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Endocrino - Prova 2

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HIPOTÁLAMO-ADENO-HIPÓFISE
Neurônios parvicelulares: axônios terminam na eminência mediana e liberam hormônios que vão agir na adeno-hipófise.
Hipotálamo e hormônios hipotalâmicos
Eles não aparecem na circulação em altas concentrações e apresentam uma secreção pulsátil.
Alguns reguladores da síntese e secreção são:
Dopamina: (-) PRL, GnRH e TRH
 (+) GHRH
Aferências noradrenérgicas (alfa): (+) hormônios liberadores hipotalâmicos
Opióides: ↑ GHRH (↑GH)
 ↓ Dopamina (↑PRL), TRH, GnRH
Serotonina: ↑PRL, GHRH e CRH
Colinérgicos: (+) CRH e GHRH
 (-) Somatostatina
Hipófise
Adeno-hipófise: é maior e consiste em uma parte anterior e uma parte intermédia.
Neuro-hipófise: formada por axônios não mielinizados dos núcleos supraópticos e paraventriculares.
Fatores de transcrição
PROP-1: restrito à adeno-hipófise, que transcreve células pluripotenciais para a mesma. 
ADENO-HIPÓFISE
Sistema porta-hipotalâmico-hipofisário: permite a difusão dos neuropeptídios na neuro-hipófise.
Receptor hipofisário: específicos para os hormônios do hipotálamo. Em geral, são acoplados à proteína G, gerando segundos mensageiros, produzindo uma cascata de eventos para secreção de hormônios.
Hormônios
Adeno-hipofisários: FSH, LH, TSH, ACTH, PRL e GH
Hipotalâmicos: GnRH, TRH, CRH, Dopamina, GHRH e somatostatina.
*GH e PRL = Acidófilas
**ACTH, TSH, LH e FSH = basófilas
Tipos celulares
Somatotróficas: produzem GH. Correspondem a 50% das células da adeno-hipófise.
 Gonadotróficas: LH e FSH
*Localizam-se nas porções potero-laterais da adeno-hipófise e são mais vulneráveis a lesões traumáticas
Lactotróficas: prolactina (PRL). Podem representar 50% durante a gestação. *Estão espalhados com distribuição aleatória.
Corticotróficas: ACTH
Tireotróficas: TSH
*Localizam-se nas porções antero-mediais e são menos vulneráveis.
A responsividade aos efeitos inibitórios ou estimuladores dos hormônios hipotalâmicos depende: dos níveis hormonais, de retroalimentação hormonal e dos ritmos circadianos. Já os hormônios da hipófise são cíclicos, e seu ritmo de secreção é controlado pelo relógio biológico, situado no núcleo supraquiasmático que é sincronizado com as 24h do dia geográfico por sinais externos (luz-escuridão, sono) ao receber informações da retina.
ACTH e cortisol: ritmo circadiano
GH e PRL: maior liberação durante as ondas lentas do sono fases mais profundas.
TSH e ACTH: fases mais superficiais do sono.
Composição química
Três famílias:
Glicoproteicos: compostos por duas subunidades: alfa (comum) e beta (específica para cada hormônio).
*As cadeias beta do LH e da hCG (produzida pela placenta) são praticamente idênticas.
a) TSH: 
TRH (hipotalâmico): age na célula tireotrófica da adeno-hipófise, se liga a proteína G segundo mensageiro fosfolipase C (+) TSH.
TSH hipofisário: faz feedback negativo com o TRH hipotalâmico. Assim, estimula a tireóide ligando-se ao seu receptor e (+) secreção de T3 e T4.
T3: inibe as células hipofisárias produtoras de TSH (feedback negativo).
b) Gonadotrofinas: FSH e LH. Agem no testículo e ovário através de receptor de proteína G com ativação da adenilato ciclase como segundo mensageiro. Ficam armazenados em grânulos secretórios distintos e não são secretados em quantidades iguais, permitindo que sejam secretados de modo independente pelos gonadotrofos.
