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RESUMO DIREITO PENAL II

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Igor Demétrio 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PENAL II 
IGOR DEMÉTRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Igor Demétrio 
2 
 
Direito Penal II Resumo 
Das Penas 
Art. 5º XLVII CF. 
Finalidades das penas 
Teorias absolutas e relativas 
Teorias absolutas: todas aquelas doutrinas que concebem a pena como um fim em si 
própria, ou seja, como castigo, reação ou ainda retribuição. 
Teorias relativas: todas as doutrinas utilitaristas, que consideram e justificam a pena 
enquanto meio para realização do fim utilitário da prevenção de futuros delitos. 
A teoria relativa se reparte em 2: 
1 – Prevenção geral – negativa e positiva. 
2 – Prevenção Especial – negativa e positiva. 
 
1 – Prevenção geral negativa (prevenção por intimidação): a pena aplicada ao autor da 
infração penal tende a refletiva junto à sociedade, evitando-se assim, que as demais pessoas, 
que se encontram com os olhos voltados na condenação de um de seus pares, reflitam antes de 
praticar qualquer infração penal. 
Prevenção geral positiva (ou integrativa): a pena presta-se não à prevenção negativa de 
delitos, seu propósito vai além disso: infundir, na consciência geral, a necessidade de respeito 
a determinados valores, exercitando a fidelidade ao direito, promovendo em última análise, a 
integração social. 
2 – Prevenção especial negativa: existe uma neutralização daquele que praticou a 
infração penal, neutralização esta que ocorre com a sua segregação no cárcere. 
Prevenção especial positiva: a missão da pena consiste unicamente em fazer com que 
o autor desista de cometer futuros delitos. Ressocialização. 
Teoria adotada pelo Art. 59 CLT. 
Teoria mista ou unificadora da pena. 
Unificando a teoria absoluta e relativa. 
Espécies de penas 
Art. 32 CP. 
1 – Penas privativas de liberdade: para os crimes ou delitos são os de reclusão e 
detenção. Art. 1º LICP. 
2 – Penas restritivas de direitos: Art. 43 CP. 
Igor Demétrio 
3 
 
3 – Multa penal: Art. 49 CP: É de natureza pecuniária e o seu cálculo é elaborado 
considerando-se o sistema de dias-multa, que poderá variar entre um mínimo de 10 ao 
máximo de 360 dias-multa, sendo que o valor correspondente a cada dia multa será de 1/30 do 
valor do salário mínimo vigente à época dos fatos até 5 vezes esse valor. 
Penas privativas de liberdade 
Reclusão e detenção 
Art. 33 CP. 
A pena de reclusão: regime fechado, semiaberto, aberto. 
Detenção: regime semiaberto ou aberto (há exceção para o fechado). 
Regimes de cumprimento da pena 
Art. 59 III CP. 
Art. 33§1º CP. 
Fechado: a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média. 
Semiaberto: execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento 
similar. 
Aberto: execução da pena em casa do albergado ou estabelecimento adequado. 
Fixação do regime inicial de cumprimento de Pena 
Art. 33 §2º CP. 
Pena > 8 anos = deverá começar em regime fechado. 
*4 < Pena ≤ 8 = poderá desde o princípio em semiaberto. 
*P≤ 4 = poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
*Não reincidente. 
Súmula 269 STJ. 
Súmulas 718 e 719 STF. 
Lei 8072/90 Crimes hediondos. 
Lei 9 455/97 Crimes de tortura. 
Há a impossibilidade de cumprimento de pena em regime mais gravoso do que o 
determinado na sentença penal condenatória. 
Regras do regime fechado 
Art. 34 CP. 
Art. 87 LEP. 
Art. 106 e 107 LEP. 
Igor Demétrio 
4 
 
O condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade, em regime fechado, será 
submetido no início do cumprimento da pena, a exame criminológico para obtenção dos 
elementos necessários a uma adequada classificação e com vista à individualização da 
execução (Art. 8º LEP). 
Ar.t 41 II LEP. 
Art. 34 §1º CP. 
O trabalho é um direito do preso. 
A cada três dias de trabalho o Estado tem que remir um dia de pena do condenado. 
Entendemos que a falta de trabalho para o condenado por culpa exclusiva do Estado 
não impedirá a remição. 
O trabalho (Art. 34 §3º CP) externo somente será admissível em obras públicas para 
presos de regime fechado. 
Art. 36 e 37 LEP. 
A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, 
dependerá de aptidão, disciplina, além do cumprimento mínimo de um sexto da pena. 
Regras do regime semiaberto. 
Art. 35 CP. 
Art. 8º LEP. 
O trabalho do condenado em regime semiaberto possibilita, também, a remição de sua 
pena, na proporção acima mencionada, ou seja, três por um (três dias de trabalho por um dia 
de pena). 
Súmula 269 STJ. 
Regras do regime aberto 
O seu cumprimento é realizado em estabelecimento conhecido como Casa do 
Albergado. 
Art. 36 CP. 
Art. 107 LEP. 
A guia de recolhimento também é uma exigência para esse regime. 
No regime aberto, não há previsão legal para remição da pena, uma vez que somente 
poderá ingressar nesse regime o condenado que estiver trabalhador ou comprovar a 
possibilidade de fazê-lo imediatamente. 
Sem trabalho não será possível o regime aberto. 
Excepcionalmente sem trabalho: Art. 117 LEP. 
Igor Demétrio 
5 
 
Art. 114 LEP. 
Art. 115 LEP. 
Progressão e regressão de regime 
Art. 33§2º CP. 
A progressão é um misto de tempo mínimo de cumprimento de pena (critério objetivo) 
com o mérito do condenado (critério subjetivo). 
Art. 112 LEP. 
Critério objetivo: o preso tiver cumprido pelo menos um sexto da pena no regime 
anterior. 
Critério subjetivo: o mérito do condenado, que é verificado mediante seu bom 
comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento. 
Art. 112 §1º LEP. 
A decisão será sempre motivada. 
Regime fechado ao semiaberto (pelo menos 1/6 da pena). 
Regime semiaberto ao aberto ( pelo menos 1/6 da pena desconsiderando o já cumprido 
na primeira progressão). 
Súmula 716 e 717 STF. 
Art. 33º4º CP. 
Art. 118 LEP = Regressão. 
I – Praticar fato definido como crime doloso ou falta grave. 
II – sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena somada aos restante da pena em 
execução, torna incabível o regime (Art. 111 LEP). 
Falta grave: Art. 50 LEP e Art. 52 LEP. 
No caso de falta grave, a regressão somente poderá ser determinada após ser ouvido o 
condenado, numa audiência de justificação (Art. 118 §2º LEP). 
Regime Especial 
Art. 37 CP. 
Art. 5º XLVIII CF. 
Art. 83 §2º LEP e Art. 89 LEP. 
Direitos do Preso 
Art. 38 CP. 
Art. 40 LEP. 
Art. 41 LEP. 
Igor Demétrio 
6 
 
