos e responsabilidades pertinentes às suas
atividades de credenciamento;
h) ter mecanismos adequados para cobrir responsa-
bilidades legais, decorrentes das suas operações
e/ou atividades;
i) ter estabilidade financeira e recursos necessários
para a operação de um sistema de credenciamento;
j) empregar um número suficiente de pessoas que te-
nham a necessária formação, treinamento, conhe-
cimento técnico e experiência para desempenhar
funções de credenciamento relativas ao tipo, abran-
gência e volume do trabalho realizado, sob a res-
ponsabilidade de um executivo sênior;
3
ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
k) ter um sistema da qualidade, como descrito em
2.1.4, que proporcione confiança na sua capacida-
de de operar um sistema de credenciamento de
organismos de certificação/registro;
l) ter políticas e procedimentos que distingam entre
o credenciamento e quaisquer outras atividades
nas quais o organismo de credenciamento esteja
envolvido;
m)juntamente com o seu executivo sênior e o pes-
soal, estar livre de quaisquer pressões comer-
ciais, financeiras e outras que possam influenciar
os resultados do processo de credenciamento;
n) ter regras e estruturas formais para a nomeação e
operação de quaisquer comitês envolvidos no
processo de credenciamento; estes comitês de-
vem estar livres de quaisquer pressões comerci-
ais, financeiras e outras que possam influenciar as
decisões (ver nota 2);
o) assegurar que as atividades dos organismos re-
lacionados 1) não afetam a confidencialidade, ob-
jetividade ou imparcialidade dos seus credencia-
mentos e não deve oferecer ou fornecer direta ou
indiretamente:
1) aqueles serviços que ele credencia outros a
realizarem;
2) serviços de consultoria para obter ou manter o
credenciamento;
3) serviços para projetar, implementar ou manter
programas de certificação (ver nota 3);
p) ter políticas e procedimentos para a solução de re-
clamações, apelações e disputas recebidas de or-
ganismos, ou deoutras partes, sobre o tratamento
dado ao credenciamento ou quaisquer matérias
relacionadas.
NOTAS
2 Uma estrutura cujos membros são escolhidos de forma a
constituir um equilíbrio de interesses, na qual não predomina
nenhum interesse individual, será considerada satisfatória para
atender a este dispositivo.
3 Outros produtos, processos ou serviços podem ser oferecidos,
direta ou indiretamente, desde que não comprometam a confiden-
cialidade, a objetividade ou imparcialidade dos seus processos e
decisões de credenciamento.
2.1.3 Subcontratação
Quando um organismo de credenciamento decide sub-
contratar trabalho relacionado ao credenciamento (por
exemplo, auditorias) a um organismo ou pessoa externa,
deve ser elaborado um acordo devidamente documenta-
do, contendo as condições, inclusive confidencialidade e
conflito de interesse. O organismo de credenciamento
deve:
a) assumir plena responsabilidade pelo trabalho sub-
contratado e manter a sua responsabilidade de
concessão, manutenção, extensão, redução, sus-
pensão ou cancelamento do credenciamento;
b) assegurar que o organismo ou pessoa subcon-
tratado seja competente e atenda às exigências
aplicáveis deste Guia, e não esteja envolvido, dire-
tamente ou através do seu empregador, com o pro-
jeto, implementação ou manutenção de um esque-
ma de certificação ou certificação/registro, de ma-
neira tal que a sua imparcialidade possa ser com-
prometida;
c) obter o consentimento do organismo solicitante ou
credenciado.
NOTA 4 Os requisitos a) e b), por extensão, são também apli-
cáveis quando um organismo de credenciamento usar, para
concessão do seu próprio credenciamento, o serviço fornecido
a outro organismo de credenciamento com o qual tenha assinado
um acordo.
2.1.4 Sistema da qualidade
2.1.4.1 A administração do organismo de credenciamento
com responsabilidade executiva pela qualidade deve de-
finir e documentar a sua política para a qualidade, inclu-
sive objetivos para qualidade e o seu comprometimento
para com a qualidade. A administração deve assegurar
que essa política seja compreendida, implementada e
mantida em todos os níveis da organização.
