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NEONATOLOGIA E AFECÇÕES NEONATAIS - EQUINOS

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RESUMO DE CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
AULA 21/09 – PROFESSOR NEIMAR
NEONATOLOGIA DE EQUINOS
	Os primeiros cuidados que devemos ter são: colostro, mecônio e cura de umbigo.
Hipocoradas: anemia > hemograma
Congestão/hiperêmica: normal de infecções > vermelho arroxeada = sangue venoso > diminuição da circulação/ estase arterial no leito venoso > desidratação severa
Hiperemia: vermelho vivo = sangue arterial > diminuição da circulação/ estase arterial no leito arterial > desidratação + infecçãoSEPSE/ SEPTICEMIA: Quando há circulação de MO, toxinas bacterianas, componentes bacterianos ou parte desses componentes/ subprodutos pela corrente sanguínea. Acomete demais os potros e é a maioria das causas de morte em potros. Não conseguimos algumas vezes saber se sepse é primaria ou secundária.
A demonstração clinica é bem variável por ser uma doença multifatorial podendo ser contraída ainda em útero (infecção ascendente e infecção de útero > nasce septicêmico), por inoculação oral, respiratória ou através do cordão umbilical pós-parto quando não curado adequadamente.
O animal pode apresentar quadros de febre, apatia, prostração, Hiporexia ou anorexia (às vezes ele não come por não ter força para levantar e ir se alimentar, porém o animal encontra-se com fome), inchaço de membros, edema de abdômen, letargia, decúbito lateral, mucosas pálidas, desidratação, diarreia, taquicardia e taquipneia e alterações pulmonares. 
A historia é sempre semelhante, lugares com superlotação, más condições de higiene, diminuição ou parada de ingestão de leite, e animais prematuros de menos de 320 dias tem alto risco de sepse – produção de surfactante, logo se nascer antes disso é quase morte certa porque ele só produz o surfactante no decimo mês(gestação normal 340 dias em media com + - 20 dias).
A análise hidratação dos animais fazemos em exames de sangue, turgor de 1 a 2 segundos, TPC 1 a 2 segundos, mucosas de coloração alterada e umidade também e enoftalmia (olhos afundados – afundam por causa da perda de liquido do bulbo adiposo e o olho se retrai > desidratação ou serenidade). 
Os exames complementares para confirmar o diagnostico pode ser o hemograma com leucocitose, proteína total (PPT – proteína plasmática total > aumentada) e fibrinogênio (somente em equinos – proteína produzida pelo fígado e toda vez que temos um problema de infecção ou inflamação essa proteína é lançada em grandes quantidades na corrente sanguínea > aumentada > hiperfibrinogenemia) e também podemos pedir a taxa glicêmica (já que indivíduos em sepse tem seus estoques de energia também consumidos pelos MOs ele vai se encontrar hipoglicêmico, ou seja, glicemia abaixo de 90mg/dl).
Diagnóstico: histórico + exame clinico + exames complementares > para ter certeza desse quadro poderíamos fazer uma hemocultura < quase nunca fazemos pela dificuldade da coleta do material para isso. 
Membros em hiperextensão indica falta de proteína que gera relaxamento muscular e tendíneo; individuo desproporcional de crescimento; potro ao lado da mãe e não mamando; potro com os olhos de cor mais amarelada e turva (HIPÓPIO = acumulo de pus nas câmaras oculares – humor aquoso; animal já com reclamação que não enxerga e bate a cabeça em tudo > depois do tratamento o animal enxerga normalmente quando não há a sequela de aderência da íris em outra estrutura do globo ocular SINÉQUIA = perde capacidade de midríase e miose) > patognomônico.
SID: 1X
BID: 2X
TID: 3X
QID: 4XO tratamento da septicemia é sintomático, antibiótico (ceftiofur 5 a 10mg/kg – IM/ SID), alimentação forçada (enteral ou parenteral), fluídoterapia (alimentação forçada de leite, plasma para aumento de proteínas e não de liquido extracelular, ajuda na imunidade porque não sabemos como foi a mamada de colostro dele) e equilíbrio térmico do animal (antitérmico: dipirona 22mg/kg – IV ou IM).
O animal septicêmico não necessariamente necessita de quarentena, muitas vezes é por descuido e não é contagiosa direta. 
