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Sara Steffens- ATM 2018/2 1 AULAS UE SEXTA- RESUMO PROVA 1 URGÊNCIAS UROLÓGICAS- Trauma Urológico TRAUMA: maior causa de morte p/ H e M com < 40 anos. ~ 10% dos traumas envolvem o trato urinário. TRAUMA RENAL Aproximadamente 10% dos traumas envolvem o TU. Rim é o órgão mais acometido (é parenquimatoso, sofre fratura). A hematúria é o melhor preditor (principal indicador) O grau de hematúria NÃO tem boa correlação com a gravidade da lesão renal. Outros indicadores: Sinais de hemorragia aguda (choque, anemia). Equimoses, ferimentos Doa à palpação abd/ lombar Massa palpável, empastamento abd Fratura de mts costelas Fratura apófises vertebrais L1-L3 (protegem rim). Estadiamento por imagem Trauma abd fechado: todo pct com Macro ou microhematuria + choque (PAS < 90) Trauma abd Aberto: todo pct com qlqr grau de hematúria Trauma renal em crianças: Choque não é parâmetro confiável. Qualquer hematúria= fazer imagem. Qual exame de imagem? TC com contraste: mostra extravasamento no retroperitônio, c/ ruptura da cápsula renal. Principal exame. US com Doppler: ver lesão vascular (refluxo), também é bastante usado. Urografia: era + usada antigamente. Arteriografia: exame mais difícil. Graus de acometimento renal: G I: contusão simples (hematoma subcapsular, sem expansão, sem laceração do parênquima). Tratamento geralmente conservador. G II: Hematoma perirrenal estável, confinado ao retroperitônio. Lesão do parênquima < 1 cm s/ lesão sistema coletor. Tratamento geralmente conservador. G III: lesão parênquima > 1 cm com ruptura do sist. Coletor ou extravasamento de urina. Ficar alerta para sinais de instabilidade, é melhor evitar tto cirúrgico, mas pode ser necessário. G IV: lacera córtex, medula e sistema coletor. Lesão de artéria ou veia renal com hemorragia controlada. Geralmente necessita tto cirúrgico. G V: laceração, rim fragmentado, lesão cominutiva. Avulsão parcial ou total do pedículo renal. Geralmente necessita tto cirúrgico. Tratamento conservador é preferível, pois havendo necessidade de operar, a probabilidade de necessitar retirada do rim é grande. Dificilmente se consegue estancar o sangramento na cirurgia. Trauma renal é muito comum com em acidentes de carro, como capotamento. Tratamento Maioria das lesões fechadas são conservadoras, com: Internação e repouso no leito, Monitoração dos sinais, Controle seriado da hematúria e hematócrito. Pegar acesso calibroso (subclávia) para hidratar. Indicação absoluta de cirurgia: Sangramento renal persistente Hematoma perirrenal pulsátil ou expandido. *Lesão penetrante NÃO é indicação absoluta. Indicação Relativa de cirurgia: Tecido não viável Extravasamento urinário Dx tardio de lesão renal Lesão de artéria segmentar Estadiamento incompleto TRAUMA URETERAL Pouco frequente (1-4%) É consequência de ferimentos por arma de fogo, ou branca. Geralmente associado a outras lesões (intestino, rim). Mais comum: iatrogênica (por cx urológica/ pélvica- comum em ginecológicas). Inicialmente são silenciosas, em 20-40% não há nem micro-hematúria. Manifestam-se por fistulas, urinomas e abcessos intra-abd. Ex: pct chega um tempo após a cx por PERDA de urina (diferente da perda de esforço)- se faz uroscopia e vê que há fístula. Diagnóstico Urografia Excretora é + usado. Pielografia Retrógrada (> 48h)- pouco usada. US e TC (urinoma-coleções de urina no retroperitônio) Tratamento Depende: extensão, localização e o tempo decorrido. Debridamento e anastomose sem tensão (ureteroureterostomia) e colocação de cateter duplo J na luz renal. Lesões mais distais: tratadas com reimplante vesical; TRAUMA DE BEXIGA Trauma fechado Rotura INTRAperitoneal: trauma contuso suprapubico com bexiga cheia. Rotura EXTRAperitoneal: por fratura de bacia. Sara Steffens- ATM 2018/2 2 Trauma penetrante Dx: dor suprapúbica, impossibilidade de urina em pct com trauma/fratura suprapúbica. *Hematúria SEMPRE presente. Urografia retrograda com no mínimo 300 ml contraste. Tratamento Penetrante ou trauma intraperitoneal Abordagem cx com sutura da bexiga Drenagem com sonda uretral ou cistostomia Rotura extraperitoneal Drenagem por via uretral (geralmente lesão fecha sozinha). TRAUMA DE URETRA + em H Etiologia: acidentes automobilísticos, atropela, arma de fogo, quedas “a cavaleiro”- com as pernas abertas (corta a uretra com a fratura do osso). Quadro clínico: uretrorragia, sangue no meato uretral, dor baixo ventre, impossibilidade de urinar, hematoma perineais ou escrotais. EVITAR sondar! A conduta é URETROCISTOGRAFIA, para ver grau de lesão. Tratamento: Realinhamento primário: casos selecionados (raramente). Geralmente lesão de nervos. Cistostomia e manda p casa, mais tarde analisar o que fazer. TRAUMA GENITÁLIA EXTERNA Acidentes automobilísticos, esportes, descarga elétrica, agentes químicos, por animais, sexo e masturbações, arma de fogo e arma branca, automutilações. PÊNIS: fratura corpo cavernoso é comum. Ereção à noite e se vira- pode fraturar. 1. Contusões: lesões superficiais com hematoma só analgesia e gelo local. 