O GnRH liga-se às células hipofisárias (receptor de proteína G), gerando subunidades alfa e beta do FSH e LH, assim promovendo a secreção de: testosterona (homens) e estrógeno e progesterona (mulheres); também aumenta a secreção de inibina, que inibe seletivamente o FSH. Seu padrão de secreção modifica-se no ciclo menstrual:
Na fase lútea e no início da fase folicular: estradiol e inibina estão baixos e o pulso de GnRH estão longos, predominando a liberação de FSH. 
Na metade da fase folicular até a ovulação: os pulsos de GnRH estão mais curtos e predomina a liberação de LH (pelos altos níveis de estrogênio) e inibina.
Após a ovulação: a progesterona predomina e ocorre um retardo nos pulsos de GnRH, favorecendo a liberação de FSH.
O uso de agonistas semelhantes ao GnRH suprime a secreção de LH e FSH por down-regulation dos receptores de GnRH. A pulsatilidade é fundamental para a secreção das gonadotrofinas.
Derivados da pró-opiomelanocortina: POMC.
O CRH do hipotálamo age nas células hipofisárias corticotróficas estimulando a secreção de ACTH.
Beta-endorfina: se liga a receptores opióides, que são analgésicos e possuem efeito comportamental. 
(-) TRH, CRH e GnRH
(+) PRL, GH (GHRH) e ADH.
ACTH: tem seu pico à 4h. É liberado com estresse e infecções. ↑cortisol (-) ACTH e CRH (pela alça longa)
ACTH (-) CRH (pela alça curta)
*Os neurônios parvicelulares que sintetizam CRH também co-expressam o ADH (potencializa a ação do CRH).
Família GH e Prolactina: 
PROLACTINA
Único hormônio hipofisário que tem controle central predominantemente inibitório, através do PIF (fatores inibidores de PRL). Circula livre de proteínas séricas e aumenta com a presença de estrogênio, em situações fisiológicas ou patológicas (estresse/trauma) e drogas que reduzam a dopamina.
Drogas que ↓dopamina (plasil): ↑PRL
Drogas agonistas da dopamina: ↓PRL
Lesão da haste hipofisária: ↑PRL
Efeitos
Produção do leite: aumenta captação de glicose, aa, gordura e síntese de proteínas do leite (lactalbumina e caseína) pelas células da mama, preparando-a para lactação. A produção de leite é impedida durante a gestação pelos níveis ↑ de progesterona.
(-) GnRH, reduzindo o estímulo ovariano
↑ PRL = ↓ potência sexual
É estimulada pela sucção, que inibe a dopamina, e inibe sua própria liberação por estimulação dopaminérgica. O reflexo neuroendócrino, por estímulos que chegam através do trato espinotalâmico, causado pela sucção do mamilo leva à secreção de ocitocina e PRL. Por sua vez, estes hormônios induzem a ejeção do leite (galactocinese - ocitocina) e a produção contínua do leite (galactopoiese - PRL). A ejeção do leite ocorre antes mesmo da sucção mamilar, bastando brincar com a criança. Ou seja, é necessário haver sucção para produção de PRL mas não para produção de ocitocina. 
Durante o periparto, há um aumento de produção e liberação de PRL, dando início à lactogênese. 50% das mulheres que estão amamentando têm a inibição do ciclo ovariano e após aproximadamente 3 meses do parto, os níveis de PRL vão se normalizando, apresentando picos agudos somente durante a sucção.
Interesse clínico
Prolactinoma: tumor hipofisário produtor de prolactina. 
Na mulher: galactorreia e amenorreia.
No homem: perda de libido e disfunção erétil.
Pseudoprolactinoma: aumento da PRL por compressão da haste hipofisária, não é uma tumor.
GH (SOMATOTROFINA)
Regulação de secreção
GHRH: produzido no núcleo arqueado (eminência mediana) e núcleo ventromedial. Estimula a secreção hipofisária de GH
*Grelina (no estômago e hipotálamo) também estimula a liberação de GHRH e GH.
Somatostatina: produzido no núcleo periventricular, arqueado e ventro medial. Inibe o GH, ligando-se a receptores hipofisários e reduzindo AMPc (age em Gi).
