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leishmaniose LEISHMANIOSE: DO DIAGNOSTICO AO TRATAMENTO

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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 
 
2556 
 
 
 
LEISHMANIOSE: DO DIAGNOSTICO AO TRATAMENTO 
 
 
Glêndara Aparecida de Souza Martins¹ Maria Dilma de Lima² 
 
1. Professora Assistente do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal 
do Tocantins. Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela rede BIONORTE. 
Mestre em Ciências dos Alimentos pela Universidade Federal de Lavras. Graduada em 
Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal do Tocantins. 
(glendarasouza@mail.uft.edu.br) 
2. Professora Adjunta da Universidade Federal do Tocantins – UFT. 
Palmas/TO - Brasil 
Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho objetiva um estudo bibliográfico a cerca da leishmaniose, 
abordando desde seu surgimento até o seu tratamento. A leishmaniose é considerada 
um problema de saúde publica, pela Secretaria de Vigilância em Saúde, sendo seu 
controle dificultado pela diversidade de agentes tais como de reservatórios e de vetores 
que apresentam diferentes padrões de transmissão, tendo sua propagação 
eminentemente ligada às interferências nos ecossistemas, afetando regiões com 
desvantagens socioeconômicas, nas quais estão inclusos o Norte e o Nordeste do país. 
Existe o empenho do Ministério da Saúde na tentativa de reduzir os casos através do 
monitoramento em unidades territoriais, em regiões de maior incidência, buscando o 
diagnostico precoce e tratamento imediato. Neste contexto, a biotecnologia tem atuado 
no que tangem as inovações para o tratamento dessa patologia, porém, diversas são as 
particularidades dos pacientes acometidos por ela o que dificulta a atuação 
medicamentosa e a eficácia no tratamento, exigindo mais esforços por parte de todos 
os envolvidos no clico de existência da leishmaniose. 
PALAVRAS-CHAVE: Leishmaniose, biotecnologia, saúde pública, zoonose. 
 
 
LEISHMANIASIS: FROM DIAGNOSIS TO TREATMENT 
 
ABSTRACT 
This paper aims to study literature about leishmaniasis, approaching from it’s inception 
until his treatment. Leishmaniasis is considered a public health problem by the 
Secretariat of Health Surveillance, whose control is hampered by the diversity of agents 
such as reservoirs and vectors that have different transmission patterns, having spread 
his eminently linked to interference in ecosystems, affecting regions with socioeconomic 
disadvantages, which are included in the North and Northeast. There is a commitment 
from the Ministry of Health in an attempt to reduce cases by monitoring the territorial 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 
 