2.1.4.2 O organismo de credenciamento deve operar um
sistema da qualidade de acordo com os elementos perti-
nentes deste Guia e apropriado ao tipo, abrangência e vo-
lume do trabalho realizado. Este sistema da qualidade de-
ve ser documentado e a documentação deve estar dispo-
nível para o uso do pessoal do organismo de credencia-
mento. O organismo de credenciamento deve assegurar
a implementação efetiva dos procedimentos e instruções
do sistema da qualidade documentado. O organismo de
1)
 Para os efeitos deste Guia, organismo relacionado é aquele que está ligado com o organismo de credenciamento por proprietários ou
diretores comuns, mecanismos contratuais, um nome comum, entendimento informal ou outros meios tais que o organismo relacionado
tenha um interesse por direito no resultado de uma avaliação ou tenha habilidade potencial para influenciar o resultado de uma avaliação.
4
ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
credenciamento deve designar uma pessoa que tenha
acesso direto ao seu mais alto nível executivo, a qual, inde-
pendentemente de outras responsabilidades, deve ter
autoridade definida para
a) assegurar que seja estabelecido, implementado e
mantido um sistema da qualidade de acordo com
este Guia;
b) relatar o desempenho do sistema da qualidade à
administração do organismo de credenciamento
para sua análise crítica e como base para melhoria
do sistema da qualidade.
2.1.4.3 O sistema da qualidade deve ser documentado em
um manual da qualidade e em procedimentos da qualida-
de associados. O manual da qualidade deve conter ou
fazer referência pelo menos ao seguinte:
a) declaração da política da qualidade;
b) breve descrição da situação legal do organismo de
credenciamento, inclusive os nomes dos seus pro-
prietários, se aplicável, e, se diferentes, os nomes
das pessoas que o controlam;
c) nomes, qualificações, experiências e termos de
referência do executivo sênior e de outras pessoas
do organismo de credenciamento, que influenciam
na qualidade da função de credenciamento;
d) organograma da organização, mostrando as li-
nhas de autoridade, responsabilidade e atribuição
de funções a partir do executivo sênior e, em par-
ticular, a relação entre os responsáveis pela avali-
ação e aqueles que tomam as decisões relativas ao
credenciamento;
e) descrição da organização do organismo de creden-
ciamento, inclusive detalhes do gerenciamento
(comitê, grupo ou pessoa) identificados em 2.1.2 c),
a sua constituição, termos de referência e regras de
procedimento;
f) política e procedimentos para conduzir análises
críticas pela administração;
g) procedimentos administrativos, inclusive controle
de documentos;
h) deveres e serviços operacionais e funcionais per-
tinentes à qualidade, de modo que a extensão e os
limites da responsabilidade de cada pessoa sejam
conhecidos por todos os envolvidos;
i) política e procedimentos para o recrutamento e o
treinamento do pessoal do organismo de creden-
ciamento (inclusive auditores) e o monitoramento
do seu desempenho;
j) lista dos seus subcontratados e detalhes dos pro-
cedimentos para avaliação, registros e monitora-
mento de sua competência;
k) seus procedimentos para tratar as não-conformi-
dades e para assegurar a eficácia de quaisquer
ações corretivas tomadas;
l) política e procedimentos para implementar o pro-
cesso de credenciamento, inclusive:
1) as condições para emitir, reter e cancelar os do-
cumentos de credenciamento;
2) os controles sobre o uso e a aplicação de do-
cumentos utilizados no credenciamento;
3) os procedimentos para avaliação e credencia-
mento dos solicitantes;
4) os procedimentos para acompanhamento e rea-
valiação dos organismos credenciados;
m)política e procedimentos para tratar das apela-
ções, reclamações e disputas;
n) procedimentos para conduzir auditorias internas
baseadas nas disposições da NBR ISO 10011-1.
2.1.5 Condições para concessão, manutenção, extensão,
redução, suspensão e cancelamento do credenciamento
2.1.5.1 O organismo de credenciamento deve especificar
as condições para concessão, manutenção, extensão e
redução do credenciamento, e as condições sob as quais
o credenciamento pode ser suspenso ou cancelado, par-
cial ou totalmente, para todo ou parte do escopo de creden-
ciamento do organismo credenciado. Em particular, o or-
ganismo de credenciamento deve requerer do organismo
uma pronta notificação de quaisquer intenções de mudan-
ças no sistema da qualidade ou outras mudanças que pos-
sam afetar a conformidade.
