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Direito Civil - Bens

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BENS JURÍDICOS
BENS COMO OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA
Propõe-se uma PRESTAÇÃO JURISDICIONAL para adquirir um bem na relação jurídica. 
O QUE É UM BEM? 
R.: Os BENS dividem-se em BENS MÓVEIS E IMÓVEIS. Os BENS MÓVEIS são aqueles que são suscetíveis de movimento próprio (SEMOVENTES – EX.: ANIMAIS) ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação (Art 82 CC). E os BENS IMÓVEIS é o solo e tudo o quanto incorporá-lo, naturalmente (Plantação) ou artificialmente (Prédios, casas, edifícios) – Art 79 CC. 
CLASSIFICAÇÃO
1° BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO
2° BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
3° BENS PARTICULARES E PÚBLICOS
4° BENS FORA DO COMÉRCIO
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO – ART 79 A 91 CC
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
Importância: Por que saber o que é BEM MÓVEL e IMÓVEL? Exemplos da importância:
Alienação: Quando é um BEM MÓVEL é por TRADIÇÃO (sem formalidades). Quando é um BEM IMÓVEL é por ESCRITURA PÚBLICA.
Regime de Bens: O BEM MÓVEL não necessita de outorga (autorização). Já o BEM IMÓVEL necessita de outorga.
BENS IMÓVEIS – ART 79 CC
“Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. ”
ESPÉCIES:
POR SUA NATUREZA
POR ACESSÃO (acréscimo):
Física ou Natural Obra do homem, mas por meio natural. (Ex.: Plantação)
Artificial Obra do homem, mas por meio artificial. (Ex.: Edifício)
POR DETERMINAÇÃO LEGAL – Art 80 CC
“Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta. ”
NOTA: As árvores que foram plantadas para as Indústrias Madeireiras são consideradas BENS MÓVEIS POR ANTECIPAÇÃO.
NOTA: Todas as TENDAS são consideradas BENS MÓVEIS. Ex.: Tenda de Circo, Cigano, Etc.
NOTA: Não perdem o caráter de IMÓVEL: ART 81 CC
“Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. ”
BENS MÓVEIS – ART 82 CC
“Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.”
ESPÉCIES:
POR SUA NATUREZA Não necessita de força alheia. (EX.: SEMOVENTE = Animais)
PROPRIAMENTE DITOS Necessita de força alheia. 
POR DETERMINAÇÃO LEGAL – Art 83 CC 
“Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”
OBSERVAÇÃO: INCISO III (3) DO ART 83 TEM COMO EXEMPLO O DIREITO AUTORAL.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
OBSERVAÇÃO: Casa pré-fabricada pode ser um BEM MÓVEL OU IMÓVEL. Exemplo: Uma casa pré-fabricada à venda = é um bem MÓVEL. Já uma casa pré-fabricada no solo/em transporte = é um BEM IMÓVEL.
NOTA: BENS PLANEJADOS são BENS IMÓVEIS.
OBSERVAÇÃO FINAL:
Quando se fala em DIREITO REAL, se fala em TITULARIZAÇÃO. DIREITO REAL É UM BEM IMÓVEL.
E quando se fala em AÇÕES SOBRE IMÓVEIS, se fala em um BEM IMÓVEL.
NOTA: Navios e Aeronaves são bens móveis, porém, são considerados móveis por poderem ser objeto de hipoteca. 
MÓVEL = PENHORA --------- IMÓVEL = HIPOTECA
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
“Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. ”
FUNGIBILIDADE DECORRE: DA COMPARAÇÃO “mesma espécie, qualidade e quantidade.”
			 DA VONTADE DAS PARTES “Um animal de estimação.”FUNGIBILIDADE tem a ver com o que é descartável, que possa ser substituído.
			 DO VALOR HISTÓRICOS “A coroa da rainha; uma moeda antiga.”
			 DO VALOR ARTÍSTICO “Um quadro de Leonardo da Vinci.”
IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO:
MÚTUO – ART 586 CC – FUNGÍVEL:
“Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. ”
COMODATO – ART 579 CC = INFUNGÍVEL
“Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. ”
OBRIGAÇÃO DE FAZER: FUNGÍVEIS (Outro pode fazer em seu lugar)
			 INFUNGÍVEIS (Não pode se transferir a obrigação) 
“Nessas obrigações, o devedor compromete-se a realizar alguns serviços ou a desempenhar uma tarefa, empregando a sua energia pessoal. Ao credor interessa exatamente essa ação, que se pode manifestar como restrita ao próprio devedor (de prestação infungível), ou admitir a intervenção de outrem na consecução material (de prestação fungível). ”
BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS – ART 86 CC
“Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. ”
BENS CONSUMÍVEIS:
POR NATUREZA “seu uso importa destruição imediata da própria substância.”
