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Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Departamento de Bioquímica Nucleotídios e Ácidos Nucleicos Replicação do DNA Profa. Dra. Lady Clarissa Rocha DNA x RNA mensageiro; transportador; ribossômico. Ácidos Nucleicos • Uma base nitrogenada • Uma pentose • Um fosfato. ribose desoxirribose pirimidina purina Unidades básicas dos ácidos nucleicos: NUCLEOTÍDEOS Pentoses Bases nitrogenadas Desoxirribonucleotídeos Ribonucleotídeos A ligação entre nucleotídios sucessivos nos ácidos nucleicos é feita pelas ligações fosfodiéster As bases nitrogenadas são ligadas através de pontes de hidrogênio, formando fitas COMPLEMENTARES Propriedades das bases nitrogenadas x Estrutura tridimensional dos ácidos nucleicos • Os átomos dos anéis das bases nitrogenadas sofrem ressonância; como resultado, as bases nitrogenadas e portanto os ácidos nucleicos absorvem luz UV em comprimentos de onda próximos a 260 nm; • Insolúveis em pH neutro devido a hidrofobicidade das bases nitrogenadas; • Interações hidrofóbicas, van der Waals e dipolo- dipolo entre as bases de uma mesma cadeia promovem um empilhamento que minimiza o contato entre as bases e a água. Isso contribui bastante para a estabilização da estrutura tridimensional dos ácidos nucleicos. • Outra forma de interação importante ocorre entre as bases de duas cadeias diferentes. As bases formam pontes de H entre os grupos amino e carbonila, permitindo o pareamento de bases definidos por Watson e Crick, onde A pareia com T e C pareia com G. • Diferentes níveis estruturais: - Primário: determinado pela sequencia de nucleotídios e sua estrutura covalente; - Secundário: determinado por uma estrutura estável regular; - Terciário: determinado pelo complexo enovelamento de um cromossomo dentro da cromatina. A estrutura do ácido nucleico O DNA em formas tridimensionais diferentes - Duas cadeias helicoidais em torno do mesmo eixo; - Esqueleto hidrofílico para fora e bases hidrofóbicas para dentro da dupla hélice; - Bases de uma mesma fita empilhadas em planos paralelos e pareadas com as bases da outra fita. O DNA é uma dupla hélice Modelo de Watson e Crick para a estrutura do DNA - As duas fitas do DNA são antiparalelas, isto é, correm em direções opostas; - As duas fitas do DNA são complementares, obedecendo aos pareamentos A-T e G-C; - A estrutura tridimensional da dupla hélice é estabilizada por duas forças: pontes de H entre os pares de bases e interações que promovem o empilhamento das bases. - A composição em bases no DNA varia entre as espécies, mas não varia entre os tecidos corporais de uma mesma espécie; - A composição de bases não se altera com a idade do organismo, seu estado nutricional ou a mudança de ambiente; - Quantidade de A = T e G = C A + G = T + C Composição de bases distintas nas moléculas de DNA A dupla hélice pode ser desnaturada • Transformação física pelo calor ou extremos de pH; • Rompimento das pontes de H desfazem o pareamento entre as bases; • Efeito hipercrômico. • A temperatura de fusão varia entre DNAs de diferentes espécies; • A temperatura de fusão é maior quanto maior for a proporção de pares C-G. Por quê? Replicação do DNA • O metabolismo do DNA compreende: - Replicação: síntese fiel de novas cópias de DNA – alto grau de acurácia a fim de evitar erros que podem ocasionar graves consequências que serão transmitidas às gerações futuras; - Reparo: detecção e correção de eventuais erros na replicação – manter a integridade da informação genética; - Recombinação: rearranjo de sequências – mecanismos que levam à diversidade biológica. Aspectos universais sobre a replicação • A replicação do DNA é SEMICONSERVATIVA: cada fita serve de molde para a síntese de uma nova fita; ao final, a duas moléculas de DNA conterão uma fita velha e uma recém sintetizada; • A replicação é BIDIRECIONAL e começa na origem: as duas fitas de DNA são sintetizadas simultaneamente, iniciando em um ponto específico do DNA, chamado origem; • A síntese do DNA prossegue na DIREÇÃO 5’ 3’ e é SEMIDESCONTÍNUA: uma fita é sintetizada continuamente (fita líder) e a outra é sintetizada de forma descontínua (fita atrasada); isso é decorrente do antiparalelismo das duas fitas e da replicação bidirecional no sentido 5’ 3’. Maquinaria enzimática da replicação • Endonucleases X Exonucleases - Remoção de nucleotídios; • DNAs polimerases - Adição de nucleotídios; - Requerimentos: Um molde – a própria fita de DNA; Um iniciador (primer) – oligonucleotídio de RNA complementar ao molde. A DNA polimerase não é capaz de realizar síntese de novo. Maquinaria enzimática da replicação Maquinaria enzimática da replicação • DNA polimerase 1 - Primeira a ser purificada e caracterizada; - Em E. coli: 1 erro a cada 103 ou 104 replicações; - 1 erro a cada 109 ou 1010 nucleotídios adicionados. - A que se deve esse alto grau de fidelidade na replicação? Alta capacidade de realizar o pareamento correto entre as bases nitrogenadas – especificidade enzimática; Atividade exonucleásica 3’ 5’ (atividade revisora). Maquinaria enzimática da replicação • A DNA polimerase 1 não é a única em E. coli: - DNA polimerase II: função de reparo; - DNA polimerase III: principal enzima envolvida no alongamento do DNA. • Qual a importância da DNA polimerase 1 na replicação? - Exclusiva atividade exonucleásica 5’ 3’ – detecta e corrige bases não pareadas; substitui iniciador de RNA por DNA com a sua atividade polimerásica. Maquinaria enzimática da replicação Maquinaria enzimática da replicação • O DNA é a única macromolécula que requer um sistema de reparo – é insubstituível; •Alterações na informação genética codificada no DNA: erros de replicação; fatores ambientais – radiação, agentes mutagênicos. Reparo do DNA Reparo do DNA • Reparo de despareamento pós replicação: - O sistema de reparo distingue a fita molde da fita nova através de metilação da fita molde nas adeninas das sequências 5’-GATC-3’; - Os nucleotídios despareados na fita nova são substituídos e depois a fita nova também é metilada pela enzima Dam metilase.
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