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units in regions of highest incidence, seeking early diagnosis and prompt treatment. In 
this context, biotechnology has acted on that concern innovations to treat this condition, 
however, there are several particularities of patients affected by it which hinders the 
performance and effectiveness of drug treatment, requiring more effort from everyone 
involved in the lifecycle of leishmaniasis. 
KEYWORDS: Leishmaniasis, biotechnology, public health, zoonosis. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A chamadas “Doenças Negligenciadas” consistem em um grupo de patologias 
que afetam principalmente os países pouco desenvolvidos, podendo ser endêmicas em 
países em desenvolvimento e grave ameaça para os países industrializados. No 
entanto, o foco de projetos de pesquisa que objetivam a produção de medicamentos 
está direcionado para outras doenças, marginalizando as negligenciadas, nas quais 
encontra-se a leishmaniose (BASTOS, 2012). 
A leishmaniose é uma doença infecciosa considerada zoonótica, amplamente 
distribuída em todo mundo, desde a Ásia até a América, que afeta o homem e os 
animais. A taxa de mortalidade associada a essa doença a tornou um caso de saúde 
pública em pelo menos 88 países (ALVARENGA, 2010). 
Causada por protozoários do gênero Leishmania, a doença é transmitida por 
meio de vetores flebotomíneos infectados e possui um amplo aspecto de manifestações 
clínicas, variando de acordo com a espécie de Leishmania envolvida (WHO, 2010). 
Ao ser associada a fatores socioeconômicos observou-se, no Brasil, sua 
ocorrência inicial na região Nordeste, sendo a primeira epidemia relatada no estado do 
Piauí entre 1981 e 1982 se propagando para as demais cidades da região. No entanto, 
a região norte não demorou a pontuar nas estatísticas relacionadas à Leishmaniose, 
principalmente após a criação do estado do Tocantins, já havendo casos relatados na 
cidade de Palmas, mesmo sendo a capital mais nova do Brasil (NETO, 2009). 
Vários medicamentos e tecnologias vêm sendo desenvolvidos em prol do 
diagnóstico precoce e tratamento eficaz, evitando a evolução da doença e o aumento 
no número de pessoas infectadas que já está estimado em 12 milhões nos quatro 
continentes (BASTOS, 2012). No entanto, a particularidade dos casos e os fatores 
intrínsecos e extrínsecos de cada paciente dificultam o uso de um tratamento padrão 
exigindo a interferência constante da ciência. 
Apesar de não ser uma doença prioritária tanto para o setor público quanto para 
o setor privado, a leishmaniose, desde o seu surgimento até os dias de hoje, tem se 
propagado de forma assustadora devido às interferências nos ecossistemas e, por esse 
fato, encontra-se classificada como problema de saúde pública, afetando regiões com 
desvantagem socioeconômicas, nas quais estão inclusos o Norte e o Nordeste do país. 
A biotecnologia tem atuado no que tangem as inovações para o tratamento dessa 
patologia, porém diversas são as particularidades dos pacientes acometidos por ela o 
que dificulta a atuação medicamentosa e a eficácia no tratamento, exigindo mais 
esforços por parte de todos os envolvidos no ciclo de existência da leishmaniose. 
Assim, este trabalho objetiva um levantamento bibliográfico atualizado acerca do 
desenvolvimento e tratamento dessa doença. 
 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 
 
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LEISHMANIOSE: DO SURGIMENTO AO TRATAMENTO 
 
As leishmanioses são doenças oriundas de um parasita que está incluso em um 
gênero de protozoários da ordem Trypanosomatida. No geral, os parasitos são 
transmitidos aos hospedeiros mamíferos, inclusive o homem, pela picada de insetos, 
que se alimentaram previamente em um reservatório infectado (RYAN et al., 1987). Os 
agentes etiológicos dessa doença são protozoários da ordem Kinetoplastida, da família 
Tripanosamatidae e gênero Leishmania que possui três espécies pertencentes ao 
complexo donovani: Leishmania chagasi, Leishmania infantum e Leishmania donovani. 
Os insetos transmissores dos parasitos são fêmeas hematófagas de diversas 
espécies conhecidas genericamente como flebotomineos, da Ordem Díptera, Família 
Psychodidae, Subfamília Phlebotominae, subgêneros Nyssomyia e Psychodopygus 
pertencentes a várias espécies e diferentes gêneros (Psychodopygus, Lutzomyia), 
dependendo da localização geográfica. Nas Américas, existem aproximadamente 30 
espécies de Lutzomyia com comprovada capacidade de transmitir Leishmania spp. 
(COELHO, 2010). A transmissão e o ciclo de vida pode ser observado na Figura 1. 
 
 
 
 
FIGURA 1: Ciclo de vida da Leishmaniose 
Fonte: Laboratory Identification of Parasites (Adaptado) 
 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 
 