POR SUA DESTINAÇÃO ALIENAÇÃO (Venda)
POR VONTADE DAS PARTES “Um vinho guardado = inconsumível. Quando usado = consumível. ”
REUTILIZAÇÃO – É A REUTILIZAÇÃO QUE CARACTERIZA A FUNGIBILIDADE. 
NOTA: IMÓVEIS SÃO SEMPRE INCONSUMÍVEIS.
BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
“Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.”
Qual o critério para definir se o bem é ou não divisível: Pela sua possibilidade de divisão sem que se altere sua substância, sua essência, ou que seu valor se reduza ou que seu uso seja prejudicado. Sua indivisibilidade se divide em 3 (três) espécies:
POR NATUREZA “podem fracionar sem alterar sua substância, ou diminuir seu valor, ou prejudicar seu uso.
“Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.”
POR VONTADE DAS PARTES Ex.: A parte pode vender somente a biblioteca inteira ao invés de livro por livro, ou todo os 5 terrenos ao invés de apenas um terreno. A parte é quem define se o bem irá ser divisível ou não.
POR DETERMINAÇÃO LEGAL São aqueles que a lei não admite divisão (ex.: as servidões, as hipotecas, etc.). A indivisibilidade, nessa hipótese, é jurídica. Ex.: Menor Módulo Rural, condomínio. *O condomínio é indivisível por natureza e por lei.
BENS SINGULARES E COLETIVOS
BENS SINGULARES “Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. ”
BENS SINGULARES dividem-se em: 
SIMPLES É homogêneo naturalmente, é por si só homogêneo. Ex.: Uma árvore, um animal. Não sofre transformação/ação do homem. Não há como transformar em algo coletivo.
COMPOSTOS É a conjunção de coisas que perdem sua autonomia. Foi transformado pelo homem. Ex.: Celular, Pincel
BENS COLETIVOS ou UNIVERSALIDADES “Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. ”
Conceito: São os resultantes da união de diferentes objetos, em um só todo, sem que desapareça a condição particular de cada um. Os bens coletivos são compostos de várias coisas singulares que se consideram em conjunto. Formando um todo, uma unidade, que passa a ter individualidade própria, distinta da dos seus objetos componentes. 
A árvore, por exemplo, pode ser um bem singular ou coletivo, conforme seja encarada, individualmente ou agregada a outras árvores. Se individualmente observada, a árvore será um bem singular, mantendo-se independente dos demais. Se agregada a outras árvores, formaráum todo, uma universalidade de fato, ou seja, uma floresta.
Divide-se em:
UNIVERSALIDADE DE FATO: É a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária, com por exemplo, um rebanho, uma biblioteca, etc. (art. 90 – CC).
UNIVERSALIDADE DE DIREITO: É o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico, como por exemplo, a herança, o patrimônio, fundo de comércio, etc.). Outro exemplo é a massa falida (Extra: Quando é decretada a falência de uma empresa, o Juiz nomeia um síndico).
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS 
CONCEITO: São os bens considerados uns em relação a outros, neste contexto, os bens classificam-se em principais e acessórios.
PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA Pelo qual um bem atrai o outro para sua órbita, comunicando-lhe seu regime jurídico. Ex.: Contrato = Principal Cláusulas = Acessórios.
BENS PRINCIPAIS
Bens principais sãos bens que tem existência própria, autônoma, que existe por si só, abstrata ou concretamente.
Art. 92 – CC: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”.
        São exemplos de bens principais o solo que existe por si, concretamente, sem qualquer dependência, e os contratos de locação e compra e venda.
BENS ACESSÓRIOS
CONCEITO: Bens acessórios são aqueles cuja existência depende do principal.
Bem acessório  é o que supõe, para existir juridicamente, um principal. Nos imóveis, o solo é o principal, sendo acessório tudo aquilo o que nele se incorporar permanentemente (p. ex., uma árvore plantada ou uma construção), já que é impossível separar a idéia de árvore e de construção da idéia de solo.
Nos bens móveis, principal é aquele para a qual as outras se destinam, para fins de uso, enfeite ou complemento (p. ex., uma jóia — a pedra é acessório do colar).