Todos os direitos acima são importantes e necessários para que o preso possa cumprir 
a sua pena com dignidade, a fim de ser, futuramente reinserido no convívio social. 
Art. 24 LEP. 
Art. 24 §2º LEP. 
Não poderá o preso, contudo, contrariamente à sua vontade, ser obrigado a participar 
de qualquer atividade religiosa. 
Trabalho do preso 
Art. 39 CP. 
Art. 40 LEP. 
 Art. 31 LEP. 
O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho interno na 
medida de suas aptidões e capacidades. 
Apenas os presos provisórios e o condenado por crime político não estão obrigados ao 
trabalho. 
Art. 29 LEP. 
 O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser 
inferior a três quartos do salário mínimo. 
Remição – Art. 126 LEP. 
1 dia remido ------------- 12 horas de frequência escolar, divididas no mínimo em 3 
dias. 
1 dia remido -------------- 3 dias trabalhados. 
Falta grave – Art. 127 LEP – o juiz pode revogar até 1/3 do tempo remido. 
Superveniência de doença mental 
Art. 41 CP. 
Art. 183 LEP. 
O agente, ao tempo da ação ou omissão, era pessoa imputável. Entretanto, após dar 
início ao cumprimento de sua pena, sobreveio-lhe doençamental, razão pela qual deverá ser 
recolhido a hospital de custódia e tratamento ou a outro estabelecimento que possa 
ministrar-lhe o tratamento adequado à sua doença. 
Detração 
Art. 42 CP. 
A detração é o instituto jurídico mediante o qual computam-se na pena privativa de 
liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, 
Igor Demétrio 
7 
 
de prisão administrativa e a de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no art. 
41 do CP. 
Art. 111 LEP. 
Carta de crédito. 
O fato de ter sido preso cautelarmente em processo no qual foi absolvido poderá gerar 
o direito a uma indenização pelo Estado. Isso, entretanto, não significa que fique com um 
crédito para com a justiça Penal, para a prática de infrações futuras. 
Para que haja detração os processos devem tramitar simultaneamente. 
Prisão especial 
Art. 295 CPP. 
Súmula 717 STF. 
Prisão – albergue domiciliar 
Art. 117 LEP e art. 93 LEP. 
A doutrina e a jurisprudência, em sua maioria, têm considerado como taxativas tais 
hipóteses, evitando a ampliação do rol acima elencado. 
Art. 82§2º LEP. 
Art. 94 LEP. 
Penas restritivas de Direito 
Espécies 
1 º Prestação pecuniária. 
2º Perda de bens e valores. 
3º Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas. 
4º Interdição temporária de direitos. 
5º Limitação de fim de semana. 
Requisitos para substituição 
Art. 44 CP. 
São requisitos cumulativos, todos devem estar presentes para que se possa realizar a 
substituição. 
Art. 44 I CP. 
A substituição se viabiliza se a pena aplicada não for superior a quatro anos, nos casos 
de infrações dolosas (sem violência ou grave ameaça), uma vez que para os delitos culposos a 
lei não fez qualquer ressalva com relação ao limite da pena aplicada. 
Art. 44 II CP. 
Igor Demétrio 
8 
 
Isso quer dizer que, se qualquer uma das duas infrações penais que estão sendo 
colocadas em confronto, a fim de aferir a reincidência, for de natureza culposa, mesmo sendo 
o réu considerado tecnicamente reincidente, isso não impedirá a substituição. 
Art. 44§3º CP. 
Art. 44 III CP. 
Esse terceiro requisito serve de norte ao julgador para que determine a substituição 
somente nos casos em que demonstrar ser a substituição da pena privativa de liberdade a 
opção que atenda tanto o condenado como a sociedade. 
Duração das penas restritivas de direito 
Art. 55 CP. 
Somente as penas: 1 – prestação de serviços a comunidade ou a entidades públicas, 2 – 
interdição temporária de direitos, 3 – limitação do fim de semana terão a mesma duração das 
penas privativas de liberdade. 
Art. 147 LEP. 
Prestação pecuniária 
Art. 45 §1º CP. 
Mínimo 1 salário mínimo. 
Máximo 360 salários mínimo. 
Art. 45 §2º CP. 
Hipótese de aceitação do benefício de prestação de outra natureza. 
Ex.: oferta de mão-de-obra e a doação de cestas básicas. 
Perda de bens e valores 
Art. 45§3º CP. 
Os bens de que trata o parágrafo podem ser móveis ou imóveis. 
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas 
Art. 46 CP. 
Art. 149 LEP. 
A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas somente será aplicado 
às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade (Art. 46 CP) sendo que até 
seis meses poderão ser aplicados as penas substitutivas previstas no inciso I, II, V, VI do art. 
43 CP, além da multa. 
Interdição temporária de direitos 
Art. 47 CP. 
Igor Demétrio 
9 
 
Art. 154 LEP. 
Art. 47 III CP. 
Se o crime tiver sido doloso e se o agente tiver utilizado o seu veículo como 
instrumento para o cometimento do delito, não terá aplicação de tal modalidade de interdição 
temporária de direitos Art. 92 III CP. 
Limitação do fim de semana 
Art. 48 CP. 
A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer aos sábados e 
domingos, por cinco horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. 
Art. 151 LEP. 
Conversão das penas restritivas de direitos 
A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o 
descumprimento injustificado da restrição imposta. 
Art. 44 §4º CP. 
Art. 181 LEP. 
Art. 66, V, b LEP. 
Art. 51 LEP. 
Havendo a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade, será 
deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta 
dias de detenção ou reclusão. 
A lei penal fala que a cada hora de serviços à comunidade ou entidades públicas (Art. 
46§3º CP) será deduzido um dia na sua pena privativa de liberdade. Observa-se o saldo de 
trinta dias do art. 44§5º CP. 
Pena de multa 
Consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e 
calculada em dias-multa. 
Art. 44§2º CP. 
Segundo Luiz Flávio Gomes está revogado o §2º do art. 60 do CP que previa a 
possibilidade de substituição da prisão por multa nem relação à pena privativa de liberdade 
não superior a seis meses. Agora, pena até um ano pode ser substituída por multa. Ampliou-se 
o limite da multa substitutiva. 
Sistema dias multa 
Art. 49 CP. 
Igor Demétrio 
10 
 
