Buscar

A HUMANIDADE E O ESTADO DE NATUREZA CONTEMPORÂNEO SLIDES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A HUMANIDADE E O 
ESTADO DE NATUREZA 
CONTEMPORÂNEO 
Willana Silveira dos Santos 
Objetivo 
• O artigo tem por objetivo promover a reflexão 
sobre a humanidade da sociedade 
contemporânea, tomando como base vários 
acontecimentos espantosos ao longo da história 
da humanidade e fazendo uma correlação com o 
estado de natureza proposto pelo filósofo inglês 
Thomas Hobbes. 
 
Bellum omnium contra omnes 
 Thomas Hobbes 
“A vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta. 
Há um constante temor e perigo de morte violenta.” (RACHELS, 
2013, p. 87) 
 
• Segundo Hobbes, se dois homens desejarem a mesma coisa, se 
tornarão inimigos e farão qualquer coisa para destruir o outro e 
conseguir para si o que deseja. 
 
• Os homens não sentem prazer na companhia de outros homens; na 
verdade eles se suportam, pois estar junto cria um enorme 
desprazer. 
 
• Define então o estado de natureza, como tempo de guerra. A força 
e a fraude são as virtudes humanas no estado de natureza. 
Portanto, o homem é egoísta, egocêntrico, inseguro, não reconhece 
a lei, não tem conceito de justiça e faz o seu próprio governo com a 
finalidade de suprir suas paixões e desejos. 
 
O bom selvagem 
 Jean-Jacques Rousseau 
“A maioria de nossos males é obra nossa e (...) os teríamos 
evitado quase todos conservando a maneira de viver simples, 
uniforme e solitária que nos era prescrita pela natureza" 
(ROUSSEAU, p. 152). 
 
• Para Rousseau, o estado de natureza não caracteriza um 
período da história humana marcado por perigos a serem 
removidos pela constituição da sociedade civil. 
 
• Rousseau, ao contrário, atribui ao homem características 
positivas a ponto de ser chamado de “o filósofo do bom 
selvagem” 
 
• Virtual ausência de grupamentos humanos, ou seja, da vida em 
comunidade – já que era um período marcado pelo isolamento 
dos indivíduos, quebrando apenas para efeitos de reprodução. 
 
 
• Para Rousseau, o estado de natureza é um cenário bastante 
favorável à sobrevivência humana, habitado por homens 
essencialmente bons que acabam sendo empurrados para uma 
vida em coletividade que os corrompe devido à consequências 
negativas que consequentemente surgem da convivência social. 
 
• A vida em sociedade implica mudanças que pervertem o 
comportamento humano para adequá-lo ao novo contexto 
marcado pela desigualdade, pelo egocentrismo, pelas paixões que 
tendem a se exacerbar e pela competição que frequentemente é a 
percussora da violência. 
 
Mas afinal, como foi que o ser humano 
se tornou no que é hoje em dia? 
“Humanidade: 1. O conjunto dos homens; 2. Natureza 
humana; 3. Gênero humano; 4. Bondade; 5. 
Benevolência, compaixão; 6. Conjunto de estudos 
que inclui, em geral, a gramática, a poesia, a 
literatura e a cultura.” (Dicionário Aurélio) 
 
 
O ser humano tem apresentado tais características, 
ou, como dizia Aristóteles, esses traços de caráter nas 
suas ações habituais? 
 
• No decorrer da história da humanidade, temos nos deparado com 
inúmeros acontecimentos apavorantes e, na sua grande maioria, 
causados pelo ser humano. Diante de tais fatos somos levados a 
refletir se retornamos ao estado de natureza descrito por Thomas 
Hobbes. 
 
• Por que o conceito de Thomas Hobbes? 
 
A humanidade na 
antropologia contemporânea. 
“Se estamos continuamente nos fazendo e refazendo, e se 
a história é esse processo, então temos uma 
responsabilidade sobre isso. É por isso que eu sempre volto 
a Marx no seu 18 Brumário [O 18 de Brumário de Luís 
Bonaparte], com sua famosa frase que diz que os homens 
fazem a sua história, não em circunstâncias escolhidas por 
eles próprios, mas nas circunstâncias que lhes foram 
dadas e transmitidas pelo passado.” (INGOLD, 2014.) 
 
• Tim Ingold: a nossa humanidade não é algo dado, mas algo que é 
continuamente trabalhado – é um processo. Nesse sentido, é 
possível, dizer que há uma humanidade além do humanismo, ou 
seja, o ser humano é uma realização, algo que é produzido, feito e 
trabalhado coletivamente. 
 
Conclusão 
• Estabelecendo-se um paralelo com a filosofia hobbesiana, segundo 
a qual é indispensável a existência de um contrato entre homens e 
Estado, a sociedade contemporânea também faz uso de uma 
espécie de contrato. 
 
• A competição ou as causas de discórdias encontradas na natureza 
humana está associada, ressalta Hobbes, à busca pela riqueza, pela 
honra e pelo poder. Ou seja, tem em vista alguma forma de ganho, 
e para tal, os homens se entregam à inimizade e à guerra. Portanto, 
o caminho percorrido pelo competidor para alcançar seu objetivo é 
o de matar ou subjugar o seu “adversário”. Encontramo-nos, com 
certeza, muito próxima a essa definição. 
 