2.1.5.2 O organismo de credenciamento deve ter procedi-
mentos para
a) conceder, manter , cancelar e suspender o creden-
ciamento;
b) estender ou reduzir o escopo do credenciamento;
c) conduzir uma reavaliação na eventualidade de
mudanças que afetem significativamente as ativi-
dades e as operações do organismo credenciado
(tais como mudança de propriedade, mudanças no
pessoal ou equipamento), ou se a análise de uma
reclamação ou outra qualquer informação indicar
que o organismo credenciado não mais atende aos
requisitos do organismo de credenciamento.
5
ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
2.1.6 Auditorias internas e análises críticas pela
administração
2.1.6.1 O organismo de credenciamento deve realizar au-
ditorias internas periódicas abrangendo todos os procedi-
mentos, de maneira planejada e sistemática, para verificar
que o sistema da qualidade está sendo implementado e
é eficaz. O organismo de credenciamento deve assegurar
que
a) o pessoal responsável pela área auditada seja in-
formado do resultado da auditoria;
b) a ação corretiva seja tomada no devido tempo e de
maneira apropriada;
c) os resultados da auditoria sejam documentados.
2.1.6.2 A alta administraçãodo organismo de credencia-
mento deve analisar criticamente o seu sistema da quali-
dade a intervalos definidos, suficientes para assegurar a
sua contínua adequação e eficácia em satisfazer aos re-
quisitos deste Guia e aos objetivos e política da qualidade
declarados. Devem ser mantidos registros destas análi-
ses críticas.
2.1.7 Documentação
2.1.7.1 O organismo de credenciamento deve documen-
tar, atualizar a intervalos regulares e tornar disponíveis
(por meio de publicações, meios eletrônicos ou outros),
quando solicitado:
a) informação a respeito da autoridade sob a qual o or-
ganismo de credenciamento opera;
b) uma declaração documentada do seu sistema de
credenciamento, inclusive as suas regras e proce-
dimentos para concessão, manutenção, extensão,
redução, suspensão e cancelamento do credencia-
mento;
c) informação sobre o processo de avaliação e creden-
ciamento;
d) uma descrição dos meios pelos quais o organismo
de credenciamento obtém suporte financeiro e in-
formações gerais sobre as taxas cobradas dos soli-
citantes e organismos credenciados;
e) uma descrição dos direitos e deveres dos solici-
tantes e organismos credenciados como especifi-
cado, inclusive requisitos, restrições ou limitações
quanto ao uso da logomarca do organismo de cre-
denciamento e as maneiras de fazer referências ao
credenciamento concedido;
f) informação sobre os procedimentos para tratar das
reclamações, apelações e disputas;
g) uma relação dos organismos credenciados, inclu-
sive a localização destes, descrevendo o escopo
do credenciamento concedido a cada um.
2.1.7.2 O organismo de credenciamento deve estabelecer
e manter procedimentos para controlar todos os documen-
tos e dados relativos às suas funções de credenciamento.
Estes documentos devem ser analisados criticamente e
aprovados quanto à sua adequação por pessoal devida-
mente autorizado e competente, antes da emissão de
quaisquer documentos após o desenvolvimento inicial ou
qualquer emenda subseqüente ou mudança que esteja
sendo realizada. Deve ser mantida uma listagem de todos
os documentos apropriados, com a identificação da res-
pectiva situação de emissão e/ou emenda. A distribuição
de todos estes documentos deve ser controlada, para
assegurar que a documentação apropriada esteja dispo-
nível para o pessoal do organismo de credenciamento ou
solicitante ou organismos credenciados, quando requeri-
do para o desempenho de qualquer função relacionada
com as atividades dos organismos solicitantes e creden-
ciados.
2.1.8 Registros
2.1.8.1 O organismo de credenciamento deve manter um
sistema de registro apropriado para as suas circunstân-
cias particulares e para cumprir os regulamentos existen-
tes. Os registros devem demonstrar que os procedimentos
de credenciamento foram efetivamente seguidos, particu-
larmente com respeito aos formulários de solicitação, re-
latórios de avaliação e outros documentos relativos à con-
cessão, manutenção, extensão, redução, suspensão ou
cancelamento do credenciamento. Os registros devem
ser identificados, administrados e colocados à disposição
de maneira a assegurar a integridade do processo e a
confidencialidade da informação. Os registros devem ser
mantidos por um período de tempo, de modo que uma
contínua confiança possa ser demonstrada pelo menos
por um ciclo completo de credenciamento, ou conforme
exigido por lei.
