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Dor e Abordagem Fisioterapêutica em Pediatria e Neonatologia 1 Disciplina: Fisioterapia na Saúde da Criança e Adolescente II Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Questões Antes de proceder à aula, responda às seguintes questões. As respostas e suas respectivas explicações estão no final desta aula: Quais das seguintes afirmativas são verdadeiras a respeito da dor em crianças? a dor em crianças é normalmente bem avaliada ( ); as vias neurais estão completamente desenvolvidas em neonatos ( ); a dor não tem efeitos deletérios a longo prazo ( ); o auto-relato da dor é a melhor ferramenta de avaliação em pediatria ( ). 2 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Qual o conceito de dor? 3 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia De acordo com a International Association for the Study of Pain, dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial, ou descrito nos termos de tal dano; “Dor é sempre subjetiva e pessoal” Por ser algo subjetivo, difícil de interpretar ou descrever, muitas vezes, a dor torna-se um sintoma subdiagnosticado. 4 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia A severidade da dor não é diretamente proporcional à quantidade de tecido lesado e muitos fatores podem influenciar a percepção deste sintoma: • fadiga; • depressão; • raiva; • medo/ ansiedade doença; • sentimentos de falta de esperança e amparo. 5 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Padrões e Tipos de Dor Dor Aguda - Início súbito relacionado a afecções traumáticas, infecciosas ou inflamatórias. Espera-se que desapareça após intervenção na causa – cura da lesão, imobilização ou em resposta a medicamentos. Respondem rapidamente às intervenções na causa e não costumam ser recorrentes. 6 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Padrões e Tipos de Dor Dor crônica - Não é apenas o prolongamento da dor aguda. Estimulações nociceptivas repetidas levam a uma variedade de modificações no SNC. Enquanto dor aguda provoca uma resposta simpática, com taquicardia, hipertensão e alterações em pupilas, dor crônica permite uma adaptação a esta situação. Mal delimitada no tempo e no espaço, é a que persiste por processos patológicos crônicos, de forma contínua ou recorrente. 7 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Classificação da Dor por seu Mecanismo Fisiopatológico Dor Nociceptiva; Dor Neuropática; Dor Simpaticomimética. 8 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Dor Nociceptiva: Compreende dor somática e visceral e ocorre diretamente por estimulação química ou física de terminações nervosas normais - é resultado de danos teciduais mais comuns e frequentes nas situações inflamatórias, traumáticas e invasivas, ou isquêmicas. Dor Neuropática: Resulta de alguma injúria a um nervo ou de função nervosa anormal em qualquer ponto ao longo das linhas de transmissão neuronal, dos tecidos mais periféricos ao SNC. Dor simpaticomimética: diferenciada pelo relato de irradiação arterial normalmente necessitando de diagnóstico diferencial por bloqueio anestésico. 9 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia O Papel do Fisioterapeuta na Dor no Paciente Pediátrico e Neonatal O fisioterapeuta , como membro integrante da equipe multiprofissional, deve saber reconhecer e avaliar os procedimentos que podem ser dolorosos e/ou estressantes, adequar a sua terapia conforme as necessidade e as respostas deles, além de empregar os recursos fisioterapêuticos específicos para a amenização dos quadros dolorosos, e assim, otimizar a abordagem fisioterapêutica e contribuir para uma evolução clínica favorável. 10 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia A Dor no Paciente Pediátrico e Neonatal Até recentemente, acreditava-se que crianças, principalmente recém-natos e lactentes, não sentiam dor tal como os adultos; A identificação da dor em lactentes e em crianças de um modo geral, era ignorada ou subestimada; Durante vários anos acreditou-se apenas expressavam ansiedade em situações que podem parecer dolorosas; 11 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia A Dor no Paciente Pediátrico e Neonatal A dor, caso sentida, não é recordada; Por ser subjetiva, não pode ser medida de forma confiável; A exposição, destas crianças, a opioides predispõe a dependência; O risco de depressão respiratória era mais importante que o alívio da dor; O esforço e gastos para aliviar a dor não são justificados pelos resultados. 12 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia A Dor no Paciente Pediátrico e Neonatal A dor em crianças está relacionada à doença, aos procedimentos diagnósticos ou ao tratamento. Independentemente da causa, a criança deve ser adequadamente tratada da sua dor; “Segundo os direitos da criança e do adolescente hospitalizado, toda criança tem o direito de não sentir dor, quando existam meios para evitá-la” 13 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia A Dor no Paciente Neonatal Estudos mostram que a dor e o estresse ocorrem de forma continuada em uma UTI neonatal, potencializando a instabilidade clínica do recém-nascido (RN); Os RNPT nas UTI’s são expostos a múltiplos procedimentos invasivos, que se sucedem de maneira aleatória e são com outras numerosas estimulaçãoes não nociceptivas como: manipulação, exame clínico, cuidados gerais e outros); 14 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Sinais de Dor no Paciente Neonatal Os procedimentos dolorosos provocam: movimentos expiratórios forçados (choro), taquicardia, dessaturação, vasoconstrição periférica, sudorese, dilatação de pupilas, aumento da liberação de catecolaminas e hormônios adrenocorticosteróides, e hipertensão arterial por ativação simpática; As oscilações da pressão intratorácica dos RN provocam alterações substanciais da pressão intracraniana, do suprimento de O2, fluxo sanguíneo cerebral e risco de hemorragia intracerebral; 15 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Sinais de Dor no Paciente Neonatal “De forma geral, os efeitos cumulativos das agressões fisiológicas causadas por manipulações, procedimentos, ventilação e outros, acentuam a vulnerabilidade dos RNPT às lesões neurológicas e às demais complicações” 16 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Avaliação do Paciente com Dor O controle da dor deve ser baseado em avaliação cuidadosa com elucidação das possíveis causas e dos efeitos deste sintoma na vida do paciente, investigando fatores psicossociais que possam estar influenciando e seu impacto, no paciente; Uma anamnese completa e exame clínico são vitais e investigação laboratorial ou radiológica podem ser necessárias. 