A pena de multa será do mínimo de 10 e no máximo de 360 dias-multa. O valor do 
dia-multa será fixado pelo juiz, não podendo ser inferior a um trigésimo do valor do maior 
salário mínimo mensal vigente à época do fato, nem superior a cinco vezes esse salário. 
Aplicação da pena de multa 
São dois momentos distintos e importantíssimos na aplicação da pena de multa: 1º 
encontrar o número de dias-multa a ser aplicado, atendendo-se ao critério trifásico do art. 68 
CP. 
2º atribui o valor de cada dia-multa considerando-se a capacidade econômica do 
sentenciando. 
Pagamento da pena de multa 
Art. 50 CP. 
Até 10 dias depois de transitado em julgado a sentença condenatória. 
Art. 169 §1º LEP. 
Caso não haja o pagamento do valor correspondente à pena de multa no prazo de 10 
dias, e não tendo o condenado solicitado o seu parcelamento, deverá ser extraída certidão da 
sentença condenatória com trânsito em julgado, que valerá como título executivo judicial, 
para fins de execução. 
Aplicação da pena 
Cálculo da pena 
Art. 68 CP. 
Critério trifásico. 
Após fixar a pena-base, em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e 
agravantes, previstas na parte geral do CP (61 a 65). 
Súmula 231 STJ. 
A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo 
do mínimo legal. 
Diferença entre aumento e diminuição entre atenuante e agravante: a diferença 
fundamental entre elas reside no fato de que as circunstâncias atenuantes e agravantes são 
elencadas pela parte geral do CP e o seu quantum de redução e de aumento não vem 
predeterminado pela lei, devendo o juiz, atendendo ao princípio da razoabilidade, fixa-lo no 
caso concreto; as causas de diminuição e de aumento podem vir previstas tanto na parte geral 
como na especial do Código Penal, e o seu quantum de redução e de aumento é sempre 
fornecido em frações pela lei. 
Igor Demétrio 
11 
 
Circunstâncias judicias 
Art. 59 CP. 
1 – Culpabilidade. 
2 – Antecedentes. 
3 – conduta social. 
4 – personalidade. 
5 – motivos. 
6 – circunstâncias do crime. 
7 – consequências do crime. 
8 – comportamento da vítima. 
1 – Culpabilidade 
A culpabilidade será aferida com o escopo de influenciar na fixação da pena-base. A 
censurabilidade do ato terá como função fazer com que a pena percorra os limites 
estabelecidos no preceito secundário do tipo penal incriminador. 
2 – Antecedentes 
Os antecedentes dizem respeito a todo histórico criminal do agente quenão se preste 
para efeitos de reincidência. 
3 – Conduta social 
É o comportamento do agente junto à sociedade (calmo/agressivo, se possui algum 
vício). 
4 – Personalidade do agente 
Seus valores morais e seu temperamento, que podem tê-lo influenciado ao 
cometimento da infração penal. 
5 – Motivos 
São as razões que antecedem e levaram o agente a cometer a infração penal. 
Os motivos não poderão ser considerados duas vezes em benefício do agente se a sua 
previsão já fizer parte do tipo penal, fazendo, dessa forma, com que haja redução da pena a 
ele aplicada. 
6 – Circunstâncias 
São elementos acidentais que não participam da estrutura própria de cada tipo, mas 
que, embora estranhas à configuração típica, influem sobre a quantidade primitiva para efeito 
de agravá-la ou abrandá-la (Lugar do crime, tempo de sua duração, relacionamento existente 
entre o autor e vítima). 
Igor Demétrio 
12 
 
7 – consequências do crime 
As consequências trazidas para as pessoas de uma sociedade. 
8 – Comportamento da vítima 
Como a vítima no caso concreto influenciou de algum modo, em seu próprio prejuízo, 
a prática da infração pelo agente. 
Ex.: 121 §1º CP. 
Na fixação da pena-base, essas 8 circunstâncias não podem ser contadas de novo na 
aferição do artigo 68 CP. 
Circunstâncias atenuantes e agravantes 
O CP não fornece um quantum para fins de atenuação ou agravação da pena, ao 
contrário do que ocorre com as chamadas causas de diminuição ou de aumento, a serem 
observadas no terceiro momento do critério trifásico previsto no art. 68 do CP. 
Na ausência de uma determinação legal, acreditamos que, no máximo, as atenuantes e 
agravantes poderão fazer com que a pena-base seja diminuída ou aumentada em até um 
sexto (controvertido). 
Art. 61 e 62 CP. 
O rol das circunstâncias agravantes é taxativo, ou seja, numerus clausus, não podendo 
ser ampliado, sob pena de infração ao princípio da reserva legal. 
Art. 61 I CP. 
Reincidência: Art. 63 CP. 
Três fatos indispensáveis à caracterização da reincidência: 
1º prática de crime anterior. 
2º trânsito em julgado da sentença condenatória. 
3ºprática de novo crime, após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
Súmula 241 STJ. 
A reincidência deverá ser provada mediante certidão expedida pelo cartório criminal. 
Art. 61 II CP. 
Motivo fútil: é aquele motivo insignificante gritante desproporcional à conduta 
praticada pelo agente. 
Torpe: é o motivo abjeto, vil, que nos causa repugnância. 
Art. 61 II “e” CP. 
A prova do parentesco deverá constar obrigatoriamente dos autos, por meio dos 
documentos próprios, não podendo a circunstância agravante ser aplicada na sua ausência. 
Igor Demétrio 
13 
 
Art. 61 II “h” CP. 
Criança: segundo o ECA é a pessoa com menos de 12 anos. 
Art. 61 II “j” CP. 
A prática de infração penal durante situações calamitosas é fator demonstrativo da 
insensibilidade do agente, que, além de não se importar com o infortúnio alheio, ainda 
contribui para um maior sofrimento. 
Art. 61 II “l” CP. 
Embriaguez preordenada: a finalidade do agente não pe o de somente embriagar-se, 
mas de se colocar em estado e embriaguez com o fim de praticar uma determinada infração 
penal. 
Art. 62 II CP. 
Coação irresistível: somente o coator responderá pelo crime praticado pelo coagido 
Art. 22 CP. 
Coação resistível: coator e coagido responderão pela infração penal praticada por este 
último. Contudo, a lei determina que sobre a pena aplicada ao primeiro se faça incidir a 
agravante. 
Art. 62 III CP com Art. 181 CP. 
São as chamadas escusas absolutórias, ou imunidades penais de caráter pessoal. 
Circunstâncias atenuantes 
Art. 65 CP. 
Súmula 231 STJ. 
Art. 66 CP. 
Diferente dos arts. 61 e 62 do CP, que preveem as circunstâncias agravantes, o rol 
dispositivo no art. 65 não é taxativo. 
Art. 65 I CP. 
Súmula 74 do STJ: para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer 
prova por documento hábil. 
Art. 65 III “c” CP. 
Três hipóteses de atenuação da pena: 1º Coação resistível; 2º cumprimento de ordem 
de autoridade superior; 3º influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima. 
Art. 65 III e CP. 
Terá aplicação a atenuante em tela toda vez que alguém cometer o crime por 
influencia da multidão delinquente. 
Igor Demétrio 
14 
 