2. Fratura: lesão uretral em 23%. sempre tto cx. Geralmente na relação sexual (++) e sono Dor intensa, hematoma, desvio eixo peniano, pct refere clic (estalo no momento do trauma). Dx: clinico. Cavernosografia é “frescura”. US pode ser usado. DD com rotura da veia dorsal do pênis - cx vascular auxilia (mais raro). TESTÍCULO: geralmente associado à queda. Fechado- ver hematoma. Dx: US, na dúvida CX. Penetrante- sempre cx. **Havendo hematoma escrotal: cx ** ECO: ruptura da albugínea, hematocele ou hematoma= operar (mesmo que exame físico normal). Avulsão da pele genital: muitas vezes cx plástico precisa auxiliar. QUEIMADURAS Prof. Heron Definição: lesões por energia radiante térmica (frio ou calor). Agentes diretos: flama (explode)-chama (queima); gases, líquidos, e sólidos aquecidos; eletricidade; sb químicas, raios solares, radiação ionizantes. Consequências: trauma local, outros efeitos sobre o organismo; químicas/ elétricas: caracteres específicos. Tratamento integrado: Tto local e geral (grande queimado) Prevenção: 70% ocorrem no lar e 40% têm < 10 anos. Equipe multidisciplinar: enfermagem, psicóloga, assistente social. Principais causas por imprudência e imperícia. Formas de classificar: Locais: face, pés, mãos e genitais são piores. Porcentagem Profundidade: 1, 2, 3 grau Idade: crianças e idosos são + problemáticos p/ suportar Agentes causadores Lesões associadas Dçs concomitantes: renais, CV, metabólicas. Interfere no prognostico e tto. Porcentagem de Área Queimada: Extensão da superfície corporal: RN tem 0,25 m² e adultos 1,2-2,2 m². Relação proporção cabeça/tronco/ membros criança tem maior proporção (cabeção). Tabela Lund-Bronwder Regra dos 9- (PULASKI-TENNISON) Regra dos 9 em adultos Cabeça 9 MMSS 9 cada MMII 18% cada Tronco anterior 18% Tronco posterior 18% Genitais, cervical e palma mão: 1% cada. Sara Steffens- ATM 2018/2 3 Regra dos 9 em Crianças Cabeça 18% MMII 14% cada O resto é igual Regra dos 5 Queimadura de via aérea: internar Criança com queimadura: internar ProfundidadeEspessura da pele Palma e planta: 3-6 mm Pálpebra: 0,5 mm Varia com idade: criança e idoso é + fino Podem coexistir diferentes espessuras e não são estáticas, infeções podem fazer mudar o grau e queimaduras elétricas continuam aumentando. Medicamentos (pasta, erva, café) impedem avaliação. Iº GRAU Só epiderme; ERITEMA; secas e dolorosa; lesão sistêmica mínima ou ausente. Sem bola/flictema, cura espontânea, sem cicatriz. Ex: solar, líquidos quentes, explosão de gás. IIº GRAU Epiderme + porções variáveis da derme FLICTENA (bolha) é a característica plasma extravasa, isso é um grande problema, leva à acidose. Vermelho-rosado; úmidas-dolorosas. Petit-poá: mais vista a superficial, quando resta mais epiderme. Qnt + profunda, menos exsudato e + esbranquiçada. Superficial: extratos + externos da derme. Úmida, forma bolha. Cicatriza mais fácil pq tem epiderme. Profundos: extratos + profundos. Só tem o epitélio das gl sudoríparas, gl sebáceas e folículo piloso p/ promover cicatrização, o que faz demorar a cicatrização. > risco infectar. Derme reticular x papilar Ex: exposição flama/chama; liq quentes; periferia III° grau. IIIº GRAU Mais graves Necrose por coagulação Vasos superf. Trombosados Secas, cinzentas, esbranquiçadas, parece acartonada (dura). Cores variadas: branco, marrom, vermelho, cinza. Indolores geralmente: nervos superficiais queimados. Classificação: Superf.: espessura total da pele Profunda: músculos, ossos, etc. Não cicatriza sozinho Exemplos: Exposição prolongada chama/ flama Contato c/ sólidos e pastosos quentes Queimaduras elétricas e químicas Deve ser feito enxerto (sobre o tecido de granulação) GRAVIDADE GRAVES: IIº > 30% da pele IIIº > 10% Ou IIIº em face, mão, pé e genital Elétrica, química, complicada. Com lesões ou dçs concomitantes. MODERADAS: IIº 15-30% IIIº < 10% IIº face, mãos, pés e genitais LEVES (SIMPLES): Iº GRAU IIº < 15% IIIº < 2% Crianças e idosos têm menor sobrevida. Fisiopatologia: Lesão depende da temperatura tempo de exposição ao agente, tipo de agente e condutividade tecidual. Redistribui cromatina nuclear; altera cadeias de RNA/DNA Flictena Prot desnatura, enzima inativadas, trombose capilar, etc. Libera: histamina, serotonina, prostaglandina - vasodilatação generalizada – edema. Extravasa plasma, água, eletrólito e prot p/ fora hipovolemiahemoconcentração e choque. Perda insensível de água normal 15 ml/m2/h, no queimado até 300 ml/m2/h. <Déb card - disturb metaból - hipóxia - > ác.lático – acidose < Déb. Urinário: Leva a Hipo Na e Hiper Ca. Fases do choque (1º dias do grande queimado): d Diminui plasma, DC. Aumenta FC, hematócrito, resistência periférica. Primeiros Cuidados: No local: Sendo a acidente a poucos minutos de medico especializado deve ser levado. 1. Remover do fogo e apagar chamas: Roupas em chama: embrulhar em lençóis; remover roupas que ardem sem chama; não mergulhar em rio/lago (água suja= contaminação pseudômonas), nem rolar no solo. Feitos em últimos casos. Água fria em queimaduras por líquido quente. Asfalto, plásticos: não arrancar material colado (pode arrancar pele). Resfriar com água. Químicas: lavadas por 15-20 min. Elétricas: afastar da corrente (causa arritmia); 2. Atenção vias aérea: Cânula de Guedel: quando língua obstrui, inconsciente. IOT: imediata quando inalação de fumaça, que causa obstrução de via aérea rapidamente. Fornecer muito O2 e referenciar rapidamente. É raro o edema obstruir rápido, geralmente 30-40 min (pode aguardar p/ intubar em melhores condições). Queimadura de via aérea, atentar p: via aérea chamuscada, queimadura facial, escarro carbonáceo, edema faringe, rouquidão. Estes sinais são característicos p/ queimadura acima da glote; quando abaixo sinais/sintomas podem ser tardios. Via aérea, Respiração e Circulação (ABC trauma). Sara Steffens- ATM 2018/2 4 Intoxicação por monóxido de carbono: compete com hemoglobina; fornecer muito O2. Dor de cabeça, confusão, até coma RESSUCITAÇÃO CARDIO-PULMONAR. **Queimadura de via aérea: pode haver aspiração da chama. Intubar qnd sinais e sintomas de inalação e fornecer O2. 3. Atenção lesões associadas Paciente inconsciente: não deve ser pela queimadura; investigar outras causas. Afastar outras lesões associadas. 