2559 
 
A distribuição dessa patologia ocorre em boa parte da América com abrangência 
desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina (TAVARES-NETO et al., 
2003). No continente americano, a doença apresenta variações na forma clínica, sendo 
conhecida tanto como leishmaniose tegumentar americana (LTA), que apresenta umaincidência de milhões de casos/ano, quanto como leishmaniose visceral americana 
(LVA) que possui incidência menor quando comparada com a LTA (ALMEIDA & 
SANTOS, 2011). 
KAWA et al., (2010) afirmam que a leishmaniose tegumentar é uma endemia que 
apresenta elevada frequência no Brasil, sendo 2006, o ano com maior número de casos 
novos registrados, perfazendo um total de 22.164. Já LOPES et al., (2010) destacam 
que uma das formas desta doença presente nas cinco regiões do Brasil é a 
leishmaniose visceral (LV), também conhecida como calazar, sendo que, para os 
autores, a rápida e extensa expansão da LV pode ser explicada pelas mudanças 
ambientais, bem como pelas migrações intensas e desordenadas e pelas condições 
precárias de vida inerentes aos centros urbanos, sendo o cão considerado o principal 
reservatório doméstico. 
Diante dos apontamentos da condição geográfica como fator favorável à 
propagação da Leishmaniose, KAWA et al., (2010) discorre que os lugares não são 
apenas pontos de referência cartográfica, mas unidades de grande complexidade e 
dinamismo, exigindo uma análise que não seja limitada às particularidades regionais. 
Os autores exemplificam essa teoria fazendo uso de casos autóctones diagnosticados 
no Rio de Janeiro desde o início do século XX, uma vez que a primeira epidemia foi 
registrada em 1922 na região central da cidade e apenas após 50 anos novos casos 
foram diagnosticados em outras áreas da cidade, nas quais observou-se matas de 
formação secundária e atividades agrícolas residuais. 
No contexto histórico da Leishmaniose, FIGUEIREDO et al., (2010) apontam que 
os anos 80 marcam a transformação epidemiológica da LVA, uma vez que essa 
doença, anteriormente restrita à áreas rurais, avançou para outras regiões indenes 
alcançando a periferia dos grandes centros urbanos. Os autores recordam, ainda, que a 
partir dos anos 90 o Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Pará passaram a 
participar significativamente nas estatísticas de LVA no Brasil. 
A região nordeste, de acordo com DOURADO et al., (2007), sempre apresentou 
maior incidência no Brasil, no entanto, os autores afirmam que com a criação do estado 
do Tocantins em 1989 o aumento da incidência de LAV foi evidente em decorrência das 
modificações ecoepidemiológicas, como a construção da capital, o intenso fluxo 
migratório e a falta de estrutura sanitária que proporcionaram um ambiente adequado à 
urbanização do vetor e a propagação da doença. Os autores afirmam, ainda, que a 
ocorrência da doença em uma determinada área depende basicamente da presença do 
vetor susceptível e de um hospedeiro/reservatório igualmente susceptível, sendo que a 
possibilidade de que humanos, principalmente crianças desnutridas, sejam fontes de 
infecção pode levar a um aumento da complexidade da transmissão da LV. 
Dados recentes mostram que a média de casos de LV no Brasil desde 2005 é 
cerca de 3.679 casos/ano, com a maior taxa de letalidade registrada no ano de 2009 
com 5,8% (PELISSARI et al., 2011). Quanto a LTA, a média é de 24.684 casos 
confirmados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan). 
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Aspectos gerais da transmissão 
 