IGF-I: fator de crescimento semelhante à insulina. É sintetizada no fígado e age no hipotálamo inibindo GHRH e GH e/ou estimulando a somatostatina.
GH: exerce também uma retroalimentação negativa de alça curta no hipotálamo, inibindo GHRH e aumentando a liberação de somatostatina. A maior liberação ocorre 1h após o início do sono e seus níveis são maiores na criança do que no adulto, tendo um pico durante a puberdade. Há uma grande declínio nos idosos (somatopausa). Circula no sangue ligado à proteína de seu próprio receptor de membrana e pode ter uma ação direta ou indireta (via IGF-1).
Efeito direto: através do receptor. Não age através de uma glândula-alvo, mas diretamente sobre todos os tecidos do organismo. (fígado, músculos e tecido adiposo) para regular o metabolismo energético. Após sua ligação aos receptores (JAK),é internalizado e degradado nos lisossomos.
Efeito indireto: IGF-1. Circulam ligadas à IGFBP, que são proteínas de ligação de IGFs que modulam a entrada de IGF no receptor. A mais importante é a IGFBP-3 A maior parte está ligada ao completo IGFBP-3 + ALS, o que aumenta a meia vida para 12-20h (sendo que a meia vida do IGF-1 livre é de 10-20 min).
Passo-a-passo da regulação
A secreção é regulada primeiramente pro GHRH (liberador de GH) e GHIH (inibidor): são hormônios peptídicos secretados por células neurossecretoras que fazem a regulação fina do GH.
Se o GHRH predomina, haverá a secreção de GH
GH promove efeitos fisiológicos: estimula a produção de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs), especialmente no fígado. O IGF-1 medeia os efeitos do próprio GH e modifica a secreção de GH por retroalimentação negativa (-) GH e GHRH e (+) somatostatina.
*O GH provavelmente exerce efeito inibitório direto (autócrino) sobre a secreção do somatótrofo, diminuindo sua própria secreção.
Outros fatores reguladores
Por outros fatores hormonais ou não hormonais.
Ritmo circadiano: controlado pelos padrões de ondas de sono. O sono REM inibe a secreção do GH.
Idade: declínio na secreção de GH com o avanço da idade, em paralelo com a redução na duração do sono de ondas lentas. 
IGF-1
O IGF-1 é produzido no fígado e circula livre ou ligado à proteína IGFBP. Ele se liga ao receptor de membrana, com atividade enzimática intrínseca (tirosinocinase). Sua produção óssea é regulada pelo GH, paratormônio e esteroides e nesse tecido exerce efeitos sinérgicos com o GH. É a principal produzida no feto e a mais importante das somatomedinas.
Efeitos nos ossos e cartilagens:
Estimulação de condrócitos: formação de cartilagem.
Mitogênicos: estimulam osteoblastos, formação de colágeno e de matriz óssea. Aumenta a síntese de DNA e RNA.
Mimetiza ação da insulina com mínima eficácia.
GH X IGF-1
GH liga-se à proteína carreadora IGFBP, aumentando a meia vida do IGF-1, e age no receptor de membrana – ligado à JAK. Os IGFs reagem de modo cruzado com a insulina, um ocupando o receptor do outro, e em altas concentrações imitam as ações metabólicas da mesma. Age em receptores com atividade tirocinase, similar à insulina.
Efeitos do GH
O efeito direto é mais no metabolismo energético com efeito hiperglicemiante e lipolítico.
Aumenta a síntese de proteínas: aumenta a massa muscular, tendo um efeito anabolizante sobre as proteínas,
Aumenta a utilização de gordura como energia: desvia o metabolismo para que os lipídeos sejam utilizados como fonte de energia e os carboidratos e as proteínas sejam preservados. Tem efeito lipolítico, catabolizando as gorduras.
Diminui a utilização de carboidrato: como explicado acima. É hiperglicemiante.
Efeitos do GH na cartilagem e osso: também mediados pelo IGF-1 (crescimento linear, tamanho dos órgãos e massa magra). 