17 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Avaliação Fisioterapêutica da Dor em Pacientes Neonatos São sinais que incluem respostas comportamentais e fisiológicas que funcionam como indicadores válidos de dor passíveis de serem inferidos por um observador; O objetivo da avaliação da dor deve ser o de proporcionar dados acurados, para determinar quais ações devem ser adotadas para aliviá-la ou aboli-la e, ao mesmo tempo, avaliar a eficácia dessas ações; 18 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Avaliação Fisioterapêutica da Dor em Pacientes Neonatos O fisioterapeuta deve estar alerta com relação a: mudanças no comportamento (que sugere desconforto ou estresse) e minimizar os estímulos nociceptivos (desencadeados através de procedimentos fisioterapêuticos); São utilizadas 3 principais escalas de avaliação da dor. 19 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Neonatal Facial Coding System 20 protuberância da testa estreitamento dos olhos sulco nasolabial aprofundado boca aberta Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Neonatal Facial Coding System 21 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Neonatal Infant Pain Scale 22 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Premature Infant Pain Profile 23 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Escala de Sedação COMFORT A Escala de Sedação COMFORT (Tabela IV) tem sido empregada em recém- nascidos submetidos à ventilação mecânica para avaliar o grau de sedação. 24 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia 25 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Tratamento Não Farmacológico da Dor em Neonatos O que o fisioterapeuta pode oferecer a esses pacientes? Podemos utilizar abordagens físicas de redução da dor como frio, calor, vibrações por estímulo elétrico percutâneo? 26 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Abordagem Fisioterapêutica na Dor de Neonatos Objetivos: Adequar a assistência fisioterapêutica à rotina do RN e promover seu conforto, contribuindo assim, para prevenção ou minimização da dor neonatal; Adotar medidas ambientais e comportamentais para minimizar a dor no RN. 27 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Abordagem Fisioterapêutica na Dor de Neonatos Medidas: Sequência de toques sistematizados/massagem; Balanceio; Colchão d’água; Contato físico pais/RN (método canguru); Sucção não nutritiva (inibe a hiperatividade e modula o desconforto no RN); Soluções adocicadas (reduzem o tempo do choro, atenuam a mímica facial de dor e diminuem a resposta fisiológica à dor). 28 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Estratégias da Equipe Multidisciplinar 29 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Conclusão “Estratégias de tratamento da dor, utilizadas sem uma avaliação sistemática da mesma, não são eficazes ou adequadas. Por outro lado, uma excelente avaliação sem o acompanhamento de tratamento rigoroso não trará benefícios ao paciente” 30 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Conclusão “É importante ressaltar que até o momento não existe uma técnica amplamente aceita, de fácil administração e uniforme para a avaliação da dor em crianças, sobretudo em RN e lactentes que sirva em todas as situações” “Um instrumento é confiável caso suas medições sejam compatíveis e condizentes com a situação” 31 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Conclusão “O fisioterapeuta que cuida de RN tem por obrigação saber reconhecer e abordar adequadamente as dores neonatais, propiciando um crescimento e em desenvolvimento sadio, além de tornar sensível e humano o cuidado do RN hospitalizado” 32 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Dor na UTI Pediátrica Crianças na UTI frequentemente vivenciam situações de desconforto físico e psicológico (dor, medo, ansiedade) que cursam com inúmeras respostas fisiológicas (↑ do consumo de O2 e do metabolismo, ↓ da capacidade vital pulmonar) e piora do quadro clínico; – Alterações Clínicas Crianças na UTI passam por inúmeros procedimentos (não invasivos, invasivos, de suporte ventilatório); - Procedimentos A indicação de sedação e analgesia se torna necessária para que estas crianças permaneçam confortáveis. 33 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Avaliação da Dor em Pediatria 34 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia 35 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Avaliação da Dor em Pediatria 36 “É um exemplo de escala comportamental descrita na literatura como confiável, validada e em fase de tradução e adaptação cultural” Escore: 0= relaxado e confortável; 1 a 3=desconforto suave; 4 a 6=dor moderada; 7 a 10=dor severa. Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Relato de avaliação de uma dor aguda 37 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Tratamento Farmacológico 38 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Objetivos da Fisioterapia no Tratamento da Dor em Pediatria Não causar dor; Alívio da dor; Reabilitar o componente físcio e psicossocial; Otimizar os potenciais remanescentes; Prevenir deformidades e imobilismo; Diminuir a necessidade de medicamentos; Orientar a criança e sua família. 39 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Que recursos físicos podem ser utilizados pelo fisioterapeuta em sua conduta na dor em pediatria? 40 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Vamos pesquisar???!!! Trabalho para próxima aula!!! 41 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia Respostas das perguntas: FVFV 42 Escola de Ciências da Saúde Curso: Fisioterapia
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