A LTA é definida como uma zoonose, sendo que atualmente ela pode ser 
detectada tanto no ambiente silvestre quanto periurbano (COELHO, 2010). De maneira 
geral, as zoonoses podem ser classificadas de acordo com o ecossistema no qual se 
apresentam. 
Em ambientes silvestres a transmissão ocorre em área de vegetação primária e 
é considerada uma zoonose de animais silvestres, que pode acometer o ser humano 
quando em contato com este ambiente. COELHO (2010) descreve que o ambiente de 
lazer também é propício á transmissão, uma vez que esses locais estão associados à 
exploração desordenada da floresta e derrubada de matas para edificações e 
instalação de povoados, envolvendo atividades madeireiras e agropecuárias. Para 
MARZOCHI (1992) outro ecossistema que deve ser considerado na transmissão da 
Leishmaniose é a área rural, haja vista que há um relacionamento direto com o 
processo migratório, ocupação de encostas e aglomerados em centros urbanos, 
vinculados a matas secundárias ou residuais. 
LAINSON & SHAW (1998) afirmam que com a destruição das matas nativas, os 
habitats naturais dos insetos transmissores são alterados, provocando a resistência à 
condições adversas por parte das espécies que, a partir de então, conseguem explorar 
novos ambientes. Outro fator de destaque no que tange as alterações ambientais 
envolve a redução na biodiversidade de mamíferos que pode levar a uma concentração 
da transmissão de Leishmania pela pressão exercida nos vetores de se alimentarem no 
homem e em reservatórios sinantrópicos (CAMPBELL-LENDRUM et al., 2001). 
Acerca da transmissão de LTA no Brasil, as principais espécies de flebotomíneos 
envolvidas são: Lutzomyia flaviscutetta, L. whitmani, L. umbratilis, L. intermédia, 
L.wellcomei, L. migonei, L. neivai e L. fischeri. De acordo com RANGELS & LAINSON 
(2003) essas espécies de flebotomineos são definidas como vetores por atenderem aos 
critérios que atribuem a uma espécie a competência vetorial. No entanto, os autores 
ressaltam que o papel vetorial de cada uma dessas espécies dependerá da espécie de 
Leishmania presente no intestino. 
Quando se trata da Amazônia observa-se uma ampla cadeia de focos 
geograficamente diferentes e uma diversidade de reservatórios mamíferos e espécies 
de vetores. LAINSON et al., (1992) aborda as espécies registradas como reservatórios 
de Leishmania, são elas: alguns marsupiais, roedores, desdentados, procionídeos, 
canídeos e primatas. Os autores afirmam, ainda, que raras infecções foram 
identificadas em morcegos, e nenhum registro em pássaros, répteis e anfíbios. Já para 
as espécies de vetores considerados transmissores da doença no Amazonas, GUERRA 
et al., (2006) e BRASIL (2007) descrevem os seguintes: Lutzomyia umbratilis, L. 
anduzei, as mais importantes e L. flaviscutellata para L.(L.) amazonensis, e ainda L. 
welcomei. No caso específico de Manaus as espécies envolvidas são L. umbratilis 
envolvidos na transmissão da L(V.) guyanensis e L. anduzei. 
Os ciclos de transmissão da LTA variam de acordo com a diversidade de 
espécies de parasito, vetores, reservatórios e hospedeiros. 
A Leishmaniose Visceral é uma zoonose potencialmente fatal, de caráter crônico 
e debilitante. A transmissão dessa doença é feita pelos mosquitos Lutzomyia longipalpis 
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e Lutzomyia cruzi (MISSAWA & LIMA, 2006), e o carrapato Rhipicephalus sanguineus 
pode albergar o parasita, mas ainda não se sabe se pode ser um transmissor da 
doença (DANTAS-TORRES et al., 2011). DANTAS-TORRES (2007) afirmam que o cão 
é considerado o reservatório da doença. No entanto, VIDES et al., (2011) descrevem 
que também foram encontradas outras espécies de canídeos silvestres naturalmente 
parasitadas no Brasil, incluindo espécies Chysocyan brachyurus, Cerdocyon thous, 
Chrysocyon brachyurus, Lycalopex vetulus e Spheotos venaticus, algumas espécies de 
marsupiais (Didephis albiventris e Didelphis marsupialis) e de roedores (Cercomys 
cunicularis, Dasyprocta agouti e Orysomis eliurus). 
 