4. Ressuscitação EV Queimado é chocado/ hipovolêmico Tempo p começar? Controverso. Edema é rápido, mas choque hipovolêmico demora mais. Não é recomendado fazer no campo de batalha (remover pct antes); exceto se cuidados médicos demorarem > 1 h. Pegar cânula grossa em veia grossa 150 ml/h de Ringer-Lactato. Quando? Qlqr queimadura > 10%; por inalação; com trauma associada; elétrica; em caso de duvida. 5. Transporte Reportar se houve inalação de gás, alergias, há quanto tempo ocorreu. Enrolar em lençol/ cobertor limpo. Se < 1,5h levar direto p/ local especializado. Se > 1,5h levar p/ local + próximo 1. Manter aquecido e seco; 2. NPVO; 3. Medicação p/ dor somente EV (IM não funciona no choque pela vasoconstrição = não funciona no momento e na resolução da vasoconstrição há over-dose). NA SALA DE EMERGENCIA Via aérea Reavaliar lesões Extensão e profundidade: Retirar roupas residuais - limpar lesões c/ sf Inspeção, palpação (luvas) - debridar flictenas Na triagem, admitir internação se: Queimaduras > 15% adultos e 10% crianças; Todas de 3º grau, genitais, face, pés e mãos. Banho 2x/dia: limpar, secar, cremes top (SULF Ag). Pct externo: Reforço tétano- tetanogamma s.n. (”Profilaxia em pessoas com ferimentos recentes que não tenham imunidade, ou que tenham imunidade incompleta contra o tétano. b) Tratamento de tétano clinicamente manifesto”). Cefadroxil oral 3 dias Retorno - 48 horas: avaliar se profundidade >; se flictenas >: debridar? Novo retorno - + 48 horas. PRIMEIROS CUIDADOS QUEIMADO GRAVE 1. Avaliação inicial: monitorar “status” hemodinâmico e cardíaco; Controle rigoroso da PA. 2. Vias aéreas livres: O2 para hipóxia 3. Via intravenosa: avocat - intracat – dissecção Sempre reavaliar cateter: < 15-20% e não complicada não precisa cateter, pode ser VO. +15-20% necessita cateter. Se > 60%: 2 viasiniciar em áreas queimadas (ainda não colonizadas) e 2-3 dias após, qdo necessita troca: colocar em área íntegra > 40%: grandes volumes; grandes acessos (subclávia/ jugular interna). Reposição: 4ml ringer por % de área queimada/ Kg ½ nas 1ª 8 h e outra ½ nas próximas 16h (ou ¼ nas 2ª 8h e ¼ na 3ª 8h). Com ringer, pois ele contém eletrólitos (Na, K, Cl e Lactato). Em casos + graves repõem até com plasma/ sangue RESSUSSITAÇÃO HIDRICA: INDICAÇÕES: II GRAU: +20%Ad +15%Cr (moderadas). VO, exceto se: vômitos, aspirações, dilat gástrica, ileo adinâmico. Solução: 3,5g NaCl + 1,5g NaHCO3 + 1000ml Fórmulas: Evans - Brooke - Baxter - Parkland Objetivos: corrigir volume EV e normalizar DC. FÓRMULA DE PARKLAND (de Baxter é quase igual) 1ºdia: 4ml/kg/% de RL (1/2 nas 1ª 8hs, 1/2 16hs seq) 2ºdia: 0,5ml/kg/% colóide + 1/2 de RL 1º dia + SG 5%2lt Déb urin: ad:30-50ml/h, cr>3anos:15-20ml/h. cr< 3anos: 1ml/kg/h. Dieta hiperproteica e hipercalórica Complexo B e Vit C. OBS: no 1º e 2º dias, se + de 50% queimado: tratar como 50% cuidar intoxicação p/ água (sobrecarga). Monitorar ressuscitação: consciência, Deb. Urin., Sinaisvitais, turgor, PVC, peso diário (teoria), laboratório (gaso, hemograma, ions, EQU, ECG). Analgesia na Emergência: demerol (derivados da morfina) 5-10 mg EV 2/2h. EV= mais confiável. obs: reforçar analgesia antes de curativos, debridamentos. Cateter Vesical: sempre que for feita ressuscitação E.V., p/ monitorar deb. ur. e mesmo pequenas queimaduras c/ lesões de períneo (risco contaminação). Tubo naso-gástrico: se > 20% geralmente tem íleo dinâmico (risco aspiração). Profilaxia tétano: história da imunização: reforço / vacinar. tetanogama (se necessário= trauma grave) ATB: 4 milhões UI Pen 4/4h EV strep + anaeróbicos (clostridium tetânico e perfringens) 2g Oxa 4/4 EV Stafilo. **Não usar de amplo espectro. Outras Medicações: glicosídeos, insulina, anticonvulsivantes, anit- HAS: continuar até avaliar melhor. Metabolizam e excretam + rápido. Queimaduras Químicas: lavar 1-1,5h Não neutralizar ácido-base (gera + calor= reação exotérmica), só lavar com água. Alguns agentes necessitam antídotos (raro). Elétricas: provocar alta diurese, risco de nefropatia por mioglobunuria. Dar 12,5mg Manitol na admissão, repetir 6/6hs até clarear pigmento da urina e débito urinário adequado.Provocam lesões no local de entrada e de saída da corrente. Tipos de curativos (??): Mãos e pés: fechado Face e genitais: aberto O resto do corpo depende. URGÊNCIAS PROCTOLÓGICAS Prof. Rudimar INFLAMATÓRIAS 1. Dçs inflamatórias Ano-perineais: abcesso peri-anal, cisto pilonidal abcessado, fidrosadenite, Fournier. #Abcesso peri-anal: É a urgência inflamatória + comum. É uma infecção de uma glândula que secreta muco no canal anal (glândulas anais localizadas nas criptas anais: glândulas anais de Chiari). Sara Steffens- ATM 2018/2 5 Dor é sintoma principal. Pode drenar espontâneo ou chegar com muita dor, iniciada há poucos dias. Abaulamento doloroso na região perianal, pessoa não consegue andar. Sintoma comum no homem é dificuldade p urinar (dói p iniciar micção). Raramente progride cranialmente, p/ pelve (não vai para fora) e quadro é menos doloroso e mais séptico. Conduta: drenar p/ não evoluir p/ fasciíte necrotizante (fournier)(+ imunoderprimidos, com DM, HIV) destrói gordura, pele, fáscia, preserva músculo, testículo-fica sem bolsa escrotal). P/ drenar pode ser anestésico local ou geral. ATB (cipro ou metro), se sinal de celulite, necrose, sepse ou imunodeprimido. Não atb sempre, se vier só pus, nem precisa ATB. Se tiver necrose, internar. O abscesso traz como consequência o surgimento de uma fístula anal (abcesso é a principal causa). Abcesso peri-anal: - Cisto Pilonidal abscedado: Folículo piloso “sugado”- é o nome dado aos cistos dermoides localizados na região sacral. Muita dor, só diferencia no exame físico, quando se vê região anal preservada e lesão mais superior (sacral). - Hidradenite: quadro dermatológico, dx só é feito após drenagem. Inflamação de glândula sudorípara. - Bartolinite: quadro muito semelhante, importante dx diferencial de abcesso perianal. A drenagem é feita pela vulva quando se sabe que é Bartolinite, mas muitas vezes só descobre depois que procto já drenou pelo anus (o que não é o ideal). 