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Aula 04 Direito Processual Penal

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Processo Penal – POLÍCIA FEDERAL (Agente e Escrivão) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo – Aula 04 
 
Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 33 
AULA 04: PRISÃO (PARTE II) 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação da aula e sumário 01 
I – Da prisão, das medidas cautelares e da 
Liberdade Provisória 
02 
II – Da Prisão Domiciliar 12 
III – Das medidas cautelares diversas da prisão 14 
IV – Da Liberdade Provisória com ou sem fiança 16 
V – Lista das Questões 24 
VI – Questões Comentadas 27 
Gabarito 33 
 
 
Salve, salve, meu povo! 
Estudando muito? 
 
Na aula 03 nós iniciamos o estudo do tema PRISÃO. Hoje vamos 
estudar um tema associado à prisão, que é a Liberdade Provisória, bem 
como as medidas cautelares diversas da prisão, introduzidas no CPP 
recentemente (Lei 12.403/11) e que possuem uma chance ENORME de 
caírem no concurso de vocês! 
 Em razão de o tema “Liberdade Provisória” ter sofrido 
alteração praticamente total com o advento da Lei 12.403/11, 
quase não há questões atualizadas sobre o tema, motivo pelo qual 
eu mesmo elaborei algumas questões. 
LEMBRANDO QUE É sempre importante acompanhar a aula com o 
CPP do lado! 
Meu povo, o tempo não para! E, por isso, não percamos mais tempo 
batendo papo! 
Mãos à obra! 
 
 
Processo Penal – POLÍCIA FEDERAL (Agente e Escrivão) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo – Aula 04 
 
Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 33 
 
I – DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE 
PROVISÓRIA 
 
A Lei 12.403/11 trouxe uma série de alterações no que se refere ao 
tema “Prisão e Liberdade Provisória”. Dentre as principais mudanças, está 
a criação de formas alternativas de medidas cautelares DIVERSAS DA 
PRISÃO. 
Até o advento desta Lei, caso o acusado apresentasse algum risco ao 
processo ou ameaçasse fugir (furtar-se à aplicação da lei penal), a única 
saída era determinar a sua prisão preventiva. 
Com o advento da nova Lei, que alterou o CPP em diversos pontos, 
surgiu a possibilidade de o Magistrado, atento a cada caso específico, 
determinar a aplicação de uma medida cautelar QUE NÃO SEJA A 
PRISÃO, quando necessária e SUFICIENTE para assegurar a instrução 
criminal e os demais interesses da sociedade, que antes só seriam 
resguardados mediante a aplicação da gravosa e EXCEPCIONALÍSSIMA 
(Agora, ainda mais excepcional), PRISÃO PREVENTIVA. 
Muitas destas medidas cautelares já eram previstas na nossa 
Legislação Penal como PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS, ou 
CONDIÇÕES PARA A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA, de forma 
que, por uma questão de lógica, se o Estado pode substituir a prisão-pena 
(aquela decorrente de condenação transitada em julgado) por uma destas 
medidas, com muito mais razão seria possível a substituição da prisão-
não-pena (a prisão cautelar) por uma destas medidas, eis que, aqui, o 
camarada SEQUER FOI CONDENADO. 
Assim, vejamos como ficou a redação do art. 282 do CPP: 
Processo Penal – POLÍCIA FEDERAL (Agente e Escrivão) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo – Aula 04 
 
Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 33 
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão 
ser aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação 
ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, 
para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias 
do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício 
ou a requerimento das partes ou, quando no curso da 
investigação criminal, por representação da autoridade policial 
ou mediante requerimento do Ministério Público. (Incluído pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
Como disse a vocês, o art. 282, I e II, prevê dois requisitos para a 
aplicação das medidas cautelares: 
 Necessidade; 
 Adequação (e suficiência). 
 
As medidas cautelares podem ser aplicadas ISOLADA OU 
CUMULATIVAMENTE, podendo ser aplicadas na fase processual ou pré-
processual. 
Na fase processual, podem ser decretadas ex officio ou a 
requerimento das partes. Na fase pré-processual, poderá ser decretada 
Processo Penal – POLÍCIA FEDERAL (Agente e Escrivão) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo – Aula 04 
 
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por representação da autoridade policial ou requerimento do MP, MAS 
NÃO PODERÁ SER DECRETADA DE OFÍCIO. 
Os pressupostos para a aplicação das medidas cautelares são: 
 Necessidade de aplicação da Lei Penal – Camarada está 
ameaçando fugir; 
 Preservar a instrução criminal – Sempre que o ofendido 
possa estar ameaçando a regular instrução do processo; 
 Em casos específicos, para evitar a prática de infrações 
penais. 
 