 
Manifestações Clínicas e Diagnóstico 
 
As manifestações clínicas da LTA podem variar desde infecções assintomáticas, 
apresentação de lesões cutâneas simples, úlceras muco-cutâneas até a forma difusa, 
considerada a apresentação mais enérgica da doença e de difícil tratamento. Já para a 
LVA os autores afirmam que os casos podem ocorrer de forma assintomática, 
oligossintomática ou clássica, levando, inclusive, à morte quando não tratada (FRANKE 
et al., 1990; COELHO, 2010 e ALMEIDA& SANTOS, 2011). 
Em 2009, de acordo com PELISSARI et al., (2011), dos casos notificados no 
Sinan para a LTA, 93,7% dos casos apresentaram forma clínica cutânea e 6,2% 
manifestaram clínica mucosa, sendo que, do total de pacientes, apenas 73,5% 
evoluíram para cura, 16 foram a óbito e 21,2% não possuía informação sobre a 
evolução do caso. 
Para GRIMALDI & TESH (1993) a gama de manifestações clínicas é 
consequência da interação parasito/hospedeiro que é considerada complexa e sem 
padrão. COELHO (2010) descreve a importância desta doença que vem sendo 
debatida há décadas em função do aumento no número de casos e formas da doença, 
bem como da associação da infecção pelo HIV com a Leishmania spp. BRASIL (2002) 
aponta que a relação Leishmania/HIV deve-se à superposição geográfica das duas 
infecções, como consequência da urbanização das leishmanioses e da interiorização da 
infecção pelo HIV. 
Outras manifestações clínicas relatadas como as mais frequentes da doença 
são: alterações dermatológicas, onicogrifose, linfadenopatia, esplenomegalia, hiporexia 
e apatia. O quadro dermatológico ocorre na maioria dos casos e o animal afetado pode 
apresentar um quadro clínico caracterizando desde alopecia focal ou generalizada até 
lesões crostosas descamação furfurácea entre outros sinais (CAMINHA & SOTO-
BLANCO, 2008). 
Quando se trata do reconhecimento e identificação da doença, DOURADO et al., 
(2007) afirmam que nas áreas endêmicas, afastadas dos grandes centros, há carência 
de profissionais para a realização do diagnóstico da LV, levando em consideração 
características clínicas e aspectos epidemiológicos. Os autores relatam, ainda, que no 
estado do Tocantins muitos municípios não possuem profissionais qualificados para 
realização do diagnóstico parasitológico direto (PD), havendo uma sobrecarga nos 
principais hospitais do estado. 
Nesse contexto, GONTIJO et al., (2004) destacam que existem diferentes 
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metodologias para o diagnostico de LV humana, sendo o requisito básico e 
determinante no diagnóstico laboratorial a documentação de formas amastigotas em 
material obtido da punção de medula óssea ou baço. Os autores afirmam que a 
especificidade desses métodos é de 100%, no entanto a sensibilidade é muito variável, 
em torno de 60% a 85%, em punção de medula óssea (PMO), e 95% em punção 
esplênica, sendo que ambas as punções são consideradas invasivas e exigem 
ambientes adequados a coleta o que dificulta o estudo em larga escala. 
Em casos onde a demonstração das formas amastigotas de Leishmania chagasi 
apresenta-se difícil, a sorologia é útil. Diversas são as técnicas sorológicas que podem 
ser utilizadas para diagnosticar a LV. A partir da década de 70 houve o surgimento de 
metodologias de enzimaimunoensaio e suas variações (Dot- ELISA, Fast-ELISA e micro 
ELISA) que utilizam antígenos crus ou purificados, sendo que para melhorar a 
sensibilidade e a especificidade do diagnóstico PELISSARI (2011) recomenda a 
utilização de antígenos recombinantes ou purificados, como as glicoproteínas de 
membrana gp63, gp70 e rK39, específicas do gênero Leishmania. 
De maneira geral, DOURADO et al., (2007) destaca que as metodologias diferem 
basicamente quanto à sensibilidade e à especificidade, à sua aplicação prática nas 
condições de campo e à disponibilidade de reagentes. Porém, os autores destacam que 
essas técnicas possuem limitações de uso, uma vez que os anticorpos podem 
permanecer presentes após o tratamento (cicatriz sorológica), limitando a avaliação da 
resposta terapêutica. Outro aspecto a ser observado é a possibilidade de ocorrência de 
reações cruzadas com outras doenças, como tripanossomíase, hanseníase, malária, 
esquistossomose, tuberculose e outras leishmanioses (GONTIJO & CARVALHO., 
2003). 
A década de 1980 constitui-se um marco no estudo das metodologias 
diagnóstico devido ao uso da biologia molecular para identificação do gênero 
Leishmania. GENARO (2002) afirma que este é um método de hibridização por meio de 
sondas específicas, que pode apresentar sensibilidade em torno de 94%, e técnicas de 
amplificação de ácidos nucleicos, incluindo a reação em cadeia da 
polimerasetranscriptase reversa (RT PCR) para detecção de RNA e a PCR para 
detecção de DNA. O DNA de Leishmania chagasi é encontrado em pequena 
quantidade nas amostras clínicas obtidas de punção medular, esplênica ou hepática e, 
em maiores quantidades, nas células mononucleares do sangue periférico. 
Na década de 1990, observou-se a união das técnicas imunoenzimáticas com a 
cromatografia, originando, assim, a imunocromatografia. Em geral, as técnicas 
imunoenzimáticas permitem a quantificação de antígenos ou anticorpos que possam 
ser marcados com enzimas, sendo um procedimento rápido, de custo baixo e 
extremamente sensível, embora haja reações cruzadas com outras doenças (SUNDAR 
& RAI, 2002). A cromatografia padrão mostra um excelente desempenho para análises 
quantitativas, é uma técnica com elevado investimento, podendo, por esse fato 
demandar tempo (WELLER, 2000). 
A imunocromatografia tornou-se um método mais sensível, rápido e com custo 
menor. Esta metodologia pode ser empregada nos diagnósticos de doenças como a 
leishmaniose visceral e a leishmaniose dérmica pós calazar (SUNDAR & RAI, 2002; 
SUNDAR et al., 2002). 
Quando se trata da LTA, o desenvolvimento de métodos sensíveis e específicos 
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para o diagnóstico vem sendo cada vez mais abordado. Assim como para a LV, os 
recentes avanços em biologia molecular vêm possibilitando uma identificação cada vez 
mais precisa no que tange respeito ao reconhecimento da espécie da Leishmania 
(CARDOSO et al.,1998). 
O diagnostico laboratorial da leishmaniose se constitui fundamentalmente de três 
grupos de exames (BRASIL, 2000, 2002, 2007): Exames parasitológicos, imunológicos 
e moleculares. 
O exame parasitológico consiste primeiramente na pesquisa microscópica das 
formas amastigotas em material obtido da borda da lesão, a posterior ocorre o 
isolamento em cultivo in vitro para confirmação do agente etiológico e posterior 
identificação da espécie de Leishmania spp envolvida e, por fim, o isolamento in vivo 
através da inoculação em animais (RODRIGUEZ- GONZÁLEZ et al., 2006). 
Quanto aos exames imunológicos a primeira etapa consiste no teste de 
intradermorreação de Montenegro (IDRM) ou da leishmanina, fundamentando-se na 
visualização da resposta de hipersensibilidade celular retardada, em uma segunda 
etapa são realizados testes sorológicos para detectar anticorpos anti-Leishmania 
circulantes no soro dos pacientes (BRITO et al., 2009). Já os exames moleculares 
baseiam-se na análise do DNA do parasito por meio da técnica de amplificação pela 
Reação da Cadeia da Polimerase (PCR). 
 