2.1.8.2 O organismo de credenciamento deve ter uma po-
lítica e procedimentos para reter os registros por um perío-
do consistente com as suas obrigações contratuais, legais
ou outras. O organismo de credenciamento deve ter uma
política e procedimentos para acesso a estes registros
conforme 2.1.9.
2.1.9 Confidencialidade
2.1.9.1 O organismo de credenciamento deve ter meca-
nismos adequados, consistentes com as leis aplicáveis,
para salvaguardar a confidencialidade das informações
obtidas no curso das suas atividades de credenciamento
em todos os níveis da sua organização, inclusive comitês
e organismos externos ou pessoas atuando em seu nome.
2.1.9.2 Exceto quando requerido neste Guia, informações
sobre um determinado organismo não devem ser revela-
das a terceiros sem o consentimento, por escrito, do orga-
nismo. Caso a lei exija que a informação seja dada a co-
nhecer a terceiros, o organismo deve ser notificado da in-
formação fornecida, como permitido pela lei.
6
ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
2.2 Pessoal do organismo de credenciamento
2.2.1 Generalidades
2.2.1.1 O pessoal do organismo de credenciamento envol-
vido no credenciamento deve ser competente para as fun-
ções que desempenha.
2.2.1.2 A informação sobre as qualificações, treinamento e
experiência pertinentes de cada membro do pessoal en-
volvido no processo de credenciamento deve ser mantida
pelo organismo de credenciamento. Os registros de trei-
namento e experiência devem ser mantidos atualizados.
2.2.1.3 As instruções claramente documentadas devem
estar disponíveis ao pessoal, descrevendo os seus deve-
res e responsabilidades. Estas instruções devem ser man-
tidas atualizadas.
2.2.2 Critérios para qualificação de auditores e técnicos
especialistas
2.2.2.1 A fim de assegurar que as avaliações sejam con-
duzidas de forma eficaz e uniforme, os critérios mínimos
pertinentes de competência devem ser definidos pelo or-
ganismo de credenciamento.
2.2.2.2 Os auditores devem satisfazer aos requisitos da do-
cumentação internacional apropriada. Para a avaliação
de um sistema da qualidade, as diretrizes pertinentes para
auditoria são aquelas definidas na NBR ISO 10011-1 e os
critérios pertinentes para os auditores são aqueles defini-
dos na NBR ISO 10011-2.
2.2.2.3 Aos técnicos especialistas não se aplicam as exi-
gências para auditores referidos na NBR ISO 10011-2.
Orientação sobre os seus atributos pessoais podem ser
obtidas na NBR ISO 10011-2, seção 7.
2.2.3 Procedimento para seleção
2.2.3.1 Seleção de auditores e técnicos especialistas, em
geral
O organismo de credenciamento deve ter um procedimen-
to para
a) selecionar auditores e, se aplicável, técnicos espe-
cialistas, com base na sua competência, treina-
mento, qualificações e experiência;
b) avaliar inicialmente a conduta dos auditores e téc-
nicos especialistas durante as avaliações e subse-
qüente monitoramento do desempenho dos audi-
tores e técnicos especialistas.
2.2.3.2 Designação para uma avaliação específica
Ao selecionar a equipe auditora a ser designada para uma
avaliação específica, o organismo de credenciamento de-
ve assegurar que as habilidades da equipe designada são
apropriadas. A equipe deve
a) estar familiarizada com os regulamentos legais
pertinentes e com os procedimentos e requisitos de
credenciamento;
b) ter pleno conhecimento do método e dos documen-
tos de avaliação pertinentes;
c) ter conhecimento técnico apropriado das ativida-
des específicas para as quais o credenciamento é
desejado e, onde pertinente, com os procedimen-
tos associados e o seu potencial de falha (esta fun-
ção pode ser preenchida por técnicos especialistas
que não sejam auditores);
d) ter um grau de compreensão suficiente para rea-
lizar uma avaliação confiável da competência do
organismo para operar dentro do escopo do seu
credenciamento;
e) ser capaz de se comunicar eficientemente, tanto
por escrito quanto oralmente, nos idiomas requeri-
dos;
f) estar livre de qualquer interesse que possa fazer
com que os membros da equipe atuem de outra
maneira que não seja imparcial ou não-discrimina-
tória, por exemplo:
1) os membros da equipe auditora ou as suas or-
ganizações não devem ter prestado serviços de
consultoria ao solicitante ou organismo creden-
ciado, que comprometam o processo e a deci-
são do credenciamento;
2) de acordo com as diretrizes do organismo de
credenciamento, os membros da equipe audi-
tora devem informar ao organismo de credencia-mento, antes da avaliação, sobre qualquer liga-
ção existente, passada ou previsível, entre eles
ou as suas respectivas organizações e o orga-
nismo a ser avaliado.