Percebam que os dois primeiros também são requisitos para a 
decretação da prisão preventiva, mas o último não. Percebam, ainda, que 
os fundamentos da preventiva “garantia da ordem pública” e “garantia da 
ordem econômica” não foram elevados à categoria de situações que 
ensejam a aplicação de uma medida cautelar diversa da prisão. Desta 
forma, numa destas hipóteses, só caberá mesmo a prisão preventiva. 
É necessário que haja prova da materialidade e indícios de 
autoria? A pergunta só tem razão de ser no que se refere à fase pré-
processual, eis que na fase processual, já haverá prova da materialidade e 
indícios de autoria, pois estes são pressupostos para o recebimento da 
ação penal. 
A Doutrina não é unânime, havendo que entende pela necessidade e 
quem entenda pela dispensabilidade destes requisitos (prova da 
materialidade e indícios de autoria). Quem defende a primeira tese alega 
que isso é indispensável num Estado Democrático de Direito, não podendo 
ninguém ser privado de quaisquer de seus direitos sem um mínimo de 
base fática. 
Os defensores da segunda tese alegam que se é possível a 
decretação da prisão TEMPORÁRIA sem que estejam presentes estes 
Processo Penal – POLÍCIA FEDERAL (Agente e Escrivão) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Renan Araujo – Aula 04 
 
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requisitos, não há razão em exigi-los numa medida cautelar menos grave. 
Esquecem-se, estes autores, de que a prisão temporária tem prazo de 
duração bastante curto. 
Eu fico com a primeira corrente, e aconselho vocês a ficarem com ela 
também, pois esses requisitos também são necessários para a decretação 
da PREVENTIVA, nos termos do art. 312 do CPP: 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como 
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a 
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do 
crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Em regra a parte contrária será ouvida antes da decretação da 
medida, em respeito ao contraditório e à ampla defesa, conforme 
preconiza o §3° do art. 282 do CPP. Entretanto, quando a oitiva prévia 
possa frustrar a execução da medida, a parte contrária só seráouvida 
após a execução da medida, pois, nos termos do §5° do art. 282 do CPP, 
poderá requerer sua revogação: 
§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia 
da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, 
determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de 
cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo 
os autos em juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la 
quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como 
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Teoria e exercícios comentados 
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voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Caso não seja cumprida a medida cautelar diversa da prisão, poderá 
o Juiz cumulá-la com outra, mais severa, substituí-la por outra, ou 
decretar a prisão, em último caso: 
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações 
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do 
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá 
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último 
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la 
quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como 
voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for 
cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Como vocês viram, o Juiz poderá, ainda, a qualquer tempo, revogar a 
medida ou voltar a decretá-la, desde que sobrevenham novos fatos que 
alterem as circunstâncias até então existentes. 
Estas medidas cautelares (inclusive a prisão), no entanto, só podem 
ser aplicadas caso a infração penal cometida seja apenada com pena 
privativa de liberdade. Nos termos do art. 283, §1° do CPP: 
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§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam 
à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente 
cominada pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Para a efetivação da prisão (que, ao fim e ao cabo, é uma medida 
cautelar) é possível a utilização da força, quando ESTRITAMENTE 
NECESSÁRIO, e nos LIMITES NECESSÁRIOS. Poderá a prisão, ainda, 
ser efetuada a qualquer dia e hora, respeitando-se a inviolabilidade do 
domicílio, nos termos do §1° do art. 283, art. 284 e 292 do CPP: 
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer 
hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do 
domicílio. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a 
indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do 
preso. 
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência 
à prisão em flagrante ou à determinada por autoridade 
competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão 
usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a 
resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por 
duas testemunhas. 
 