Tratamento 
 
COELHO (2010) discute o tratamento da leishmaniose iniciando pelo diagnóstico 
clínico-parasitológico-epidemiológico que permite a avaliação e combate em muitos 
casos, mas também destaca a importância da perspicácia da população em reconhecer 
que as lesões causadas pelo parasito de Leishmania spp são um complemento 
diagnóstico, muito forte para o sucesso da cura clínica. 
O tratamento da leishmaniose envolve terapias, fármacos e recentemente a 
fotodinâmica. Para o tratamento medicamentoso, observa-se o uso de antimoniais 
pentavalentes, sendo que, de acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, o 
comercializado é o antimoniato N-metil glucamina (Glucantime®) como droga de 
primeira escolha, e a anfotericina B e derivados como drogas de segunda escolha. 
O início do tratamento dessa doença exige cautela pois, segundo ALVARENGA 
et al., (2010), alguns cuidados devem ser observados,são eles: avaliação e 
estabilização das condições clínicas e co-morbidades presentes no diagnóstico da 
leishmaniose visceral, além da realização do eletrocardiograma (ECG). Os autores 
citam, ainda, o Glucantime® é contra indicado em pacientes que fazem uso de beta-
bloqueadores e drogas antiarrítmicas, com insuficiência renal ou hepática, em mulheres 
grávidas nos dois primeiros trimestres de gestação, o que preconiza mais uma vez a 
importância da correta avaliação das condições gerais antes de iniciar o tratamento. 
A compilação dos medicamentos utilizados para o tratamento da LV e LTA foi 
realizada por PELISSARI et al., em 2011 e segue descrita (figura 2) com suas 
respectivas doses e via de aplicação. No entanto, os autores, afirmam que a escolha de 
cada um deles deverá considerar critérios como a faixa etária, presença de gravidez, 
comorbidades e o perfil de toxicidade das drogas. 
 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 
 