2.2.4 Contratação do pessoal de avaliação
O organismo de credenciamento deve assinar um contra-
to ou outro documento com o pessoal envolvido na avali-
ação pelo qual este se compromete a cumprir as regras
definidas pelo organismo de credenciamento, inclusive
aquelas relativas à confidencialidade e à independência
de interesses comerciais e outros, e qualquer ligação pas-
sada e/ou presente com os organismos a serem avaliados.
O organismo de credenciamento deve assegurar que, e
documentar como, qualquer pessoal de avaliação subcon-
tratado satisfaz a todos os requisitos para o pessoal de
avaliação definidos neste Guia.
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ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
2.2.5 Registros do pessoal de avaliação
2.2.5.1 O organismo de credenciamento deve possuir e
manter registros atualizados do pessoal que conduz ava-
liação, consistindo em
a) nome e endereço;
b) organização à qual pertence e posição ocupada;
c) qualificações educacionais e situação profissio-
nal;
d) experiência e treinamento em cada campo de com-
petência do organismo de credenciamento;
e) data da última atualização do registro;
f) avaliação do desempenho.
2.2.5.2 O organismo de credenciamento deve assegurar e
verificar que qualquer organismo subcontratado mantém
registros do pessoal de avaliação que está subcontratado
pelo organismo de credenciamento que satisfaçam aos
requisitos deste Guia.
2.2.6 Procedimentos para equipes de avaliação
As equipes de avaliação devem estar providas de instru-
ções de avaliação atualizadas e toda as informações perti-
nente sobre os mecanismos e os procedimentos de creden-
ciamento.
2.3 Decisão sobre o credenciamento
2.3.1 A decisão de credenciar ou não um organismo de-
ve ser tomada com base na informação colhida durante o
processo de credenciamento e qualquer outra informação
pertinente. Aqueles que tomam a decisão sobre o creden-
ciamento não devem ter participado da auditoria.
2.3.2 O organismo de credenciamento não deve delegar
autoridade para concessão, manutenção, extensão, redu-
ção, suspensão ou cancelamento do credenciamento a
outra pessoa ou organismo externo.
2.3.3 O organismo de credenciamento deve fornecer a ca-
da um dos seus organismos credenciados documentos de
credenciamento, tais como uma carta ou certificado assi-
nado por um dirigente designado para esta responsabili-
dade. Estes documentos de credenciamento devem iden-
tificar, para o organismo e para cada um dos locais abran-
gidos pelo credenciamento,
a) nome e endereço;
b) escopo do credenciamento concedido, inclusive,
se apropriado
1) o tipo do programa de certificação/registro,
2) as normas e/ou outros documentos normativos
e requisitos regulamentares de acordo com os
quais os produtos, serviços ou sistemas são certi-
ficados ou registrados,
3) os setores industriais,
4) as categorias de produtos;
c) data efetiva do credenciamento e, quando aplicá-
vel, o prazo para o qual o credenciamento é válido.
2.3.4 Em resposta a uma solicitação de emenda ao escopo
de um credenciamento já concedido, o organismo de cre-
denciamento deve decidir, se for o caso, qual o procedi-
mento de avaliação é apropriado para determinar se a
emenda deverá ou não ser concedida e deve agir de acor-
do.
2.4 Referência à situação de credenciamento
2.4.1 Um organismo de credenciamento que é o proprie-
tário ou licenciado de um símbolo ou logomarca destinado
ao uso no seu programa de credenciamento deve ter uma
política regulando este uso. Deve normalmente permitir
que um organismo credenciado se refira ao seu credencia-
mento em certificados, relatórios, correspondência e ma-
teriais de publicidade relativos às atividades credenciadas.