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS ACESSÓRIOS
FRUTOS PRODUTOS PERTENÇAS BENFEITORIAS
Art. 95 – CC:“Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico”.
FRUTOS
        Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe a destruição no todo ou em parte.
Se caracterizam por 3 (três) elementos:
PERIODICIDADE
INALTERABILIDADE DO PRINCIPAL
SEPARABILIDADE
Os FRUTOS se dividem em:
QUANTO À ORIGEM:
FRUTOS NATURAIS: Frutos naturais são os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza (ex.: frutas, leite, cria dos animais, etc.).
FRUTOS INDUSTRIAIS: Frutos industriais são os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica).
FRUTOS CIVIS: Frutos civis são os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário (ex.: juros, aluguéis, etc.).
QUANTO AO ESTADO (Quanto à ligação com o Principal):
FRUTOS PENDENTES: Frutos pendentes são àqueles que ainda estejam unidos à coisa que os produziu.
FRUTOS PERCEBIDOS OU COLHIDOS: Frutos percebidos ou colhidos consideram-se àqueles frutos depois de separados da coisa que os produziu.
Obs.: Quanto a utilização da terminologia “percebido” e “colhido”, emprega-se o termo “percebido” para os frutos civis (ex.: juros aluguéis), ao passo que se utiliza o termo “colhido” para os frutos naturais (ex.: frutas, leite, cereais). Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos tão logo sejam separados, porquanto os frutos civis reputam-se percebidos dia a dia (art. 1215 – CC).
FRUTOS ESTANTES: Frutos estantes são os frutos separados e armazenados ou acondicionados para venda.
FRUTOS PERCIPIENDOS: Frutos percipiendos são os frutos que deviam ser mas não foram colhidos ou percebidos.
FRUTOS CONSUMIDOS: Frutos consumidos são os frutos que não existem mais porque foram utilizados.
PRODUTOS
Produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. São exemplos de produtos, as pedras que se extraem das pedreiras, minerais que se extraem das minas.
Os produtos distinguem-se dos frutos, porque a colheita não diminui o valor e nem a substância da fonte, enquanto os produtos sim.
PERTENÇAS
Art. 93 – CC: “São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”.
As pertenças são bens móveis que, não constituindo partes integrantes (como o são os frutos, produtos e benfeitorias), estão afetados por forma duradoura ao serviço, uso ou ornamentação de outro. São exemplos de pertenças, um trator destinado a uma melhor exploração da propriedade agrícola; os objetos de decoração de uma residência; as máquinas utilizadas numa fábrica, etc. Assim, as pertenças conservam a sua identidade e não se incorporam à coisa a que se juntam. 
As pertenças e as partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias) distinguem-se porque a pertença não completa a coisa, por isso a coisa principal não se altera com a sua separação. Contrariamente, ao que ocorre com as partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias), os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade das partes ou das circunstâncias do caso concreto (art. 94 – CC). 
Dispõe o Código Civil que, apesar de ainda não separados do Bem Principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico (art. 95 – CC). Não se consideram bens acessórios: a pintura em relação à tela, a escultura em relação à matéria-prima e a escritura ou qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima que os recebe, considerando-se o maior valor do trabalho em relação ao do bem principal (art. 1270, §2º - CC). 
A regra segundo a qual o bem acessório segue o principal, aplicável somente às partes integrantes (frutos, produtos ou benfeitorias), como a existência do acessório supõe a do principal, tem-se por consequência que o bem acessório segue o principal. Para que tal não ocorra, é necessário que tenha sido convencionado o contrário, por exemplo, a venda de um veículo, convencionando-se a retirada de alguns acessórios, ou que de modo contrário estabeleça algum dispositivo legal, como, a prescrição pela qual os frutos pertencem ao dono do solo onde caíram e não ao dono da árvore. 
As principais consequências da regra são: a natureza do acessório é a mesma do principal (ex: se o solo é imóvel, a árvore a ele anexada também o é); o acessório acompanha o principal em seu destino, exemplo, se é extinta a obrigação principal, extingue-se também a acessória, mas o contrário não é verdadeiro. O proprietário do principal, salvo exceção legal ou convencional, é proprietário do acessório, presumindo-se que o proprietário do principal seja também dono do acessório, embora essa presunção admita prova em contrário.