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes 
Art. 67 CP. 
3 circunstâncias preponderantes. 
1 – motivos determinantes: são aqueles que impulsionam o agente ao cometimento do 
delito, tais como motivo fútil, torpe, de relevante valor social ou moral. 
2 – Personalidade do agente: são dados pessoais, inseparáveis da sua pessoa, como é o 
caso da idade. 
3 – reincidência. 
Concurso de crimes 
Concurso de crimes: uma só pessoa (como também várias) pratique uma pluralidade 
de delitos. 
Concurso material ou real de crimes 
Art. 69 CP. 
Requisitos 
1º mais de uma ação ou omissão. 
2 º a prática de dois ou mais crimes. 
Consequência: aplicação cumulativa das penas privativas de liberdade em que haja 
incorrido. 
Concurso material: cuida da hipótese de quando o agente, mediante mais de uma ação 
ou omissão, poderá ser responsabilizado, em um mesmo processo, em virtude da prática de 
dois ou mais crimes. 
Concurso material homogêneo: quando o agente comete dois crimes idênticos, não 
importando se a modalidade praticada é simples, privilegiada ou qualificada. 
Concurso material heterogêneo: quando o agente vier a praticar duas ou mais infrações 
penais diversas. 
Concurso formal ou ideal de crimes 
Concurso formal: é tipicamente, o realizado pela hipótese de um fato único (ação ou 
omissão) que viola diversas disposições legais. 
Requisitos e consequências 
Art. 70 CP. 
1º uma só ação ou omissão. 
2º Prática de dois ou mais crimes. 
Consequências 
Igor Demétrio 
15 
 
1º Aplicação da mais grave das penas, aumentada de um sexto até a metade. 
2º aplicação de somente uma das penas, se iguais, aumentada de um sexto até a 
metade. 
3º aplicação cumulativa das penas, se a ação ou omissão é dolosa, e os crimes remetam 
de designíos autônomos. 
Concurso formal homogêneo: se idênticas são as tipificações penais. 
Concurso formal heterogêneo: se diversas as tipificações penais. 
Concurso formal próprio: nos casos em que a conduta do agente for culposa na sua 
origem, sendo todos os resultados atribuídos ao agente a esse título, ou na hipótese que a 
conduta era dolosa, mas o resultado aberrante lhe é imputado culposamente. 
Desígnio autônomo: que a conduta, embora única, foi dirigida finalisticamente, vale 
frisar, dolosamente, à produção dos resultados. 
Concurso formal impróprio: pelo fato de ter o agente atirado com desígnios 
autônomos, almejando dolosamente a produção de todos os resultados. 
Crime continuado 
Art. 71 CP. 
Natureza jurídica 
Teoria da unidade real: entende como crime único as várias condutas, que, por si sós, 
já se constituiriam em infrações penais. 
Teoria da ficção jurídica (Adotada pelo CP): entende que as várias ações levadas a 
efeito pelo agente, que analisadas individualmente já se consistiriam em infrações penais, são 
reunidas e consideradas fictamente como um delito único. 
Teoria mista: reconhece no crime continuado um terceiro crime, fruto do próprio 
concurso. 
Requisitos e consequências 
Requisitos. 
1º mais de uma ação ou omissão. 
2º Prática de dois ou mais crimes, da mesma espécie. 
3º Condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes. 
4º os crimes subsequentes dever ser havidos como continuação do primeiro. 
Consequências. 
1º Aplicaçãoda pena de um só dos crimes se idênticas, aumentadas de um sexto a dois 
terços. 
Igor Demétrio 
16 
 
2º aplicação da mais grave das penas, se diversas, aumentada de um sexto a dois 
terços. 
3º nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa, aplicação da pena de um só dos crimes, se idênticas, aumentada até o triplo. 
4º nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa, aplicação da mais grave das penas, se diversas, aumentadas até o triplo. 
 Crimes de mesma espécie são aqueles que possuem o mesmo bem jurídico protegido. 
Teoria do crime continuado 
Teorias objetivas: preconiza que para o reconhecimento do crime continuado basta a 
presença de requisitos objetivos que, pelo Art. 71 CP, são as condições de tempo, lugar, 
maneira de execução e outras semelhantes. 
Teoria subjetiva: é importante a unidade de desígnio, ou seja, a relação de contexto 
entre as infrações penais é suficiente para que se possa caracterizar o crime continuado. 
A teoria subjetivo-objetiva (mais coerente com o CP): é preciso analisar os requisitos 
de natureza objetiva e subjetiva. 
Pode haver continuidade delitiva nos crimes contra a vida. 
Crime continuado simples: nas hipóteses do caput do art. 71 CP. 
Crime continuado qualificado: é as hipóteses previstas no parágrafo único do Art. 71 
CP. 
Consequências 
No crime continuado simples: deve ser aplicada a pena de um só dos crimes, se 
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois 
terços. 
No crime continuado qualificado: poderá aumentar a pena de um só dos crimes se 
idênticos ou a mais grave, se diversas, até o triplo. 
Súmula 711 STF. 
Aplicação da pena no concurso de crimes 
Na sentença que reconhecer o concurso de crimes, em qualquer das três hipóteses até 
aqui analisadas (concurso material, concurso formal, crime continuado), deverá o juiz aplicar, 
isoladamente, a pena correspondente a cada infração penal praticada. 
Após, segue-se a aplicação das regras correspondentes aos aludidos concursos. 
Dos crimes aberrantes 
Erro na execução (aberratio ictus) 
Igor Demétrio 
17 
 
1 – agente quer atingir uma pessoa; 
2 – contudo, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, vem a atingir uma 
pessoa diversa. 
1 – aberratio ictus com unidade simples: o agente ao invés de atingir a pessoa que 
pretendia ofender, atinge pessoa diversa, produzindo um único resultado (morte ou lesão 
corporal). 
2 aberratio ictus com unidade complexa: 
a) O agente atira em A, causando não só a sua morte como também a de B. 
Responderá pelo crime de homicídio doloso consumado, com a pena aumentada de 1/6 até a 
metade. 
b) O agente mata A e fere B. Responderá pelo homicídio consumado, 
aplicando-se também o aumento previsto pelo art. 70 §3º CP. 
c) O agente fere A e B. Deverá ser responsabilizado pela tentativa de 
homicídio, aplicando-se o aumento de 1/6 até a metade. 
d) O agente fere A, aquele contra o qual havia atuado com dolo de matar, 
contudo acaba produzindo o resultado morte de B. Responderá pelo homicídio doloso 
consumado, aplicando-se o aumento do concurso formal de crimes. 
 
Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis ou aberratio delicti) 
Art. 74 CP. 
Aberratio criminis: significa desvio do crime. O agente quer atingir um bem jurídico e 
ofende outro (de espécie diversa). 
Interpretando o artigo em estudo, podemos concluir que somente haverá interesse na 
sua aplicação quando o erro for de coisa para pessoa. 
Aberratio causae 
O resultado pretendido inicialmente pelo agente pode ter advindo de uma causa que 
por ele não havia sido cogitada. 
Em qualquer caso, havendo o resultado aberrante, o agente responderá pelo seu dolo. 
Limite das penas 
Art. 5º LXVII CF. 
Art. 75 CP. 
Limite máximo de 30 anos para as penas privativas de liberdade. 
Art. 66 III a LEP. 
Igor Demétrio 
18 
 
Compete ao juízo das execuções decidir sobre a soma ou unificação das penas. 
Súmula 715 STF. 
O tempo sobre o qual deverão ser procedidos os cálculos para a concessão dos 
benefícios legais é sobre a pena total. 
Art. 75 §2º CP. 
Quer isto significar que se o agente for surpreendido por uma condenação por fato 
praticado antes do início do cumprimento de sua pena já unificada, isto em nada modificará o 
cumprimento da pena, que seguirá seu curso normal, sem que seja procedido a uma nova 
unificação. 
Suspensão condicional da pena 
Verdadeira medida descarcerizadora, a suspensão condicional da pena tem por 
finalidade evitar o aprisionamento daqueles que foram condenados a penas de curta duração, 
evitando-se, com isso, o convívio promíscuo e estigmatizante do cárcere. 
Art. 77 CP. 
Art. 156 LEP. 
Trata-se de direito subjetivo do condenado, visto que, o juiz ou tribunal quer conceda 
ou não essa suspensão deverá fundamentar (Art. 157 LEP). 
Art. 78 CP. 
As condições podem ser legais ou judiciais. 
As legais são aquelas do art. 78 §2º CP. 
As judiciais são as condições determinadas pelo juiz, devendo ser adequadas ao fato, 
bem como à situação pessoal do condenado (Art. 79 CP). 
Art. 160 e 161 LEP. 
Art. 158 §§2º e 3º LEP. 
Requisitos 
Art. 77 CP. 
Pena ≤ 2 – Poderá ser suspensa por 2 a 4 anos. 
Pena ≤ 4 – Poderá ser suspensa por 4 a 6 anos (motivos: pessoa com mais de 70 anos 
ou razões de saúde). 
Requisitos objetivos: No chamado sursis simples, a condenação de pena privativa de 
liberdade não superior a 2 anos; no sursis etário ou sursis humanitário, a condenação de pena 
privativa de liberdade não superior a quatro anos. 
Igor Demétrio 
19 
 
Requisitos subjetivos: 1 – que o condenado não seja reincidente em crime doloso; 2 – 
a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os 
motivos e as circunstâncias. 
Espécies de sursis 
Sursis simples: Art. 78 §1º CP. 
Sursis especial: Art. 78 §2º CP e 79 CP, substituindo o art. 78 §1º CP. 
Sursis etário: é aquele concedido ao maior de 70 anos de idade que tenha sido 
condenado a uma pena privativa de liberdade não superior a quatro anos. Nesta hipótese a 
pena poderá ser suspensa por quatro a seis anos. 
Sursis humanitário: em virtude de razões de saúde. 
Revogação obrigatória 
Art. 81 CP. 
Se ocorrerem as causas desse dispositivo importarão na obrigatória revogação da 
suspensão condicional da pena. 
 Art. 81 II CP. 
Segundo o art. 51 CP a multa é dívida de valor então não pode ser convertida em pena 
privativa de liberdade. 
Art. 161 LEP. 
Revogação facultativa 
Art. 81 §1º CP. 
1 – Descumprimento de qualquer condição sursitária. 
2 – Condenação irrecorrível, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa 
de liberdade ou restritiva de direitos. 
Prorrogação automática do período de prova 
Art. 81 §2º CP. 
Tal prorrogação é automática, não havendo necessidade de ser declarada nos autos. 
Livramento condicional 
Art. 83 CP. 
Requisitos 
1 – Pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos. 
2 – Cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime 
doloso e tiver bons antecedentes. 
3 – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso. 
Igor Demétrio 
20 
 
4 – comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom 
desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover a própria subsistência 
mediante trabalho honesto. 
5 – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado na 
infração. 
6 – cumprido mais de 2/3 da pena, nos casos de condenação por crimehediondo, 
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecente e drogas afins, e terrorismo, se o apenado 
não for reincidente específico em crimes dessa natureza. 
Art. 85 CP. 
Art. 132 LEP. 
Art. 142 LEP. 
Procedimento do livramento condicional 
Arts. 131 a 146 LEP. 
Revogação do livramento condicional 
Art. 86 CP – obrigatório. 
Art. 87 CP – facultativo. 
Na hipótese de revogação facultativa em virtude da prática de infração penal cometida 
anteriormente à vigência do livramento, será computado como tempo de cumprimento de 
pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do 
tempo das duas penas (Art. 141 LEP). 
Art. 143 LEP. 
Súmula 716 STF. 
Dos efeitos da condenação 
A principal e maior consequência do trânsito em julgado da sentença condenatória é 
fazer com que o condenado cumpra a pena por ele determinada. 
Efeitos genéricos 
Art. 91 CP. 
1 – Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. Art. 935 CC. 
2 – A perda em favor da União, ressalvado o direito de lesado ou de terceiro de boa-fé 
dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte 
ou detenção constitua fato ilícito. 
Igor Demétrio 
21 
 