2. Dçs inflamatórias colorretais: Mais graves! # Diverticulite (mais frequente! Saber manejar!) Diverticulose/ dç diverticular: presença de Pseudodiverticulos (herniações apenas da mucosa intestinal pelos pontos de maior fragilidade da parede colônica- locais em que as artérias retas atravessam a camada muscular). + no sigmoide (+ pressão intra-colônica); Evolução de diverticulose p/ diverticulite= ocorre obstrução do óstio diverticular (geralmente apenas 1 inflama). Quadro Clínico dor FIE (“apendicite” do lado E), pico incidência 50 anos. Dor, febre, distensão (faz íleo paralitico p/ bloquear área inflamada), edema da alça obstrui, pode ter pouco sangue nas fezes (raro), pode vômitos. NÃO FAZER EXAME BARITADO ou COLONOSCOPIA (colono NÃO faz parte), pois aumentam a pressão intra-colônica e podem perfurar intestino! Em quadro arrastado, menos grave pode ser feito, mas com muito cuidado. Exame físico + hemograma (leuco) + EQU (descarta pielo) + TC (padrão-ouro). TC: espessamento de parede e conduta. CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY (SABER!!!!!!) I. Abcesso Mesentérico (só na gordura): tto clínico. Dieta leve (repouso alimentar), hidratação, ATB oral (metro, cipro ou qlqr que pegue GN e anaero) (novos estudos sugere que não precisa nem de ATB). Abcesso pericólico: se bem bloqueado, tratar clinicamente (interna, jejum, SNG p/ descomprimir), ATB parenteral. Se melhorar libera com ATB VO. II. Abcesso Pélvico (coleção fora de alça): se vê ar fora da alça. Tratamento Cirúrgico (drenar coleção). Às vezes drena espontâneo p pele, vagina (abcesso colo-vaginal, em mulheres), bexiga (abcesso colo- vesical, em homens). Ideal é drenagem percutânea guiada por US ou TC (sem alça interposta), coleta pus e deixa dreno (pig-tail). Se não conseguir, faz Cx. “Abscessos pequenos (< 2 cm) e/ou mesocólicos podem ser tratados clinicamente. Abscessos maiores devem ser tratados com drenagem percutânea guiada por ultrassonografia (USG) ou TC, associados a antibioticoterapia (grau de recomendação B), mantendo-se o doente internado.”¹ Em caso de Cirurgia: 1. Pode fazer anastomose, mas tem risco de deiscência (+ se comorbidade). Vantagem é realização de uma só cx, sem colostomia. 2. Tb pode só drenar só laparo. Perigoso, pois mantem foco infeccioso. 3. Cirurgia de Hartman: com colostomia. Nova cx p reconstruir 2 meses após (até 40% nunca mais tira colostomia- medo cx, dificuldade cx, comorbidades). ”A cirurgia de Hartmann (sigmoidectomia com sepultamento do reto e colostomia terminal) continua sendo o procedimento mais realizado na urgência, mesmo sabendo-se da dificuldade de reconstrução do trânsito nos pacientes submetidos a essa operação (em até 1/3 dos casos a colostomia se torna definitiva).”¹ III. Peritonite Purulenta Generalizada: Sempre Hartmann. IV. Peritonite Fecal Generalizada: perfura cólon, sem estar tamponado. Extravasa fezes= peritonite fecal. Tratamento cx Hartmann. Outros métodos de Diagnóstico por imagem: RX de abs. Agudo: usado quando TC indisponível, ajuda pouco (distensão, talvez cálculo- bem ruim). US: é bom, mas examinador-dependente. Para muito obesos é ruim. # Megacólon tóxico: Raro; ocorre em portador de dç inflamatória crônica (ex. DC, RCU). Sara Steffens- ATM 2018/2 6 Dx: RX com distensão do cólon, descomprimir rápido p/ n necrosar cólon, alta mortalidade – 50%. URGÊNCIAS OBSTRUTIVAS TU obstrutivos Volvo de cólon (sigmoide, transverso e ceco). Obs: pode suboclusão por diverticulite. # Tumores: 1. De sigmoide: obstruem pelo menor diâmetro do colón e tb pq TU geralmente é anelar. Conteúdo= fezes. 2. TU de ângulo-esplênico (atrás do delgado) difícil dx. 20-30% dos dx de TU colorretal é feito no PA quadro de obstrução, alguns chegam com necrose. Paciente com > 50 anos, sem cx previa e com obstrução= TU (descartar brida e hérnia). Conduta TUs obstrutivos: Alça fechada: quando com valva ileocecal competente, não tem tanta distensão, imagem mostra cólon por romper, operar imediatamente. Hoje até se pode colocar stent e operar dali a 2 dias, mas é perigoso no pct com alça fechada. Se valva não competente é mais fácil: passa SNG, pode passar stent(novo= controvérsias pelo risco de perfurar TU – peritonite e disseminação TU; liberar cels Tu na circulação; maior recomendação é p/ qnd já há metástase hepática). Normalmente tenta descomprimir com SNG para operar depois, com planejamento. Caso contrário, opera logo e faz anastomose primária (pct bom) ou colostomia (resseca TU na hora ou não). VOLVO: OBS: volto no Ceco e no transverso é muito raro! Volvo de Sigmoide: bem comum. Clássico da Doença de Chagas. Plexo que faz inervação autonômica é necrosado forma como se fosse acalasia, com área sem motilidade, onde ocorrem estenoses e dilatações= sigmoide que vai ocupando barriga. Piora ao alimentar-se, paciente para de comer. Volvo por Fecaloma: Sigmoide roda pelo próprio eixo, não consegue sair. Injetar contraste no reto= sinal da chama de vela. Conduta é distorção por colonoscopia. Muitos descomprimem na mesma hora; cuidar se não necrosou mucosa. Geralmente descomprime e deixa sonda 2-3 dias para avaliar se não vai fazer nova torção e ter que refazer cx (na urgência colostomia). Portanto, Volvo na Urgência: colono para desfazer volvo= deixar sonda (sempre deixa sonda p ver se não refaz) e avaliar se tem necrose, se tiver faz colostomia. URGENCIAS VASCULARES Anal: # Dç hemorroidária DOR NÃO FAZ PARTE DA DÇ HEMORROIDARIA Quadro Clínico: hematoma peri-anal. Quadro após esforço físico no dia anterior (típico 1 dia após academia). Hematoma: bola roxa/ rosada. Conduta no hematoma, se pouca dor e hematoma pequeno: analgesia e banho mordo (é o q funciona); hematoma reabsorve e fica plicoma residual (não precisa de tto). 