2.4.2 O organismo de credenciamento não deve permitir o
uso da sua marca ou logomarca de maneira a induzir que
o próprio organismo de credenciamento tenha aprovado
um produto, serviço ou sistema certificado ou registrado
por um organismo credenciado. No caso de um fornecedor
certificado/registrado somente em relação ao seu sistema
da qualidade, o símbolo ou logomarca não deve ser usado
em um produto ou de qualquer outro modo que possa ser
interpretado como denotando a conformidade do produto.
Quando os produtos do fornecedor são certificados de
acordo com os mecanismos de conformidade de produto,
o símbolo ou logomarca pode aparecer no produto se for
permitido pelas regras do organismo de credenciamento.
2.4.3 O organismo de credenciamento deve tomar medi-
das apropriadas para lidar com referências incorretas ao
sistema de credenciamento ou uso indevido de logomarcas
de credenciamento encontrados em anúncios, catálogos,
etc.
NOTA 5 Esta ação pode incluir ações corretivas, cancelamento
do certificado, publicação da transgressão e, se necessário, ou-
tras ações legais.
2.5 Alterações nos requisitos para credenciamento
O organismo de credenciamento deve dar a devida noti-
ficação sobre quaisquer alterações que pretenda fazer
nos seus requisitos para credenciamento. Deve conside-
rar as opiniões expressas pelas partes interessadas antes
de decidir sobre a forma precisa e a data efetiva das altera-
ções. Em seguida à decisão e à publicação dos requisitos
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ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
alterados, o organismo de credenciamento deve verificar
se cada organismo credenciado executa os necessários
ajustes dos seus procedimentos dentro de um prazo que,
na opinião do organismo de credenciamento, seja razoá-
vel.
2.6 Apelações, reclamações e disputas
2.6.1 As apelações, reclamações e disputas apresentadas
ao organismo de credenciamento por organismos de cer-
tificação ou outras partes devem estar sujeitas aos proce-
dimentos do organismo de credenciamento.
2.6.2 O organismo de credenciamento deve
a) manter um registro de todas as apelações, recla-
mações e disputas e das ações corretivas relativas
ao credenciamento;
b) tomar ações corretivas e preventivas apropriadas;
c) documentar as ações tomadas e avaliar a sua efi-
cácia.
2.7 Acesso aos registros de apelações, reclamações e
disputas
O organismo de credenciamento deve exigir que cada
solicitante e organismo credenciado mantenha disponível
para o organismo de credenciamento, quando solicitado,
os registros de todas as apelações, reclamações e dispu-
tas e ações subseqüentes.
Seção 3: Requisitos para avaliação
3.1 Solicitação de credenciamento
3.1.1 Informações sobre o procedimento
3.1.1.1 Uma descrição detalhada do procedimento de ava-
liação e credenciamento, os documentos contendo os re-
quisitos para o credenciamento e os documentos descre-
vendo os direitos e deveres dos organismos credenciados
devem ser mantidos atualizados conforme especificado
em 2.1.7.1 e devem ser fornecidos aos solicitantes e or-
ganismos credenciados.
3.1.1.2 O organismo de credenciamento deve exigir que
um organismo
a) atenda às disposições pertinentes deste Guia;
b) tome todas às providências necessárias para a
realização da avaliação, inclusive para o exame da
documentação e o acesso a todas as áreas, regis-
tros (inclusive relatórios de auditoria interna) e pes-
soal para os fins da avaliação, acompanhamento,
reavaliação e solução de reclamações;
c) somente declare que é credenciado em relação às
atividades para as quais o credenciamento foi con-
cedido;
d) não use o seu credenciamento de maneira a pre-
judicar a imagem do organismo de credenciamento
e não faça qualquer declaração sobre o seu creden-
ciamento que o organismo de credenciamento
possa considerar indevida ou não autorizada;
e) em caso de suspensão ou cancelamento de seu
credenciamento (independentemente de como foi
determinado), deixe de usar todo o material de pro-
paganda que contenha qualquer referência ao
credenciamentoe devolva quaisquer documentos
de credenciamento, como for exigido pelo organis-
mo de credenciamento;
f) não permita que o seu credenciamento seja usado
para sugerir que um produto, processo, sistema ou
pessoa é aprovado pelo organismo de credencia-
mento;
g)assegure que nenhum documento, marca ou rela-
tório de credenciamento, ou qualquer parte deles,
seja usado de maneira indevida;
h)ao fazer referência à sua situação de credenciamen-
to nos meios de comunicação, tais como documen-
tos, brochuras ou anúncios, atenda aos requisitos
do organismo de credenciamento.
