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HABILIDADES PSICOMOTORAS (fatores psicomotores) Profa Maria José Gugelmin de Camargo 1- TONICIDADE Alicerce fundamental de todas as atividades motoras humanas, garante as atitudes, as posturas, as mímicas, as emoções. Assegura a preparação da musculatura para as múltiplas e variadas formas de atividade postural e práxica. Abrange qualquer forma de comunicação social não-verbal. 1- TONICIDADE: sub-fatores A: tônus de suporte= paratonia e extensibilidade B: tônus de ação= diadococinesia e sincinesias A: tônus de suporte= paratonia e extensibilidade Extensibilidade: grau de mobilização e amplitude de uma articulação. Passividade: capacidade de relaxamaneto passivo dos membros e suas extremidades distais. Paratonia: impossibilidade ou incapacidade de descontração voluntária. B: tônus de ação= diadococinesia e sincinesias Diadococinesias: função motora que permite realizar movimentos vivos, simultâneos e alternados. Sincinesias: movimentos não intencionais, desnecessários, cuja eliminação exige inibição tônico-cinética. 2- EQUILIBRAÇÃO Integração postural num sistema funcional complexo que combina a função tônica e a proprioceptividade nas inúmeras relações do corpo com o espaço envolvente. EQUILIBRAÇÃO-imobilidade Capacidade de inibir voluntariamente todo e qualquer movimento durante um curto lapso de tempo. 2- EQUILIBRAÇÃO: equilíbrio Equilíbrio estático: requer as mesmas capacidades da imobilidade Equilíbrio dinâmico: exige uma orientação controlada do corpo em situações de deslocamento no espaço com os olhos abertos = precisão, harmonia, economia 3- LATERALIZAÇÃO Resultado da integração bilateral postural do corpo e está implicitamente relacionada com a evolução e utilização dos instrumentos = motricidade humanizada. 4- NOÇÃO DO CORPO Compreende a recepção, análise e o armazenamento das informações vindas do corpo, reunidas sobre a forma de uma tomada de consciência estruturada e armazenada somatotopicamente. 4- NOÇÃO DO CORPO: sub- fatores A: sentido cinestésico = sentido posicional e o sentido do movimento fornecido pelos proprioceptores B: reconhecimento direita-esquerda = decodificação verbal em face da noção simbólica do hemicorpo e da consiencialização da linha média do corpo C: auto-imagem:noção do corpo no seu componente facial dentro do espaço próprio. 4- NOÇÃO DO CORPO: sub- fatores D: imitação de gestos :capacidade de análise visual de posturas e gestos, desenhados no espaço, sua retenção visual de curto – termo e respectiva transposição motora por meio de cópia gestual bilateral E: desenho do corpo = representação do corpo vivido, reflete o nível de integração somatognósica e sua experiência psicoafetiva 5- ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO- TEMPORAL Interpretação das informações sensoriais em termos de espaço e tempo e construir os conceitos espaciais e temporais em termos sensoriais e motores. Depende do grau de interação e organização dos fatores psicomotores anteriores. 5- ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO- TEMPORAL: sub-fatores A: organização = capacidade espacial concreta de calcular as distâncias e os ajustamentos de planos motores necessários para os percorrer, pondo em jogo as funções de análise espacial, processamento e julgamento da distância e da direção, planificação motora e verbalização simbólica da experiência. B: estruturação dinâmica = capacidade de memorização sequencial visual de curto-termo de estruturas espaciais 5- ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO- TEMPORAL: sub-fatores C: representação topográfica = capacidade espacial semiótica (simbólica) e a capacidade de interiorização de uma trajetória espacial apresentada num levantamento topográfico (planta) das coordenadas espaciais e objetais da sala. D: estruturação rítmica = capacidade de memorização e reprodução motora de estruturas rítmicas. 6- PRAXIA GLOBAL Compreende tarefas motoras sequenciais globais, exige perícia postural, coordenação dinâmica geral e generalização motora. Integrada na terceira unidade funcional do modelo de Luria = planejamento. 6- PRAXIA GLOBAL: sub-fatores A: coordenação óculomanual = capacidade de coordenar movimentos manuais com referências perceptivo-visuais. Envolve planejamento motor, avaliação de distância e precisão de lançamento. B: coordenação óculopedal = compreende a capacidade de coordenar movimentos pedais com referências perceptivo-visuais. Requer coordenação apendicular dos MMII, normalmente do pé dominante com as capacidades já referidas no subfator anterior. 6- PRAXIA GLOBAL: sub-fatores C: dismetria = é a realização dispráxica e traduz a inadaptação visuoespacial e visuocinestésica dos movimentos orientados face a uma distância ou um objetivo (alvo). D: dissociação = capacidade de individualizar vários segmentos corporais que tomam parte na planificação e execução motora de um gesto ou de vários gestos intencionais sequencializados. 7- PRAXIA FINA Compreende tarefas motoras sequenciais finas e está adstrita à função de coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da atenção e durante as manipulações de objetos que exigem controle visual , além de abrangerem as funções de programação, regulação e verificação das atividades preensivas e manipulativas mais finas e mais complexas. 7- PRAXIA FINA: sub-fatores A: coordenação dinâmica manual = compreende a destralidade bimanual e a agilidade digital, visando o estudo da coordenação fina das mãos e dos dedos. Exige planejamento motor das extremidades distais em permanente e contínua retroação tátil- cinestésica com atenção, fixação e a captação visual dos objetos. 7- PRAXIA FINA: sub-fatores B: tamborilar = dissociação digital sequencial que envolve a localização tátil-cinestésica dos dedos e sua motricidade independente e harmoniosa. Requer a realização precisa, independente e harmoniosa de movimentos finos e oponibilidade com uma transição dedo a dedo melódica e sequencialiada, pondo em realce a gnosia digital, a planificação micromotora distal, a preferência manual e a discriminação direita-esquerda. BIBLIOGRAFIA FONSECA, VITOR. Manual de Observação Psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores.Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
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