A utilização de algemas é questão sumulada pelo STF, que editou a 
súmula vinculante n° 11, nos seguintes termos: 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de 
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria 
ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
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excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
 
A prisão poderá ser efetivada, ainda, quando o acusado se encontre 
em outra comarca, hipótese na qual poderá ser requisitada a prisão ao 
Juiz da localidade, mediante carta precatória, que, em caso de urgência, 
poderá ser expedida por qualquer meio de comunicação (inclusive e-
mail!). Vejamos: 
Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora 
da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão, 
devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por 
qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo 
da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada. (Incluído 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as 
precauções necessárias para averiguar a autenticidade da 
comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso 
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da 
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado 
judicial, por qualquer meio de comunicação, tomadas pela 
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autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções 
necessárias para averiguar a autenticidade desta. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
 
O Juiz que determinar a prisão deverá registrada em banco de dados 
mantido pelo CNJ, nos termos do art. 289-A do CPP. Com a inclusão do 
mandado de prisão neste banco de dados, QUALQUER AGENTE 
POLICIAL poderá efetuá-la, ainda que não esteja na competência 
territorial do Juiz que a expediu (art. 289-A, §1° do CPP). 
 
A) Prisão Especial 
 
Algumas pessoas, por sua condição, possuem direito a serem 
recolhidas a estabelecimento prisional especial, conforme preconiza o 
próprio CPP. Vejamos: 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à 
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão 
antes de condenação definitiva: 
I - os ministros de Estado; 
II – os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios, 
o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e 
chefes de Polícia; 
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, 
o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os 
prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; 
(Redação dada pela Lei nº 3.181, de 11.6.1957) 
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III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de 
Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; 
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
V - os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros; 
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do 
DistritoFederal e dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº 
10.258, de 11.7.2001) 
VI - os magistrados; 
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da 
República; 
VIII - os ministros de confissão religiosa; 
IX - os ministros do Tribunal de Contas; 
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função 
de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de 
incapacidade para o exercício daquela função; 
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e 
Territórios, ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº 5.126, 
de 20.9.1966) 
Caso não haja estabelecimento distinto para o recolhimento à prisão, 
esta se fará em CELA DISTINTA, no mesmo estabelecimento. Vejamos: 
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, 
consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da 
prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
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§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso 
especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo 
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, 
atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela 
concorrência dos fatores de aeração, insolação e 
condicionamento térmico adequados à existência humana. 
(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
 
Os presos especiais possuem os mesmos direitos e deveres dos 
presos comuns, não podendo, entretanto, ser transportados juntamente 
com os demais presos. Nos termos dos §§ 4° e 5° do art. 295 do CPP: 
§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o 
preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001) 
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os 
mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 
11.7.2001) 
 
O militar, caso preso EM FLAGRANTE DELITO, será recolhido ao 
quartel da Instituição à qual pertencer (PM, Exército, Marinha...), onde 
ficará à disposição das autoridades: 
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a 
lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da 
instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das 
autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
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II - DA PRISÃO DOMICILIAR 
 
A Lei 12.403/11 trouxe mais uma inovação. Trata-se da possibilidade 
de, em alguns casos, o Juiz decretar a prisão preventiva, mas substituí-la 
pela prisão domiciliar. Nos termos do art. 318 do CPP: 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela 
domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 
(seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo 
esta de alto risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea 
dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Estes requisitos são autônomos, ou seja, estando o indivíduo em 
qualquer destas situações (e não em todas ou algumas cumulativamente), 
poderá ser substituída a prisão preventiva pela prisão domiciliar, que 
consiste no recolhimento do indivíduo em sua residência, só podendo sair 
dela com autorização judicial. Nos termos do art. 317 do CPP: 
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Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do 
indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela 
ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Com relação às hipóteses que autorizam a substituição da preventiva 
pela prisão domiciliar, alguns comentários devem ser feitos: 
 O inciso I reporta-se à pessoa maior de 80 anos. Assim, 
não é qualquer idoso (maior de 60) que poderá receber o 
“benefício”, mas somente os maiores de 80 anos; 
 O inciso II fala em pessoa portadora de doença grave, e 
que se encontre em extrema debilidade. Desta maneira, não 
basta ser portador de doença grave, devendo o indivíduo 
se encontrar extremamente debilitado em razão da 
doença; 
 O inciso III, ao falar da pessoa que é imprescindível aos 
cuidados de menor de seis anos ou deficiente, não diferencia 
homem e mulher. Desta forma, o Homem pode ser 
beneficiado com a prisão domiciliar, em razão desta 
hipótese, desde que comprove, por exemplo, que é a única 
pessoa que pode cuidar de seu filho de 03 anos de idade; 
 O inciso IV, por sua vez, estabelece que não é qualquer 
gestante que poderá receber a substituição, mas somente 
aquela que se encontrar a partir do sétimo mês de 
gestação ou no caso de gestação de alto risco, 
comprovadas pelo competente laudo médico (art. 318, § 
único). 
 