3 – A perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, 
do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente 
com a prática do fato criminoso. 
Efeitos específicos da condenação 
Art. 92 CP. 
Devem ser declarados expressamente no decisum condenatório, sob pena de não serem 
aplicados, haja vista que não são considerados como efeitos automáticos da sentença penal 
condenatória transitada em julgado. 
1 – Perda do cargo, função pública ou mandato eletivo nas hipóteses da alínea “a” e 
“b” do inciso I do art. 92 CP. 
Cargo: são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem 
expressados por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas 
por pessoas jurídica de direito público e criadas por lei. 
Função pública: é aquela exercida por servidor público ou não, mas desde que 
realizada no interesse da administração. 
Mandato eletivo: é aquele conquistado por voto popular e pela sua própria natureza 
possui um tempo certo de duração, podendo ou não ser renovado. 
Art. 92 I “a” CP. 
1 – Condenação a pena privativa de liberdade ≥ 1 ano. 
2 – Crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever com a administração 
pública. 
Art. 92 I “b” CP. 
1 – Pena privativa de liberdade > 4 anos. 
Art. 92 II CP. 
Art. 92 III CP. 
Os efeitos mencionados não são automáticos, devendo ser motivadamente declarado 
na sentença penal condenatória. 
Da reabilitação 
Arts. 93 a 95 CP. 
Art. 94 CP – Requisitos. 
 Não há possibilidade de reabilitação nas hipóteses dos incisos I e II do art. 92 CP. 
Somente uma única utilidade do instituto da reabilitação, qual seja, a de fazer com que 
o condenado que tenha sido declarado na sentença condenatória inabilitado para dirigir 
Igor Demétrio 
22 
 
veículo, pois que o havia utilizado como instrumento para a prática de crime doloso, tenha, 
novamente, restaurada sua habilitação. 
Revogação da reabilitação 
Art. 95 CP. 
Requisitos 
1 – condenação transitada em julgado posterior deve ser à pena privativa de liberdade. 
2 – a condenação deve se dar com o reconhecimento de que o reabilitado é reincidente. 
Medidas de segurança 
A plica-se, como regra, ao inimputável que houver praticado uma conduta típica e 
ilícita, não sendo, porém, culpável. 
O inimputável, mesmo tendo praticado uma conduta típica e ilícita, deverá ser 
absolvido, aplicando-se lhe, contudo, medida de segurança, razão pela qual esta sentença que 
o absolve, mas deixa a sequela da medida de segurança, é reconhecida como uma sentença 
absolutória imprópria. 
Espécies 
Art. 96 CP. 
Ao inimputável que pratica um injusto penal o Estado reservou a medida de segurança, 
cuja finalidade será levar a efeito o seu tratamento. 
As medidas de segurança podem ser detentivas (internação) ou restritivas (tratamento 
ambulatorial). 
97 CP. 
Início do cumprimento da medida de segurança 
Arts. 171 a 173 LEP. 
Prazo de cumprimento 
Art. 97 §§ 1º e 2º CP. 
A medida de segurança terá duração enquanto não for constatada, por meio de perícia 
médica a chamada cessação da periculosidade do agente, podendo, não raras as vezes, ser 
mantida até o falecimento do agente. 
Súmula 527 STJ. 
Art. 175 LEP. 
Art. 176 LEP. 
Poderá o juiz, ainda, mesmo que não tenha sido esgotado o período mínimo de 
duração da medida de segurança, diante de requerimento fundamentado do MP ou do 
Igor Demétrio 
23 
 
interessado, seu procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação da 
periculosidade. 
Desinternação ou libertação condicional 
Art. 97 §3º CP. 
A chamada desinternação o doente deixa o tratamento realizado em regime de 
internação junto ao hospital de custódia e tratamento psiquiátrico e dá início, agora, ao 
tratamento em regime ambulatorial. 
Art. 178 LEP. 
Reinternação do agente 
Art. 97 §4º CP. 
Medida de segurança substitutiva aplicada ao semi-imputável 
Ao contrário do que acontece com o inimputável, que obrigatoriamente deverá ser 
absolvido, o semi-imputável que pratica uma conduta típica, ilícita e culpável deverá ser 
condenado. 
Art. 26, parágrafo único, CP. 
Além da obrigatória redução de pena prevista no parágrafo único do art. 26 (Direito 
subjetivo do agente), o art. 98 do CP permite que, nessa hipótese, necessitando o condenado 
de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade seja substituída pela internação, 
ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos, nos termos do art. 97 e seus 
§§1º ao 4º. 
Extinção da punibilidade e medida de segurança 
Art. 96, parágrafo único, CP. 
Pela redação do mencionado parágrafo verifica-se que se aplicam às medidas de 
segurança as causas extintivas da punibilidade previstas na legislação penal, incluindo-se, a 
prescrição. 
Ação penal 
Ação penal: o exercício de uma acusação, que indica o autor de determinado crime, 
responsabilizando-o e pedindo, para ele, a punição prevista em lei. 
Condições da ação 
1 – legitimidade da parte. 
2 – interesse de agir. 
3 – possibilidade jurídica do pedido. 
4 – justa causa. 
Igor Demétrio 
24 
 
Legitimidade das partes 
Legitimidade ativa: é expressamente determinada pela lei, que aponta o titular da ação, 
podendo tanto ser o MP, órgão acusador oficial, ou o particular. Art. 100 §4º CP. 
Legitimidade passiva: será aquele em face do qual se propõe a ação penal, 
atribuindo-lhe a prática de uma infração penal, narrada na peça inaugural, mesmo que, 
posteriormente, venha a ser absolvido. 
Interesse de agir 
Decorre da necessidade de ter o titular da ação penal que se valer do Estado para que 
este conheça e, se for convencido da infração penal, condene o réu ao cumprimento de uma 
pena justa. 
Possibilidade jurídica do pedido. 
Consiste na formação de pretensão que, em tese, exista na ordem jurídica brasileira, 
preveja a providência pretendida pelo interessado. 
Se não houver possibilidade jurídica ao juiz cabe, portanto, não tomar conhecimento 
dele, pelo que deverá indeferir a inicial ou, não o fazendo, posteriormente declarar extinto o 
processo, sem apreciação do mérito. 
Justa causa 
Um lastro probatório mínimo que dê suporte aos fatos narrados na peça inicial de 
acusação. 
Espécies de ação penal 
1 – Ação penal pública. 
2 – Ação penal privada. 
Ação penal de iniciativa pública1 – incondicionada. 
2 – Condicionada a representação do ofendido ou a requisição do ministro da justiça. 
Incondicionada 
É a regra geral, para que o MP possa inicia-la, ou mesmo requisitar a instauração de 
inquérito policial, não se exige qualquer condição (Art. 27 CPP). 
 