↑Condrogênese: formação de cartilagem.
(+) crescimento da epífise de ossos longos: a placa epifisária (com pré-condrócitos) sintetiza IGF-1 em resposta ao GH. O IGF-1 sinetetizado age parácrina e autocrinamente nas demais células do disco epifisário, tendo como principal ação a ativação da mitogênese. Na puberdade, o fechamento do disco epifisário impede o efeito no crescimento longitudinal ósseo, exceto em ossos planos, curtos ou irregulares que ainda possuem resquícios de tecido cartilaginoso.
↑Renovação óssea por estimulação dos osteoblastos: síntese de colágeno e matriz óssea. 
↑IGF-1 local e a resposta do osso ao mesmo.
Outros hormônios envolvidos no crescimento
Hormônios da tireóide: é um dos principais contribuintes do crescimento pós-natal, com efeito direto na cartilagem epifisária e um efeito permissivo na secreção de GH. Quando estão baixos, ocorre a diminuição da secreção de GH.
Hormônios sexuais: importantes no estirão puberal, estimulam a secreção de GH e IGF-1. Seu excesso leva a um rápido crescimento linear e maturação esquelética, acelerando o crescimento, mas a estatura final será mais baixa.
O aumento de GH ocorre mais cedo em meninas, coincidindo com o início do desenvolvimento mamário. Já em meninos, o pico ocorre no estágio mais tardio do desenvolvimento genital.
Na puberdade ocorre um aumento da secreção de GH sob forma mais livre (sem ligação à proteína) induzindo um aumento de IGF-1.
*Estradiol: aumenta a quantidade de GH secretado em meninos e meninas.
Cortisol: (-) GH
Proteínas: a ingestão de proteínas eleva os níveis de GH e insulina e ambos estimulam a síntese protéica.
Secreção anormal
Deficiência de GH: na criança causa o nanismo e no adulto uma diminuição da força muscular e densidade óssea. 
Excesso de GH: na criança causa o gigantismo e no adulto (após a puberdade) a acromegalia tem alargamento dos dedos, separação dentária e prognatismo
Doenças da adeno-hipófise
Hiperfunção: síndromes típicas do excesso hormonal, tendo como causa mais comum os adenomas que podem produzir sintomas locais (cefaleia e alteração visual por compressão) e excesso de: PRL (prolactinoma), GH (acromegalia/gigantismo), ACTH (doença de cushing), FSH/LH (puberdade precoce) e TSH (tireotropinoma).
Hipofunção: pode ser hereditária ou adquirida por comprometimento hipofisário ou hipotalâmico.
TIREÓIDE
Os hormônios da tireóide desempenham importante papel na homeostasia e regulação do consumo de energia. Seus efeitos consistem primariamente em estimular o metabolismo e a atividade das células. São derivados da tirosina sendo produzidos em resposta à dieta e estimulação do TSH produzido na adenohipófise O TSH é regulado pelo hormônio hipotalâmico TRH.
Anatomia funcional
É uma glândula alveolar (acinosa) sem ductos, altamente vascularizada, localizada anteriormente à traqueia.
Composição celular:
Células foliculares (epiteliais): envolvidas na síntese dos hormônios.
Parafoliculares ou C: síntese de calcitonina hormônio que atua no metabolismo do cálcio.
Endoteliais: revestem os capilares responsáveis pelo suprimento sanguíneo dos folículos.
Fibroblastos, linfócitos e adipócitos.
Vascularização:
Art. Tireóideas superior e inferior.
Drenagem
Veias tireóideas superior, média e inferior veia jugular interna veia braquiocefálica.
Drenagem linfática
Tronco torácico e linfático direito.
Inervação
Gânglios cervicais médio e inferior
Folículos da tireóide
Unidade secretora ou funcional da tireóide, que consiste em uma camada de células da epiteliais dispostas ao redor de uma grande cavidade central repleta de colóide. A colóide corresponde a cerca de 30% da massa da glândula e contém a proteína tireoglobulina que tem o papel de síntese e armazenamento dos hormônios tireoidianos.