90% das vezes que alguém procura procto na urg. Trombose de todo o plexo hemorroidário: muita dor, mucosa p fora e trombos saindo. Tem indicação cx. Pct com história de dç hemorroidária. Indicação hemorroidectomia. Colorretal: # Sangramento digestivo: 1. Paciente pode não sentir nada, até que barriga ronca e pct perde “½L de sangue”, quadro se repete e choque= Dç Diverticular dos Cólons (DDC)(principal causa), angiodisplasia. 2. Paciente que toma anticoagulantes e resolve tomar AINE tb= provoca o sangramento. AINE= erosão do cólon. 3. Colite isquêmica: colon descendente é mal vascularizado pela cólica E, que deriva da A. Mesentérica inferior. Esta sofre aterosclerose= isquemia segmentar do cólon aos poucos, não é quadro agudo grave. Vai isquemiando da mucosa p serosa. Começa só com cólica, diarreia e sangramento (descama mucosa), abs inocente (se for só a mucosa nem tem dor). TC com imagem da alça infartada (espessamento) e na colono vê-se áreas de fibrina. Tratamento CLÍNICO, a menos que perfure alça. ATB. Mts vezes reepiteliza. Manejo clínico de hemorragia digestiva bx: - Jejum - Soro= hidratar - Usa AAS/ clopidogrel= Hemograma vai estar normal!!!!! TP normal, plaqueta normal, mas não funcionantes, devido à medição= TRANFUNDIR 6 UI de PLAQUETAS e repor sangue conforme necessidade. Quadro agudo NÃO REPERCURTE no hematócrito (após 4h já se vê). Não há medicação efetiva (se pct usa cumarínico usar Kanakion-Vit K-). - 1° EDA (endoscopia dig alta): excluir variz de esôfago**/ úlcera. Se não pode fazer EDA, passar SNG e ver se sai sangue. Ao ter excluído Hemorragia Alta, fazer: - Colonoscopia: antes do procedimento, fazer manitol e deixar sair sangue que está na luz, deixar que saia todo coágulo; qnd começa a sair mais claro pode fazer colono e tentar ver sitio sangrante. Se o Pct for jovem= entrar no íleo= Causa comum é congênita, o Divetículo de Merkel = o que sobrou mucosa gástrica ectópica = 30 e tantos anos. Não vê na endoscopia pq é no cólon. Arteriografia se ainda n viu onde sangra. Mas deve ter sangraento ativo= tentar embolizar (complexo, poucos fazem). Cintilo com hemácias marcadas com Tc n efetivo. Colono ou arteriografia são os exaes efetivos. 80% dos Sangr dig bx= manejo clínico. 20% cx= (ver indicações de grande sangramento). Disse p ver uptodate não achei no uptudate, peguei de um artigo: Tipo sanguíneo raro; Politransfusão (necessidade de 2000ml de hemoderivados em 24h) e persistência de sangramento por 72h; Idade superior a 60 anos; Incapacidade de determinar a origem do sangramento; Insucesso no tratamento do sangramento por terapia endoscópica ou arteriografia; Ressangramento; *Para drenar Hematomas peri-anais= abrir o mínimo de pele possível. Não cortar muito próximo ao ano pq cicatriz vai p dentro do ânus e faz fistula. Drenar mais lateralmente, com cuidado, corte pequeno. URGENCIAS TRAUMÁTICAS Arma branca, por fogo, etc. Borda mesentérica ou anti-mesentérica? Sigmoide rompe por trauma fechado. Todo trauma de cólon qnd < 6h, estável, sem extravasamento= rafia primária. Colostomia se > 2L na cavidade. Transficção de reto= com hematoma; se estável NÃO mexer no reto na urgência e só fazer colostomia. Depois investigar o furo do reto. Anal: Trauma contuso: laceração anal ou perineal. Empalamento com ou sem lesão esfincteriana. Sara Steffens- ATM 2018/2 7 Objeto deglutido: palito, osso de galinha, espinha de peixe. Lesão por trauma contuso= laceração perineal por parto normal. Além de incontinência anos depois. ¹= Atualização no Tratamento da Diverticulite Aguda do Cólon ²= MED 2014 URGÊNCIAS EM ORL Prof. Fabricio Scapini Epistaxe: Prevalência: 12% 1º passo é ver onde está sangrando. 95% anteriores: ver com espéculo nasal; se não tiver, em criança é só puxar nariz p/ cima. Algodão encharcado com sorine/sorinam. Encaminhar p/ cauterização com ácido tricloroacético. Idosos hipertensos: comum e normalmente posterior. Examinar garganta p/ ver sangue escorrendo (oroscopia). AAS ou outros anticoagulantes Se for grande sangramento: tampão com camisinha/ dedo de luva. Se não funcionar, passar sonda de foley e depois tamponar. TU tb causa epistaxe (investigar). Tratamento cirúrgico: < 5% Ver PA, FC e sinais de instabilidade hemodinâmica. TAMPÃO: *** ver vídeo*** Pedaço de Esponja + Preservativo. Colocar esponja dentro do preservativo, enrolar retirando todo o ar. Pegar com pinça (passar xilocaína gel-lubrificar e anestesiar) e introduzir. Nariz fica p/ traz, em direção à nuca. Fazer pequeno furo no preservativo. Deixar pedaço grande p/ fora p/ não escorregar p/ traqueia. Se não funcionar: Sonda de Foley 12 ou 14 , introduzir em direção à nuca. Quando bater na rinofaringe (fica na fossa nasal), encher foley, mas com muito cuidado p/ foley não descer p/ traqueia ou esôfago. Em seguida colocar o tampão com preservativo tb. Outra forma de fazer tampão: com 2 dedos da luva (2 dedinhos unidos) + 1 rolinho de gaze em cada dedinho. Inserir da mesma forma e inserir 1 em cada narina ou só 1 em 1 narina e enrolar o outro fora p/ evitar que desloque p/ baixo. CORPO ESTRANHO Orelha: É o + comum Forma mais fácil de tirar é lavando com agua morna + seringa n° 20 + sonda uretral n° 8 ou 10 e cortar toquinho de 2 cm (ponta da seringa é mt curta), água bate na membrana e volta. Feijão e outras coisas que incham são mais difíceis. Se não sair lavando, levar p/ bloco e retirar (não insistir). Miiase: algodão com éter p/ tontear larvas e aspirar. Depois prescrever ivermectina. Nariz: Rinorreia fétida unilateral, halitose Retirar no ambulatório. Usar sonda de hitar, que passa por cima e puxa o corpo estranho. Se não tiver, não insistir. Melhor referenciar. Pingar oximetazolina (vasoconstritor nasal) antes p/ vasoconstrição. Garganta: Mais comumé espinha de peixe. Local + comum é tonsila, entre pilares= consegue ver com oroscopia e retirar facilmente. Se ficar na valécula ou próximo= só consegue ver com laringoscopia (deve referenciar p/ otorrino). Na hipofaringe só com anestesia geral. Engasgo com carne. Comum em idoso. Perde consciência parada cardíaca. Retirar com Manobra de Heimlich: compressão por trás OBS: em criança é diferente. COMPLICAÇÕES DE RINUSSINUSITE CELULITE PERIORBITÁRIA: fazer TC, internar, ATB de amplo espectro. Abcesso periamigdaliano Trismo: constrição mandibular ocorre pq afeta pterigoideos (músculos mastigação). Geralmente abaulamento unilateral Drenar com anestesia: xilo spray, infiltra. Agulha rosae seriga 5 ml, enfiar agulha e puncionar. Às vezes abcesso ainda não se organizou e não sai pus. Direcionar agulha para posterior. Não lateral (carótida!) Tem que ter dor, disfagia, febre (diferenciar de pseudoaneurisma/ aneurisma). Obs: Síndrome de Horner miose, ptose, anidrose facial, e enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro da órbita) em consequência da interrupção da atividade simpática. acometimento simpático unilateral. Complicação de pseudoaneurisma. Angina de Ludwig: Complicação dentária Pode fazer fasciíte e mediastinite (grave). Carcinoma espinocelular (CEC): TU + comum de nariz, boca, garganta. Abcesso septal Dor na pirâmide nasal, com Mucosa inchada. Drenar ambulatorialmente (com xilo + bisturi) Vestibulite nasal (espinha) Cuidar complicação trombose do seio venoso. Fratura nasal Látero-rinia (certamente quebrou) Trauma tb pode gerar hematoma no septo, que pode evoluir p/ abcesso. Nas 1ªs 24h= redução pode ser ambulatorial. Dias após, só com Rinoplastia (prof. com 3 dias já não reduz ambulatoriamente). Anestesiar com xilo spray Se desvio p/ D, colocar espéculo no E. Direcionar p/ anterior e puxar; do outro lado empurrar com o dedo. Até ouvir “pleck”. Se mt dor= anestesia geral. Palpação bilateral. Palpar peri-orbitário. Se só nariz= rx dos ossos próprios do nariz. Oto-hematoma Sara Steffens- ATM 2018/2 8 Incisão anterior ou post (mais bonito) Tirar coágulo Curativo compressivo e deixar atb. Atresia de Coana Se bilateral= insuficiência resp. Ver permeabilidade com sonda. Se unilateral, muitas vezes passa a vida toda respirado só com 1 narina. URGÊNCIAS EM OFTALMO Prof. Álvaro Rossi A. PERDA SUBITA DA ACUIDADE VISUAL Geralmente indolores 1. NEURITE ÓPTICA: por inflamação, infecção. #Papilite viral: p. ex. pcte gripado, inflama nervo e diminui visão (incomum). Neuropatia isquêmica anterior por sífilis, p. ex. tb pode ser causa. #Dç desmielinizante, como Esclerose Múltipla, que pode começar com diminuição da visão (pelo edema de papila). #Drogas tóxicas: ex. etano, etambutol (tto TB). Ver pelo exame de Fundo de Olho (FO). Nervo borrado pelo edema. 2. OCLUSÕES VASCULARES RETINIANAS: Irreversíveis, se não forem tratadas nos primeiros 30 min= “única emergência oftalmológica” praticamente impossível tratar a tempo, geralmente chega dias após. Em geral, por dçs vasculares sistêmicas. Muito frequente. 2 quadros bem diferentes: Oclusão da Artéria Central da Retina (OACR): mácula em cereja (fica + vermelha, pq é irrigada pela a. coroide, outro ramo; tem sangue na coroide e não tem na retina) e o resto esbranquiçado (isquêmico). Retificação das artérias, que ficam bem finas. Causado p. ex., por êmbolo por placa de ateroma que entope vaso. A oclusão da artéria tb prognóstico um pouco melhor, pois embolo pode se desfazer. Também, pode ocorrer oclusão de somente algumas áreas, caso não atinja a mácula pode quase nem ter sintomas e não prejudicar a visão. Oclusão da veia central da retina (OVCR): no FO se vê tudo vermelho (sangue entra e não consegue sair). Em ambas, após a oclusão há tendência a ter glaucoma - problema no fluxo sanguíneo do nervo. 3. DESCOLAMENTO DE RETINA Se for descolamento Central é visto no FO com facilidade. Mas se for periférico pode não ser tão bem visto. Por trauma ou Diabetes, por ex. Paciente vê luzes piscando (parece aura de enxaqueca). Maioria indolor. Quando a mácula não é atingida, não altera o campo visual ou só parcial: se for descolado em baixo, diz que não enxerga em cima e vice-versa. Tecido se descola da camada de vasos sanguíneos, ficando sem suprimento. 4. HEMORRAGIA RETINIANA MACULAR Comum em dçs hematológicas, como leucemia. 5. CEGUEIRA CORTICAL Por lesão cortical OU Por problema psiquiátrico: chega no pronto-socorro com crise de ansiedade. 6. CORIORRETINITE AGUDA: Causa + comum é Toxoplasmose. Geralmente por infecções congênitas. 7. HEMORRAGIA VITREA: Sangra para dentro do vítreo, que fica turvo e prejudica a visão. Muito comum por DM- dç com neovasos que sangram. Trauma e outros tb podem causar. Não se vê nada no FO. Só pelo US. B. INFLAMAÇÕES E INFECÇÕES OCULARES 1. TERÇOL/ HORDEOLO: É o + comum. Nem sempre é infecção estafilocócica, às vezes ocorre só inflamação pela oclusão da glândula sudorípara. Surge uma bolinha que dói= inflamação com dor, calor, rubor. Pode surgir só dorzinha e passar por si. Caso não resolva espontaneamente, tratamento é fazer compressa quente para drenar (resolve se tiver só bolinha de pus). Às vezes pode encapsular e formar cisto: surge bolinha dura e somem os sinais de infecção= CISTO CALÁZIO- sem dor, calor e rubor. Nesse caso não adianta fazer calor, tem que cortar p drenar. Para drenar Calázio: se for mais externo pode cortar horizontalmente (seguir linhas de força da pele). Se mais interno: cortar verticalmente (disposição das glândulas, cuidar p n entupir/ lacerar outras glândulas, cortando horizontalmente). 