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FIGURA 2: Tratamento da Leishmaniose 
Fonte: PELISSSARI, et al., (2011) 
 
ALVARENGA et al., (2010) ao estudar o tratamento em pacientes portadores de 
doenças renais hepáticas ou cardíacas observou que o Glucantime® mesmo que contra 
indicado, foi a droga de escolha para cerca de 57% dos acometidos no grupo de análise, 
havendo relatos de 85% de letalidade. 
Um outro estudo conduzido por PELISSARI et al., (2011) apontou o antimoniato de 
meglumina como fármaco de primeira escolha, observando-se um intervalo de um dia a um 
ano entre os primeiros sintomas e o tratamento. Os autores destacam, ainda, que, em 
relação às unidades federadas no Brasil o medicamento mais solicitado é o anfotericina B 
lipossomal, principalmente nos estados de Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, 
Maranhão e Tocantins. Esse destaque provavelmente ocorre pelo fato 
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de que a anfotericina B lipossomal é um fármaco recomendado para casos graves e como 
alternativa terapêutica. 
BASTOS et al., (2012) destacam que algumas drogas disponíveis com atividade 
leishmanicida apresentam seu uso limitado devido à alta toxicidade e ao aparecimento de 
resistências. No entanto, os autores afirmam que, no geral, os medicamentos de primeira 
linha para o tratamento são complexos de íon antimônio pentavalente, antimoniato de 
meglumina e estibogluconato de sódio para os quais foram apresentadas, recentemente as 
formas químicas descritas na figura 3. 
 
 
FIGURA 3: Fármacos de primeira linha no tratamento à leishmaniose. 
 
Na ausência da eficácia no tratamento, a segunda possibilidade, de acordo com 
MEDDA et al., (1999) consiste no uso de pentamidina, paromomicina, iltefosina e 
anfotericina B, administrados por via parenteral. Para os autores, as formulações de 
Anfotericina B mostram maior eficácia no tratamento da LV quando associadas a lipídeos, 
no entanto, o custo torna-se um aspecto desfavorável por ser elevado quando comparado 
aos demais. Os fármacos de segunda opção descritos por MEDDA et al., (1999) estão 
apresentados na figura 4. 
 
 
FIGURA 4: Fármacos de segunda linha no tratamento à leishmaniose. 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2013 
 
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O uso da crioterapia também tem se tornado uma importante estratégia no combate 
à leishmaniose, por possuir boa tolerabilidade e baixo custo (ASILIAN, 2004; 
SALMANPOUR, 2006). 
A terapia fotodinâmica (TFD) vem sendo estudada nos últimos anos associada ao 
tratamento da leishmaniose. A TFD envolve a administração intravenosa de um 
fotossensibilizador que se liga as ligopoteínas de baixa densidade da corrente sanguínea 
(BASTOS et al., 2012). Esta terapia apresenta vantagens quando comparada às 
convencionais por ser um tratamento local que não é limitado pelo tamanho ou número de 
lesões. No entanto, por serem uma técnica relativamente nova, várias controvérsias estão 
associadas a ela, gerando a necessidade de uma gama maior de estudos e comparações 
relacionadas aos tratamentos convencionais. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Apesar de não ser uma doença prioritária tanto para o setor público quanto para 
o setor privado, a leishmaniose, desde o seu surgimento até os dias de hoje, tem se 
propagado de forma assustadora devido às interferências nos ecossistemas e, por esse 
fato, encontra-se classificada como problema de saúde pública, afetando regiões com 
desvantagem socioeconômicas, nas quais estão inclusos o Norte e o Nordeste do país. 
A biotecnologia tem atuado no que tangem as inovações para o tratamento dessa 
patologia, porém diversas são as particularidades dos pacientes acometidos por ela o 
que dificulta a atuação medicamentosa e a eficácia no tratamento, exigindo mais 
esforços por parte de todos os envolvidos no ciclo de existência da leishmaniose. 
 
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