(RODOCOCOSE) PNEUMONIA PORRODOCOCCUSEQUI: pode levar a septicemia se descuidado, comum em potros neonatos equino de 1 a 4 meses, acima dessa idade os potros não adquirem essa doença. 
Essa doença aparece na janela imunológica que se localiza entre o segundo e quarto mês de vida por causa da baixa de AC maternais e inicio da produção de AC ativos > 2/3 meses.
Ocorre em locais que possui uma higiene inadequada. Essa bactéria vive no solo (ocorre em locais com forração de pasto ruim onde o MO fica exposto devido a exposição da terra > aerossol > suspensão de partículas e contamina vários animais) e quando há um caso normalmente aparecem mais ou se repetira em outros anos. 
A infecção ocorre por via oral/alimentar (ingestão do verde do pasto - diarreia) ou por via respiratória (causando pneumonia com aparecimento de abcessos pulmonares caseosos). 
Quando encontramos um potro com isso devemos fazer quarentena com ele porque é altamente contagioso, independente do MO estar presente no pasto > evita que um potro contaminado fique espirrando em outro animal sadio deixando mais fácil a contaminação. 
A história apresentada nesses casos são potros de 2 a 4 meses com sinais de doenças digestiva ou respiratória e ate mesmo presença de óbitos em anos anteriores. 
Os animais apresentam os sinais de apatia, Hiporexia, febre (isso mesmo com o estado geral bom), tosse improdutiva, dispneia (reflexo de tosse positivo e diminuição de troca gasosa pelos abcessos), estertoração sibilante e secreções na traqueia – não há expectoração porque as secreções não purulentas estão todas nos abcessos > respiração de asmático.
Febre em equinos = infecção e babesiose!Os exames complementares possíveis são os hemogramas com leucocitose (>13000 cel/microL), hiperfibrinogenemia (>1000mg/dl), lavado traqueal com cultura para saber o que esta crescendo ali, porém não se utiliza mais porque em animais mais velhos quando é feito já há crescimento desse patógeno, mesmo sendo um individuo saudável por fazer parte da sua microbiota e exames de imagem como RX (apenas em potros)para visualização dos abcessos (diagnostico mais tardio – pulmão em algodão doce) e o US de tórax que apenas em equinos é feito para visualização precoce dos abcessos através da visualização de três ou mais sombras acústicas. 
O nosso maior problema é o ATB chegar ate os abcessos do pulmão e com os exames de imagem conseguimos fazer um controle se o tratamento esta sendo efetivo ou se ele não esta resolvendo nada. 
O tratamento é com antibioticoterapia (hidrossolúveis X lipossolúveis = como a capa do abcesso é lipídica o ATB que iremos utilizar será lipossolúvel para tentar atravessar ele, fazer ele se dissolver para o organismo reabsorver aquele conteúdo e excretar > mesmo rompendo o abcesso ele não expectora > rifampicina e eritromicina VO [induz diarreia e quase não é usado] ou rifampicina e Azitromicina [faz deposito] VO – cinco dias e depois dias alternados), fluídoterapia, tratamento de suporte, AINE (cetoprofeno 3,3 mg/kg SID IM/IV) e preventivo em locais endêmicos = administrar uma bolsa de plasma hiperimune de 1 litro em cada potro nascido + vacinação das éguas ao final da gestação – zeram a casuística de rodococose > vacina Rodovac (15 a 30 dias antes do parto da égua para passar pelo colostro) não é efetiva e como não sabemos como foi o transporte ela pode já chegar inativada > não da resultados satisfatórios > melhor fazer o plasma. 
O animal se é demorado para tratar e o parênquima dele cada vez mais vai sendo lesado, esse tecido é substituído por tecido de fibrose e o animal se recupera com perda de capacidade pulmonar > diminuem-se as áreas de trocas gasosas.
Medidas de prevenção como US torácico em potros nascidos dia sim e dia não para ir avaliando se surge algo para pegar logo no inicio, tratar e não contaminar os outros, além do animal ter uma melhora muito satisfatório; se não houver a possibilidade de fazer o US deve-se fazer um hemograma semanal em todos os potros > porem o US identifica mais rápido. 
Principal alertaé tosse seca > ficar de vigia nesse animal. 