Ação penal de iniciativa pública condicionada à representação do ofendido ou de 
requisição do ministro da justiça 
 
Igor Demétrio 
25 
 
Em ambos os casos o MP não está obrigado a dar início à ação penal, pois tem total 
liberdade para pugnar pelo arquivamento do inquérito policial ou das peças de informação 
após emitir, fundamentadamente, a sua opinio delicti. 
Princípios informadores da ação penal de iniciativa pública 
Obrigatoriedade ou legalidade: O MP tem o dever de dar início à ação penal desde que 
o fato praticado pelo agente seja, pelo menos em tese, típico, ilícito e culpável, bem como 
que, além das condições genéricas do regular exercício do direito de ação, ainda justa causa 
para a sua propositura, ou seja, aquele lastro probatório mínimo que dê sustento aos fatos 
alegados na peça inicial de acusação. 
 Indisponibilidade: fica vedado ao órgão oficial encarregado de promover a ação penal 
(MP) desistir da ação penal por ele iniciada. 
Indivisibilidade: se a infração penal foi praticada em concurso de pessoas, todos 
aqueles que para ela concorreram devem receber o mesmo tratamento, não podendo o MP 
escolher a quem acionar. 
Intranscendência: a ação penal somente deve ser proposta em face daqueles que 
praticaram a infração penal, não podendo atingir pessoas estranhas ao fato criminoso. 
Ação Penal de iniciativa privada 
É aquela em que o direito de acusar pertence exclusiva ou subsidiariamente, ao 
ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo. 
Espécies 
Privada propriamente dita 
São aquelas promovidas mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade 
para representá-lo. 
Art. 100 §4º CP. 
Art. 100 §2º CP. 
Privada subsidiária da pública 
Art. 100 §3º CP. 
Art. 5º LIX CF. 
Se o MP, por desídia sua, deixar de oferecer denúncia no prazo legal, abre-se ao 
particular a possibilidade de, substituindo-o oferecer sua queixa-crime, dando-se, assim, início 
a ação penal. 
Privada personalíssima 
São aquelas em que somente o ofendido, e mais ninguém, pode propô-las. 
Igor Demétrio 
26 
 
Art. 236 CP. 
Princípios informadores da ação penal de iniciativa privada 
Oportunidade: confere ao titular da ação penal o direito de julgar da conveniência ou 
inconveniência quanto à propositura da ação penal. Se quiser promovê-la, poderá fazê-lo, se 
não o quiser, não o fará. 
Disponibilidade: O particular pode, valendo-se de determinado instituto jurídico, 
dispor da ação penal por ele inicialmente proposta. 
Indivisibilidade: se o fato foi cometido por várias pessoas, todas elas devem, assim, 
por ele responder. Art. 48 CPP. 
Representação criminal ou requisição do ministro da justiça 
São consideradas condições de procedibilidade para o regular exercício da ação penal 
de iniciativa pública, sem os quais torna-se impossível a abertura de inquérito policial ou o 
oferecimento de denúncia pelo MP. 
Art. 102 CP. 
Art. 39 CPP. 
Ação penal no crime complexo 
Crime complexo: é aquele no qual, em sua configuração típica, conseguimos 
visualizar a fusão de dois ou mais tipos penais. 
A fusão do crime de furto (crime simples) com o delito de lesão corporal ou ameaça 
faz surgir uma outra figura típica denominada de complexa, é o crime de roubo. 
Art. 101 CP. 
Súmula 608 STF. 
Extinção da punibilidade 
Punibilidade: é uma consequência natural pela prática de uma conduta típica, ilícita e 
culpável levada a efeito pelo agente. 
Art. 107 CP. 
Art. 61 CPP. 
Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá 
declará-la de ofício. 
Art. 107 I CP. 
Morte do agente – Art. 62 CPP. 
A morte do agente extinguindo a punibilidade também terá o condão de impedir que a 
pena de multa aplicada ao condenado seja executada em face dos seus herdeiros. 
Igor Demétrio 
27 
 
Art. 107 II CP. 
Anistia: o Estado renuncia ao seu ius puniendi, perdoando a prática de infrações penais 
que, normalmente, têm um cunho político. Art. 21 XVII e 48 VIII CF. 
Pode ser concedida antes ou depois da sentença penal condenatória, sempre 
retroagindo a fim de beneficiar os agentes. 
Art. 187 LEP. 
Art. 2º I, Lei 8072/90. 
Graça e o indulto: (Art. 84 XII CF): ambos são da competência do Presidente de 
República. A graça é concedida individualmente a uma pessoa específica, sendo que o indulto 
é concedido de maneira coletiva. 
Art. 188 LEP. 
O indulto coletivo, ou simplesmente indulto, é, normalmente, concedido anualmente 
pelo presidente da República, por meio de decreto. 
Art. 107 III CP. 
Ocorre a abolitio criminis quando o Estado, por razão de política criminal, entende por 
bem em não mais considerar determinado fato criminoso. 
Art. 107 IV CP. 
Decadência: é o instituto jurídico mediante o qual a vítima, ou quem tenha qualidade 
para representa-la, perde o seu direito de queixa ou o exercício do direito de queixa e de 
representação. (Art. 103 CP). 
A perempção é instituto jurídico aplicável às ações penais de iniciativa privada 
propriamente dita ou personalíssima, não se destinando, contudo, àquela considerada como 
privada subsidiária da pública (Art. 60 CPP). 
Art. 107 V CP. 
A renúncia ao direito de queixa pode ser expressa ou tácita. 
Renúncia expressa (Art. 50 CPP). 
Renúncia tácita (Art. 104, parágrafo único CP). 
Art. 74, parágrafo único, Lei nº 9099/95. 
Art. 49 CPP. 
Excluído algum dos autores, tem-se que o querelante tacitamente renunciou ao direito 
de processá-lo, devendo ser estendida a todos sua abdicação. 
Perdão do ofendido: 1 – processual, 2 – extraprocessual, 3 – expresso, 4 – tácito. 
Igor Demétrio 
28 
 
Perdão processual: quando levado a efeito intra-autos, após ter sido iniciada a ação 
penal de iniciativa privada. 
Perdão extraprocessual: quando procedida fora dos autos da ação penal de iniciativa 
privada. 
Perdão expresso: quando constar de declaração assinada pelo ofendido (Art. 56 CPP). 
Perdão tácito: quando o ofendido pratica ato incompatível com a vontade de 
prosseguir na ação penal por ele iniciada (Art. 106 §1º CP). 
Art. 106 CP. 
Art. 52 a 59 CPP. 
Art. 107 VI CP. 
Retratação: é o ato pelo qual o agente reconhece o erro que cometeu e o denuncia a 
autoridade, retirando o que anteriormente havia dito. 
Art. 143 CP, Art. 342 §2º CP. 
Art. 107, IX CP. 
Perdão judicial: Súmula 185 STJ. 
Art. 120 CP. 
A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de 
reincidência. 
Ex.: Arts. 121, §5º CP, Art. 129 §8º CP, Art. 140 §1º CP, Art. 176 CP, Art. 180 §5º 
CP. 
O Perdão judicial é um direito penal subjetivo público de liberdade. Não é um favor 
concedido pelo juiz. É um direito do réu, se presentes os requisitos. 
Art. 13 Lei 9807/99. 
Prescrição 
Art. 107 IV CP. 
Prescrição: é uma das situações em que o Estado em virtude do decurso de certo 
espaço de tempo, perde o seu ius puniendi. 
É o instituto jurídico mediante o qual o Estado, por não ter tido capacidade de fazer 
valer o seu direito de punir em determinado espaço de tempo previsto pela lei, faz com que 
ocorra a extinção da punibilidade. 
É um instituto jurídico de direito material. 
Espécies 
Igor Demétrio 
29 
 