BENFEITORIAS
CONCEITO: Benfeitorias são obras ou despesas feitas na coisa, para o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la. Portanto, são obras decorrentes da ação humana, excluindo-se da sua noção os acréscimos naturais ou cômodos, que se acrescem à coisa sem intervenção humana (art. 97 – CC).
AS BENFEITORIAS PODEM SER:
BENFEITORIAS NECESSÁRIAS: Benfeitorias necessárias são as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore (ex.: reparos em um automóvel). Além disso, consideram-se necessárias as benfeitorias destinadas a permitir a normal exploração econômica do bem (ex.: adubação, esgotamento de pântanos, etc.).
BENFEITORIAS ÚTEIS: Benfeitorias úteis são as que aumentam ou facilitam o uso do bem (ex.: aumento de área de estacionamento em um edifício).
BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS: Benfeitorias voluptuárias são as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor (ex.: substituição de um piso comum de umedifício por mármore).
A classificação das benfeitorias em necessárias, úteis ou voluptuárias não tem caráter absoluto, dependendo de análise casuística, pois uma mesma benfeitoria pode enquadrar-se em uma ou outra espécie, dependendo das circunstâncias. Assim, uma piscina pode ser considerada benfeitoria voluptuária numa casa residencial, mas útil ou necessária numa escola de natação.
BENS QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO
Art. 98 – CC: “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”.
BENS PÚBLICOS
Bens públicos são os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno. Os bens públicos podem ser classificados segundo a sua destinação, da seguinte forma:
 BENS DE USO COMUM DO POVO – são os que podem ser utilizados por qualquer um do povo, sem formalidades (ex.: rios, mares, estradas, ruas, praças, etc.). Não perdem essa característica se o Poder Público regulamentar o seu uso, ou torná-lo oneroso, como por exemplo, a instituição de pedágio nas rodovias. A Administração pode também restringir ou vedar o seu uso, em razão da segurança nacional ou de interesse público, como por exemplo, a interdição de rodovias, proibição de trânsito em determinado local, etc. O povo somente tem o direito de usar tais bens, mas não tem o seu domínio. O domínio pertence à pessoa jurídica de direito público. Mas é um domínio com características especiais, que lhe confere a guarda, administração e fiscalização dos referidos bens, podendo ainda reivindicá-los.
 BENS DE USO ESPECIAL – são os utilizados pelo próprio Poder Público, constituindo-se por imóveis aplicados ao serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal, como prédios onde funcionam tribunais, escolas públicas, secretarias, ministérios, quartéis etc. São utilizados exclusivamente pelo Poder Público. Assim, distinguem-se dos bens de uso comum do povo porque o Poder Público não tem apenas a titularidade, mas também a sua utilização. Seu uso pelos particulares é regulamentado, e a Administração tanto pode permitir que os interessados ingressem em suas dependências, como proibir.
 BENS DOMINICAIS – são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades (art. 99, III – CC). Os bens dominicais abrangem bens móveis e imóveis sobre os quais o Poder Público exerce poderes de proprietário, como exemplo, títulos da dívida pública, terras devolutas, ilhas formadas em mares territoriais ou rios navegáveis, estradas de ferro, oficinas e fazendas pertencentes ao Estado, etc. Se nenhuma lei houvesse estabelecido normas especiais sobre esta categoria de bens, seu regime jurídico seria o mesmo que decorre do CC para os bens pertencentes aos particulares, pois enquanto os bens de uso comum e de uso especial são bens do domínio público do Estado, os dominicais são do domínio privado do Estado. Prescreve o Código Civil que não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado (art. 99, parágrafo único – CC).
CARACTERÍSTICA DOS BENS DE USO COMUM DO POVO E DOS BENS DE USO ESPECIAL
INALIENABILIDADE: Os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial apresentam a característica da inalienabilidade e, como conseqüência desta, a imprescritibilidade (Os bens públicos são imprescritíveis, não podendo ser adquiridos por usucapião (CF/88, art. 191, parágrafo único), a impenhorabilidade (são impenhoráveis, porque inalienáveis, sendo, portanto, insuscetíveis de serem dados em garantia). A impenhorabilidade impede que o bem passe do patrimônio do devedor ao do credor, ou de outrem, por força de execução judicial (adjudicação ou arrematação) e a impossibilidade de oneração.