DIARREIAS: perda hídrica excessiva pelas fezes - afecção comum em potros e que normalmente já vem com diagnostico (diarreia é doença e não sintoma) e muitas vezes é AUTOLIMITANTE. 
Pode ser causadas por endoparasitas (Strongyloideswesteri), bactérias (Salmonella, Escherichiacoli, Clostridiumperfinges), vírus (Rotavirus, Coronavírus), etc. 
A base da diarreia é NÃO DEIXAR O INDIVÍDUO DESIDRATAR > fluídoterapia!
A historia normalmente já vem pronta com relato de diarreia e perda de apetite pelo animal. 
Os sintomas que o animal pode apresentar é alteração ou não do odor das fezes, cores das fezes, alteração de consistência, glúteos do animal sem pelo e avermelhado, alteração de temperatura, desidratação, taquicardia, taquipneia e identificar possíveis afecções sistêmicas ou alguma doença localizada no TGI que leva a esse quadro diarreico. 
Fezes líquidas e sem cheiro alterado costuma nos indicar infecção por vírus, fezes liquidas com odor horrível e cor amarelada nos indica infecção de bactéria e fezes líquidas esbranquiçadas (muco) indica quadro de verminose > nem sempre é assim e muitas vezes podem ter mais de um agente atuando nesse quadro. 
O animal apresenta hipotermia por perder muito liquido no caso dos vírus e no caso das bactérias irá gerar quadros de hipertermia.
Fazemos os exames complementares de hematologia, coprocultura bacteriológica (porem é difícil identificar qual bactéria esta causando esse quadro de diarreia porque ira crescer vários MO > não fazemos) e coproparasitológico apenas em locais que não fazem o controle sanitário, pois locais que estão em dia dificilmente os animais estarão infectados com vermes.
O tratamento de diarreias é fundamental uma fluídoterapia para que o animal não desidrate, manter a ingestão de leite (não privar o potro do aleitamento), ATB quando a causa for bacteriana, utilização de agentes adsorventes (segura e leva = não se mantem no local de ação- Salicilado de Bismuto, Caulim, Pectina e carvão ativado – leite de magnésia e enterex), protetores de mucosas e probióticos para regularizar a microbiota intestinal do animal.
SÍNDROME DE ASFIXIA NEONATAL (SÍNDROME DE DESAJUSTAMENTO NEONATAL): é uma doença congênita, o animal nasce com ela. Um potro que não se ajusta e não tem reflexo ao nascer > faltou oxigenação cerebral. 
Ocorrem muito em partos distócicos onde diminui a inibição da oxigenação do sistema nervoso central gerando necrose se SNC, hemorragia e edema (ai sim ocorre a necrose – depois de todos esses passos). Além de ter incidências em partos distócicos que ocorre demora ao nascer, aspiração de líquidos placentários, anormalidades placentárias, infecções/ inflamações placentárias e aspiração de mecônio. 
Quando o animal já nasce com essa afecção é direcionado para a UTI para tentar reverter essa privação. 
O histórico que chega ao veterinário é o potro nascido recentemente com ausência de reflexos, moribundo > cuidado para não confundir com septicemia (analise de placenta). 
Os potros normalmente apresentam-se em decúbito, perde relação com a mãe, perde capacidade de socialização, hipotonia (baixa força muscular – não tem tônus muscular),apatia, convulsão dependendo do grau das lesões nervosas causada pela hipóxia, dispneia, rigidez espástica dos membros, tremores > são sinais de indivíduos que não se adaptam externamente. 
Para saber a quantidade de necrose ocorrida no SNC é indicado exame de ressonância > ainda não conseguimos fazer isso. Se identificado esse animal e fizer uma UTI sobre ele e ele apresentar melhoras em 24 horas o prognóstico é bom, se não apresentar melhoras depois de dois dias as chances irão caindo dia após dia.
Logo o tratamento desse animal é realizar uma UTI sobre ele (cuidados intensivos) para manter suas funções vitais, hidratação (fluídoterapia), oxigenação e termoterapia. Podemos também aplicar DMSO AI potente que atravessa barreira hematoencefálica (IV) e desinflama o cérebro (0,5 a 1 g/kg a 10% em solução) temos que diluir ele senão ele atravessa a hemácia e causa hemólise e consequentemente um quadro de anemia.
Prognostico reservado!

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