3.1.1.3 Quando o escopo desejado do credenciamento es-
tá relacionado com um programa específico, quaisquer
explicações necessárias devem ser dadas ao solicitante.
3.1.1.4 Se requeridas, informações adicionais sobre a soli-
citação devem ser fornecidas ao organismo.
3.1.2 A solicitação
3.1.2.1 O organismo de credenciamento deve exigir um
formulário oficial de solicitação devidamente preenchido
e assinado por um representante do solicitante devida-
mente autorizado, no qual, ou anexado ao qual
a) o escopo do credenciamento desejado está defini-
do;
b) o solicitante concorda em cumprir os requisitos pa-
ra credenciamento e em fornecer qualquer infor-
mação necessária para a sua avaliação.
3.1.2.2 No mínimo as seguintes informações devem ser for-
necidas pelo solicitante antes da avaliação no local:
a) características gerais do organismo solicitante, tais
como entidade corporativa, nome, endereços, cons-
tituição legal e, onde pertinente, os recursos huma-
nos e técnicos;
b) informações gerais sobre o organismo abrangido
pela solicitação, tais como suas funções, seu rela-
cionamento com uma entidade corporativa maior e
as suas localizações físicas;
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ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
c) descrição dos sistemas ou produtos que ele regis-
tra ou certifica e as normas ou outros documentos
normativos aplicáveis a cada um;
d) um exemplar do seu manual da qualidade e, onde
exigido, a documentação associada.
As informações obtidas podem ser usadas para preparar
a avaliação no local e devem ser tratadas com confiden-
cialidade apropriada.
3.2 Preparação para avaliação
3.2.1 Antes de efetuar a avaliação, o organismo de creden-
ciamento deve conduzir e manter os registros de uma
análise crítica da solicitação de credenciamento, para as-
segurar que
a) os requisitos para credenciamento estejam clara-
mente definidos e documentados;
b) qualquer diferença de entendimento entre o orga-
nismo de credenciamento e o solicitante seja resol-
vida;
c) o organismo de credenciamento tenha a capaci-
dade de executar o serviço de credenciamento com
respeito ao escopo do credenciamento desejado,
ao local das operações do solicitante e a quaisquer
outros requisitos especiais, tal como o idioma usa-
do pelo solicitante.
3.2.2 O organismo de credenciamento deve preparar um
plano para as suas atividades de avaliação, para permitir
que as medidas necessárias sejam tomadas.
3.2.3 O organismo de credenciamento deve designar uma
equipe auditora qualificada para avaliar todo o material
recebido do solicitante e conduzir a auditoria em seu no-
me. Especialistas nas áreas a serem avaliadas podem ser
agregados à equipe do organismo de credenciamento co-
mo suporte técnico.
3.2.4 O organismo deve ser informado dos nomes dos
membros da equipe auditora que efetuará a avaliação,
com antecedência suficiente para permitir-lhe apresentar
apelação contra a designação de quaisquer auditores ou
especialistas em particular.
3.2.5 A equipe auditora deve ser formalmente designa-
da e provida com os documentos de trabalho apropriados.
O plano e a data da auditoria devem ser acordados com
o organismo. A autoridade conferida à equipe auditora de-
ve ser claramente definida e comunicada ao organismo,
e deve requerer que a equipe auditora examine a estrutu-
ra, as políticas e os procedimentos do organismo para con-
firmar se estes atendem a todos os requisitos pertinentes
ao escopo do credenciamento e se estão implementados
de forma a proporcionar confiança nas certificações ou
registros do organismo.
3.3 Avaliação
3.3.1 A equipe auditora deve avaliar todos os serviços do
organismo abrangidos pelo escopo definido em relação a
todos os requisitos aplicáveis de credenciamento.
3.3.2 O organismo de credenciamento deve testemunhar
no local, de forma completa, as atividades, corresponden-
tes a uma ou mais avaliações ou auditorias executadas por
um organismo solicitante antes de conceder um creden-
ciamento inicial para quaisquer funções que requeiram
avaliação de atividade no local pelo solicitante.