 Mas a inalienabilidade não é absoluta, a não ser com relação àqueles bens que, por sua própria natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial, como os mares, as praias, os rios, etc. Os suscetíveis de valoração patrimonial podem perder a inalienabilidade que lhes é peculiar pela desafetação, ato pelo qual o poder público desclassifica a qualidade de coisa pública para permiti-la apropriável, na forma que a lei determinar.
AFETAÇÃO = Bem de domínio privado passa para domínio público;
DESAFETAÇÃO = Bem de domínio público passa para domínio privado.
CARACTERÍSTICA DOS BENS DOMINICAIS
ALIENABILIDADE: Os bens dominicais, por sua vez, não estado afetados a finalidade pública específica, podem ser alienados por meio de institutos de direito privado ou de direito público, observadas as exigências da lei. Contudo, a alienabilidade não é absoluta, porque podem perdê-la pelo instituto da afetação, ato ou fato pelo qual um bem passa da categoria de bem do domínio privado do Estado para a categoria de bem do domínio público.
IMPOSSIBILIDADE DE SE USUCAPIR QUALQUER ESPÉCIE DE BEM PÚBLICO
Nenhum bem público, nem mesmo o dominical, está sujeito a usucapião (art. 102 e Súmula 340 STF).
BENS PARTICULARES
 Bens particulares são definidos por exclusão pelo art. 98: “todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”.
BENS QUANTO A POSSIBILIDADE DE SEREM OU NÃO COMERCIALIZADOS
Embora o novo CC não tenha dedicado um capítulo aos bens que estão fora do comércio, como o fizera o CC 1916 no seu art. 69, encontram-se nessa situação:
 BENS NATURALMENTE INDISPONÍVEIS – são aqueles insuscetíveis de apropriação pelo homem (ex.: a totalidade do ar atmosférico, as águas dos mares, o sol, etc.).
 BENS LEGALMENTE INDISPONÍVEIS – são aqueles que normalmente poderiam ser alienados, mas a lei proíbe (ex.: bens públicos de uso comum do povo, os bens públicos de uso especial, os bens de incapazes, bens de fundação, bens de família legal, reserva de indígenas etc.).
 Além destes, incluem-se na categoria de legalmente indisponíveis os direitos de personalidade, preservados em respeito à dignidade humana, como a liberdade, a honra, a vida, etc., bem como os órgãos do corpo humano, cuja comercialização é expressamente vedada pela CF (art. 199, §4º - CF).
 BENS INDISPONÍVEIS PELA VONTADE HUMANA – são aqueles bens aos quais se apõe a cláusula de inalienabilidade, em virtude de doações ou testamentos. Ninguém pode gravar os próprios bens; só nos atos de disposição mencionados (doação e testamento) o interessado poderá gravá-los. Prescreve o Código Civil que a cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade (art. 1.911 – CC).
 A CLÁUSULA DE INALIENABILIDADE tem como limite temporal a vida do herdeiro ou do donatário; não pode ultrapassar esse lapso, mas pode ser fixada para tempo menor. O Código Civil estabelece, com o objetivo de evitar abusos, que o testador decline expressamente a justa causa para estabelecimento de cláusula de inalienabilidade sobre a legítima (metade dos bens da herança pertencente aos herdeiros necessários) para a decisão de gravar os bens com a cláusula de inalienabilidade (art. 1848 – CC). No caso de execução de dívidas referentes ao próprio bem (ex.: tributárias, condomínio, etc.), hipótese em que, se houver saldo na alienação judicial, este ficará subrrogado na cláusula; e, finalmente, mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão subrrogados no ônus da inalienabilidade (art. 1.848, §1º e 1.911, parágrafo único – CC).
Os BENS DE FAMÍLIA são tratados no Livro IV, Do Direito de Família, arts. 1.711 a 1.722 – CC.
DAS PESSOAS JURÍDICAS
As pessoas jurídicas são entidades a que a lei empresta personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações. Para a composição das pessoas jurídicas não é obrigatória a existência de patrimônio, exceto nas fundações, em que o patrimônioé essencial. Assim, para que a pessoa jurídica exista não é necessário que tenha patrimônio, basta a possibilidade de vir a tê-lo, assim, atribui-se a pessoa jurídica capacidade patrimonial, mas não necessariamente patrimônio.
REQUISITOS PARA A CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
Os requisitos para a constituição da pessoa jurídica são três:
VONTADE HUMANA CRIADORA (Effectio Societatis)– concentra-se na intenção de criar uma entidade com personalidade distinta da de seus membros. A vontade humana materializa-se no ato de constituição através do estatuto, contrato social ou escritura pública; ou testamento, estes no caso das fundações.