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III – DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO 
 
Como vimos, a Lei 12.403/11 trouxe inúmeras alterações em 
institutos já existentes e inúmeras INOVAÇÕES, ou seja, criou diversos 
outros institutos, dentre eles, as medidas cautelares diversas da prisão. 
Já estudamos os requisitos e hipóteses que autorizam a aplicação 
destas medidas. Vejamos agora, quais são elas, nos termos do art. 319 
do CPP: 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições 
fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares 
quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado 
ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco 
de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada 
quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado 
ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência 
seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
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V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de 
folga quando o investigado ou acusado tenha residência e 
trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VI - suspensão doexercício de função pública ou de atividade de 
natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de 
sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes 
praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos 
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código 
Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o 
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu 
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem 
judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
Vejam que muitas destas medidas já eram previstas no nosso 
ordenamento jurídico, só que como penas restritivas de direitos ou outras 
medidas, de natureza não-cautelar. O que a lei fez foi possibilitar que 
estas medidas pudessem ser aplicadas com caráter CAUTELAR, sempre 
que puder ser evitada a aplicação da PRISÃO PREVENTIVA. 
Vejam que a FIANÇA foi classificada como uma MEDIDA 
CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO (inciso VIII do art. 319). Veremos 
mais sobre a fiança quando estudarmos a Liberdade Provisória. 
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Vejam que o simples fato de estar o acusado sendo processado 
criminalmente não lhe retira o direito de se ausentar do país. No entanto, 
esta pode ser uma medida cautelar a ser decretada pelo Juiz, quando for 
necessário e adequado ao caso, Nesta hipótese, aplica-se a regra do art. 
320 do CPP: 
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada 
pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do 
território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para 
entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Essa regra só se aplica na medida cautelar do inciso IV do art. 319, 
pois, se o acusado não puder deixar a comarca, POR ÓBVIO, não poderá 
deixar o país. 
 
IV – DA LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA 
 
A Liberdade provisória, na verdade, é um termo ridículo. A liberdade 
não é provisória, a liberdade é a regra. Provisória é a prisão. 
Afora este desabafo, a Liberdade Provisória é direito do acusado, 
sempre QUE NÃO ESTIVEREM PRESENTES OS REQUISITOS PARA A 
DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. Nos termos do art. 321 do 
CPP; 
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da 
prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, 
impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 
319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 
282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
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Entretanto, a concessão da liberdade provisória não impede a fixação 
de alguma medida cautelar DIVERSA DA PRISÃO (aquelas previstas no 
art. 319 do CPP). 
A liberdade provisória pode ser concedida SEM FIANÇA (a 
regra), ou COM FIANÇA, nesse último caso, sempre que o Juiz suspeite 
de que o réu não comparecerá a todos os atos do processo e pretenda 
com isso (arbitramento da fiança), que o réu se sinta compelido a 
comparecer aos atos processuais, de forma a que não sofra reflexos no 
seu BOLSO, rs. 
A autoridade policial só poderá arbitrar a fiança nos crimes cuja pena 
máxima não seja superior a quatro anos. Caso o crime possua pena 
máxima igual ou superior a 04 anos, a fiança deverá ser requerida ao 
Juiz, que a arbitrará em até 48 horas, nos termos do art. 322 do CPP: 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança 
nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima 
não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao 
juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
A fiança poder ser prestada ENQUANTO NÃO TRANSITAR EM 
JULGADO O PROCESSO (art. 334 do CPP). 
Existem casos, no entanto, em que a fiança NÃO É ADMITIDA. São 
eles: 
Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
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I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança 
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, 
qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 
deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação 
da prisão preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Entretanto, o que vocês devem ter em mente é que a possibilidade 
de arbitramento, ou não, de fiança, não tem nada a ver com a liberdade 
provisória. Ainda que não se possa arbitrar fiança, é possível a concessão 
de liberdade provisória. 
Entretanto, há parcela da Doutrina que entende que se a Lei proíbe o 
arbitramento da fiança e, logo, a liberdade provisória com fiança, com 
muito mais razão não se pode admitir a liberdade provisória sem fiança. 
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O tema é polêmico, mas vem prevalecendo a PRIMEIRA 
CORRENTE. 
O valor da fiança será arbitrado com base nos parâmetros 
estabelecidos no art. 325 do CPP: 
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a 
conceder nos seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de 
infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não 
for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o 
máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 
4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a 
fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
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Para o arbitramento do valor da fiança deverá a autoridade 
(autoridade policial ou Juiz) verificar algumas circunstâncias, como as 
condições financeiras do acusado, sua vida pregressa, sua periculosidade, 
etc. Vejamos o que diz o art. 326 do CPP: 
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá 
em consideração a natureza da infração, as condições pessoais 
de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias 
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância 
provável das custas do processo, até final julgamento. 
 