3.4 Relatório de avaliação
3.4.1 O organismo de credenciamento pode adotar proce-
dimentos de elaboração de relatórios que atendam às
suas necessidades, mas, no mínimo, estes procedimentos
devem assegurar que
a) ocorra uma reunião da equipe auditora com a ad-
ministração do organismo, antes de a equipe audito-
ra deixar as instalações, em que a equipe auditora
apresenta uma indicação, escrita ou oral, sobre a
conformidade do organismo solicitante com os re-
quisitos específicos do credenciamento, e propor-
ciona uma oportunidade para o organismo fazer
perguntas sobre os aspectos constatados e suas
bases;
b) a equipe auditora apresente ao organismo de cre-
denciamento um relatório das suas constatações
quanto à conformidade do organismo com todos os
requisitos do credenciamento;
c) um relatório do resultado da avaliação seja pronta-
mente levado ao conhecimento do organismo pelo
organismo de credenciamento, identificando qual-
quer não-conformidade a ser eliminada para aten-
der a todos os requisitos do credenciamento;
d) o organismo de credenciamento solicite ao orga-
nismo os seus comentários sobre o relatório e a
descrição das medidas específicas tomadas, ou
planejadas para serem tomadas, dentro de um tem-
po definido, para corrigir quaisquer não-conformi-
dades identificadas com os requisitos do creden-
ciamento, durante a avaliação, e informe ao orga-
nismo da necessidade de uma completa ou parcial
reavaliação ou se será considerada adequada
uma declaração por escrito a ser confirmada duran-
te o acompanhamento;
e) o relatório contenha, no mínimo:
1) data(s) da(s) auditoria(s);
2) o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) responsável(is)
pelo relatório;
3) os nomes e endereços de todos os locais au-
ditados;
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ABNT ISO/IEC GUIA 61/1997
4) o escopo avaliado do credenciamento ou refe-
rência a ele;
5) comentários sobre a conformidade do organis-
mo solicitante com os requisitos do credencia-
mento e, onde aplicável, quaisquer compara-
ções úteis com os resultados de avaliações an-
teriores do organismo;
6) uma explanação sobre quaisquer diferenças
das informações apresentadas ao organismo
na reunião de encerramento.
3.4.2 Se o relatório final autorizado pelo organismo de cre-
denciamento estiver diferente do relatório mencionado
em 3.4.1 (c) e (e), ele deve ser submetido ao organismo,
com uma explanação sobre quaisquer diferenças em re-
lação ao relatório anterior.
O relatório deve levar em consideração
a) a qualificação, experiência e autoridade do pes-
soal envolvido na auditoria;
b) a adequação da organização interna e procedi-
mentos adotados pelo organismo para proporcio-
nar confiança na qualidade dos seus serviços;
c) as ações tomadas para corrigir não-conformida-
des identificadas, inclusive, onde aplicável, aque-
las identificadas em avaliações anteriores.
3.5 Procedimentos de acompanhamento e reavaliação
3.5.1 O organismo de credenciamento deve ter um pro-
grama documentado consistente com o credenciamento
concedido, para realizar um acompanhamento periódico
e uma reavaliação a intervalos suficientemente curtos pa-
ra verificar se o seu organismo credenciado continua a
atender aos requisitos do credenciamento.
NOTA 6 Na maioriados casos, não é provável que um período
maior que um ano possa satisfazer aos requisitos de acompanha-
mento deste item.
3.5.2 Os procedimentos de acompanhamento e reavalia-
ção devem ser consistentes com aqueles referentes à
avaliação do organismo, conforme descrito neste Guia.
3.5.3 O organismo de credenciamento deve ter mecanis-
mos para assegurar que um organismo credenciado o in-
forme sem demora de mudanças em quaisquer aspectos
da sua situação ou suas operações que afetem
a) sua constituição legal, comercial ou organizacional;
b) sua organização e gerenciamento, por exemplo,
pessoal-chave da administração;
c) políticas e procedimentos, onde apropriado;
d) instalações;
e) pessoal, equipamento, infra-estrutura, ambiente
de trabalho ou outros recursos, onde forem signifi-
cativos.
O organismo credenciado deve também informar ao orga-
nismo credenciador sobre matérias que possam afetar a
sua capacidade, ou o escopo das atividades credenciadas,
ou a conformidade com os requisitos deste Guia, ou qual-
quer outro critério pertinente de competência especificado
pelo organismo de credenciamento.

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