ELABORAÇÃO DO ATO CONSTITUTIVO NO ÓRGÃO COMPETENTE: Ex.: Associação (Estatuto), Empresa (Contrato Social), Fundação (Escritura Pública).
OBSERVÂNCIA DAS CONDIÇÕES LEGAIS – instrumento particular ou público, registro, autorização ou aprovação do Governo, etc.
OBJETO LÍCITO – a constituição da pessoa jurídica de ter por escopo objetivo lícito. 
CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
As pessoas jurídicas podem ser classificadas da seguinte forma:
QUANTO A NACIONALIDADE: Considera-se nacional a sociedade que tem sede no Brasil e organiza-se de acordo com a lei brasileira, independentemente da nacionalidade dos sócios ou da origem do capital (art. 1.126 - CC). Será estrangeira a sociedade que não tem sede no Brasil e não se organiza de acordo com as leis do nosso país. O seu funcionamento dependerá de autorização do governo federal, por meio de decreto do Presidente da República (art. 1.134 - CC).
QUANTO A ESTRUTURA INTERNA: Corporações (universitas personarum) – são pessoas jurídicas que tem como elemento subjacente o homem, isto é, as que se compõem pela reunião de pessoas, tais como as associações e as sociedades. Estas sociedades visam à realização de fins internos, estabelecidos pelos sócios, seus objetivos são voltados para o bem de seus membros. O patrimônio, nestas sociedades, é um elemento secundário, pois é apenas um meio para a realização de um fim. Fundação (universitas bonorum) – são as que se constituem em torno de um patrimônio destinado a um fim. As fundações têm objetivos externos, estabelecidos pelo instituidor, sendo certo que o seu patrimônio é elemento essencial.
QUANTO A ÓRBITA DE SUA ATUAÇÃO:
DIREITO PÚBLICO EXTERNO: São os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público, a exemplo das várias nações, a Santa Sé, a ONU, etc. (art. 42 - CC).
DIREITO PÚBLICO INTERNO: São a União, os Estados membros, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios, as autarquias e as demais entidades de caráter público criadas por lei (art. 41, IV e V - CC).
DIREITO PRIVADO: São pessoas jurídicas de direito privado (art. 44 - CC):
as associações;
as sociedades;
as fundações;
as organizações religiosas;
Universitas Personorum = Pessoas & Pessoas e Bens -------------------------- Universitas Bonorum = Bem & Fundações
ASSOCIAÇÕES
 ASSOCIAÇÕES – Art 53 - são agrupamentos de indivíduos sem finalidade lucrativa, como os clubes esportivos, os centros culturais, as entidades pias, etc.
ESTATUTO:
Art. 54 - Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
 a) a denominação, os fins e a sede da associação;
 b) os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados;
 c) os direitos e deveres dos associados;
 d) as fontes de recursos para sua manutenção;
 e) o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;
 f) as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
 
Art. 55 - Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. 
Art 58 - Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
INSTRANSMISSIBILIDADE
Em regra, a qualidade de associado é intransmissível, salvo se o estatuto dispuser o contrário (art. 56 - CC).
Se o associado for titular de quota ou de fração ideal do patrimônio da associação, a transferência da referida quota não importará, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou herdeiro, salvo disposição diversa no estatuto (art. 56, parágrafo único). 
EXCLUSÃO DO ASSOCIADO
A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto. Sendo o estatuto omisso, poderá também ocorrer se for reconhecida a existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembleia geral (órgão deliberativo máximo das associações) especialmente convocada para esse fim (art. 57 - CC).
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA ASSEMBLEIA GERAL
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.
EXTINÇÃO
Se houver a dissolução da associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais titularizadas pelos associados, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto (art. 61 – CC). Se omisso o estatuto, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
 	Não existindo no Município, Estado, DF ou Território em que a associação tiver sede, instituição nas condições mencionadas, o que remanescer de seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do DF ou da União (art. 61, § 2º - CC). Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente já referida, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação (art. 61, § 1º - CC).
SOCIEDADES
SOCIEDADES – são agrupamentos de indivíduos com escopo de lucro. ---- LIVRO II
FUNDAÇÕES
 FUNDAÇÕES – as fundações constituem um acervo de bens, que recebe personalidade para a realização de fins determinados. Compõem-se de dois elementos: o patrimônio e o fim (estabelecido pelo instituidor e não lucrativo).