1 – Prescrição da pretensão punitiva: O Estado perde a possibilidade de formar o seu 
título executivo de natureza judicial. O réu do processo no qual foi reconhecido a prescrição 
da pretensão punitivaainda continuará a gozar do status de primário. 
2 – Prescrição da pretensão executória: O Estado, em razão do decurso do tempo, 
somente terá perdido o direito de executar a sua decisão. O condenado se vier a praticar outro 
crime, poderá ser considerado reincidente. 
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença 
Art. 109 CP. 
Prescreve Anos 
20 ------------ P > 12 
16 ---------------- 8 < P ≤ 12 
12 ---------------- 4 < P ≤ 8 
8 ----------------- 2 < P ≤ 4 
4 ----------------- 1 ≤ P ≤ 2. 
3 ------------------ P < 1 
O cálculo deve recair sobre a pena máxima cominada em abstrato para cada infração 
penal. 
Prescrição das penas restritivas de direitos 
Art. 109, parágrafo único, CP. 
Prescrição depois de transitar em julgado a sentença penal condenatória 
Art. 110 CP. 
Assevera que o cálculo seja realizado sobre a pena concretizada na sentença. 
O trânsito em julgado da sentença penal condenatória é um dos requisitos para que se 
possa concluir pela prescrição da pretensão executória, mas não é o único. 
Súmula 220 STJ. 
Isso quer dizer que somente no que diz respeito à execução do julgado é que haverá o 
aumento de 1/3 para o reincidente, não se falando em tal aumento quando o cálculo disser 
respeito à prescrição da pretensão punitiva. 
Momento para o reconhecimento da prescrição 
Art. 61 CPP. 
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final 
Art. 111 CP. 
Art. 111, I CP. 
Igor Demétrio 
30 
 
Adotou a teoria do resultado: termo inicial quando se consumou. 
Art. 111, III CP. 
Crimes permanentes são aqueles cuja execução e consumação se prolonga no tempo. 
Até que cesse a permanência, não terá início o prazo prescricional. 
Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível 
Art. 112 CP. 
A exceção da primeira parte do inciso I do Art. 112 CP, que pode ainda, dizer respeito 
à prescrição da pretensão punitiva, todos as demais hipóteses cuidam do termo inicial da 
prescrição da pretensão executória estatal. 
Art. 112 I CP. 
No que diz respeito ao sursis, deverá cumprir integralmente a pena que lhe foi 
aplicada. 
Quando ao livramento condicional, o prazo deve ser contado de acordo com o tempo 
que resta da pena (Art. 113 CP). 
Art. 141 e 142 LEP. 
Art. 112 II CP. 
Cuida da hipótese em que a execução é interrompida, seja, por exemplo, pela fuga do 
condenado ou pelo fato de ter ele sido internado em razão de doença mental (Art. 41 e 42 CP). 
Prescrição da multa 
Art. 114 CP. 
2 anos = única cominada ou aplicada. 
No mesmo prazo da pena privativa de liberdade no resto. 
Redução dos prazos prescricionais 
Art. 115 CP. 
Por razão de política criminal, determina a redução pela metade dos prazos 
prescricionais quando o agente era, ao tempo do crime, ou seja, no momento da ação ou 
omissão menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos. 
Súmula 74 STJ. 
Causas suspensivas da prescrição 
Causas suspensivas da prescrição são aquelas que suspendem o curso do prazo 
prescricional que começa a correr pelo tempo restante após cessadas as causas que a 
determinaram. 
Art. 116 CP. 
Igor Demétrio 
31 
 
Art. 116 I CP, Art. 92 a 94 CPP. 
Art. 116 II CP. 
Caso contrário, se o agente cumpre pena no Brasil, não ocorrerá à suspensão do prazo 
da prescrição. 
Art. 53 §5º CF. 
Art. 89 §6º Lei 9099/95. 
Art. 366 e 368 CPP. 
Causas interruptivas da prescrição 
Após cada causa interruptiva da prescrição deve ser procedida nova contagem do 
prazo, desprezando-se, para esse fim, o tempo anterior ao marco interruptivo (Art. 117 §2º 
CP). 
Art. 117 CP – Rol taxativo. 
Art. 117 I CP. 
O CP exige para fins de interrupção da prescrição, o recebimento, e não somente o 
oferecimento da denúncia ou da queixa. 
Pronúncia 
É o ato formal de decisão pelo qual o juiz, nos casos de competência do Tribunal do 
júri, se convencendo da existência do crime e de indícios de sua autoria, encerra a primeira 
etapa do julgamento, declarando o dispositivo legal em cuja sanção julgar incurso o réu. 
Súmula 191 STJ. 
Art. 117 III CP. 
O acórdão que configura a sentença de pronúncia interrompe a prescrição. 
A interrupção do prazo prescricional se dá no dia da realização do julgamento, e não 
no dia da publicação do acórdão no Diário da Justiça. 
Art. 117 IV CP. 
Somente a sentença penal condenatória recorrível interrompe a prescrição, não 
possuindo essa força, portanto, aquela de natureza absolutória (Publicação em cartório). 
Súmula 18 STJ. 
Art. 117 V CP. 
Caso o condenado fuja, o prazo prescricional começa a correr a partir da sua fuga, e 
será regulado pelo tempo restante da pena. 
Efeitos 
Art. 117 §1º CP. 
Igor Demétrio 
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O reconhecimento da interrupção alcançará igualmente a todos os agentes, a não ser 
aqueles que gozem de uma qualidade especial que lhe permita ter um prazo diferenciado dos 
demais (Ex.: Art. 115 CP). 
Prescrição no concurso de crimes 
Art. 119 CP. 
As hipóteses de concurso de crimes previstos em nossa legislação são: 
1 – concurso material; 
2 – concurso formal; 
3 – crime continuado; 
Imprescritibilidade 
Art. 5º XLII CF. 
Art. 5º XLIV CF. 
Racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional 
e o Estado democrático.

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