Babesioses

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BABESIOSES 
DOENÇAS PARASITÁRIAS 
PROF. ISABELLA MARTINS 
2014-2 
BABESIOSES 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO 
Bovino Babesia divergens 
B. bigemina (grande babesia) 
B. bovis (pequena babesia) 
B. major 
Ovinos e Caprinos B. motasai; B. ovis 
Equinos B. caballi (grande babesia) 
B. equi (pequena babesia) 
Suínos B. perroncitoi; B. trautmanni 
Cães B. canis; B. gibsoni 
Gatos B. felis 
ESQUIZOGONIA 
GAMETOGO
NIA 
ESPOROGONIA 
 B. canis B. bigemina 
MEROZOÍTOS 
 B. equi B. bovis 
TRANSMISSÃO DAS BABESIOSES 
H 
vertebrado 
Espécie de 
Babesia 
tamanh
o 
predileção 
 
H 
invertebrado 
Transmissão 
Bovinos B. bovis Peq. 
 
capilares 
viscerais 
 
Boophilus larvas 
Bovinos B. bigemina grande Capilares 
periféricos 
 
Boophilus Ninfas e 
adultos 
Cães B. canis grande ? Riphicephalus 
sanguineus 
Ninfas e 
adultos 
 
Equinos B. caballi grande ? Anocentor Larvas, ninfas 
e adultos 
Equinos B. equi Peq. capilares 
viscerais 
 
Boophilus machos 
PATOGENIA: 
- Hemólise intravascular: 
• febre ; anemia; anorexia 
 - casos mais graves: icterícia; hemoglobinúria 
 
Fatores dependentes: idade, estado imune, 
intensidade de infecçao 
 
Quadros mais graves: 
 – baço filtra hemácias parasitadas e não parasitadas 
- Vasodilataçao , aumento permeabilidade vascular 
BABESIOSE E ANAPLASMOSE 
BOVINA 
TRISTEZA PARASITÁRIA 
BOVINA 
Bloqueio de capilares do SNC por Babesia 
bovis cerebral 
 
TRANSMISSÃO: 
• Boophilus microplus – via transovariana 
 
 
 
 
Anaplasma – fômites e outros 
artrópodes. 
 
• Possui duas ações: 
- Hematófaga: penetram nas hemácias, promovendo lise – 
anemia severa. 
- Tóxica: inoculação na corrente circulatória, interferem na 
síntese protéica – desproporção de proteína e gordura. 
 
 
PATOGENIA: 
- extremamente aguda; aguda; crônica; ou 
inaparente. 
• febre ; mal-estar e inapetência; anemia; depressão; 
anorexia; icterícia; hepato e esplenomegalia; 
magreza; ↓produção; 
 
Aborto com < frequência 
• Babesia bovis: alterações respiratórias e 
neurológicas; 
 
 – anoxia e lesões no SNC nos casos agudos. 
Sangue na urina 
Infecção por B. bovis 
 
opistótomo, movimentos de pedalagem, morte 
 
 
 
 
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
- Primoinfecção 
- Adultos mais acometidos com doença crônica 
- Raças resistentes 
- Estado imune do hospedeiro 
- Importação de animais 
- a presença do vetor 
- Associação com 
anaplasmose 
Epidemiologia 
1) situação livre: áreas sem o vetor; 
 
2) situação epidêmica ou de instabilidade endêmica: 
microrregiões em que há o aparecimento do 
carrapato em certos períodos - surtos de TPB; 
 
3) situação de estabilidade endêmica: carrapato ocorre 
durante todo o ano ou com períodos de ausência 
curtos (dois a três meses) – imunidade ativa 
DIAGNÓSTICO: 
• Diagnóstico clinico: anamnese; avaliar 
sintomatologia e sistema de manejo. 
• Diagnóstico laboratorial: 
- Direto: esfregaço de sangue periférico (pico febril); 
 
- Indireto: Imunofluorescência indireta (mais preciso); 
fixação de complemento; hemaglutinação indireta. 
TCR, PCR. 
 
Diagnóstico diferencial: intoxicações, raiva, doenças 
anemiantes 
Diagnostico 
TRATAMENTO: 
 
• Babesicida: diamidina/ dose 3 a 3,5mg/Kg 
• Anaplasmicida: oxitetraciclinas/ dose 3 a 5 
mg/Kg de peso vivo. 
• Babesicida/Anaplasmicida: drogas à base de 
IMIDOCARB/ dose 1,2mg/Kg para babesiose e 
3,0mg /Kg para anaplasmose sempre em 
única dose subcutânea. 
Bovinos: 
• nas infecções mistas (Anaplasma + Babesia) ou 
na Anaplasmose: 1 mL para cada 40 kg de peso 
corporal, via subcutânea. 
• Nas infecções por Babesia (piroplasmose) – 
confirmada por exame de sangue: 
1 mL para cada 100 kg de peso corporal, via 
subcutânea. 
 