São células polarizadas cada lado ou compartimento desempenha funções específicas relacionadas com a síntese e liberação dos hormônios.
Superfície apical: voltada para a luz folicular, sintetiza os hormônios.
Superfície basolateral: voltada para o interstício (exposto à corrente sanguínea), libera os hormônios.
A síntese dos hormônios exige a iodação dos resíduos de tirosina na tireoglobulina. Isso ocorre na colóide; todavia o iodo é obtido da circulação. Por conseguinte, a polaridade das células é fundamental à manutenção da captação de iodo e desiodação da T4 no lado basolateral, bem como o efluxo de iodo e os mecanismos de iodação apical.
São circundados por células parafoliculares que sintetizam e secretam calcitonina (céls C) e localizam-se nas regiões centrais dos lobos da glândula.
Fisiologia
TRH: liberador de TSH
TSH: estimulador da tireoide
T4: tiroxina
T3: triiodotironina. MIT + DIT
TG: tireoglobulina. DIT + DIT
MIT: monoiodotirosina
DIT: diiototirosina
HT: hormônios tireoidianos
Regulação hipotalâmica da liberação de TSH
Eixo hipotálamo-hipófise-tireoide
Por retroalimentação negativa. 
O TRH é sintetizado nos neurônios parvicelulares do núcleo paraventricular no hipotálamo. É liberado nas terminações nervosas e transportado através do sistema porta-hipofisário para a adenohipófise. Liga-seaos receptores G nos tireotrofos e ativa a fosfolipase C, resultando na hidrólise do difosfato de fosfatidil inositol aumentando a concentração intracelular de cálcio estimulando a liberação de TSH na corrente sistêmica.
TRH nos Neurônios parvicelulares sistema porta-hipofisário adenohipófise Proteína G (+) fosfolipase C hidrólise difosfato de fosfatidil inositol ↑Ca liberação TSH.
O TSH é transportado até a glândula tireóide, onde se liga ao seu receptor na membrana basolateral (acoplado à proteína G) das células foliculares e estimula a síntese de T4 e T3 na circulação.
TSH tireóide receptor T4 e T3.
Receptor TSH
Pertence à mesma família dos receptores de LH e FSH. É fundamental no desenvolvimento, crescimento e função da tireoide e sua ativação resulta em estimulação de todas as etapas envolvidas na síntese dos hormônios.
A ligação do TSH e sua consequente ativação, levam à estimulação da via dos segundos mensageiros:
Ativa proteína Gs: AMPc PKA = secreção hormonal e proliferação celular.
Ativa proteína Gq: Fosfolipase C diacilglicerol = síntese hormonal e geração de H2O2.
Síntese dos hormônios da tireóide
Os efeitos biológicos do TSH incluem a estimulação da transcrição gênica de:
Bomba Nis: sua expressão é estimulada pelo TSH e regulada pelo iodeto. Em uma deficiência alimentar de iodeto, há uma maior atividade da bomba e em um excesso alimentar de iodeto há uma menor atividade da bomba. Ela também pode ser inibida por substâncias como tiociana, perclorato e pertecnetato. 
Na bomba NIS (ou SINPOR) há a migração de sódio e iodo para o mesmo lado. Já na Antipor, 1 íon entra e 1 sai. Quando acumula muito íon de um lado, há o acúmulo de líquido e a célula estoura, por isso, para cada 3 potássios que entram, saem 2 sódios.
Tireoglobulina: encontrada na colóide, contém resíduos de tirosina. É sintetizada nas células foliculares e liberada atrávés da membrana apical na colóide., sendo pouca quantidade secretada na circulação através da membrana basolateral. Atua como suporte para a iodação da tirosina e síntese e armazenamento dos hormônios da tireóide.
Níveis↑: tireoidite e Doença de Graves.
Iodeto: absorvido através da dieta, é removido pela tireóide e pelos rins. É ativamente concentrado na tireoide, glândulas salivares, lacrimais, gástricas, mamárias e plexo coróide.