A fiança poderá consistir em dinheiro, metais preciosos, títulos, etc, 
ou seja, quaisquer bens que possuam valor econômico: 
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em 
depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos 
da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca 
inscrita em primeiro lugar. 
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais 
preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela 
autoridade. 
§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida 
pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, 
sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de 
ônus. 
 
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O MP não será ouvido previamente ao arbitramento da fiança, mas 
terá vista dos autos após esse momento, para que requeira o que achar 
necessário (art. 333 do CPP). 
Findo o processo, o valor da fiança poderá ter dois destinos 
diferentes: 
 É devolvido ao réu - Se absolvido, se extinta a ação ou se for 
declarada sem efeito a fiança. Essa é a previsão do art. 337 do 
CPP: 
Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em 
julgado sentença que houver absolvido o acusado ou declarada 
extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado, será 
restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do 
art. 336 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
 Será perdido em favor do Estado – Caso o réu seja 
condenado. Servirá para pagar as custas do processo, indenizar 
o ofendido, etc. Nos termos do art. 336 do CPP: 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao 
pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação 
pecuniária e da multa, se o réu for condenado. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da 
prescrição depois da sentença condenatória (art. 110 do Código 
Penal). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Após a utilização do valor da fiança para estes fins, o saldo será 
devolvido A QUEM PAGOU A FIANÇA. Vejamos o que diz o 
art. 347 do CPP: 
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Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será 
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos 
os encargos a que o réu estiver obrigado. 
 
A fiança será considerada QUEBRADA, quando: 
 Quando o acusado ou indiciado não comparecer a algum ato do 
IP ou da instrução criminal, tendo sido intimado; 
 Mudar de residência sem prévia autorização da autoridade 
processante; 
 Se ausentar de sua residência por mais de 08 dias sem 
comunicar à autoridade processante onde poderá ser 
encontrado; 
 Resistir, injustificadamente, à ordem judicial; 
 Praticar, deliberadamente, ato de obstrução ao processo 
(tumultuar o processo); 
 Descumprir medida cautelar imposta CUMULATIVAMENTE 
com a fiança; 
 Praticar nova infração penal DOLOSA. 
 
Caso seja reformada, em grau de recurso, a decisão que JULGOU 
QUEBRADA A FIANÇA, esta (fiança) se restabelecerá em todos os seus 
aspectos. 
Caso haja o quebramento da fiança, o acusado perderá METADE 
DO SEU VALOR, podendo, ainda, o Juiz fixar alguma outra medida 
cautelar ou decretar a prisão preventiva. 
Caso o réu, condenado DEFINITIVAMENTE, não se apresente 
para cumprimento da pena, PERDERÁ O TOTAL DO VALOR DA 
FIANÇA. 
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Tanto no caso de perda total ou parcial do valor da fiança, o saldo 
(após recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais esteja 
obrigado o acusado) será recolhido ao FUNDO PENITENCIÁRIO 
(CUIDADO! Antes da Lei 12.403/11 esse saldo era destinado ao 
TESOURO NACIONAL. Isso mudou!). Vejamos o que diz o art. 345 do 
CPP: 
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais 
encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo 
penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Poderá, ainda, ser a fiança CASSADA, quando se verificar que ela 
foi arbitrada de maneira ilegal (quando não podia ser arbitrada, tenha 
sido arbitrada por autoridade incompetente...). Nos termos do art. 338 e 
339 do CPP: 
Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie 
será cassada em qualquer fase do processo. 
Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a 
existência de delito inafiançável, no caso de inovação na 
classificação do delito. 
EXEMPLO: Imagine que fora arbitrada fiança num crime de furto. 
Após esse momento, por alteração legislativa, o furto passou a ser 
considerado crime inafiançável. Nesse caso, a fiança deverá ser 
CASSADA, nos termos do art. 339 do CPP. 
Pode ocorrer, ainda, de a fiança não dever ser cassada, mas, por 
algum motivo, ter que se exigir do acusado, O REFORÇO DA FIANÇA. 
Isso ocorrerá nas hipóteses previstas no art. 340 do CPP: 
Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: 
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I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; 
II - quando houver depreciação material ou perecimento dos 
bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou 
pedras preciosas; 
III - quando for inovada a classificação do delito. 
Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido 
à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for 
reforçada. 
 