 
Diaminazeno 
Dipropionato de 
Imidocarb 
CONTROLE: 
 
• Controle do B. microplus nas pastagens e no hospedeiro 
• Assepsia cirúrgica 
• Controle de moscas hematófagas 
 
 • Imunização 
 - premunição: em desuso 
 - vacina para TPB 
 
 
 
Vacinas 
• Vacina atenuada congelada 
– Embravac (CNPGC) 
• Vacina viva atenuada 
• Sem risco contaminação 
 
• Vacina refrigerada 
– Eritrovac ® 
• Vacina viva atenuada 
• 95% eficácia 
• Registro MAPA 
BABESIOSE 
CANINA 
 
 
PIROPLASMOSE CANINA OU 
PESTE DE SANGRAR 
TRANSMISSÃO NO BRASIL: 
Babesia canis – 
H inv. Rhipicephalus sanguineus 
 
 
 
 
 
• carrapato heteroxenos: 
– transmissão transestadial e transovariana 
– ninfas e adultos 
 
 
PATOGENIA: 
• febre 
• anemia 
• hemoglobinúria 
 
Outros: 
- icterícia 
- hipertrofia baço e fígado 
- sintomas neurológicos 
- nefropatia - depósito de pigmentos férricos e anóxia 
Necropsia: 
- mucosas e serosas pálidas ou ictéricas 
- aumento baço, fígado e linfonodos 
 
DOENÇA: 
• SUBCLÍNICA: Febre e apatia. Portadores. 
• CLÍNICA: mais em animais jovens 
 
 EPIDEMIOLOGIA: 
• Cães importados. 
• Cães em contato com carrapato 
• Associação com Ehrlichia canis e/ou 
Anaplasma platys 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Diagnóstico clinico: anamnese; avaliar sintomatologia 
(febre, perda peso, mucosas pálidas, sangue na urina...) e 
presença de carrapatos. 
 
• Diagnóstico laboratorial: 
- Direto: esfregaço de sangue periférico. 
- Indireto: Imunofluorescência indireta;ELISA 
- Hematologia: anemia hemolítica, leucocitose ou 
leucopenia, trombocitose branda 
 
• Diagnóstico diferencial: leptospirose, erliquiose, outras 
hemoparasitoses 
Tratamento: 
• DIAMINAZENO: dose 2.5 a 3.5mg/Kg. IM ou SC 
• IMIDOCARB: dose 7.5mg/Kg. IM (dose única) 
CONTROLE 
Profilaxia: 
• IMIDOCARB: dose 6mg/Kg. SC 
• DOXICICLINA: 10mg/kg 2xd/11d 
 
Tratamento dos sintomas 
Controle de carrapato: no ambiente e no animal 
 
Tratamento: 0,5 mL para cada 10 kg 
pv 
Quimioprofilaxia: 0,2 mL para cada 
10 kg pv. SC 
Atenção: não repetir o tratamento 
antes do prazo de 7 dias 
 
 
Dipropionato de imidocarb 
Doxiciclina 
Quando somente erliquiose 
Outros hemoprotozoários de importância 
Agente: Hepatozoon canis 
HD: cães HI: Rhipicephalus sanguineus 
Doença crônica debilitante: febre, anemia, trombocitopenia, fraqueza nos 
membros posteriores 
 
Agente: Rangelia vitali 
HD: cães HI: Rhipicephalus sanguineus 
Doença caraterizada por hemolise com febre, anemia, hemorragia de 
mucosas mas sem hemoglobinúria 
 
Agente: Citauxzoon felis 
HD: cães HI: carrapato ? 
Doença fatal: febre, anemia, ictericia e desidratação 
 
Outros microorganismos associados: 
Mycoplasma haemofelis (= Haemobartonella felis) 
Mycoplasma haemocanis (= Haemobartonella canis) 
HD: cães /gatos HI: carrapato /pulgas ? 
Doença : anemia hemolitica 
 
Mycoplasma 
Hepatozoon canis 
Citauxzoon felis 
BABESIOSE 
EQUINA 
 
 
 
 
PIROPLASMOSE EQUINA OU NUTALIOSE 
EQUINA 
TRANSMISSÃO NO BRASIL: 
Babesia equi (Theileria equi)- Boophilus 
microplus 
Babesia caballi - Anocentor nitens 
 
 
 
 
OCORRÊNCIA NO BRASIL: 
• EQUINOS, ASININOS E MUARES 
 
 
PATOGENIA: 
 
- febre 
- anemia 
- icterícia 
- diarréia com fezes amareladas 
 
Em casos graves: 
- hemoglobinúria 
- edemas 
- sintomas neurológicos 
- Aborto em conseqüência de transmissão uterina. 
Babesiose equina 
ACHADOSDE NECROPSIA 
DIAGNÓSTICO: 
• Diagnóstico clinico: anamnese; avaliar 
sintomatologia e presença de carrapatos. 
 
• Diagnóstico laboratorial: 
- Direto: esfregaço de sangue periférico 
 
- Indireto: Imunofluorescência indireta; fixação de 
complemento; hemaglutinação indireta, PCR. 
 
• Diagnóstico diferencial: tripanosomose equina 
 
BABESICIDA: 
• DIAMINAZENO: 
– dose 11mg/Kg. Repetir com 24h IM 
 
• IMIDOCARB: 
– dose 2.2mg/Kg. Repetir com 24h IM: B. caballi 
– dose 4mg/Kg. Repetir com 24h IM: B. equi 
TRATAMENTO: 
 
Eqüinos: 
1 mL para cada 50 kg de 
peso corporal, via 
intramuscular. 
 
Diaminazeno 
Dipropionato de 
imidocarb 
CONTROLE: 
 
• Controle do carrapato nas pastagens: 
- Rotação de pastagem; 
- Controle biológico; 
 
• Controle do carrapato no equino: 
- Uso de carrapaticidas - cipermetrina; 
 
• Evitar criação equinos e bovinos