2. BLEFARITE: inflamação de toda a pálpebra. Comum em pct com pele oleosa, com caspa (blefarite seborreica). Pode também ocorrer por stafilo, por ácaro, piolho. Fazer boa higiene é o que mais importa na seborreica (por isso é recomendado tirar a maquiagem todos os dias). 3. EDEMA PALPEBRAL: Sara Steffens- ATM 2018/2 9 + comum: por reação de hipersensibilidade tipo IV= fazer compressa fria/ gelo. Corticoide, anti-histamínico. Pode ser por trauma. 4. ABCESSO PALPEBRAL: complicação de alguma doença no olho, como terçol, blefarite. Drenar no bloco cirúrgico. Alérgico= gelo Inflamatório= calor (p/ drenar) INFLAMAÇÕES/ INFECÇÕES DA ÓRBITA Celulite orbitária: É a + comum. infecção da gordura orbitaria. Muito comum, principal causa é Sinusite. Comum evolução p/ meningite= Sempre ttar com ATB sistêmico. Criança sempre internar. TTO com ATB. Quadro infeccioso. Pseudotumor orbitário: Reação alérgica, olho simplesmente salta p/ fora. CORTICOIDE sistêmico, volta normal 1-2 dias. Trombose do seio cavernoso: raro, desde que existe ATB não se vê. Todos os 3 são semelhantes: olho saltado e limitação dos movimentos. São muito semelhantes. Outro dx diferencial: Fístula carótida-cavernosa: comunicação anômala seio cavernoso com A. carótida. Quadro é semelhante, mas ocorre por trauma. CONJUNTIVITES NÃO EXISTE CONJUNTIVITE SEM SECREÇÃO. MAS NEM SEMPRE QUE TEM SECREÇÃO É CONJUNTIVITE. Pode só amanhecer com secreção grudada. Inflamação da conjuntiva. Sensação de areia no olho (pelo edema das células da conjuntiva),fotofobia, embaça visão. Tipo de conjuntivite: Bacteriana= secreção purulenta Viral/ alérgica: secreção mucoide Viral: quadro clínico viral (linfadenopatia, coriza, etc). Insidiosa, lenta, começa em 1 olho e passa p outro. Às vezes demora 1-3 semanas curar (melhora e volta a piorar). Sendo viral, não há necessidade de ATB de 1/h, mas até usa-se ATB profilático, 3-4x ao dia. Compressa gelada com Soro fisio ou qlqr outra coisa gelada= diminui edema=diminui sintoma. ATB com Corticoide 3-4x/ dia= ajuda diminuir edema (menos sintomas). Só cura quando ciclo do vírus passar. Bacteriana: + aguda, geralmente começa nos 2 olhos. Colírio ATB de hora em hora. Não existe consenso sobre qual ATB usar. Cloranfenicol não é indicado p/ criança (aplasia de medula)- está em desuso. Não melhorou em 1- 2 dias? encaminhar p/ oftalmo. Conjuntivite Blenorrágica: abundante, rara. Alérgica: tem menos secreção e + coceira. Ex. paciente com história de Rinite. Por lente de contato, pólen. Tratamento: Colírio com corticoide na fase aguda (geralmente melhora em 1, no máx. 2 semanas). Obs: alertar paciente que não pode usar esse colírio com corticoide de forma crônica, pois causa ulceração, glaucoma. Depois pode prescrever colírios anti-histamínicos que dá p ficar usando sempre, mas é caro. Em crianças é bem comum, na adolescência diminui. CERATITES: Inflamação da córnea. Podem ser bem superficiais ou não e formar Abcessos ou Úlceras. Olho vermelho, fotofobia, pode ter secreção. Quadro muito parecido com conjuntivite. Protozoário: mt comum= Ameba (piscina, água da torneira). Por isso n limpar lente contato rígida na torneira (limpar com SF). Fungo, bactéria= bem difícil diferenciar. Muitas vezes tem que coletar material para análise. Mora na cidade, bem delimitada e mais dolorida: fala a favor de BACTERIANA. Mora no campo, lesionou com planta, mal delimitado e menos dolorido: fala a favor de FUNGO. Herpes Simples: causa ulcera dendrítica. Algumas vezes pct já sabe e já chega dizendo que herpes atacou olho. Parece conjuntivite viral, mas cuidado!!! Não se pode usar corticoide, pois inibe re-epitelização!! Nunca usar corticoide na ulcera dendrítica. Podem evoluir rapidamente para ulcera. Qlqr abcesso ou úlcera na córnea é grave. Pseudômonas: pode furar e perder olho em 24h. ESCLERA: Esclerites (+profundas) ou epi-esclerites (+ superficiais) Geralmente auto-limitada, por dç auto-imunes. Parece pterígio. Geralmente casos mais leves. Manifestação de dç sistêmica. Tratar, senão recorre. Quando grave, pode ocorrer agudamente e dar necrose (dçs necrotizantes como Escleromalacia, dç granulomatosa de wegner). Pode formar nódulo O mais comum é ser leve, com dor ao mexer o olho e área vermelha. Tratar dç sistêmica de base, quando esta for conhecida. Caso contrário problema no olho torna-se recorrente. Tratamento do olho: Epi-esclerites = AINE ou corticoide Esclerite= tem que usar corticoide Sara Steffens- ATM 2018/2 10 UVEÍTES Pode ocorrer por: Inflamatória, infecção ou dç Auto-imunes. Inúmeras dçs podem causar uveíte! Muitas vezes é manifestação de dç sistêmica. Quadro ~conjuntivite= olho vermelho, mas não uniforme, + vermelho ao redor da Iris= hiperemia peri-cerática ou peri-limbica. NÃO tem secreção, mas é inflamatório. Comum cursar com pus no olho= hipópio. Estéril ou infeccioso. Sinéquia: íris grudada anterior ou posterior. Granulomatosa ou não; quais segmentos pega (Uveíte anterior ou posterior). Se for Granulomatosa (tendência a formar nódulo; parece gordura de carneiro)= pensar em dçs granulomatosas como Toxoplasmose/ toxocaríase (+posterior), Sarcoidose (+anterior). Uveíte Anterior Não-granulomatosa: causa + comum são dç reumática, como AR, EA, etc. Inúmeras outras dçs sistêmicas podem causar Uveíte. Tratamento não específico: corticoide e dilatar o olho (diminui dor e risco de reação inflamatória no interior- evita perda movimento contração íris e perda do reflexo pupilar). Tratamento específico da causa sistêmica. “O tipo mais comum é uma inflamação da íris chamada irite (uveíte anterior). Os sintomas são