Por fim, caso o beneficiado descumpra qualquer das obrigações ou 
medidas impostas, o Juiz poderá substituir a medida cautelar imposta, 
cumulá-la com outra, ou decretar a prisão preventiva. Isso é o que 
extraímos da interpretação conjunta dos arts. 350, § único e 282, § 4° do 
CPP: 
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações 
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do 
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá 
substituira medida, impor outra em cumulação, ou, em último 
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo, 
qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o 
disposto no § 4o do art. 282 deste Código. (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
 
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Meus caros, por hoje é só! Espero que aproveitem bastante o 
material! 
Até a próxima! 
Forte abraço! 
Prof. Renan Araujo 
 
V – LISTA DAS QUESTÕES 
 
 
 
Meu povo, chegou a hora de vocês testarem os conhecimentos de 
vocês, tentando resolver, sem os comentários, as questões que eu 
apresentei em aula! 
É hora se separar os homens dos meninos! 
Depois de vocês tentarem resolver as questões apresentadas, 
confiram o desempenho analisando as questões com os 
comentários. 
Abraço! Bons estudos! 
 
01 - (PC/MG – 2011 – PC/MG – DELEGADO DE POLÍCIA) 
NÃO poderá ser cumulada com outra medida cautelar 
A) a monitoração eletrônica. 
B) a proibição de ausentar-se do País, inclusive mediante entrega do 
passaporte. 
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C) a fiança. 
D) a prisão domiciliar. 
 
02 - (FCC – 2011 – TRT/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
De acordo com o Código de Processo Penal, serão recolhidos a quartéis ou 
a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos 
a prisão antes de condenação definitiva, dentre outros, 
A) os estudantes universitários. 
B) os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito". 
C) os vereadores, exceto os de cidade com menos de cem mil habitantes. 
D) os estrangeiros. 
E) os filhos de magistrados. 
 
03 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
A fiança, uma vez prestada, e havendo condenação do réu, será perdida, 
totalmente, em favor do Estado. 
 
04 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
A fiança poderá ser cassada quando o Juiz verificar que o réu não 
compareceu a um dos atos do processo, mesmo tendo sido intimado. 
 
05 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
Se o réu se afastar da sua residência por mais de cinco dias, considerar-
se-á quebrada a fiança. 
 
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06 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
Sendo perdida a fiança em favor do Estado, ela será destinada ao Tesouro 
Nacional. 
 
07 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
Caso o réu afiançado, deliberadamente, pratique ato de obstrução 
processual, isso acarretará o que se denomina quebramento da fiança, 
que importará em perda da totalidade do valor recolhido. 
 
 
Meus caros, essa é a hora de vocês conferirem o desempenho de 
vocês, analisando os pontos em que tiveram mais facilidade ou 
dificuldade, de forma a direcionar o estudo de vocês quando da 
releitura do material. 
Forte Abraço! 
 
01 - (PC/MG – 2011 – PC/MG – DELEGADO DE POLÍCIA) 
NÃO poderá ser cumulada com outra medida cautelar 
A) a monitoração eletrônica. 
B) a proibição de ausentar-se do País, inclusive mediante entrega 
do passaporte. 
C) a fiança. 
D) a prisão domiciliar. 
COMENTÁRIOS: A prisão domiciliar não pode ser cumulada com outra 
medida cautelar, pois ela é uma medida aplicada em SUBSTITUIÇÃO À 
VI – QUESTÕES COMENTADAS 
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PRISÃO PREVENTIVA, de forma que ela será aplicada nas hipóteses em 
que a preventiva é NECESSÁRIA. Sendo assim (necessária a preventiva), 
não cabe aplicar qualquer outra medida cautelar diversa da prisão. 
A redação do art. 318 do CPP não deixa margem para dúvidas quanto à 
substitutividade da prisão domiciliar em relação à preventiva: 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela 
domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
A prisão preventiva não pode ser cumulada com outra medida cautelar, 
podendo, no entanto, ser aplicada caso esta (medida cautelar) não seja 
suficiente: 
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações 
impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do 
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá 
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último 
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Portanto, não cabe cumulação da prisão domiciliar com medida cautelar 
diversa da prisão. 
Por isso, a alternativa correta é a letra D. 
 