É transportado no citosol da célula folicular por transporte ativo contra um gradiente químico e elétrico. Ocorre o transporte de 2 íons de sódio para cada molécula de iodo. O sódio move-se a favor do seu gradiente de concentração, mantido pela Na/K-ATPase que move o sódio para fora do citoplasma.
O iodeto deve alcançar o colóide onde será utilizado para organificação da TG. Tal processo é obtido por efluxo através do canal de iodeto (chamados pendrina). Um dos primeiros efeitos da ligação do TSH a seu receptor, consiste na abertura dos canais, facilitando a passagem do iodeto para o espaço extracelular. Esse transporte depende da polarização funcional e morfológica da célula folicular da tireoide.
Regulação e liberação dos hormônios da tireoide
Ocorre no espaço colóide transcelular. 
O iodeto é concentrado pelo Simportador de Na/I (NIS) que também o transporta através das células epiteliais e no espaço extracelular é oxidado em iodo pela peroxidade. Após, ocorre a iodação da TG (organificação do iodo), onde o iodo liga-se ao carbono 3 ou 5 dos resíduos tirosil da TG, formando MIT e DIT. MIT e DIT são acoplados enzimaticamente para produzir T3 e T4 na TG.
 A liberação dos hormônios envolve a endocitose das vesículas contendo tireoglobulina a partir da superfície apical da célula folicular. As vesículas fundem-se com os fagolisossomos , levando à digestão proteolítica e clivagem da TG. Com isso, a MIT e a DIT sofrem desiodação intracelular, e o iodeto é transportado por efluxo apical para o espaço colóide, onde é reutilizado para síntese do HT. A T4 e T3 são liberadas da membrana basolateral para a circulação.
A tireoide libera mais quantidade de T4 (40X mais), de modo que a maior parte da T3 circulante é formada na periferia por desiodação da T4 (pela desiodinase) pela remoção do iodo do carbono 5. Essa desiodação ocorre predominantemente no fígado e uma parte na própria célula folicular.
Resumindo: as etapas da síntese de HT são: captação de iodeto, iodação, acoplamento e recuperação (endocitose) da TG.
Curiosidade: a T4 em níveis normais é relativamente inativa pos tem uma menor afinidade pelo receptor, ao contrário da T3, e a glândula tireoide é capaz de armazenas HT por um período de 2-3 meses no reservatório de TG.
Transporte e liberação dos HT
Uma vez liberados na circulação, circulam ligados a proteínas (globulinas). Cerca de 70% estão ligados a TBG e o restante circula ligado à transtiretina e albumina e < 1% circula de forma livre essa fração do reservatório de hormônio circulante é biodisponível, podendo penetrar na célula para se ligar ao receptor de HT.
Dos 2 HT, a T4 liga-se mais fortemente às proteínas de ligação e por isso apresenta menor taxa de depuração metabólica e meia-vida mais longa.
Fatores que afetam a TBG ou ligação: salicilato (separar o HT das globulinas), ↑ nível de estrogênio (aumentam TBG), hepatopatia (↓TBG).
Efeito Wolff-Chaikoff
Bloqueio da organificação do iodo que ocorre na presença de altas concentrações deste íon (> 2mg/dia). É limitado, estendendo-se por alguns dias.
Efeito iodo-induzido (Jod Basedow)
Ocorre em pacientes com autonomia da tireoide, Neste caso, o excesso da ingestão de iodo cursa com maior produção de HT.
Cintilografia de tireoide ou RAIU
Isótopos radioativos são utilizados para visualizar a anatomia e funcionalidade da tireoide. Após ingestão via oral de um isótopo, o paciente retorna em 24h para realizar a medição da radiação na região da tireóide por meio de um contador.
Metabolismo dos hormônios da Tireóide
Cerca de 80% da T4 produzida sofre desiodação na periferia. 
Quando são desiodados no carbono 5’ do anel externo formam T3
Quando são desiodados no carbono 5’ do anel interno forma T3 reversa (rT3), que tem pouca ou nenunma atividade metabólica e está em nível mais baixo do que a T3.