vermelhidão, dores, sensibilidade à luz, visão embaçada e pontos escuros no campo de visão (moscas volantes).” INFECÇÃO/ INFLAMAÇÃO SISTEMA LACRIMAL Dacrioadenite: da glândula lacrimal. Rara!! Comumente por sarcoidose. Dacriocistite: da via lacrimal, leva à obstrução. Criança ou adulto (trauma, bac, fungo). Às vezes têm secreção. No canto do olho. NÃO FURAR saco lacrimal!!!!!! No canto interno do olho. Só apertar p drenar. Tto com ATB sistêmico, caso não consiga drenar facilmente. Se mesmo assim não drenar, se faz exame p ver se via lacrimal ficou pervea, e se não estiver, fazer cx (hoje em dia + pelo ORL, por via nasal). INFECÇÃO/ INFLAMAÇÃO DA MUSCULATURA EXTRÍNSECA Enxerga duplo. Paralisia por infeções: p. ex. paralisia Viral= quando existir quadro viral. Tto expectante, vit complexo B. Tampar um olho para parar de enxergar duplo. Se for súbito= TUMOR, é a causa + comum de paralisia súbita! AVC pode causar, mas não é causa principal. TRAUMATISMOS: 1. PÁLPEBRA: queimadura ou laceração/ escoriação. Queimadura: alcalina (é pior! cai e faz reação de saponificação-vai avançando= Qboa, cal, cimento, gasolina) ou ácido (mais raro). Lavar!!!!!!!!!! No plantão lavar com muito soro, ou em casa na torneira. Lacerações e escoriações: pálpebra sup pode costurar. Na inferior tem que ver se pegou via lacrimal, procurar ver via lacrimal, se pegou, não costurar. 70% drena pela via lacrimal inferior. Se pegou, mandar p oftalmo. Se não pegou: 1º unir borda com borda p ficar retinho. Não costurar por dentro. Deixar fio longo p não ficar pontinho cutucando. 2. TRAUMAS DA ÓRBITA: Fraturas: Parede + grossa da orbita é lateral e a + fina nasal. A que + fratura é a inferior (2ª + fina)= fratura assoalho da orbita= é a + comum = Blow-Out. Dx: vela o seio maxilar no RX. Não consegue olhar p/ cima pq encarcera músculo. Fístula carótido-cavernosa: proptose, limitação de movimentos. Exoftalmia pulsátil; com esteto próximo ouve sopro. Não precisa ter quemose (edema da conjuntiva). Tto desfazer comunicação. Neuroradiologista tta. 3. TRAUMA CONJUNTIVA Hemorragia subconjuntival= é a + comum= olho vermelho. Tratamento expectante= é só esperar que reabsorva. Ex: por tosse, espirro, coçar, ao defecar. + idosos que usam AAS, anticoagulantes. Não causa nada, não baixa visão. Se mt sangramento causa bolha que incomoda, mas não traz problemas. Igual hematoma em qlqr local. Laceração: se peq não precisa fazer nada, conjuntiva fecha. Se grande encaminhar p/ oftalmo suturar. 4. TRAUMATISMO NA CÓRNEA: é o que mais lesa, mt exposta. Abrasão: Des-epitalização: ex. raspou uma folha no olho ou outro corpo estranho. Dói, mas tu Olha e não tem nada= só ficou arranhado. Córnea é local que tem mais terminações nervosas, por isso dói bastante. Não necessita tto. Fagulha de esmeril: pode tentar tirar, mas gruda, cuidar p/ não des- epitelizar, que é o que dói. Corpo estranho: Everter pálpebra e passar cotonete para tentar tirar corpo estranho. Queimadura química= destrói córnea e conjutiva. Córnea n tem vasos= reepitelização anômala, toda com vasos sempre que células germinativas forem lesadas. Transplante de conjuntiva é feito hj em dia, na tentativa de tirara vasos da córnea (neovasos tiram a visão). Queimadura Solda elétrica: cheio de pontinhodesepitalizado, Dói muito!! Não fazer nada, só tampar olho e esperar reepitelizar. Lesão não ocorre imediatamente, 6h depois começa a dor. A olho nú não se vê nada. Nem morfina resolve. Único jeito é dormir (dar remédio forte p/ dormir) Não adianta ficar pingando colírio anestésico, ele só dura 5 min e não deixa reepitelizar. Hj nem se vende + anestésico corneano sem receia. 5. ESCLERA= tec conjuntivo avascular. Pode perfurar. Tem que costurar. 6. TRAUMA COROIDE: Uveíte traumática. Comum por boladas, soco. Pode baixar visão e ficar latejante, reação inflamatória no olho. Tto com corticoide e dilatar olho= 2-3 dias resolve. 7. RETINA: + comum descolamento. Geralmente traumático, mas pode ser espontâneo. Pode ocorrer edema, comum com uveíte Corpo estranho intra-ocular= vai parar dentro da retina. Se perfurar, tendo ou não corpo estranho, tto é cx. Edema de Berlin= baixa a visão. Mas 1-2 dias volta ao normal. Retina toda esbranquiçada. Sara Steffens- ATM 2018/2 11 Mesmo quadro se vê na Pré-eclâmpsia, com Descolamento ceroso pós- parto= retina toda esbranquiçada no pós-parto, descola toda. Grave, pode n voltar ao normal e ficar cega. 8. TRAUMAS CÂMARA ANTERIOR Hifema= hemorragia da câmara anterior do olho. Por trauma. Repouso com cabeceira elevada, reabsorve. Só cuidar se pressão olho não está alta, se não sangue impregna (raro). Tto expectante. Iridodiálise= desinserir íris. Pode ser congênito. Só estética. Luxação cristalino: luxa e vai p posterior (vítreo) ou p/ câmara anterior. Oftalmo abre e tira; quando p/ frente fácil; OUTROS Glaucoma agudo: n baixa a visão, midríase paralitica (bloqueio da íris= aumento da pressão), náusea, vômito, dor lancinante. Tocar o Olho= vai estar duro. Tem que baixar pressão do olho, pois dor é insuportável. Usar MANITOL EV, só cuidar PA (edema agudo de pulmão). Até 1L manitol/ dia. Até 2 frascos seguidos, tta da crise na hora. Depois encaminhar. PILOCARPINA só funciona depois que baixou a pressão (usar depois que passou a crise). Ceratocone agudo: BAIXA a visão. Parece um ulcera na córnea (entra líquido na cornea). Edema central, fácil qnd pct sabe que tinha certaocone (descompensou)- geralmente jovem, S. down. Se não sabe o dx é difícil. Hipotensor, corticoide e ver qnt vai reduzir. Pode não reduzir bem e ficar cicatriz, reduzindo visão e encaminhando p transplante. NA DÚVIDA? Ocluir a seco (só fechar, sem lavar nem nada) e encaminhar!!!!!
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