• Não é algo conclusivo, pois não é um assunto com materiais escritos 
no meio acadêmico por se tratar de uma discussão recente, mas 
apenas um começo de estudo que merece ser aprofundado. 
 
• “O Regresso faz uso de elementos do 
homem x natureza para contar e espelhar 
uma história que é fundamentalmente 
sobre um homem vs. homem, ou homem 
vs. si mesmo. Destrinchando políticas 
sociais e raciais da época em que os 
colonizadores invadiam os territórios dos 
nativos-americanos e lhes roubavam de 
tudo, O Regresso nos apresenta um 
mundo em que, não diferente dos outros 
da filmografia de Inárritu, tirar vantagem 
própria de uma situação de fraqueza do 
outro é o que faz do homem o que ele é. 
Embora se passe largamente num 
ambiente selvagem, O Regresso nunca é 
capaz de abandonar a humanidade, 
talvez para nos dizer que a civilização é 
uma ilusão, um construto que criamos 
para disfarçar nossa essencial 
animalidade. É um filme corajoso, 
intermitentemente belo, mas 
integralmente honesto quanto ao seu 
retrato do mundo e da humanidade, 
tanto de 1820 quanto os de hoje. As 
mudanças, de lá para cá, são só de 
superfície.” Caio Coletti 
O Regresso (The Revenant, EUA, 2015) 
Direção: Alejandro González Iñárritu 
Roteiro: Mark L. Smith, Alejandro González 
Iñárritu 
“Coube ao prólogo apresentar a premissa 
do filme, através de uma encenação 
teatral em que os animais são expostos no 
pretérito diegético: “vorazes predadores” 
contrapostos às “presas fáceis”. Na 
diegese contemporânea, por outro lado, 
os animais outrora selvagens e inimigos 
naturais vão abandonando todos os 
rótulos para conviverem em uma 
sociedade harmônica, inclusiva, tolerante, 
ordeira e pacífica. Ou seja, o roteiro cria 
um universo diegético com animais 
antropomorfizados (uma prosopopeia 
inteligente), civilizados e despidos de 
discriminações, adotando o que em 
filosofia política os teóricos humanos (reais) 
chamam de contrato social – há uma 
clara premissa contratualista. O estado de 
natureza é hobbesiano (ruim, vez que 
havia conflito), mas o pacto é lockeano 
(de associação, com um soberano que 
participa e é limitado por ele). Assim, o 
plot elabora uma grande metáfora 
cinematográfica para embasar a obra, 
uma parábola da vida humana em 
sociedade – os animais agem tal qual a 
espécie humana.” Diogo Rodrigues 
Manassés 
 
Zootopia (EUA, 2016) 
Direção: Byron Howard & Rich Moore 
Roteiro: Jared Bush & Phil Johnston 
REFERÊNCIAS 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Impressão e acabamento: Gráfica Círculo. Editora Nova Cultural 
Ltda. 2000. São Paulo. 
 
INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Tradução de 
Fábio Creder. 2015. Petrópolis: Vozes (Coleção Antropologia). 
 
MACPHERSON, Crawford Brough. A teoria política do individualismo possessivo, de Hobbes 
até Locke. Volume 22 da coleção Pensamento Crítico. Editora Paz e Terra. 1979. 
 
 MAFRA, Clara (inmemorian); BONET, Octavio; VELHO, Otavio; PRADO, Rosane. A 
antropologia como participante de uma grande conversa para moldar o mundo. Entrevista 
com Tim Ingold. Sociologia & Antropologia, vol. 4/2. 2014, p. 30-326. 
 
 RACHELS, James; RACHELS, Stuart. Os elementos da filosofia moral. Tradução e revisão: 
Delamar José Volpato Dutra. 7ª edição. 2013. Porto Alegre. 
 
 ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os 
Homens. In: Os Pensadores (Rousseau vol.2); tradução: Lourdes Santos Machado. Editora 
Nova Cultural.1999. São Paulo. 
 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/veiculo-atinge-multidao-em-queima-de-
fogos-do-14-de-julho-em-nice.html, acessado em 22 de julho de 2016. 
 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/policia-diz-que-ataque-em-boate-nos-eua-
deixou-50-mortos.html, acessado em 22 de julho de 2016. 
 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/policia-atira-em-homem-negro-desarmado-
e-rendido-em-miami.html, acessado em 22 de julho de 2016. 
 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/morte-de-dois-negros-por-policiais-provoca-
indignacao-nos-eua.html, acessado em 22 de julho de 2016. 
 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07/protesto-contra-violencia-policial-deixa-3-
agentes-mortos-e-7-feridos-nos-eua.html, acessado em 22 de julho de 2016. 
 
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2016/07/pai-espanca-filho-de-5-anos-
porque-ele-demorou-para-ir-comer-e-garoto-morre.html, acessado em 22 de julho de 2016. 
 
http://www.oanagrama.com/2016/02/review-o-regresso-nao-cre-na-humanidade.html, 
acessado em 24 de julho de 2016. 
 
http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/405298/zootopia-essa-cidade-e-o-bicho-2016-
civilizacao-de-animais-sem-preconceitos/, acessado em 25 de julho de 2016.

Continue navegando