Após a conversão da T4 em T3 ou rT3, os metabólitos são convertidos em T2 (biologicamente inativo). Os HT são excretados após conjugação hepática em sulfato e glicuronídio.
Desiodades
Tipo 1: catalisa a desiodação do anel externo e interno da T4 e da rT3. É responsável pela maior conversão de T4 em T3 na periferia e tbm converte T3 em T2. Sua atividade aumenta no hipertireoidismo com a produção de AMPc estimulada pelo TSH e exerce uma influência significativa sobre a quantidade de T3 secretado. A Propiltiouracil (PTU) e os agentes de contraste radiológico iodado inibem a atividade dessa enzima.
No fígado, rim e tireóide.
Tipo 2: é expressa no cérebro, na hipófise, no tecido adiposo marrom, na tireoide, na placenta e nos músculos esquelético e cardíaco. Exerce atividade sobre o anel externo, convertendo T4 T3, sendo uma importante fonte de T3 intracelular. Seu papel fundamental é ressaltado pelo fato que que a T3 formada na adenohipófise é necessária para a inibição de TSH por retroalimentação negativa.
↑ no hipotireoidismo e insensível ao PTU.
Tipo 3: é expressa no cérebro, placenta e pele (e fígado). Exerce atividade sobre o anel interno, convertendo T4 rT3 e T3 T2.
Tem seus níveis ↑ no hipertireoidismo sendo importante contra altos níveis de T3 (hipotireoidismo).
Desiodases intracelulares
D1 (5’ e 5): muito potente, produz T3 para a periferia e controla seus níveis no sangue. Está presente no fígado e rim.
D2 (5’): também forma T3, mas intracelularmente, Tem uma ação mais local e está presente em tecidos como cérebro, tecido adiposo marrom, musculatura esquelética e cardíaca, tireóide e placenta.
D3 (5): inativa T3 e T4. Está presente no SNC e placente.
*D1 constrói e D3 destrói.
Receptores dos hormônios da tireóide
Receptores nucleares intimamente associados à cromatina. Possuemalta afinidade pela T3. 
A ligação dos HT aos receptores, libera as proteínas co-repressoras do receptor e recruta as proteínas co-ativadoras específicas, ocasionando a ativação ou repressão gênica, com síntese ou não de proteínas. Ativados pelos HT, funcionam como fatores de transcrição que influenciam a transcrição de genes-alvo, podendo ativa ou reprimir a transcrição gênica. Já os receptores não ocupados pelos HT, ficam ligados ao elemento de resposta ao HT no DNA associados a proteína co-repressoras.
Efeitos dos hormônios da tireóide
São essenciais para o crescimento e desenvolvimento normais, controlando o metabolismo e função de praticamente todos os órgãos. 
Sistema cardiovascular: ↑frequencia e contração cardiacas e ↓resistência vascular periférica. Mais importante clinicamente.
Cérebro: (+) crescimento e desenvolvimento de axônios. Hipotireoidismo durante desenvolvimento fetal = cretinismo 
Metabolismo: da gordura, carboidrato e proteína.
Osso: (+) crescimento e desenvolvimento através da ativação de osteoblastos e osteoclastos e maturação dos centros epifisários ósseos. O T3 estimula os fatores de crescimento, portanto, sua deficiência pode gerar nanismo.
Hipófise: regulam a síntese de hormônios hipofisários e (+) produção de GH e (-) TSH.
Rins: ↑ produção de eritropoetina (↑ número de hemácias).
Oxigênio: após ligação HT + receptores (+) bomba de sódio ↑consumo de O2 e da taxa metabólica basal e termogênese do indivíduo.
Fatores que afetam a secreção de HT
Bócio edêmico
Causada pela deficiência de iodo na dieta (Himalaia não comem frutos do mar), o que causa um hipotireoidismo com consquente elevação de TSH que estimula o crescimento excessivo da tireoide. Pode ser evitado incluindo-se pequenas quantidades de iodo na dieta.
Priscila Visnieski Zenerato	Página 28

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