CRIAÇÃO
Art 62 - Para criar uma fundação, o seu instituidor fará por escritura pública ou por testamento, dotação especial de seus bens, especificando o fim a que se destina, e declarando se quiser, a maneira de administrá-la.
As fundações somente poderão constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência (art. 62, parágrafo único – CC).
AFETAÇÃO DE BENS LIVRES (Por INTER VIVOS (Escritura Pública) e MORTIS CAUSA (Testamento)
 Os bens da fundação são inalienáveis, mas a inalienabilidade não é absoluta, na medida em que comprovada a necessidade de alienação, pode ser esta autorizada pelo juiz competente, com audiência do Ministério Público, aplicando-se o produto da venda na própria fundação, em outros bens destinados à consecução de seus fins. Assim, ultimada sem autorização judicial, a alienação é nula. Mas com autorização judicial sempre pode ser feita, ainda que a inalienabilidade tenha sido imposta pelo instituidor.
 A constituição das fundações passa por quatro fases:
 a) ato de dotação ou de instituição – é o ato pelo qual o instituidor especifica os bens livres que comporão o acervo da fundação e os fins a que se destinam. Faz-se por escritura pública ou testamento. Se quiser, o instituidor poderá declarar a maneira de administrar a fundação.
 b) elaboração dos estatutos – a elaboração pode ser direta ou própria (pelo próprio instituidor) ou fiduciária (porpessoa de sua confiança, por ele designada). Se o instituidor não elabora os estatutos, não indica quem deva fazê-lo, ou ainda, se a pessoa designada não cumprir o encargo no prazo de 180 dias, o Ministério Público poderá tomar a iniciativa de elaborar os estatutos.
 c) aprovação dos estatutos – os estatutos são encaminhados ao Ministério Público para aprovação, que verificará se: i) o objeto é lícito; ii) se foram observadas as bases fixadas pelo instituidor; iii) se os bens são suficientes; 
O Ministério Público, em 15 dias, aprovará o estatuto, indicará as modificações que entender necessárias ou lhe denegará aprovação. 
 d) registro – indispensável o registro, que se faz no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Só com ele começa a fundação a ter existência Legal;
BENS INSUFICIENTES
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.
TRANSPARÊNCIA
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
EXTINÇÃO
As fundações extinguem-se em dois casos:
 i) se a sua finalidade se tornar ilícita (nociva), impossível ou inútil;
 ii) se vencer o prazo de sua existência;
Na hipótese de extinção da fundação, o patrimônio terá o destino previsto pelo instituidor, no ato constitutivo. Se não for feita essa previsão, o art. 69 do Código Civil, determina que seja incorporado em outra fundação municipal, estadual ou federal, redação do artigo 61 do Código Civil, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
Na hipótese de inexistência de outra fundação com fins iguais ou semelhantes, a lei não esclarece qual o destino do patrimônio.
Nesse caso, entende a doutrina que os bens serão declarados vagos e passarão, então, ao Município ou ao Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal, aplicando-se por analogia o disposto no art. 1.822 do Código Civil.
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
PARTIDOS POLÍTICOS:
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
EMPRESAS INDIVIDUAIS: TÍTULO I
CAPACIDADE DE REPRESENTAÇÃO E RESPONSABILIDADES DA PESSOA JURÍDICA
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório.
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
BENS JURÍDICOS
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO
BENS MÓVEIS E IMOVEIS
BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS
BENS CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS
BENS DIVISIVEIS E INDIVISIVEIS
BENS SINGULARES E COLETIVOS
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO
BENS PÚBLICOS
BENS PRIVADOS
QUANTO À POSSIBILIDADE DE SEREM COMERCIALIZADOS
BEM DE FAMÍLIA CONVENCIONAL, BENS PÚBLICOS, BENS DE INCAPAZ, BENS DE FUNDAÇÃO, BENS DE FAMÍLIA LEGAL, RESERVA DE INDÍGENAS E D. DA PERSONALIDADE
PESSOA JURÍDICA
CONCEITO – REQUISITO – COMEÇO 
CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
QUANTO À FUNÇÃO OU À ÓRBITA DE ATUAÇÃO
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO
ÃSSOCIAÇÃO, SOCIEDADES, FUNDAÇÕES, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS, PARTIDOS POLÍTICOS, EMPRESAS INDIVIDUAIS