02 - (FCC – 2011 – TRT/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
De acordo com o Código de Processo Penal, serão recolhidos a 
quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade 
competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação 
definitiva, dentre outros, 
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A) os estudantes universitários. 
B) os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito". 
C) os vereadores, exceto os de cidade com menos de cem mil 
habitantes. 
D) os estrangeiros. 
E) os filhos de magistrados. 
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 295, IV do CPP: 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à 
disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão 
antes de condenação definitiva: 
(...) 
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
Assim, por expressa previsão legal, a alternativa correta é a letra B. 
 
03 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
A fiança, uma vez prestada, e havendo condenação do réu, será 
perdida, totalmente, em favor do Estado. 
COMENTÁRIOS: A fiança não será perdida totalmente em favor do 
Estado caso haja condenação do réu. A fiança apenas garante o 
pagamento das custas e demais encargos aos quais o réu está obrigado, 
caso seja condenado. 
A fiança só será perdida em favor do Estado caso haja o quebramento da 
fiança, nas hipóteses legais, quando será perdido metade do valor pago a 
título de fiança, ou no caso de não comparecimento do réu para 
cumprimento da pena definitivamente imposta, hipótese na qual haverá o 
perdimento total do valor da fiança. Vejamos: 
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Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na 
perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a 
imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a 
decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, 
se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do 
cumprimento da pena definitivamenteimposta. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será 
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos 
os encargos a que o réu estiver obrigado. 
 
Portanto, a afirmativa está ERRADA. 
 
04 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
A fiança poderá ser cassada quando o Juiz verificar que o réu não 
compareceu a um dos atos do processo, mesmo tendo sido 
intimado. 
COMENTÁRIOS: Nesse caso (não-comparecimento do réu afiançado a 
um dos atos do processo), haverá o QUEBRAMENTO DA FIANÇA, e não a 
sua cassação, nos termos do art. 341, I do CPP: 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
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I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de 
comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
Portanto, a afirmativa está ERRADA. 
 
05 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
Se o réu se afastar da sua residência por mais de oito dias, 
considerar-se-á quebrada a fiança. 
COMENTÁRIOS: CUIDADO COM A PEGADINHA! A fiança não se 
considerará automaticamente quebrada caso o réu se afaste de sua 
residência por mais de oito dias, mas apenas no caso de o réu se afastar 
da residência por mais de oito dias sem COMUNICAR À AUTORIDADE O 
LOCAL EM QUE SE ENCONTRARÁ, nos termos do art. 328 do CPP: 
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento 
da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da 
autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias 
de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar 
onde será encontrado. 
 
Portanto, a alternativa está ERRADA. 
 
06 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
Sendo perdida a fiança em favor do Estado, ela será destinada ao 
Fundo Penitenciário. 
COMENTÁRIOS: Esta é a expressa previsão contida no art. 345 do CPP: 
Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as 
custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será 
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recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Portanto, a afirmativa está CORRETA. 
 
07 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR) 
Caso o réu afiançado, deliberadamente, pratique ato de obstrução 
processual, isso acarretará o que se denomina QUEBRAMENTO DA 
FIANÇA, que importará em perda da totalidade do valor recolhido. 
COMENTÁRIOS: Embora a prática de ato de obstrução processual, pelo 
réu afiançado, gere o quebramento da fiança, como conseqüência do 
quebramento teremos a perda, em favor do Estado, de metade do valor 
da fiança, e NÃO DE SUA TOTALIDADE, nos termos do art. 341, II e 
343 do CPP: 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do 
processo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
(...) 
Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na 
perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a 
imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a 
decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Assim, a alternativa está ERRADA. 
Processo Penal – POLÍCIA FEDERAL (Agente e Escrivão) 
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GABARITO 
 
 
 
 
1. ALTERNATIVA D 
2. ALTERNATIVA B 
3. ERRADA 
4. ERRADA 
5. ERRADA 
6. CORRETA 
7. ERRADA

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